19 de Setembro. escrita por DramioneFanClub


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

1º desafio de oneshots do DramioneFanClub!


Título: 19 de Setembro.


Nome autor: Alice_Potter


Palavra base: Amor.



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19 de setembro.

Quase dois anos já se passaram depois daquela que foi considerada uma das piores batalhas que o mundo bruxo já havia presenciado. A grande maioria dos alunos de Hogwarts que anteriormente não puderam se formar no tempo previsto tiveram a oportunidade de terminar os estudos. Hermione Granger era uma desses alunos, a previsível e irritante sabe-tudo, mas hoje isso não importava tanto pra ela, pelo menos não nesse dia.

19 de Setembro, exatamente neste dia ela completava seus 21 anos de vida. E digamos que esse dia não estava acontecendo da maneira com que Hermione esperava, não mesmo...

Era o inicio do outono em Londres, essa mudança climática ainda não era muito perceptível aos olhos, porém a temperatura havia caído um pouco fazendo com que Hermione acordasse com frio naquela manhã.

Aos poucos abriu os olhos encarando o teto sem vida do seu quarto, havia decidido mudar essa cor apática há muito tempo, porém ainda não havia realizado esse desejo. Espreguiçou-se vagarosamente em sua cama acordando aos pouco, mas ao olhar para o relógio que estava em cima do criado mudo e notar a data cravada ali se espantou e de repente saltou fora da cama. Ela só não contava com um lençol enrolado em seu pé fazendo com que caísse no chão com um enorme estrondo.

- Ótima maneira de se começar o dia... Esse dia. – Ela dizia enquanto retirava o lençol de seu pé, levantou-se do chão e caminhou até seu banheiro. Um tempo depois desceu para o café da manhã e estranhou não encontrar seus pais ali, apenas uma mesa arrumada para um simples café da manhã e um pequeno bilhete:

Saímos mais cedo para trabalhar querida, tenha um bom dia.

- Mas hoje é... Meu aniversário, eles não podem ter se esquecido. Isso é um absurdo, mas aposto que meu querido Ronald não vai se esquecer é melhor que não se esqueça. – Ela dizia olhando ameaçadoramente para um porta retrato dela e de Rony. Ela apenas ignorou o café da manhã e saiu.

O dia dela não havia começado da melhor maneira possível. Ela pensava enquanto adentrava a sala de aula, onde alguns bruxos já haviam se sentado, tão logo ela entrou seu professor Nicolas Byron também chegou. A aula de direito dos bruxos era longa e cansativa, um assunto que na opinião de Hermione era tão chata quanto à burocracia trouxa.  Mas ainda que a aula fosse uma das melhores, nada naquele dia nada parecia agradá-la, ela parecia uma criança ansiosa e irritada, estava completamente distante da aula quando seu professor a repreendeu:

- Senhorita Granger, por que não nos diz qual a importância da execução das leis mágicas para a boa e pacifica convivência na comunidade bruxa inglesa?

Hermione sabia e podia muito bem responder a essa questão, mas de alguma maneira estava sem paciência para aquela aula, quanto mais à pergunta de seu professor.

- Ora, por que pergunta para mim?! O professor aqui é você, já deveria saber as respostas não acha?! – Ela disse em tom de zombaria.

- Esse tipo de comportamento é inadmissível senhorita Granger, creio que deva se retirar da minha aula. Já!

Hermione não respondeu nem disse uma palavra sequer, apenas pegou suas coisas e se retirou rapidamente da sala, andava a passadas longas e apressadas quanto colidiu com um corpo em sua frente caindo para trás com a brutalidade do choque.

- Você está bem?

Hermione ouviu, mas não acreditou que o dono daquela voz realmente estivesse ali e ainda por cima dirigindo-se a ela.

- E-Eu estou bem. – Ela disse segurando na mão estendida a ela para que se levantasse do chão.

Seus olhos irritados como a dona fixaram-se naquele triste e frio olhar acinzentado de Draco Malfoy. Ele havia crescido fisicamente, estavam mais alto e mais forte, os cabelos mais escuros negavam que um dia foram platinados, mas ele ainda parecia ser o Draco que viu um ano atrás quando as aulas em Hogwarts terminaram.

- Hermione Granger, achei que nunca mais fosse encontrá-la.

- Acho que digo o mesmo a seu respeito. O que faz por aqui? – Ela perguntou sem entender por que estava interessada em saber o que ele fazia ali.

- Vim fazer umas aulas extras aqui em Londres. – Foi tudo o que ele disse.

- Eu tenho que ir agora. – Ela saiu apressada novamente.

- Espere! – Mas Hermione não o ouviu e desapareceu virando o corredor deixando-o ali sozinho.

Ele pensou em ir para a sala para qual estava se dirigindo, mas algo dentro dele parecia ter se despertado, algo que ele um dia achou que tinha o total controle, mas estava completamente enganado. E já era hora de agir espontaneamente de uma vez por todas, afinal o amor era assim, espontâneo.

Não pensou em mais nada antes de correr atrás daquela garota, à garota que mexia com ele desde que ele se conhecia por gente, a única garota capaz de agradá-lo e irritá-lo ao mesmo tempo, ainda que ela sequer soubesse disso. Hermione Granger era por quem ele sempre fora completamente apaixonado, completamente rendido. Correu mais do que suas pernas podiam aguentar até alcançá-la já na rua andando pela calçada.

- Hermione! – Ele gritou seu nome já segurando seu braço.

Ela estranhou completamente a atitude dele.

- O que quer agora? – Ela perguntou entediada.

- Eu preciso falar com você, urgente. – Ele disse sério aguardando a resposta dela.

Ela olhou dos lados e avistou um pequeno café do outro lado da rua, e foi para lá que eles foram juntos.

- O que vão pedir? – Uma garçonete perguntou.

- Um café. – Hermione pediu sem interesse.

- O mesmo para mim. – E a garçonete se foi em busca do café deles.

- E então, o que precisa me dizer. – Ela perguntou tentando ocultar sua curiosidade o que não passou despercebido por ele.

- Prometo ser objetivo. Hermione hoje quando a encontrei, percebi que não sou capaz. Não sou capaz mais de guardar isso comigo. Achei que tinha o controle, achei que isso nunca passou de imaginação minha, mas hoje eu sei. Pra ser mais exato eu não entendo, realmente não entendo.

- Eu não estou entendendo você Draco. – Ela enfatizou o seu primeiro nome. Ele apenas sorriu com a menção dela o chamar pelo nome.

- Hermione, eu não pretendo mais esconder, enrolar, ocultar ou esquecer isso que está comigo. – Ele disse indicando o próprio peito.

- E do que é que estamos falando? – Ela perguntou se fazendo de desentendida.

- Amor, estamos falando de amor, porque EU TE AMO. Sempre amei, e não sei mais o que faço com esse amor... Hermione? Hermione? – Draco levantou-se preocupado com a reação dela, primeiro ficou branca como papel e depois desmaiou.

Alguns minutos depois, Hermione ouviu alguns murmurinhos, vozes ecoando distante em sua cabeça. Enquanto ela voltava a si ouviu a voz rouca dele lhe perguntar:

- Você está bem? – E ela abriu os olhos. – Uffa, o que aconteceu com você?

- Não sei... – Ainda estava meio aérea.

- Você por um acaso já comeu algo hoje? – E ela apenas balançou a cabeça negativamente. – Eu deveria imaginar. – E pela segunda vez naquele dia ele a ajudou a se levantar.

Draco a levou até em casa, alegando que não era prudente deixá-la ir embora sozinha.

- Draco, eu sinto muito lhe infringir tamanha dor.

- Não se preocupe, eu apenas precisava dizer, sabe, ter certeza de que você um dia soube.

- Eu realmente... – Mas ele ágil e impertinentemente a beijou. Hermione juraria que se ele não a estivesse segurando teria novamente desmaiado. Quando o ar clamou mais alto que o beijo deles eles se separaram.

- Hermione, me desculpa não... – Mas foi à vez de Hermione puxá-lo para si roubando-lhe um beijo. Quando novamente se separaram Hermione já estava mais que arrependida.

- É melhor você seguir seu caminho e eu o meu como estivemos fazendo até agora, a vida segue normalmente.

- Talvez esse normalmente nunca mais seja normal. – Foi tudo o que ele disse antes de desaparecer levando com ele o perfume de Hermione e a lembrança do beijo que ele um dia jamais imaginou que aconteceria.

Hermione passou o dia completamente enlouquecida. Em alguns momentos pegava seu subconsciente vagando nas lembranças daquela manhã de outono, ora sentia-se tremendamente suja por tamanha traição a si mesma e a seu namorado, ora sentia-se por completo confusa; estaria mesmo a gostar de Draco Malfoy, ou ela já gostava??

- Eu vou enlouquecer desse jeito. – Ela falava sozinha, enquanto guardava um livro que inutilmente ela tentava ler, de repente uma pequena coruja bicou a janela de sua sala, ela trazia consigo um pequeno envelope roxo. Hermione soltou o envelope e dispensou a pequena coruja, ao olhar no envelope notou a caligrafia desleixada de Rony, e sorriu ao imaginar o que queria dizer o bilhete:

Querida Hermione, preciso conversar com você, estou meio atarefado hoje, te encontro no Blue’s às 19 horas. Até lá.

Com amor R. Weasley.

Em seu apartamento Draco andava de um lado para o outro impaciente. Suas mãos frias bagunçavam seus cabelos toda vez que passava a mão nervosamente sobre eles. A imagem do encontro que teve pela manhã estava nítida em sua mente, fazendo com que ele passasse as imagens como um filme em sua cabeça.

- Vou acabar enlouquecendo se ficar aqui. – Ele pegou seu casaco e saiu. Caminhou solitário pelas ruas de Londres, já deviam ser umas 17 horas, ainda estava claro quando entrou em um pequeno pub, dirigiu-se ao balcão onde doses e mais doses de uísque enchiam seu copo.

Hermione depois de um dia de muita ansiedade e espera arrumou-se e saiu. Logo já se aproximava do local marcado para encontrar-se com Rony, mas uma nova sensação fez seu coração bater descompassado, ela nunca havia se sentido tão ansiosa quanto estava agora, mas algo lhe dizia que não era por causa de Rony Weasley que seu coração batia contra o peito nesse exato momento. Diminuiu os passos, quase parando quando se deparou com a fachada do lugar do encontro. Algumas pessoas passavam por ela, pareciam sequer notá-la ali. Respirou fundo tomando fôlego e entrou.

- SURPRESA! - Uma chuva de gritos, assovios e palmas e serpentinas caíram sobre ela. Uma festa surpresa. Sim, os amigos de Hermione Granger jamais se esqueceriam do aniversário dela, não mesmo. Cantaram parabéns e ela apagou as velas. 21 anos de Hermione Granger.

- Mione, parabéns, não achou mesmo que nos esqueceríamos de você? – Seus pais a abraçaram, beijando-lhe a face.

Já havia cumprimentado quase todos quando Rony a puxou pela mão.

  

- Ron você planejou isso sozinho?

- Sempre o tom se surpresa, não é mesmo? – Ele riu, estava diferente, não era um riso comum, parecia até um pouco bêbado.

- Você está bem? Digo você bebeu?

-  Estou bem, só bebi um pouquinho. – Ele riu abraçando Hermione.

- Vou pegar algo pra beber e já volto ok? – Ela deixou Rony rindo para trás.

Sentou-se no balcão ao lado de uma pessoa que já estava ali, enquanto aguardava a chegada do atendente, não deixou de notar a pessoa que estava ali, teria caído para trás se não estivesse tão surpresa.

- Draco? O que faz aqui?

- Ah, oi Hermione, eu estava aqui quando a festa começou. Feliz aniversário, eu devia saber. – Ele disse erguendo seu copo oferecendo um brinde.

- Você, não...

- Não, ninguém sabe de nada. Acha mesmo que eu contaria, apesar de que me daria uma imensa alegria, estragar com a felicidade do Weasley.

Hermione não disse nada, apenas o analisou com o olhar, até que seus olhos fixaram-se nos seus, novamente.

- Acha que pode ser forte? – Ele perguntou ainda olhando em seus olhos.

- Sou corajosa, a força é só mais uma virtude. – Ela devolveu provocando.

- Vamos ver. – Ele sorriu de lado, pegando sua mão e a arrastando para fora daquela multidão. Foram até os fundos do bar.

- Forte então?

- O que você acha?!

- Acho que não tem forças para resistir.

- Resistir a quê?

- A mim. – E os lábios dele tomaram os dela, um beijo, daqueles que te fazem sair do chão e viajar perdida em um universo paralelo, o qual você sempre se esquece depois.

– Eu disse que você não resistiria a mim.

- E por que só agora...

- Mudanças, eu mudei assim como você e todos os outros mudaram, não pergunte o porquê, quando ou onde, eu apenas mudei.

- Sabe que isso é a coisa mais sem lógica ou explicação racional. Mudar. Você é Draco Malfoy, mas quem é você?

- Você é Hermione Granger, ainda que eu não saiba quem você realmente é.

- Isso é realmente profundo, profundo demais pra você, mas eu não escolho.

- Você já escolheu.

- Sim, lamento, não é você.

- Eu sei, sempre soube, só não queria ter certeza.

- Acho que ninguém nunca tem toda certeza.

- Ainda assim, foi bom. Adeus Hermione Granger. – Ele selou seus lábios aos dela e assim se foi.

Sem certeza. Sem a certeza de que escolherá certo, sem a certeza de que era isso o que ela realmente queria, mas o amor é assim, é ter a única certeza de que você não tem certeza. E Hermione tinha essa certeza do amor.


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Notas finais do capítulo

Há, perdoem essa cronologia, não tenho certeza de que esteja completamente certa.

Beem, não sei se gostei desssa minha historia... sim eu também nao tenho certeza de nada...

E você tem alguma?

Bj's Alice_Potter

PS: Deiixe um review??!