Lodestar - Estrela Guia escrita por AnebellaCullen


Capítulo 24
Capítulo 24 - Heaven on Earth


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!!
vindo com um novo capitulo e trazendo nesse capitulo de hoje um Pov nunca antes usado... Curiosos?
Aproveitem a leitura!



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Pov Sophia

-O quê?! Você se apaixonou por Alice?! Não! Não pode ser! Como pôde?! - Eu gritei desconexa.

Alexander era apaixonado por Alice, por isso ele estava sempre com ela! Por isso que ele era gentil comigo, porque Alice gostava de mim! Que tola eu fui ao imaginar que ele talvez gostasse de mim! Era por ela, tudo por Alice!

Senti as lágrimas rolarem por meu rosto e me levantei. Tinha que sair dali, antes que Alexander percebesse o quanto tinha me magoado com aquelas palavras.

Não havia contado com Alexander e seus reflexos perfeitos de vampiro: Antes que eu pudesse ao menos levantar, as mãos dele seguravam firmemente meus pulsos, me prendendo ao meu lugar.

-Espere! Me deixe terminar! - Ele disse num tom cuidadoso, provavelmente estranhando minha reação.

-Não, eu... Eu preciso ir! - Disse baixinho, olhando pra baixo na tentativa de esconder meus olhos encharcados de lágrimas.

-Sophia, por favor olhe pra mim! - Ele falou suavemente. Mantive minha posição com algum esforço, as lágrimas rolavam copiosamente por meu rosto enquanto eu tentava não soluçar. Eu tinha a terrível sensação de estar sendo envolta por um casulo espesso de dor, que me tirava o ar.

-Olhe pra mim. -Ele repetiu, aproximando seu rosto do meu, tentando deixá-los no mesmo nível. Por puro instinto, tive que levantar o olhar para encarar seu rosto glorioso que agora estava tão próximo ao meu, o cheiro único dele embaralhando ainda mais meus pensamentos.

Quando fitou meus olhos, a expressão cuidadosa dele se tornou angustiada, como se ele pudesse saber a dor que eu sentia e a sentisse também. Suas mãos que estavam em meus pulsos moveram-se agilmente para meu rosto.

-Por favor, não chore! - Ele disse angustiado, enxugando minhas lágrimas com os polegares enquanto suas mãos pousavam sobre minhas bochechas.

Encarei o rosto preocupado de Alexander e não pude conter os novos soluços que irromperam em minha garganta ao pensar que tudo aquilo não era por mim, nunca havia sido. Era tudo por ela, tudo por Alice.

-Por favor... Deixe-me ir... Eu não posso mais... - Choraminguei, lamentando por demonstrar toda a minha tristeza pela minha voz.

O que aconteceu a seguir foi algo que eu jamais imaginaria.

-Sophia... - Ele sussurrou em meio a suspiro e, lenta e suavemente, encostou seus lábios aos meus.

No momento em que nossos lábios se encontraram, tudo desapareceu: Só haviam ele, eu e a certeza absoluta de que aquilo era certo, como se tudo o que eu passei na minha vida, todos os momentos bons e maus tivessem ocorrido para que Alexander e eu ficássemos juntos.

Mas essa não é a verdade. Uma vozinha irritante falou em minha mente, lembrando de que Alexander amava Alice.

Mas, se ele a ama, porque esta beijando a mim? Me perguntei, ainda perdida na confusão que era minha mente.

Enquanto meu cérebro tentava entender o que acontecia, meu corpo não esperava pela conclusão e se movia por conta própria. Quando percebi o que estava fazendo, estava me agarrando a Alexander, meus braços em torno de seu pescoço enquanto me aproximava o máximo que podia nossos corpos.

O paraíso acabou quando precisei respirar novamente e separei nossos lábios - foi o momento que a sanidade voltou e barrou os comandos descontrolados de meu corpo que me impelia a voltar para os braços de Alexander.

-Por quê? - Sussurrei com a voz trêmula, assim como o resto do meu corpo.

Alex aproximou-se lentamente, pegando minha mão. Dei tudo de mim para não perder o controle e consegui permanecer imóvel.

-Você não me deixou terminar... Ouça tudo dessa vez, ok? - Ele pediu com um pequeno sorriso. Continuei o encarando quietamente. - Como eu disse, quando encontrei Alice, eu senti algo diferente e pensei que finalmente havia me apaixonado... Mas não era isso. Eu amo Alice, é claro, mas não como mulher. Mesmo depois de começar a morar com os Cullen, eu continuei a me sentir incompleto, como se um buraco existisse dentro de mim e a cada dia ficasse pior... Até que aconteceu. - Ele pausou e, com um movimento lento, baixou o olhar para encontrar com meus olhos, sua expressão era intensa. - É você, Sophia.

Meu cérebro congelou nesse momento, as palavras dele não faziam sentido – Eram impossíveis demais para terem algum significado.

-Sou... Eu? - Repeti em choque. O pequeno sorriso no rosto dele se transformou num daqueles grandes, brilhantes e divertidos sorrisos que ele dava as vezes.

-Sim, você. Esperei por você por muito, muito tempo, Sophia. Eu te amo. Sempre vou amar, mesmo que você não queira ficar comigo, mesmo que escolha viver uma vida normal, sempre será você... - Ele dizia quando foi interrompido pelos meus lábios.

Me atirei nos braços deles numa forma até alvoroçada demais, mas ele me segurou me puxando pela cintura para que pudesse me firmar em seu colo. Num instante o beijo era puro e cálido, no outro, estávamos arfando, o desejo queimando onde nossas peles faziam contato.

Repentinamente Alexander me tirou sem esforço de seu colo e se afastou deliberadamente de mim, levantando do banco de madeira e virando as costas pra mim. Arregalei os olhos, me perguntando o que eu havia feito de errado.

-Desculpe-me. Eu acho que não deveria ter passado tanto dos limites... - Ele disse sério. Continuei confusa: Será que ele estava se arrependendo do que fez?

-O que houve? - Perguntei temerosa. Alex virou pra mim, seu rosto preocupado.

-Desculpe-me, meu autocontrole é usualmente bom, mas acho que foi demais... Desculpe, eu sei que deve soar monstruoso pra você... - Ele disse, sua expressão mudando para auto repreensão.

Ah, ele tinha ficado com sede, óbvio! Como eu não pensei nisso? Deve ser horrível beijar um humano, sentindo sede pelo sangue a todo momento e estando tão perto...

-Desculpe por beijá-lo, eu não tinha pensando que iria ser desconfortável pra você. - Pedi envergonhada, baixando o olhar. A risada alta de Alexander me fez voltar rapidamente a fitá-lo enquanto ele voltava a sentar do meu lado e afagava carinhosamente meu rosto.

-Desconfortável?! Beijar você foi a melhor coisa que experimentei toda a minha existência! - Ele disse divertido, aproximando-se mais de mim. Minha respiração falhou e meu coração, já descompassado tamborilou rapidamente em antecipação. - Só vamos tentar ir mais devagar... - Ele completou, me fazendo rir, mas o riso foi interrompido para, mais uma vez, provar do paraíso que era beijar a pessoa que eu amava.



Pov Leah



É, aqui estou de novo nessa casa vaziam olhando pras paredes como se elas falassem comigo. Loucura. Às vezes me pergunto porque não enlouqueci totalmente até agora.

Minha mãe foi visitar Charlie e Seth foi visitar sua querida coisinha-filha-de-sanguessuga e hoje eu não deveria patrulhar. Eu precisava sair também, mas pra onde?

Ir nos Cullen estava fora de questão – O fedor daqueles sanguessugas era insuportável. Talvez ir no Charlie? Não, com certeza minha mãe estaria no maior clima com ele e isso seria muito embaraçoso. Emily? - Estremeci com essa ideia. Não, não seria capaz de ficar ouvindo o quanto ela e Sam eram perfeitos um pro outro.

Fiquei mais algum tempo pensando. Abri a janela, observei a noite simplesmente linda e tive uma ideia: Vou fazer compras e passear um pouco no shopping. Estava mesmo precisando de roupas e com certeza não vou aceitar nada que venha dos Cullen – Só em pensar no cheiro... Ugh!

Saí de casa no antigo carro do meu pai. Estava vestindo um vestidinho curto que era a peça mais nova que eu tinha no meu vestiário apesar de que já fazia mais ou menos um ano que eu o tinha comprado.

Como eu dirigia rápido, logo cheguei ao meu destino: Shopping de Seattle.

Tentava me desligar de meus pensamentos, mas era impossível parar de pensar na felicidade de todos a minha volta: Minha mãe e Charlie, Seth e Amy, Jacob com Renesmee, Os Cullen com suas aterrorizantes e surreais vidas encantadas, Sam, já casado com Leah e com um filho a caminho...

Parecia que a vida de todo mundo estava se ajeitando – menos a minha, que só piorava a cada dia. Essa maldita coisa de lobo me faz sentir uma aberração, me sentir cada vez menos feminina e ninguém sabe o quanto doía quando os meninos do bando se referiam a mim com “cara”...

Entrei numa loja de roupas e comecei a procurar por peças que me agradassem: Sorri tristemente quando passei pelas mini saias. Há quanto tempo eu não usava isso? Sempre vestia jeans e camisetas – Sempre roupas simples e sem graça.

Passei meus dedos pela mini saia jeans e pensei: Por que não? Sempre é bom ter roupas para passeio, não que eu saísse muito, mas a esperança é a ultima que morre, afinal.

Decidi comprar muitas roupas que não costumava: Vestidos, saias e jeans colados, além de diversas blusas. Sapatos de salto alto e sapatilhas foram o ápice da minha loucura, mas não queria pensar em nada hoje, só me sentir a Leah de antes.

No final, estava rindo por nada, pode-se dizer que eu quase estava feliz... Peguei aquele monte de sacolas – com certeza havia gastado toda minha poupança, mas e daí? Eu não ia pra faculdade mesmo...

Eu estava me sentindo bem melhor, acho que parecia a miniatura de vampiro intitulada Alice Cullen, com esse monte de compras... - Ri alto.

Estava saindo do Shopping e acho que só até chegar a porta, uns dez caras já haviam se oferecido para carregar minhas sacolas e isso me fez sorrir ainda mais, me fez lembrar que eu ainda era uma mulher, que ainda haviam homens que se importavam em serem gentis comigo...

Cheguei no estacionamento e fui até meu carro que estava estacionado num canto afastado, quase tocando a floresta e deixei minhas compras no porta mala e, como não coube tudo lá, coloquei mais algumas sacolas no banco de trás.

Já estava dando a volta no caro quando o vento soprou, trazendo um cheiro doce – Um vampiro. O mais bizarro era que, apesar de ser doce e gelado, não era ruim, não queimava meu nariz. Que estranho.

Pensei por um minuto no que fazer – Atacar agora ou alertar a alcateia? - Pensei e pensei e decidi alertar a alcateia, mas começar a atacar sozinha. Não ia demorar nem dois minutos pra eles chegaram mesmo...

Tranquei meu carro e segui o rastro. Quando vi que ele vinha da floresta, tirei meu vestido e o enrolei na minha usual tornozeleira coma destreza de sempre. Segui o cheiro e logo encontrei um homem que tinha um cheiro estranho, parecido mais ou menos com o meu, mas a visão dele foi totalmente esquecida quando fitei um vampiro alto e musculoso que usava um manto preto e tinha os cabelos arrepiados e o mais estranho: Eu o achava extremamente lindo!

Concentre-se Leah! Ele é um deles! Um assassino! Me repreendi, tentando ouvir o que o homem falava para o vampiro.

-Então, estamos entendidos? Se eu entregar Sophia a vocês, os Volturi me deixarão em paz? -O homem perguntou, parecendo intimidado pelo vampiro, que sorriu de lado e acenou com a cabeça.

-Temos um acordo. Traga a garota protegida pelos Cullen e os Volturi pouparão sua vida. - O vampiro respondeu num tom calmo.

Como a voz dele era linda...

-Eu entrarei em contato quando estivermos prontos. Acho que vou precisar de uma ajudinha sua... - O cara disse.

-Eu o farei. - O vampiro respondeu e o homem começou a recuar, indo embora pelo lado oposto ao que eu me escondia.

O vampiro continuou olhando pro nada até que o outro homem se foi e ele se preparou pra correr. Eu não sabia o porque, mas apenas não podia deixá-lo ir.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido...
Bjinhos e muito obrigada por lerem!