Durante todas as aulas e intervalos ela ficou perto do HeeChul, ele era engraçado e era, assim como ela, desinformado sobre o que estava acontecendo.

Às seis da tarde, com o céu já escuro, eles foram liberados para irem para casa e o KyuHyun a procurou, e encontrou-a com SiWon no portão:

- Não quer mesmo que eu acompanhe? - SiWon ficou apreensivo.

- Não precisa, irei com as unnis. – Ela mentiu e ele foi embora, com os outros garotos.

- Bom final de tarde, noona. – Hyun falou sorridente – Aceitou a minha proposta, certo?

- Tem outra forma de você me contar?

- Ter, tem, mas eu não acho que você iria topar.

- Então você me conta no caminho – Ela retirou um sobretudo da bolsa e começou a vesti-lo.

- Para que o sobretudo? – Ele perguntou e ela apontou o termômetro na rua que marcava 0°C. – Daqui a um tempo você vai tira-lo mesmo – YeoJa olhou para ele e arqueou a sobrancelha – Quero dizer, logo você vai se acostumar com o frio e...

- Não está cumprindo a sua parte, e já estamos a 50 metros da escola.

- OK! No inicio éramos 11 pessoas, o grupo do Ho e o meu eram unidos e ainda tinha os que agora são neutros, mas o MinHo começou a ficar maligno sabe? Antes a bagunça era moderada, mas ele começou a manguear as coisas e ficou meio violento, as brincadeiras passaram dos limites e nos tivemos que denuncia-lo. SiWon não achou isso honesto e começamos a discutir o tempo todo, ai resolvemos nos separar. – Ele olhou para baixo – Eu, SiWon, e SungMin somos amigos desde sempre, foram mais de dez anos em dois dias. Quere Kkultarae?

- Tudo bem, é você quem paga mesmo...

Eles pararam na barraquinha onde o vendedor esticava e enrolava os 16 mil fios de mel e malte recheados com avelãs ou nozes, e guardando-os nas caixinhas de plástico.

- Ajusshi, eu quero uma caixa com dez. – ele gritou para o senhor na barraca, que entregou o pedido e foi pago om cinco mil wons. – Kamsa!- Ela pegou caixa e começou a comer os doces

Eles andaram dez quilômetros até a casa dela, onde um homem usando um uniforme militar esperava na porta.

- Oppa! – Ela correu e abraçou o rapaz

- Chegou tarde, dongsaeng.

- Mianeyo, eu parei para comprar Kkultarae com um colega e...

-Colega? –Ele arqueou a sobrancelha

- Ele pediu para me trazer

- Ele? – Apontou para o menino do outro lado da rua

- É...

- Entra! – Ele a empurrou para dentro de casa e fechou a porta.

KyuHyun começou a se perguntar quem era o cara na porta e foi para casa, que ficava no outro quarteirão, tentando memorizar o endereço da casa dela.

Ele tinha planos para o próximo dia.

E o pior:

Não era só ele que tinha planos.