Fui me encontrar com meu pai para irmos ver meu terno, e pela sua cara e sorriso animado até demais, tipo pressenti que ele estava tramando alguma coisa.

- O pai....porque você está tão animado?- perguntei suspeitando.

- Oras, meu único filho vai se casar!!! Amanhã!!! Não tenho bastante motivos pra ficar feliz?- ele me perguntou. Único filho...?

- Eu não sou seu filho único pai...tenho minhas irmãs ou o senhor se esqueceu delas?- perguntei. Meu pai fechou a cara e me deu um soco.

- Aaaaai...PORQUE VOCÊ FEZ ISSO SEU DEMENTE?-falei com a mão na cabeça.

- Eu sei seu animal que você não é filho único....eu quis dizer o retardado que você é o único filho HOMEM que eu tenho!!!!!- ele respondeu agarrando meu colarinho.- Embora eu duvide dessa última parte....

- EU SOU HOMEM IMBECIL!!!! E NÃO ME XINGA DE ANIMAL, ANIMAL! E PELO MENOS EU NÃO VOU SER UM PAI RETARDADO QUE DEIXA AS FILHAS SOZINHAS EM CASA!!!!!FALANDO NISSO, VOCÊ DEIXOU ELAS SOZINHAS EM CASA?!-gritei. Ele cruzou os braços e fez biquinho.

- Elas não estão sozinhas....a Inoue-chan está com elas....-Inoue?!....Meu deus ainda bem que a Yuzu sabe cozinhar...senão elas iriam morrer....Sem querer olhei meu pai e ele estava sentado no chão, com os braços cruzados e de biquinho. As pessoas olhavam pra ele. Bufei.

- Pai....deixa de ser retardado e vamos logo...as lojas vão fechar...- falei enquanto pegava ele pelo cangote e o levantava. Voltamos a andar, e eu fazendo de tudo pra ficar bem longe dele. Porque meu pai não podia ser normal? O que eu fiz pra merecer um pai tão retardado assim?

- ICHIGOOOOOOO- ouvi meu “querido” pai me chamar. Me aproximei devagar.

- Que foi?- perguntei. Ele estava em frente a uma loja chique de ternos.

- É aqui?- perguntei.

- É sim...Vamos ver seu terno!!!- ele me puxou. Entramos na loja e uma moça muito simpática nos atendeu.

- O que os senhores desejam?- Vi no seu crachá que ela se chamava Ume Tayashi. Nome estranho. Olhei pro seu rosto. Ela se parecia muito, mais muito com a minha flor. Seus cabelos eram pretos, curtinhos, e seus olhos eram azuis, só que não eram meio violetas feito os da minha menina, eram azuis escuros. Bem escuros, só que também eram muito bonitos.

- Ótimo, venham por aqui, por favor.- a Ume-san pediu. Perai, ela....puts fiquei olhando ela por tanto tempo que nem reparei. Senti minhas bochechas avermelharem. Segui de perto meu pai, olhando pro lado. Chegamos em um lugar que havia vários, vários, serio o lugar era praticamente cheio de ternos.

- Vem filho...vamos escolher sua roupa!- ele praticamente me arrastou. Tem muuuuuitos ternos aqui...queria saber pelo menos a cor do vestido da baixinha...porque ai seria ma-

-Bom, o vestido da Rukia-chan é branco...então....- ele leu a minha mente? Como sabia que eu tava pensando nisso?? Fiquei olhando ele, com a boca aberta, pegar um terno branco. Ele me viu olhando pra ele.

- Que foi, filho? Admirado pela minha beleza?- ele falou botando o terno na frente da roupa. Eu sacudi a cabeça.

-Você tem beleza? Cadê ela que eu não to vendo?- falei, dando um sorriso provocador.

- Poxa vida! Você é mesmo um filho muito bom pra mim hein?- ele respondeu, fingindo estar triste. Ele foi pro trocador com a roupa, e eu o segui.

- Melhor ser assim do que um pai desnaturado que deixa as próprias filhas sozinhas em casa e agride o próprio filho.....- falei baixinho. Acho que ele ouviu, porque tentou me acertar com o cabide da roupa. Me agachei e o cabide fincou aonde estava minha cabeça.

- SEU MALUCO QUER ME MATAR?- gritei. Ele estava do outro lado da loja.

- CLARO QUE SIM, OU NÃO PERCEBEU AINDA CABEÇA DE LARANJA?-ele respondeu. Eu respirei fundo.

- CABEÇA DE LARANJA?! NÃO TINHA UM MELHOR NÃO BALEIA ORCA?- gritei. Vi o cabide na parede e dei um sorriso assassino.- AH E TOMA SEU CABIDE DE VOLTA!- gritei enquanto tacava o cabide com força na direção dele, que conseguiu agachar, só que o cabide gostava tanto dele que voltou e acertou em cheio na cabeça. Sorri e fechei a cortina.

Tirei a roupa e botei o terno. Puxa, ficou bem bonito....Era preto, mais por dentro tinha um colete branco. A blusa era branca e a gravata também. Tinha um pano branco também. Puxa vida eu fiquei bem legal...

Ouvi a cortina abrir e meu pai apareceu, com um curativo enorme na cabeça. Quando me viu, seu rosto se iluminou com um sorriso.

- Puxa vida...você esta perfeito, filho. Caiu bem em você...- ele disse. Eu sorri envergonhado. O primeiro elogio do meu pai....

- Ah, é...o vestido da Rukia-chan também é bordado com flores rosas ent-

- Perai você vai bordar meu terno com flores?- respondi. Ele botou a mão na testa.

-Não seu idiota. A gravata e seu lenço vão ser rosa.- ele falou.

- Não, não..e se for mentira? E se você estiver falando isso pra eu aparecer com gravata rosa e todo mundo ficar me zoando pro resto da vida e minha vida inteira for afetada e por isso eu morrer sozi- meu pai botou a mão na minha boca.

- Para de falar um minuto tá?- eu fiz que sim com a cabeça.

- Ela também esta vestindo branco, só que o vestido dela tem um pouco de rosa. Por isso, seu baka, iria ficar legal se você estivesse só com a gravata e o lenço rosa, entendeu?- ele falou. Eu fiz que sim. Ele tirou a mão da minha boca.

- E quem te falou que o vestido dela tem rosa?- perguntei curioso.

- Um passarinho verde.- ele respondeu.

- SANTO DEUS QUANTOS PASSARINHOS VERDES FOFOQUEIROS TEM AQUI?- gritei. Meu pai me olhou assustado.

- Você tá bem?- ele perguntou, segurando o riso. Eu vire pra ele. Sua vontade de rir acabou na hora- Ta, ta...foi mal. Culpa dos malditos passarinhos verdes... Vamos pagar isso logo...

Fomos até a recepção, e eu pensando em comprar um gavião pra matar esses passarinhos verdes. Ou quem sabe depená-los....

- Obrigada, voltem sempre....Senhor...- Ume-chan, a garota que parecia a minha flor, falou.

- Que foi?- meu pai perguntou. As bochechas dela avermelharam...Puxa vida até nisso ela parece a Kia!

- E que...Desculpe a minha pergunta mais, qual de vocês vai casa?.- ela perguntou. Meu pai me puxou.

- É ele aqui, meu filho. Ele vai casar amanhã.- meu pai falou, pela primeira vez, com orgulho. Eu sorri. Senti meu rosto avermelhar.

- Nossa, que bom.. Você parece jovem...AH,Desculpa não me apresentei. Sou Ume Tayashi.- ela disse sorrindo. Eu apertei sua mão.

- Sou Ichigo Kurosaki.

- Ichigo...Bonito nome, sabia?- ela disse.

- Obrigado..o seu também é bonito.- eu respondi, não deixando de sorrir.

- E qual é o nome da sortuda que vai casar com um rapaz tão bonito hein?- ela falou, piscando o olho. Eu corei, dando jus ao meu apelido de morango, e quase não consegui responder.

- Ru-Rukia Ku-Kuchiki...- falei, ainda muito corado.

- Que nome lindo...e como ela é?- ela perguntou. Eu não pude deixar de sorrir de levinho.

- Ela, pra mim, é a menina mais linda do mundo. Eu chamo ela de minha baixinha. Ela é linda.- sorri encabulado. Levantei o rosto.- E Ume-san, você parece muito com ela. Tirando os olhos.- eu falei. Ela corou e suas bochechas avermelharam. Puxa vida, até nisso também?

- Ah...obrigada Ichigo-kun.....- ela respondeu, abrindo um sorriso.

- ICHIGO! VAMOS FILHO! ICHIGO!- meu pai gritou no meio da rua. Bufei bravo, eu tava gostando da conversa...Ume-san ria muito e sorri junto.

- Bom, como você pode ver, meu pai tá me chamando...Tenho que ir, Ume-san...- falei a mão na cabeça.

-Aquele é seu pai? Vocês são tão diferentes.....- ela falou olhando para mim e pra ele.

- É...infelizmente, sim Ume-san...Todo mundo diz isso...- falei e ela riu.- Bom, tenho que ir, Ume-san. Foi bom te conhecer.

- Ah, tava tão boa a conversa....Ok, até mais Ichigo-kun.

Me despedi dela, que voltou aos seus afazeres, e me aproximei do meu pai, que me esperava com uma cara de “mal vai casar e já quer pegar outra né?”

- Não, pai. Se é isso que esta pensando, não. A gente só conversou.- eu respondi. Ele deu de ombros. Continuamos andando pelas ruas, eu quero chegar logo e ver a minha menina, que saudades dela. Todos os lugares que eu olhava lembravam dela. Especialmente uma loja de animais, onde estavam vendendo coelhos, e eu sorri me lembrando de seu amor por eles.

- Ichigo, tenho uma ótima idéia.- meu pai falou, me tirando da dúvida de comprar ou não um pra ela.

- O que foi, velho?- eu respondi. Ele se virou pra mim, com a cara cheia de animação.

- Eu tava pensando....já que amanha é o seu casamento, porque vocês não fazem um jantar especial pra vocês hoje?- meu pai falou. Até que não é ma idéia...eu já queria mesmo fazer isso...

- Boa idéia, velho. Eu tava mesmo querendo fazer isso...Mais como vamos arrumar tudo pra hoje ainda?- perguntei. Meu pai abriu um sorriso de uma criança que acaba de ganhar um presente.

- Já está tudo pronto, filho. Eu já reservei. Mais a Rukia-chan não pode saber de nada, tá?- ele falou.

- Obrigado, pai. Qual é o nome e o endereço?- perguntei, me sentindo mais alegre. Juntando isso com a ansiedade e a animação de amanha mais a felicidade de ter um jantar romântico com minha menina, cara eu estava a ponto de explodir de tanta felicidade.

- Aqui está.- ele me deu um papel, com o nome e o endereço do restaurante.

“Restaurante Yoshikyun....Rua Kamuyoto, numero 16....O mesmo restaurante que eu tinha reservado mais cedo....cara...meu pai lê mentes...”

Ei, a gente não tava na cidade ainda? Como fomos parar na porta da casa do Byakuya-san? Devo ter ficado tão distraído que nem percebi.

Paramos na porta. Meu coração pulava de ansiedade. Minha baixinha.....

- Bom, um bom jantar pra vocês...e juízo hein? Não vá fazer merda!- ele disse. Antes que eu pudesse matar ele, ele já corria feito louco.

- SEU VELHO DESGRAÇADO VOCÊ VAI VER SÓ! EU NÃO SOU TARADO FEITO VOCÊ!!!!- gritei, tacando uma pedra nele, que incrivelmente o acertou.

Ri baixinho enquanto entrava na casa. As Luzes estão acessas...Caminhei pelo jardim. Abri a porta e tirei os sapatos. Fui até a sala e achei a Kia tirando um cochilo no sofá com um livro aberto no colo. Me aproximei dela e tirei o livro.

Ela estava dormindo tão tranqüila...ela ficava ainda mais bonita dormindo. Suas bochechas ficavam vermelhinhas quando ela dormia. Passei a mão por elas e ela sorriu.

“Como essa menina é linda, meu deus....como ela é linda....”

Me aproximei mais e beijei sua bochecha. Ela se remexeu e pegou minha mão, que ainda estava na sua bochecha. Sorri.

- Rukia....minha flor....acorda....- falei baixinho. Ela abriu os olhos devagarzinho. Seus lindos olhos azuis me fitaram, e se iluminaram com um sorriso.

- Ichi...- ela disse, sorrindo tão feliz e tão lindamente que quase morri.

- Yo.- falei.

- Porque demorou tanto, Ichi?- ela perguntou.

- Ah Kia...ver roupa não é tão fácil...você sabe né...- falei. Ela riu e se sentou na poltrona. Me deu um beijinho.

- E o que mais?- ela perguntou.

- Ah..é segredo! Vai botar um roupa que eu vou te mostrar...- eu falei. Ela pulou do sofá.

- Mais eu nem tenho roupa pra sair, Ichi!- ela falou. Eu sorri.

- Não se preocupe, meu amor. Você fica linda de qualquer jeito. A roupa só é um acessório pra te deixar mais linda.- falei. Velho, essa veio do fundo do coração...até eu me surpreendi...dei uma de romântico agora e eu nem sabia que eu sabia falar coisas assim. Rukia se emocionou tanto que parece que vai chorar.

- Awww...obrigada meu moranguinho....- ela disse muito corada.

- Vai logo se arrumar, vai..- respondi. Ela me mandou um beijo e foi pro quarto.

///////////Rukia///////////////

Cara, nem eu sabia que o Ichi dizia coisas tão lindas assim. Foi tão lindo....Meu moranguinho, além de lindo, é muito romântico também!

Fui pro meu quarto me arrumar. Abri o armário e peguei meu vestido preto de alcinha, uma sandália prateada e minha bolsa da mesma cor e um casaquinho preto. Vesti a roupa e me olhei no espelho. É, tava bem bonito...eu estava bem bonita. Pequei meu kit de maquiagem que eu nunca usava e passei só um pouco de blush. Botei um pouco de perfume, um que eu sabia que o meu moranguinho adorava, e fui pra sala esperar por ele.

Estava tão ansiosa que liguei a TV para me distrair.

//////////Ichigo/////////

Logo após a Kia sair, eu fui até meu quarto. Abri o armário e peguei uma blusa de gola azul e preta, uma calça social, um casaco marrom escuro e um sapato. Me vesti e olhei pro espelho. Eu tava bem bonito. Passei a mão pelo cabelo pra deixá-lo despenteado, como a minha menina gosta, e botei um perfume que eu sei que ela adora. Me olhei no espelho pela última vez. Eu tava bem legal. Sai do quarto fechando a porta e fui para a sala.

Lá estava ela. A minha menina.

Ela estava linda. Mais do que já é. E estava sorrindo. Meu coração pulava desgovernado.

Fiquei parado olhando ela, que assistia TV compenetrada, quase que de boca aberta. Ela ainda não tinha me visto. Me senti sorrindo enquanto a olhava.

//////////Rukia//////////

Porque será que ele está demorando tanto? Ele morreu no quarto? Comecei a me sentir ansiosa...Porque ele ta demorando tanto?

Começou a passar uma propaganda de uma loja de animais, que mostrava vários coelhinhos dançando e mostrando a loja. Sorri. É tão bonitinho...queria um desses....vou pedir pro Ichi.....

A propaganda acabou. Que pena, tava tão fofa! Virei os olhos de leve e o vi.

Ele estava tão gato. Meu moranguinho me olhava com olhar apaixonado.

Ele estava sorrindo. Deus, como alguém pode dar um sorriso tão sexy assim?

Meu coração pulava. Me senti avermelhar e desviei o olhar. Ele Também enrubesceu.

“Nossa....assim você me mata, Ichi...”

////////Ichigo/////////

Cacetada ela me viu! Ficou me olhando com cara de idiota e avermelhou. Não tinha percebido que ela tinha me visto, e eu me senti avermelhar também.

“Fala com ela idiota! Fala pra ela o que você achou!”

Aff....porque parece aqueles tempos que a gente gostava um do outro só que não falava? Nem parece que eu vou casar com ela!

- Rukia.- falei quase sussurrando.

- O que foi?- ela respondeu. Eu engoli em seco.

- Você...você esta linda.- eu falei. Ela corou o máximo que podia.

- Obrigada, Ichi. Você também esta um gato...- ela falou. Eu sorri.

- Bom, vamos lá? A gente vai se atrasar.- eu disse. Ela me olhou curiosa.

-Pra onde nós vamos?- ela perguntou. Eu sorri, botando meu indicador na boca.

- Segredo!

Saímos de casa, conversando e de mãos dadas. Pegamos um táxi.

- Para aonde senhor?- o motorista me perguntou. Peguei o papelzinho do bolso e olhei o nome. Rukia me olhava curiosa.

- Rua Kamuyoto número 6, por favor.- eu disse. O motorista deu um sorriso.

- Claro senhor.

Dei uma rápida olhada na Kia, e ela se contorcia de curiosidade, fazendo uma cara engraçada. Quase não segurei o riso.

- Ichi...- ela me chamou.

-Que foi, baixinha?- eu falei, tentando não rir.

- O que tem nessa rua Kamuyoto?- ela perguntou.

- É segredo, baixinha.- falei. Ela fechou a cara.

- É injusto....você tá meu deixando curiosa de propósito!- ela falou, brava. Eu sorri.

- Percebeu agora?- Ela fechou a cara e cruzou os braços, fazendo biquinho. Não consegui segurar dei uma risada.

-Chegamos, senhor.- o motorista disse.- Deu 25 Y.

-Ah Obrigado. Aqui está.- dei o dinheiro pra ele. Sai e abri a porta do carro para a Kia. Ela ainda estava de cara emburrada. Sorri.

- Vamos Kia...dá um sorriso...você fica feia com essa cara!- falei, pegando a mão dela. Ela virou a cara.

- Não falo mais com você.

- Poxa que pena...eu tava até pensando em comprar um coelho pra você, mais já que você está de mal comigo...- falei. Vi ela se mexer.

- E...esse coelho....é bonito?- ela perguntou, tentando parecer desinteressada.

- É lindo...todo branquinho de orelhinhas rosas......muito bonitinho...- falei.- Vinha até com uma coleirinha com duas caras de coelhinhos...- Vi o rosto dela se iluminar. “Bingo!”

-Porque..? Está interessada?- perguntei.Ela corou.

- Claro que não....- Há Há há, sei.. vamos ver em: 5..4..3...2...1..

- Ta, tá....eu volto a falar com você....bobão!- ela disse. “Bingo Duplo!”Eu peguei ela no colo e a beijei. Encostei minha testa nela.

- Que bom, Kia....- falei. Ela sorriu ( quase perco meu coração...isso sempre vai acontecer..).

- Isso é suborno sabia?- ela falou.

- Mais então você não quer o coelho?- perguntei.

- Claro que sim!- ela disse.

- Então não reclama, flor!- eu falei. Ela corou. Eu beijei sua bochecha e a desci. Pego sua mão e continuamos andando.

5 minutos depois, ficamos na porta do restaurante. Eu cobri os olhos da baixinha, e ela ficava pulando de curiosidade.

- Ichi...vai demorar ainda?- ela me perguntou. Eu sorri e me aproximei do seu ouvido.

- Se ficar reclamando eu não vou dizer...- falei sussurrando. Ela se estremeceu.

- Ta bom...

////////Rukia/////////

Ai meu deus....ninguém pode imaginar como é...bom..maravilhoso e completamente demais ouvir o Ichi falando com sua voz rouca no meu ouvido...embora ele tenha falado coisas normais, eu não consegui evitar.Imagina só ele falando coisas....ai, meu pai do céu.....Porque o senhor tinha que dar uma voz dessa de matar uma do coração pra ele hein?

Ele está quase me matando de curiosidade com esse lugar secreto....Ele me empurra de levinho. Começo a andar, e logo depois ouço barulho de gente falando.

- O que desejam senhores?- ouço alguém falar.

- A reserva. – ouço o Ichi responder. Alguém abriu um caderno....

- Ah, ok. Por aqui, Sr Ichigo.- ele me empurra de leve e lá vamos nos. Sinto minha mão na dele. Ouço barulho de cadeira sendo arrastada. Ele me senta nessa cadeira.

- Pronta, baixinha?- ele pergunta. Pelo tom de voz, deve estar sorrindo.

- Claro, como já tinha dito antes, eu já nasci pronta.- ouço ele rir. Ele tira o pano dos meus olhos. Pisco os olhos. Olho em volta.

“Estamos em um...restaurante?”

Olho pro Ichi, que tinha um sorriso lindo e animado no rosto.

- Puxa Ichi...eu...estou sem palavras...- eu respondo. Ele pega minha mão.

- Hehe....o que você achou?- ele pergunta. Eu olho pro cara de idiota-fofucho dele.

- Estou sem palavras....- eu repito. Ele sorri.- Mais...porque estamos aqui, Ichi?

- Oras....amanhã não é nosso casamento, baixinha?- ele pergunta.

- É sim.

- Então...eu te trouxe aqui pra aproveitarmos E comemorarmos !- ele falou, todo alegre.

- Puxa vida.....obrigada Ichi...Essa noite é só nossa né?- eu falei.(olha o sentido oculto ai hein? *tacam tijolo* Doeu!)

- Sim, baixinha.- ele sorriu. Botou a mão no bolso e me deu uma carta.

- O que é?- perguntei. Ele corou.

-Sou muito....tímido pra dizer isso....leia.- ele falou corando. Eu abri a carta e comecei a ler.

Rukia

Desde de quando eu te conheci, aquele dia que você me deu seus poderes shinigami, eu já me sentia estranho perto de você. Quando você se aproximava, meu coração acelerava, e eu ficava confuso com meus sentimentos. Não sabia se eu gostava ou não de você.

Com o tempo, percebi que eu gostava de você.

Percebi que você também estava estranha quando ficava comigo. Ficava vermelha por qualquer coisa, ficava me olhando toda hora... Eu fiquei muito feliz por que talvez você gostasse de mim também. Então, um dia veio a confirmação. Eu ouvi você sussurrando: Eu te amo, Ichigo. Você não sabe como eu me senti feliz ao ouvir aquilo. Me senti como...não sei explicar.

Com o tempo, percebi que estava apaixonado por você.

Depois veio todos aqueles problemas: O hollow que quase te matou, a sua doença que você quase morreu....

Mais também houve momentos bons.... Quando eu te pedi em namoro, e você aceitou, eu me senti como se fosse explodir de tanta felicidade! Quando pude finalmente te dizer Eu te Amo, Rukia...e você também sentia o mesmo... Você não sabe o quanto eu fiquei feliz.

Com o tempo, percebi que amava você.

E quando eu a pedi em casamento então? Melhor dia da minha vida! Embora tenha sido ruim pra mim aquele tempo, ao ver seu sorriso, suas bochechas avermelharem, seus lindo olhos brilharem e sua carinha se iluminar quando a pedi em casamento foi quase um presente pra mim. Você foi, é e sempre será a minha menina, Rukia. Obrigado por tudo.

Com o tempo, percebi que era real. Eu ia casar com você.

Eu te amo e sempre te amarei,

Ichigo.

É...eu já estava chorando. Chorando de emoção. Ichigo me abraçava. Meu coração pulava. Meu deus....

- Ob-Obri-Obri-ga-da-da, I-Ichi...- eu tentei falar, mais a emoção era tanta que eu quase não falei.

- De nada, baixinha. Eu te amo, tá?- isso só me fez chorar mais.

Quando me acalmei, ele pediu um vinho. Bebemos, conversamos e beijamos muito.Voltamos para casa por volta as meia noite. Fomos direto pra cama.

Eu me deitei no peito dele.

- Gostou de hoje, baixinha?- ele perguntou.

- Adorei Ichi..foi a melhor noite da minha vida.- eu respondi. Ele passava a mão pela minha cabeça.

- Ichi...eu vou ter que deitar no outro quarto....- eu falei. O rosto dele escureceu.

- Porque? Fica comigo, por favor!- ele pediu. Quase não resisti a sua cara de cachorro sem dono.

- Não pode, Ichi. Infelizmente, é regra. Boa noite, meu fofo.- eu dei um beijo na sua bochecha e sai do quarto.

/////////Ichigo////////

Foi maravilhosa essa noite...Rukia adorou a carta, o jantar foi demais...pena que vou ter de dormir sem a companhia dela....

Botei minha roupa e me deitei.

////Rukia//////

É uma pena não poder dormir com ele....foi demais essa noite.

Botei meu pijama e me deitei.

- Boa noite, meu moranguinho...Eu te amo...

/////Ichigo///////

- Boa noite, minha flor....Eu te amo...