Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 41
Capítulo 41: Bryan ganha um apelido


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?
Então, quem odeia quando a internet cai ,justamente quando você está postando um capítulo enorme direto no Nyah, sem tê-lo salvo no Word antes?
Argh! Eu odiei isso! Porque tinha que cair exatamente no dia que escrevi direto no Nyah sem salvar antes ( e olha q foi a primeira vez que fiz isso). Argh!
Enfim... Fazer o quê? Acontece.
Boa leitura!
PS de revisão [26/05/17]: "Come on move that in my direction, so thankful for that it's such a blessing yeah!" (ouvindo "Despacito Remix" no replay enquanto corrijo a fic. Amo tanto essa música que senti necessidade de contar pra vocês.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142547/chapter/41

Percy’s POV

— Vamos, Percy, abra os olhos, o basilisco já está paralisado. – disse Annabeth ao meu lado novamente.

Sem hesitar abri os olhos e me sentei. A primeira coisa que vi foi Bryan e Annabeth, que estavam ao meu lado. Logo depois olhei para a outra direção, onde a havia uma enorme estátua de pedra, ou melhor, um basilisco petrificado em meio a uma biblioteca cheia d’água.

— Você está bem? – por um momento senti preocupação na voz de Annabeth.

— Sim, estou. – olhei para ela, seus cachos loiros estavam bagunçados, sua roupa estava molhada, seus olhos eram de um cinza intenso – E vocês?

Perguntei enquanto olhava de Bryan para Annie.

— Eu estou bem. – disse Bryan, seu cabelo loiro estava um caos, ele possuía pequenos arranhões pelo rosto e me parecia cansado – Tirando o fato de estar esgotado e de precisar dormir imediatamente.

— Eu também estou bem. – disse Annie, mas seus olhos vagaram para a biblioteca encharcada. Seus olhos demostravam o quanto ela estava confusa, desconfiada e muito, muito zangada – Ou melhor, nem tão bem assim, já que uma das seções da maior biblioteca do mundo foi inundada! Podem me explicar como isso aconteceu?

Bryan ficou de pé no mesmo instante.

— Longa história Annie, mas como estou morrendo de sono, deixo para o Percy a tarefa de conta-la.

Olhei para Bryan, meus olhos arregalados de tamanha descrença. Não era possível que ele iria me deixar contar aquilo sozinho! Queria o quê? Que eu fosse morto? Bem, era muito provável que ele quisesse isso mesmo, já que ele era o cara-que-queria-roubar-minha-namorada.

Annabeth e eu nos levantamos e ela me fuzilou com o olhar.

— Explicações? –perguntou batendo o pé, seu tom de voz sugeria que ela exigia saber o que acontecera ali.

— Depois que sairmos daqui. – eu estava louco para mudar de assunto e cair fora daquela biblioteca.

Ela pareceu que iria protestar, no entanto, ao invés disso sacou sua adaga (que continuava presa na figura imóvel do basilisco) e girou em suas mãos. Pelo seu olhar, parecia que queria enfiar a adaga em alguém, muito provavelmente eu. Mas ela não fez isso, ela caminhou vagarosamente ao lado do basilisco, que mesmo em estátua ainda permanecia em sua posição de bote, e num gesto muito rápido enfiou sua adaga pelo corpo paralisado da enorme cobra, num ponto exato de sua barriga. Pelo fato de a imensa “escultura” ter virado pó, tenho certeza ao dizer que ali ficava seu coração. O pó se espalhou por todos os lados, o que fez com que todos nós começássemos a tossir.

Bryan arregalou os olhos e sussurrou algo como:

— Então ali era o coração.

As palavras que Bryan disse foram justamente as que eu havia pensado.

Logo após isso, Annabeth se virou para nós, tal movimento fez seus cachos loiros balançarem no ar como se fosse uma dessas princesas de contos infantis. No entanto, seu olhar não era como o de uma princesa, era um olhar gélido, de quem poderia acabar com tudo, assim com um furacão, e esse olhar era dirigido a Bryan e a mim. Ok! O olhar era só para mim.

Annie virou-se de costas e começou a seguir pelo enorme corredor, caminhando furiosamente enquanto a água cobria parte de seus tênis.

— Ela vai te matar. – declarou Bryan enquanto andava ao meu lado, nossos passos fazendo a água de movimentar.

Ele precisava mesmo falar isso? Declarar o que eu já sabia?

— E eu não sei? Só espero que deixe eu me explicar antes de me mandar para o Mundo Inferior.

— Ah! Sei que se ela ouvir vai entender o motivo de você ter inundado parte da biblioteca.

Bryan parecia ter certeza do que falava e eu sabia que se ela me deixasse explicar, bem... Não me mataria, não muito, porém aquilo não era a única coisa que me preocupava, pois eu sabia que ela estava zangada comigo, sabia que ela lera naquele bendito livro sobre o beijo que Rachel me dera. Mas, poxa vida, eu nem namorava ela, e fora Rachel que me beijara, ela não devia ficar com ciúmes! Será que ela não entendia que eu a amava e que aquilo foi no passado?

Continuei a observá-la enquanto ela seguia pela parte seca do corredor, ela parecia saber exatamente o caminho que nos levava de volta para o porão do hotel. Sua roupa estava suja, seus cachos bagunçados, mas ela estava em bem melhor estado do que eu e o Harpper.

Olhei Annabeth mais atentamente, ela parecia carregar alguma coisa... Era impressão minha ou ela carregava um livro de capa branca e dourada entre as mãos?

Resolvi não falar nada, ainda não... Mas resolvi perguntar a Bryan algo que me intrigava.

— Bryan. – ao que eu disse seu nome, ele olhou para mim. Eu não precisava me incomodar em falar baixo, já que Annabeth andava alguns metros à frente. – Foi Annabeth que me empurrou quando o basilisco estava atrás de mim ou foi você?

Ele olhou para mim e depois olhou para Annie antes de responder.

— Para falar a verdade, foi Annabeth quem te empurrou. –ele logo se apresou para continuar – Mas ela só fez isso para que o monstro fosse petrificado e não te machucasse ou machucasse algum de nós.

Ele não precisava ter se explicado, eu sabia que Annabeth havia me empurrado por esses motivos também. E, em parte, ela também o havia feito por que estava zangada comigo.

Andamos um pouco mais até chegarmos à saída da biblioteca, ou melhor, até o delta dourado, já que a saída estava fechada. Annabeth passou os dedos suavemente sobre o símbolo e a porta dourada se abriu, fechando logo depois de passarmos.

Saímos do porão e nos recostamos na porta atrás de nós.

Após nos recompormos um pouco, nos dirigimos em silêncio para o elevador, e nenhuma palavra foi trocada enquanto esperávamos o mesmo chegar ao andar da garagem.

O tempo que passamos ali me permitiu perceber que Annabeth de fato segurava um livro firmemente contra seu corpo, como se ele fosse algo extremamente importante. 

Quando o elevador chegou, Annabeth foi a primeira a entrar nele, apertando a o botão do oitavo andar. Bryan e eu entramos em seguida.

Ele olhou para Annie e mais atentamente para o que ela carregava.

— O que é isso? – perguntou ele.

Annabeth revirou os olhos antes de responder.

— Um livro, não está vendo?

— Que é um livro eu sei! O que eu quero saber é por que motivo você está com ele.

Aquilo também me intrigava, afinal, deveria haver algo muito importante ali, já que Annabeth segurava aquele livro como se sua vida dependesse dele.

Annabeth não respondeu e resolvi perguntar o que eu já tinha certeza.

— Você o tirou da biblioteca, não foi?- Annabeth mordeu o lábio inferior e não disse uma palavra — O que tem nesse livro?

Ela nos analisou por um segundo, depois olhou o livro. Eu podia sentir que ela estava pensando seriamente se nos contava algo ou não.

Por fim, ela suspirou.

— Esse livro talvez possa nos ajudar na missão, mas não tenho certeza absoluta disso.

Olhei novamente para o livro. O que será que havia escrito ali?

— Posso vê-lo? – perguntou Bryan esticando a mão em direção ao livro, porém, rapidamente Annabeth segurou o livro com mais força contra seu peito.

— Não, não pode, Para-raios! Eu ainda não terminei de lê-lo, tem muitas coisas aqui. Quando eu acabar de ler, aí sim, pode se sentir à vontade para pegá-lo, mas enquanto isso, não toque nele.

Por um segundo fiquei estático. Annabeth havia chamado Bryan de Para-raios? Ela havia mesmo dado um apelido para ele? Devo admitir, talvez eu tenha ficado um pouco enciumado com o fato de ela também ter lhe dado um apelido.

— Do que você me chamou? – Bryan piscou várias vezes, parecendo confuso.

— Para-raios. – disse ela dando de ombros – Como você é filho de Zeus e atrai raios para você... bem, pensei que fosse um bom apelido.

Nisso eu discordava, o apelido perfeito para Bryan era: idiota-que-quer-roubar-minha-namorada! A definição se encaixa com ele completamente, principalmente a primeira palavra: idiota.

— Hum... – Bryan não sabia o que dizer – Você vai me chamar assim agora?

Annabeth voltou a dar de ombros.

— Talvez, por quê? – ela lançou um olhar desafiador para Bryan.

Ele engoliu em seco.

— Por nada.

Na mesma hora a porta do elevador se abriu, havíamos chegado ao oitavo andar.

Nos despedimos. Bryan foi para seu quarto enquanto Annabeth e eu seguíamos até o final do corredor em direção ao nosso quarto. E eu sabia que o clima “bom” havia ficado para trás e sabia que ia sobrar para mim. Eu só rezava aos deuses que Annabeth deixasse eu me explicar antes de resolver me matar.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!