Para Provar que se Tem Um Coração escrita por Tenteitudo


Capítulo 12
De Volta ao Começo


Notas iniciais do capítulo

NA: Para Gleekety, prometi que postaria no dia 27. São 23:30, mas ainda é dia 27 :D



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Rachel's PoV

Eu estou com raiva. Isso não é muito normal pra mim, mas é o que sinto e não consigo fugir. Eu sabia que isso ia acontecer, mas não faz diferença agora, sabendo ou não, a dor é igual e a raiva é horrível. Tenho vontade de machucar alguém, enfiar minhas unhas em alguém, em mim mesma, me sinto horrível por querer fazer certas coisas agora.

Mas algo precisa ser feito para extravasar todo esse sentimento e eu me recuso a chorar mais. Pela primeira vez na vida, sinto necessidade de algum tipo de dor física. Talvez assim a dor emocional se amenize. Largo minha mochila no meio da sala, sabendo que meus pais estão fora e subo correndo até o meu quarto, arrancando as roupas de meu corpo. Preciso me livrar delas. Tiro um short branco solto de dentro de uma gaveta e uma camisa preta que o Puck esqueceu aqui uma vez. Visto-me sem me importar com roupas de baixo e o tecido frio contra minha pele faz com que eu me sinta um pouco melhor.

Prendo o meu cabelo bem firme, pego meu Ipod, abro uma playlist do Linkin Park. Pego meus melhores fones de ouvido na gaveta da cômoda, os da Skull Candy com o cabo azul e revestimento de titânio. Insiro-o em meus ouvidos e, não me importando com meus canais auditivos, aumento o volume até o máximo.

Chacoalho o Ipod, fazendo-o entrar em modo aleatório e 'Numb' ecoa em minha cabeça. Perfeito, eu preciso me sentir entorpecida. Penduro o aparelho em volta de meu bíceps, o velcro arranha minha pele no processo e eu mordo o lábio.

De pés descalços, desço até o porão e atravesso a sala do Oscar, entrando em uma porta atrás do palco. Não costumo vir até aqui, meus pais usam a academia muito mais do que eu, uma vez que tenho um elíptico no meu quarto. O saco de areia pendurado no teto no meio da sala parece chamar meu nome, a música muda para 'My December' e eu aperto o botão em meus fones duas vezes para avançar a faixa, não que eu não goste dessa musica, mas não existem gritos suficientes nela. 'Points of Autority' a substitui e eu sorrio enquanto caminho em direção as minhas luvas cor de rosa.

Começo a fecha-las em volta de meus pulsos quando decido que não quero usar luvas hoje. Eu preciso da dor do saco de areia contra minhas juntas. Jogo-as no chão e respiro fundo, parando em frente ao meu alvo. Flexiono os joelhos, cerro minhas mãos em punhos e dou o primeiro golpe.

A dor é lascinante e parece sugar totalmente o ar de meus pulmões. Paro por um momento e abraço meu punho, mordendo o lábio. Eu preciso disso. Respiro fundo mais uma vez e agora a introdução aguda de 'Faint' parece rasgar meus tímpanos. Pisco algumas vezes, me acostumando com a dor nas mãos e nos ouvidos e começo a bater novamente, gritando junto com Chester agora, pondo toda a minha raiva para fora.

"I can't feel the way I did before, don't turn your back on me, I won't be ignored...(Eu não posso me sentir do jeito que me senti antes, não de as costas pra mim, eu não serei ignorada)" Minha garganta começa a queimar quando a musica acaba, mas eu continuo cantando junto com a próxima e com a que vem depois e batendo sem parar, pulando e circulando o saco de areia, arrisco um chute e a dor me faz bem. "I need a little room to breath, 'cause I'm one step closer to the edge, na I'm about to break... (Eu preciso de espaço para respirar, por que estou a um passo do precipício e prestes a quebrar.)" O suor escorre por minhas costas e entre meus seios, sinto as gotas pingando da ponta do meu nariz, é como se minha pele estivesse chorando, uma vez que meus olhos se recusavam a fazê-lo. Já não sinto mais minhas mãos, mas não me importo, não quero sentir mais nada.

Então 'In the End' começa a tocar e meu corpo não aguenta mais, preciso parar, mas forço essa ultima música, meus golpes se tornam mais rápidos depois da introdução e eu não canto junto dessa vez, minha voz não sai. Até o final, quando paro de bater e meu peito explode com a música enquanto absorvo o significado da letra.

Abraço o saco para que ele pare de balançar e um dos fones cai de meu ouvido, percebo que estava sim cantando, mesmo sem perceber, quando ouço minha própria voz.

Ela nunca esteve tão rouca, mas ainda é clara. Aperto o saco contra meu rosto e grito ainda mais"I've put my trust in you, pushed as far as I can go, for all of this, there's only one thing you should know… (Eu confiei em você, suportei tudo o que pude e de tudo isso, tem apenas uma coisa que você deveria saber...)" Ponho toda a minha raiva nessa frase e a repito mais uma vez, com ainda mais força. Inspiro o ar pela boca e arde, minha voz se torna um sussurro quando termino: "In the end, it doesn't even metter. (No final, não tem importância.)"

Fecho os olhos antes de virar o rosto para a porta. Meu pai olha para mim com olhos arregalados e uma expressão de preocupação clara em seu rosto. Ele abre e fecha a boca algumas vezes e eu não tenho certeza se consigo falar ou até mesmo me mexer. Ainda abraço o saco de areia, mas agora é por que não confio em minhas próprias pernas.

Seco o suor de minha testa com o antebraço e minha visão se torna um pouco mais clara, percebo que meu pai não está sozinho e a visão de quem está atrás dele me faz dar um passo para trás. Ótimo, minhas pernas ainda funcionam...

"San..." Minha voz parece um grunhido e eu limpo a garganta, me arrependendo imediatamente ao sentir a queimação voltar. Acabo optando por me aproximar rapidamente e sussurrar diretamente no ouvido dela. "Santana, o que você está fazendo aqui?"

Ela me olha de cima a baixo e meu pai continua mudo ao seu lado.

"Vai embora." Digo da melhor forma que posso e a empurro para o lado com o ombro antes de marchar até o meu quarto. Sei que no instante em que parar de me mexer, a dor vai ser insuportável, mas por enquanto, aproveito o calor para correr escadas acima. Fecho a porta com um estrondo e coloco meu Ipod no doc, e os fones de volta na gaveta, junto com o suporte que prendia o aparelho em meu braço.

A música continua a tocar, 'Runaway' agora, e eu inspeciono minhas mãos cuidadosamente, manchas rochas e amareladas começam a se formar e um pequeno corte se faz presente entre meu dedo indicador e médio, ver o sangue seco que o envolvia me faz sentir um prazer estranho. Toquei os machucados tremulamente e fiz uma careta com a dor, não achava que fosse me machucar tanto assim.

Tenho consciência de que detonei minha voz também e me arrependo um pouco por isso, mas só um pouco, me sinto mil vezes melhor agora do que me sentia antes e tenho certeza que minha voz voltara ao normal, eu acho...

E se não voltar?

Não, é melhor não pensar nisso. A última coisa que preciso agora é de um ataque de pânico. Engulo um pouco de saliva e sinto-a descer por minha garganta, é um tanto quanto desagradável, mas tudo bem. Meu pé direto mostra alguns hematomas também, mas nenhum corte pelo menos.

Agarro a barra da camisa preta e a removo, me sinto grudenta e preciso de um banho, o ar fresco que entra pela janela é reconfortante, meus ombros doem por causa do esforço e eu olho para baixo, encarando meu próprio corpo, que brilhava graças a fina camada de suor que o cobria.

A porta de meu quarto se abre com um rangido e eu me viro para encontrar os olhos negros de Santana, ela arqueia as sobrancelhas. Por um momento esqueci que ela estava aqui em casa. Sua boca se abre lentamente e eu espero que ela diga alguma coisa quando percebo que a boca dela não se abriu para falar, mas sim em choque. Ela parece catatônica e lhe lanço um olhar questionador, colocando uma mão na cintura.

Meus dedos encontram minha própria pele e meu rosto esquenta terrivelmente. Droga, eu estou sem camisa. E sem sutiã. E toda suada. E Santana está aqui. Cubro meu peito com um braço, perdendo o folego quando sinto uma pontada de dor no meu ombro esquerdo por causa do movimento brusco.

Santana fecha a boca com um estalo e murmura alguma coisa em espanhol.

"O que você quer?" Pergunto roucamente.

Seus olhos viajam pelo meu corpo e ela umedece os lábios. "Eu vim falar com você." Ela fala suavemente, nunca a ouvi sua voz assim antes, é um pouco estranho.

"Eu não quero falar com ninguém agora caso você não tenha percebido." Respondo de forma acida, apreciando a estranha reversão de papeis que está se desenrolando em meu quarto.

"Rachel..." Ela começa e eu simplesmente viro de costas, entrando no banheiro e trancando a porta atrás de mim. Será que é tão difícil entender que não quero falar com ninguém?

...

Para minha surpresa, Santana continua no meu quarto quando saio do banho. Ela está sentada na cama, mexendo no próprio celular e parecendo fora do lugar. Ela é a ultima pessoa que eu esperaria ver aqui, mas se for parar para pensar, tudo sobre as ultimas semanas é meio inesperado.

Fico parada, enrolada em minha toalha até que seus olhos encontram os meus.

"Por que você está aqui?" Me vejo perguntar e faço uma careta ao ouvir o som da minha própria voz.

"Eu vim em paz." Ela sorri para mim e eu dou um passo para trás. "Sério Berry, eu vim conversar." Ela revira os olhos.

Parte de mim quer discutir e manda-la embora, mas outra parte, a que está exausta e com dor por tudo por causa do esforço físico acaba cedendo. Me aproximo da cama e desligo meu Ipod. Já são quase seis horas.

"Você tem 15 minutos." Murmuro, sentando ao seu lado.

"Você não quer vestir alguma coisa antes?" Ela pergunta, encarando minha toalha vermelha.

"15 minutos, Santana." Eu repito, sentindo vontade de cruzar os braços, mas sem energia para me mexer.

Ela se endireita, surpresa pela minha seriedade. "Quinn gosta de você."

Acho que ela espera que eu fale alguma coisa, mas continuo em silencio.

"E eu sei que o que ela fez foi idiota, mas ela realmente gosta de você."

"Eu ainda não entendo o que você está fazendo aqui." Digo, chacoalhando a cabeça. Realmente não entendo.

"Eu também não..." Ela fala baixinho. "Olha, eu imagino que você esteja se sentindo péssima agora, mas eu não posso deixar que algo que o Finnutil de disse..."

"Ele me falou a verdade."

"A verdade dele!" Ela exclama, soando frustrada. "Eu não sei o que ele te disse, mas imagino que tenha a ver com o plano da Quinn."

"Você também estava sabendo sobre isso?" Não consigo evitar a mágoa que aperta meu peito. Será que todos sabiam sobre o que estava acontecendo entre nós? Será que foi tudo uma grande piada como Finn disse?

"Brittany me contou."

"Brittany também sabe?!"

Santana faz que sim com a cabeça antes de olhar para mim com um brilho determinado em suas íris escuras. "A questão não é quem sabe o que, mas sim a quem você decide escutar. Sei que você está com raiva, mas Quinn gosta de ti e eu sei que você também gosta dela. Acho que ela te deve uma explicação."

"Eu não quero falar com ela agora." Falo rapidamente.

"Não estou dizendo que a conversa tem que acontecer hoje, Berry, só estou dizendo que tem que acontecer e que você precisa ouvir o que ela tem pra te dizer."

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Fim Rachel's PoV

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4 dias depois – terça-feira

Era o segundo período da manhã e Santana olhava atentamente para a porta. O sinal bateu, a professora começou a dar sua aula e a latina desviou os olhos para suas anotações. Quinn havia faltado a aula no dia anterior e passara o fim de semana sem atender o telefone.

Ela e Brittany haviam passado pela mansão Fabray de carro algumas vezes só para encontrar tudo fechado e apagado. Por mais que odiasse admitir, ela se importava com sua ex capitã. Elas eram, de uma forma estranha e conturbada em certos momentos, melhores amigas.

Mais tarde naquele dia, seus olhos caíram sobre Rachel durante o almoço. A menina sentava sozinha em uma mesa e brincava com sua comida, mudando-a de posição dentro do prato. Ela captou um movimento com o canto do olho e viu Finn se aproximar da pequena morena com sua bandeja recheada de porcarias.

Ele deslizou pelo banco e parou ao lado dela, tentando iniciar uma conversa. A latina não tinha certeza se Rachel estava respondendo ou não, a diva mantinha a cabeça baixa e longe de vista.

"San?"

"Humm?" Ela perguntou distraidamente, mastigando uma cenoura enquanto observava Finnfeliz oferecer algum tipo de doce para a cantora.

"Você não me ouviu?" A voz triste de Brittany a fez mudar o foco de atenção.

"Não, eu estava distraída..."

"Você ainda está brava comigo?" A loira perguntou, seus olhos azuis pareciam brilhar com lágrimas e a latina se voltou totalmente a ela. "Por que eu falei pro Finn sobre Quinn e Rachel?"

"Não, eu não estou brava com você, Britt Britt. Eu só não consigo acreditar que aquele imbecil vai tentar se aproximar dela de novo." Ela lançou um olhar para dito imbecil.

"E você está preocupada por que a Quinn não veio pra aula de novo." Declarou a loira. "Eu também estou. Será que ela tá brava comigo?"

"Não sei."

"A gente devia passar na casa dela de novo... E tocar a campainha pra ver se tem alguém lá dentro."

Santana lançou mais um olhar para Finn e Rachel e se endireitou na cadeira. "Nós vamos. Mas não hoje. Tem algo que eu preciso fazer..." Ela se levantou de repente, esbarrando em Sam quando saia do banco. Seu cérebro estava pronto para disparar um Olha por onde anda! para o menino loiro, mas outra ideia surgiu em sua cabeça de repente e ela segurou-o pela jaqueta.

"Aonde você vai?" Perguntou Brittany, sem ter certeza se deveria se levantar ou não.

"Britt? Você acha que consegue reunir todas as líderes de torcida no vestiário em 10 minutos?"

A loira concordou com a cabeça um pouco confusa.

"Ótimo! Te vejo daqui a pouco!" Ela exclamou, com um sorriso maquiavélico antes de desaparecer, arrastando um Sam perplexo consigo.

...

Quinn's PoV – Final da tarde.

Meu quarto está escuro. Eu gosto dele assim. Graças ao gosto caro da minha mãe, as cortinas são pesadas e escuras. Eu nunca gostei de roxo, mas nesse momento não poderia estar mais feliz por elas serem dessa cor. Muito pouca luz consegue se infiltrar pelo tecido, mas eu não me importo. Eu nem mesmo consigo enxergar direito. Eu mal tenho consciência de meu próprio corpo nesse momento. Me enrolo um pouco mais no edredom, cobrindo minha cabeça a medida em que as lagrimas começam a aparecer novamente.

Já faz quatro dias, quatro dias e eu ainda não tive forças para sair daqui. Para encarar o estrago que eu mesma gerei. Graças a Deus, minha mãe está muito ocupada bebendo para reparar que sua única filha (além de minha irmã que mora no Texas) está enclausurada, vivendo de barras de cereal há meia semana. Minha respiração sai tremida e eu mordo o lábio para evitar que o choro aumente de intensidade. Estou me irritando com os barulhos de meus próprios soluços. É tão fácil sentir pena de mim mesma...

A imagem de Rachel me olhando com aqueles olhos castanhos enormes cheios de água quebra meu coração pela milésima vez. E eu simplesmente não consigo apagá-la de minha mente. É como se eu estivesse assistindo a um filme e o DVD tivesse emperrado nessa mesma cena e ela se repete de novo e de novo e cada vez que isso acontece, eu consigo perceber mais detalhes. A mágoa na voz dela se torna cada vez mais evidente e ecoa em meus ouvidos..

E por um lado, a lembrança dela me faz sorrir. Por que é ela. E eu não quero esquece-la, nem que a memória mais marcante que sobre seja ruim, eu não posso perde-la...

Eu não posso perde-la.

Eu estou deixando ela ir...

Deus! O que eu estou fazendo?!

Tantas emoções diferentes passam por mim agora. Eu simplesmente não sei em que me agarrar, tudo parece nublado e distante, mas ao mesmo tempo real e vívido. É confuso e a única certeza que tenho é que preciso fazer alguma coisa. Sento abruptamente, me sentindo um pouco tonta com o movimento.

Eu vou fazer alguma coisa.

Alcanço pelo meu celular em cima da estante. Sem bateria. Eu preciso saber que horas são...

Levanto da cama e abro a porta do meu quarto. "Mã–" Meu chamado se perde em minha garganta quando dou de cara com um pescoço familiar a milímetros de distancia. Aperto os olhos, tentando me acostumar com a luz do corredor. "Sam? O-o que você está fazendo aqui?"

Ele da um passo para trás e me encara como se eu fosse um alienígena.

"Sua mãe me deixou subir..." Murmura ele, ainda me analisando abobadamente.

"Sim, isso é meio obvio..." Reviro os olhos. "Por que você está aqui?"

"Eu.. Nós.. Estávamos preocupados com você?" Ele fala em tom de pergunta. "Deus, parece que você foi pisoteada por elefantes ou algo assim..." Ele comenta depois de alguns segundos de silencio.

Olho para meu próprio corpo e percebo que não tomo banho desde ontem de manhã, estou usando uma camisa velha e gasta como pijama e calças de abrigo da época em que minha irmã era líder de torcida. Sem contar que meus olhos provavelmente estão vermelhos e inchados e meus cabelos devem estar lindos.

Respiro tremulamente e passo uma mão pelo meu rosto. "Eu sinto com se tivesse sido..."

"Er..." Posso ver que Sam não sabe o que dizer.

Sinceramente, ele era a ultima pessoa que eu esperava ver hoje. Quero dizer, somos amigos (mais ou menos). Mas desde que o traí com Finn, as coisas tem sido um pouco estranhas entre nós. Não que eu esteja reclamando, pensando bem, ele pode vir a ser útil.. Meu coração acelera e a primeira coisa que passa pela minha cabeça é perguntar como Rachel está.

"Que horas são?" É o que acaba saído de minha boca.

"Hu, humm, seis horas..." Ele responde depois de conferir seu telefone.

"Humm..." Desvio os olhos para o chão e ficamos em silencio novamente.

"Então..." Começa Sam, enfiando as mãos nos bolsos de suas calças. "Você e Rachel..."

Lhe lanço um olhar homicida e ele fecha a boca imediatamente.

"Desculpa... Desculpa... Acho que não é um bom jeito de começar uma conversa..." Ele balança nervosamente no meio do corredor e eu suspiro.

"Como... Como ela está?"

"Silenciosa." Ele responde, relaxando um pouco.

Mordo o lábio e cruzo os braços sobre meu peito.

"Santana me mandou te entregar isso." Sam fala de repente, tirando um pendrive de dentro do bolso.

"O que é isso?" Pergunto, aceitando o dispositivo prateado.

Ele da de ombros. "Acho que você vai ter que abrir para descobrir..."

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Notas finais do capítulo

NA: Talvez o próximo capitulo seja o ultimo...
O que vocês acham?
Deixem comentários, por favor..