Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 27
Capítulo 27: Rachel vem nos visitar


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera! Mais um capítulo!
Sei que muitos esperaram o capítulo o dia inteiro, mas eu só estou postando bem tarde, foi o único horário que consegui.
Espero que gostem do capítulo.
Volto a agradece a vocês, leitores, que sempre me fazem querer escrever mais e mais mesmo quando estou com preguiça. Obrigada.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142547/chapter/27

Percy’s POV

— Vocês o quê? – Atena apareceu do nada ao nosso lado, mas com cara de brava e fumegando.

Ok! Definitivamente eu havia falado demais

Annabeth me lançou um olhar mortal, como se dissesse: “Você e essa boca grande”. É, eu estava encrencado.

— Eu não acredito que os dois quebraram as regras do acampamento! – Atena estava basicamente gritando, daqui a pouco acabaria acordando todos os outros campistas – Perseu Jackson e Annabeth Chase, o que vocês fizeram? Quebrando regras do acampamento somente para... para... para... satisfazerem seus desejos adolescentes? Vocês nem são adultos nem nada, e ainda no chalé de Poseidon?! Que coisa mais desrespeitosa, pois saibam que se fosse no meu chalé, ambos estariam a caminho do Tártaro nesse exato momento. O que não significa que eu ainda não mandarei um certo semideus para o Mundo Inferior. – Atena olhou para mim sugestivamente.

Eu e Annabeth trocamos olhares nervosos. Até que a Sabidinha resolveu intervir.

— Não! Não fizemos absolutamente nada, mãe, a não ser dormir. - Annie falou as palavras com bastante firmeza e não se deixou intimidar pelo olhar incrédulo de Atena.

— Por favor, você está me dizendo que passou a noite no chalé de Poseidon, quebrando uma das regras mais antigas do Acampamento Meio-Sangue, para dormir com esse... Pervertido que você chama de namorado? Quer dizer, realmente dormir, sem segundas intenções como diria Afrodite?

— Sim, Lady Atena! – resolvi falar pois achava que a deusa já estava mais calma, o que fora um erro, pois ela me lançou um olhar maligno.

— Ainda não estou falando com você. - logo ela voltou a me ignorar e a olhar para a filha - Responda, Annabeth!

— O que o Percy falou é verdade. Eu só fui ficar conversando com ele, mas nós acabamos deitando na cama e dormindo. E só reparamos nisso de manhã cedo, ao acordar. - a voz da Annabeth estava cheia de convicção.

Acho que Atena reparou a mesma coisa, mas quando eu estava começando a ficar aliviado enquanto o rosto da deusa se suavizava, ela me surpreendeu.

— Está certo! Parece que me enganei quanto suas ações em relação a minha filha, Percy. - seus olhos nos avaliaram – No entanto, dois semideuses, filhos de deuses diferentes, são estritamente proibidos de permanecer no mesmo chalé. Quanto mais dormirem juntos.

Pela forma como ela falava, parecia que contaria aquilo para alguém.

— A Senhora não vai contar isso para alguém? Vai? – perguntei enquanto Annabeth apertava minha mão, um sinal de que não era para eu ter perguntado aquilo.

Atena pensou por um segundo.

— Deveria, mas... Não. Dessa vez acreditarei em vocês, sinto que dizem a verdade. Mas saibam que da próxima, não me importarei se terei de denunciar minha própria filha. – seus olhos perigosos de repente ficaram mais suaves – Não se esqueça sobre o que conversamos antes Annabeth, é de extrema importância.

Eu ia perguntar o que elas conversaram, porém Atena me lançou um olhar feroz antes de ir embora, o que me intimidou o suficiente para ficar de boca calada.

— Isso foi... – começou Annabeth.

— Ameaçador! – completei. – Será que foi Apolo que contou algo para sua mãe.

Annabeth semicerrou os olhos na minha direção e me deu um tapa no braço.

— Não acho que tenha sido o caso, tem mais a ver com o fato de um certo filho de Poseidon que não conseguiu manter a boca fechada enquanto Atena ainda estava por aqui.

— Aí, isso doeu! - não era porque eu era, tecnicamente, invencível, que tapas não doíam — E eu não podia adivinhar que sua mãe ainda estava por perto, senão, teria ficado calado.

Annabeth estava pronta para revidar o que eu havia dito, mas não o fez, pois Clarisse, que estava bem melhor depois do tratamento com néctar e ambrosia, veio correndo para a arena as proximidades da arena.

— Ei! Annabeth! Persiana! – berrou Clarisse, me fazendo trincar os dentes – Parece que a amiga de vocês, aquela maluca que é o nosso oráculo, acabou de chegar ao acampamento.

Nem respondi a Clarisse como ela devia, pois estava surpreso com o que ela dissera.

— Rachel? –perguntei – Ela não deveria estar no colégio? Ou em casa?

Clarisse deu de ombros.

— Faça perguntas a doida da sua amiga-ex-ficante-que-quase-foi-sua-namorada, otário! – disse Clarisse antes de se virar e ir embora batendo o pé.

Fiquei paralisado, esperando pela reação de Annabeth às palavras de Clarisse. Ela fechou os olhos e respirou fundo, sussurrando algo como: “Calma Annabeth, você tem controle, não precisa matar Clarisse! E além do mais Percy é seu namorado, e nunca teve nada com a Rachel. Pelo menos, não que você saiba”. Pensei ter ouvido ela dizer isso, mas não tinha certeza.

Quando eu estava começando a ficar preocupado, Annabeth abriu os olhos e disse:

— Vá ver a Rachel!- era quase um ordem.

— Você não vem? – perguntei confuso.

Ela sacudiu a cabeça, fazendo com que seus cachos loiros balançassem de um lado para o outro.

— Não! Agora não, eu tenho que falar com o Bryan primeiro.

Incrédulo, olhei para ela. Annabeth e Rachel haviam se entendido desde o fim da guerra com os Titãs, mas mesmo assim, minha namorada não ficava particularmente feliz quando eu ficava a sós com Rachel. Então, foi realmente um choque ela basicamente ordenar que eu fosse ver minha amiga sem nem se incomodar em querer ir junto porque queria falar com o Bryan. Aquilo era estranho.

— Falar o que com ele?

— Assunto meu, depois te digo Cabeça de Alga.

Ela me deu um beijo e correu na direção do chalé de Zeus.

É, ela teria que me contar sobre aquilo depois. E bem rápido. Mas antes que eu ficasse com vontade de acabar com o Bryan (não sei por que, no entanto, eu queria muito acabar com a raça dele. E não, não é ciúmes, imagina!). Saí andando em direção à Casa Grande.

Cheguei à varanda resmungando algo sem nexo sobre Annabeth e seus mistérios. Acabei dando de cara com Rachel. Eu não a via há pouco menos de um mês, mas ela continuava a mesma Rachel de sempre, usando sua calças jeans manchadas de tinta e uma blusa sobre alguma causa social que eu não conseguia ler graças a minha dislexia.

Rachel me deu um rápido abraço e se afastou.

— O que está fazendo aqui? –perguntei - Você não deveria estar no colégio ou algo assim?

— Ah, às vezes eu passo por aqui nos fins de semana para ver como estão as obras da minha caverna. Mas eu é que te pergunto, Percy, que você está fazendo aqui? Cadê a Annabeth?- seus olhos verdes começaram a procurar ao meu redor.

— Está falando com um amigo. –sem querer, disse isso com certo tom de desprezo – Logo deve estar vindo.

Rachel ergueu uma sobrancelha.

— O que foi? Não gosta desse garoto? - perguntou – Está com ciúmes?

— Eu? Com ciúmes? Só porque ele é filho de Zeus e fica olhando para Annabeth a cada minuto? Não, imagina, de onde você tirou isso? –disse com um certo sarcasmo que fez Rachel rir.

— Eu não disse nada disso, mas... Filho de Zeus é?

— É!-disse exasperado.

Rachel soltou uma risadinha ao ver minha reação.

— O que há de tão cômico, crianças?- perguntou Quíron saindo a galopes de dentro da Casa Grande.

— Só o Percy com ciúmes da suposta amizade entre Annabeth e um tal filho de Zeus. –disse Rachel sorrindo, o que fez Quíron erguer uma sobrancelha.

Mas ele não pode perguntar nada, pois Annabeth e Bryan surgiram na varanda, rindo muito alto.

—  Do que estavam rindo? –perguntei antes mesmo de Annie falar com Rachel.

— Sobre uma coisa que Apolo disse à Bryan! – respondeu Annabeth sorrindo e abraçando Rachel. — Ah! Bryan essa é a Rachel. Rachel, esse é o Bryan!

Ambos deram um aperto de mãos.

— Ah, suponho que você seja o amigo de Annabeth, o que é filho de Zeus, certo? Percy estava falando de você ainda agora. – disse Rachel.

O quê? Aquela garota queria o quê? Que eu a matasse? Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa comprometedora, me intrometi.

— Estava contando a Rachel sobre o mais novo membro do acampamento. Você, Bryan.

Bryan parecia desconfortável com o que eu disse. Porém, deixei isso de lado, ao reparar na forma como Annabeth e Quíron se comunicavam só pelo olhar. Só os deuses sabem como eu odeio isso, sempre sinto que eles estão escondendo algo importante quando se comunicam assim.

— O que está acontecendo? – perguntei olhando para os dois.

Annabeth olhou mais uma vez para Quíron antes de se virar para mim.

— Apenas quero falar com Quíron sobre a missão que Atena me deu e...

Antes que Annabeth completasse a frase, Rachel ficou os olhos vidrados e com uma espécie de névoa verde ao seu redor. Eu já tinha visto a cena antes, mas não era menos assustador ver minha amiga ser possuída pelo espírito do Oráculo.

A voz do oráculo disse:

“Três semideuses em uma busca irão,

Atrás de algo sem salvação;

Um inimigo irá escapar

Com a ajuda daquilo que quer se levantar;

Antigas profecias serão reveladas,

E no final, uma decisão mortal a ser tomada”.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ansiosos pelo desenrolar da história? Porque meu cérebro não para de bolar os próximos capítulos.
Então, respirem fundo, e se segurem, porque muita coisa vai acontecer...
Beijos!