Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 23
Capítulo 23: Clarisse leva um choque


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Desculpem não responder os reviews, mas prometo que vou tentar responder até sexta- feira.
Gostaria de agradecer a linda Recomendação de gusta 24. Obrigada!!



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Percy’s POV

Assim que Blackjack pousou na areia da praia, saltei dele e ajudei Annabeth a descer.

— Sabe que não precisa ficar me ajudando a subir e descer do pégasos toda hora, certo? Sabe que posso fazer isso sozinha. – Annie me olhava atentamente.

O céu noturno fazia seus olhos ficarem tão escuros quanto uma nuvem carregada de chuva, mas sua expressão era suave, o que demonstrava que ela não estava zangada. 

— Eu sei, mas gosto de fazer isso, gosto de te tocar. Prova o quanto isto é real, fora que eu quero fazer tudo certo. – me senti corando ao dizer isso. – Você não gosta quando faço isso?

Ela sorriu antes de me responder.

— Claro que gosto, Cabeça de Alga, na verdade, gosto muito. Mas você não precisa se sentir obrigado a fazer coisas assim o tempo todo, eu sei me virar. – ela me lançou uma piscadela antes de me abraçar.

“Já vi que é hora do cavalo alado se mandar”

Silenciosamente, Blackjack se retirou em direção ao estábulos enquanto Annabeth e eu namorávamos um pouquinho na orla da praia. 

— Pessoal! Pessoal! – Travis Stoll veio correndo em nossa direção – Parem com a melação e venham ver uma coisa!

— Ver o quê? – perguntamos Annie e eu enquanto nos afastávamos.

— O novato, o Bryan.

— O que tem ele? – questinou Annie.

— Clarisse está fazendo o famoso ritual para novatos.

— Mergulhando cabeças na privada? – perguntei

— Exatamente.

— Pensei que ela não fizesse mais isso. – disse Annabeth. – Pensei que tivesse crescido.

— Pelo visto não! – disse Travis antes de sair correndo em direção aos campistas que praticavam arco e flecha, provavelmente para contar-lhes a mesma notícia.

Annabeth e eu nos entreolhamos e saímos correndo na direção do banheiro feminino, local onde Clarisse costumava realizar suas iniciações.

Olha, eu lembrava a sensação de quase ter a cabeça mergulhada na privada, e era horrível, no entanto... Bem, Bryan parecia muito interessado em Annabeth, talvez um pouquinho de sofrimento fosse algo bom.

Só aí me dei conta de que devia ser isso que meu pai queria que eu visse, seria uma pequena vingança que Clarisse faria por mim sem saber. Eu não havia esquecido a forma como aquele garoto analisava Annie e nem o jeito com que segurou sua cintura, talvez fosse divertido ver a cena.

Chegando aos sanitários, Clarisse estava quase enfiando a cabeça de Bryan privada adentro e, por mais, que não fosse amigo dele, confesso que não estava gostando de ver Clarisse bancando a valentona.

— O que podemos fazer? – perguntei à Annabeth, me sentindo incomodado com a cena de uma forma que não pensei que ficaria.

Minha namorada me olhou como se eu estivesse maluco.

— Nada, Percy, não podemos fazer nada. Se fizermos algo ele não vai formar a própria reputação e isso ferirá seu ego. Lembra quando chegou aqui? Se eu tivesse te ajudado você teria gostado?

Não, é, eu sabia que não.

Annie não conseguiu olhar a cena, por isso tapou os olhos com as mãos, embora olhasse pelas frestas de seus dedos; exatamente como fizeram quando Clarisse realizará aquela cerimônia comigo.

Não dava para ver a cena muito bem de onde eu estava, mas eu soube que Clarisse havia mergulhado a cabeça dele quando um barulho de água e um cheiro horroroso chegou ao meu nariz.

Isso me fez lembrar de quando estava naquela mesma situação e de todos os valentões que havia enfrentado nas escolas em que havia estudado. Sem conseguir controlar minha raiva, fiz com que o encanamento explodisse, fazendo a água jorrar em todas as direções e molhando todas as filhas de Ares, as únicas pessoas secas eram Bryan, Annabeth e eu.

— Percy... Você... – os olhos cinzas de Annabeth estava  arregalados.

— É, eu explodi o encanamento, não pude me controlar.

Clarisse parecia atônita, ela estava completamente molhada e não entendia o que havia acontecido. Bem, isso até ela olhar ao redor e perceber que eu estava ali perto e totalmente seco. Sem pensar duas vezes, ela começou a caminhar pesadamente em minha direção.

— Jackson! – ela rosnou meu nome.

Eu não sabia o que faria a seguir, provavelmente xingaria Clarisse de algum nome feio, mas não precisei disso. Da escuridão da noite surgiu algo luminoso, que demorei alguns segundos para perceber que se tratava de um relâmpago, o mesmo atingiu em cheio o chão molhado, eletrocutando assim Clarisse e suas irmãs do mal. Elas caíram duras no chão, se debatendo.

— Elas precisam de ajuda! – berrou Annabeth, sendo uma verdadeira líder do acampamento, posição que ela vinha ocupando com maestria desde a saída de Luke. – Dríades, levem Clarisse e as suas irmãs para a Casa Grande, filhos de Apolo ajudem as e façam os curativos, cuidem para que todas fiquem bem.

Todos assentiram.

Annabeth andou firmemente em direção à Bryan.

— O que estava pensando? – ela lhe deu um tapa no braço.

— Desculpa. Eu simplesmente me enfureci Annabeth, ela mergulhou minha cabeça na água suja da privada. E creio que o Percy também ficou com raiva, já que eu tenho certeza de que foi ele quem explodiu o encanamento.

Sem graça, encolhi os ombros.

— Ok. Confesso que eu explodi sim os canos. Mas, ao menos, não feri ninguém!

— Sim, uma coisa é você por Clarisse para correr, outra bem diferente é quase matá-la! – se exaltou Annie. – Você não sabe que eletricidade e água juntas são algo extremamente perigoso? A água é um condutor de energia, a potência do choque aumenta!

— Desculpa, realmente não foi minha intenção machucar demais alguém. Eu só não pude me controlar.

Percebendo que ele falava a verdade, Annabeth suspirou, tentando acalmar-se.

— Pois então, procure se controlar a partir de agora. 

No mesmo instante, Quíron chegou até nós galopando.

— Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui? Annabeth?

Ela suspirou mais uma vez antes de falar.

— Em resumo, Clarisse mergulhou a cabeça de Bryan na privada, Percy se zangou e explodiu o encanamento, Bryan perdeu o controle e fez com que um relâmpago acertasse o chão molhado. Isso eletrocutou Clarisse e suas irmãs. Mas já pedi para as Dríades e os filhos de Apolo cuidarem delas.

Quíron nos analisou.

— Terei uma conversa com Clarisse quando ela acordar, mas por enquanto... Bryan queira me acompanhar até a Casa Grande, por favor. E Percy... – Quíron me olhava seriamente – Bryan é um novato, mas você já está conosco a bastante tempo para saber se controlar e para saber que essa não é a melhor forma de lidar com Clarisse. De qualquer forma, quero falar com você também, mas amanhã de manhã.

Meio sem graça pelo pequeno sermão de Quíron, apenas assenti. Por fim, ele e Bryan se afastaram de nós, caminhando (no caso, Bryan caminhava e Quíron galopava) em direção a Casa Grande.

— Acho que por enquanto os problemas acabaram... – disse Annabeth – Só estou preocupada com Clarisse.

— Não se preocupe! – disse segurando sua mão – Não tem um ditado que diz "vaso ruim não quebra"?

Ela assentiu.

— Existe, tomara que se aplique para Clarisse.

— Com toda certeza se aplica. O que me preocupa é a conversa que Quíron quer ter comigo.

— Ah, nada demais, ele deve te dar um pequeno sermão sobre autocontrole e depois te liberar. 

— Tomara que seja só isso.

Ela sorriu um pouco e ficou me olhando. Até que pareceu perceber algo.

— Bem, considerando que o jantar já aconteceu e que minhas roupas estão em péssimo estado. - ela apontou para seu vestido que estava sujo e chamuscado por causa de nossa luta com o Leviatã — Acho melhor eu ir para o meu chalé. Nos vemos amanhã?

Ela parecia cansada, e eu também deveria estar, mas eu não queria deixá-la ir.

— Por que não fica comigo? 

Ela levantou uma sobrancelha, inquisitiva.

— Ficar com você? Onde precisamente?

— No meu chalé.

Ela semicerrou os olhos. 

— Não faremos nada impróprio – disse eu, agora ambos coraram – Só quero ficar mais um pouco com a minha namorada.

Sua expressão se suavizou.

— Se fizéssemos isso, estaríamos quebrando as regras. 

— Algumas regras foram feitas para serem quebradas. 

Ela ficou parada no lugar por um momento, parecendo pensar na situação. Por fim, ela olhou ao redor e, ao perceber que não havia ninguém por ali, pegou minha mão e entrou no chalé de Poseidon.


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Notas finais do capítulo

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