Elos escrita por San Costa


Capítulo 5
Capítulo 6 - A esperança de Pandora




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A esperança de Pandora

O segredo do tempo é consumi-lo sem percebê-lo.
É fingir-se infinito para não o vermos passar
É fazer-se contar em momentos em vez de anos

Relógio, despertador, cronômetro, calendário
Tudo engodo para imaginarmos prendê-lo, controlá-lo

Ampulheta, único instrumento sincero do tempo
Regressivamente, nos impõe a gravidade
De haver realmente um último grão
Riscando na areia a nossa fragilidade 

Mas o tempo é imparcial
Não distingue rico de pobre
Preto de branco, homem de mulher
Devora-se sem escolhas

Matar o tempo é matar-se sem sentido
Perdê-lo é viver em vão

Faz-se devagar nos maus momentos
Depressa quando o queremos

Ponteiro invisível da vida
Peça necessária do fim

A sua fome é insaciável
A sua vontade é determinante
A sua procura é unânime

Se esconde nas sombras que se movem
Nos objetos que não mais servem
Nas pessoas que nunca mais vimos
Na podridão das frutas que não foram colhidas
Nas lembranças já esquecidas

Revela-se nas fotos que se desbotam
Nas cartas que amarelam
Nas crianças que crescem
Nas rugas que aparecem

Deixa-nos a esperança de Pandora
Nas ações dos que virão
No nascimento dos rebentos

Emmett

Quando chegamos a Freiburg Carlisle nos deu o endereço de nossa nova casa, nos dividimos e fomos para nossa nova casa.

***

         Demos a volta em um lago e chegamos numa casa oculta pelas arvores. Os braços da floresta tocavam nosso quintal. Assim que nos acomodamos Carlisle foi atrás de uma escola pra Brenda e a Nessie.

         - E ai? – Nessie perguntou assim que Carlisle chegou em casa. – Quando começamos? – Ela estava ansiosa para poder começar na escola, porem a tristeza não abandonava seu olhar. Carlisle explicou que havia conseguido matriculá-las, e que a Brenda iria ser nossa, de Rose e minha, filha adotiva, e Nessie seria sobrinha do Edward.

         - Yeah. – Brenda gritou comemorando. Logo Alice planejou uma ida a Suíça para comprar as roupas e matérias escolares das meninas. Porem ela reformou os guarda-roupas de todos na casa.

         - Estou tão nervosa papai. – Brenda falou se sentando na cama. Já fazia meia hora que eu tentava a fazer dormir, mas ela estava muito ansiosa, pois no dia seguinte seria seu primeiro dia de aula.

         - Eu sei princesa, mas não precisa ficar nervosa. Todos vão amar você. – Um pequeno sorriso nasceu em seu rosto e logo cresceu.

- Ainda bem que a Nessie estará lá também.

- Brenda não era pra você já esta dormindo? – Rose perguntou entrando no quarto, sua cara de brava não enganou a ninguém.

         - Eu não consigo to muito ansiosa. – Rose a olhou por alguns minutos e perguntou com um sorriso.

         - E você já arrumou sua mochila e sua roupa pra amanhã.

         - Não.

         - Que tal se arrumássemos juntas, quem sabe seu sono não vem.

         - Sim. – Brenda falou se levantando. Fiquei a observar enquanto as minhas duas loiras entraram no closet, Rose mostrava as roupas pra ela e ela dizia se aquela era boa ou não, por fim ela escolheu quatro e então as vestiu pra que eu desse minha opinião. Duas eram umas micro saias com meia calça e ela nem começou a desfilar e eu disse NÃO. Uma era uma calça com casaco e a ultima era uma bermuda balone acima do joelho, meia calça e uma blusa fina de frio, com um casaco colorido.

         - Essa. – Falei sorrindo, Brenda pulou gritando que tinha amado. Rose arrumou tudo com sua velocidade vampiresca, pegou a mochila da Brenda e se sentou na mesinha de estudos. Foi revisando tudo junto com nossa filha. Não passou muito até ela me chamar.

         - Tem gente com sono aqui papai. – Fui até elas, peguei a Brenda com cuidado, a coloquei na cama, enrolei um cobertor entre ela e eu e me deitei ao seu lado. Ela me olhou com os olhos semi fechados e sorriu, comecei a sussurrar uma canção de ninar e logo ela estava dormindo.

         No outro dia Brenda e Nessie acordaram animadas para o primeiro dia de aula

Edward

         Os meses passavam, Nessie e Brenda estavam amando a escola, porem a alegria da minha filha era incompleta, seu sorriso não chegava em seus olhos e quando ela falava com Jacob ela sempre chorava depois.

- Argh. – Bella me olhou curiosamente estranhando o som que eu fiz. - Você já ouviu falar na esperança de Pandora? – A perguntei.

- Sobre o que é isso Edward?

-Zeus, o deus supremo da mitologia grega, é fruto de uma complicada teogonia que se assemelha à genealogia humana. Bravo e vingativo, o deus dos gregos casou-se inúmeras vezes gerando uma sucessão de deuses menores: Apolo, Hebe, Hermes, as Musas, etc. Diz-se do estranho chefe do Olimpo que havia ódio em seu coração e que tinha prazer em castigar os homens. E que certa vez, para vingar-se de Prometeu que roubara uma faísca do sol para com ela iluminar a inteligência humana, o mal humorado superintendente celeste resolve castigar os homens fazendo-os perder-se para sempre por meio de um ser extremamente belo detentor de todos os dons, Pandora, a primeira mulher! Ela é criada e enviada para Epimeteu (o que vê depois), embora Prometeu (o previdente) houvesse aconselhado seu irmão a não aceitar nenhum presente de Zeus de quem desconfiava muito. Ela traz consigo do Olimpo um presente de núpcias para Epimeteu: uma arca de ouro hermeticamente fechada. Pandora, a primeira mulher, modelada em argila por ordem de Zeus (o mal-humorado deus dos Gregos), a bela, a irresistível, a que sabia tecer, a que foi educada por todos os imortais, astuta, ardilosa, fingida, a que foi enviada a Epimeteu para desgraçá-lo e a toda a humanidade, trouxe de presente de núpcias a "caixa de Pandora". Levada pela curiosidade feminina, ela abre-a antes do momento combinado; dali se evoluem todas as calamidades e desgraças que até hoje atormentam os homens (um verdadeiro presente de grego). Fechando, rapidamente, essa caixa de desgraças, só a esperança ficou presa em seu interior. – Bella me olhou sem entender. – Quando eu olho para os olhos da nossa filha a única coisa que me resta é esperança, a esperança de Pandora. – Pude ver quando a compreensão tingiu os olhos de Bella. Assim como pra mim, era difícil pra ela ver nossa filha tão triste. – Esperança de que um dia ela será feliz por completo e seu sorriso alcançará seus olhos.

♥♥♥

No final de um ano assim como Carlisle pensou Nessie havia crescido dois anos e tinha aparência de doze anos.

- Posso saber por que esse bico. – Perguntei me sentando ao lado de Brenda.

- Por que agora Nessie e eu não seremos da mesma sala. – Ela falou me olhando.

- Não fica assim, um dia vocês ainda estudaram juntas. – Ela deu um pequeno sorriso. E então ela mudou completamente de assunto, essa era a magia de ser criança.

- Tio Edward amanhã é natal, quando vamos montar nossa a arvore?

- Verdade. – Falei pensando. – Você me ajuda? – Perguntei.

- Claro. – Ela gritou ficando de pé, a mel e o niki logo vieram pra junto de nós.

Bella

- Olha mamãe. – Nessie falou quando eu entrei na sala. Havia uma grande arvore de natal em um canto. Brenda sorria orgulhosa ao lado do Edward. – As meninas da escola disseram que farão uma ceia de natal. Vamos fazer também! – Nessie pediu.

- Vamos sim querida. – Esme falou entrando na sala. – Vocês me ajudam? – Tanto Renesmee quanto a Brenda saíram junto com a avó pra cozinha. Eu também fui pra cozinha ajudar, assamos um peru, fizemos rabanada e brigadeiro que era o doce preferido das meninas. Deixamos tudo preparado para o dia seguinte.

O dia passou voando e quando vimos já era à hora da grande ceia. Por volta das dez horas da noite nós abrimos os presentes, como sempre quase todos eram pras meninas, pouco antes de irmos pra mesa Edward sorriu.

- Tem mais um presente pra você filha.

- Onde? – Ela olhou pra todos os lados, estranhei, pois já tínhamos dado todos os presentes que tínhamos comprado, então senti seu cheiro e sorri.

- Na verdade mais dois. – Pude ver os olhos da minha filha arregalarem e ela gritou.

- JAKE. – Quando ele adentrou na sala e então ela voou em seu colo. Ela sorria e chorava ao mesmo tempo, enquanto Jake chorava abertamente. Não foi fácil separar os dois, demorou mais de uma hora pra Jake lhe entregar seu presente, um lindo colar de ouro branco, com um coração de diamante, que com certeza tinha custado caríssimo. Depois que ele a entregou o presente ele veio até mim e me abraçou.

- Bells. – Ele cumprimentou a todos e deu uma linda caixinha de musica pra Brenda de presente. A ceia que Esme fez quase foi pouca com Jake ali.

- Jake eu quero te mostrar tudo, a praça, minha escola. – Nessie falava igual uma tagarela. Nem parecia a mesma pequena que preferia usar seu dom a falar.

Jake ficou três dias conosco, Nessie o levou pra ver a escola, o lago, pra passear na praça. Eles foram ao parque e Jake andou em todos os brinquedos com ela. Nessie sorriu mais que durante o ultimo ano aqui.

No dia dele ir embora ambos choraram muito, e eu senti um nó se formar em minha garganta. Seria sempre assim, a mesma surpresa quando ele chegasse, a mesma alegria enquanto ele estivesse aqui e a mesma tristeza na hora dele partir.

♥♥♥

         Quando o ano começou Carlisle colocou a Brenda e a Renesmee em outra escola, pois não seria possível explicar como Renesmee havia crescido dois anos em um. Carlisle havia falado que ela cresceria ainda menos e poderia vir a ter um crescimento normal em muito pouco tempo.


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