Derrapagem Controlada Paulistana escrita por aranhajaponesa


Capítulo 3
Segunda Etapa: Foz do Rio Tejo




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No aeroporto de Narita, o trio lamentava profundamente o
fato da Varig não existir mais.

- Quarenta e oito horas de viagem, com paradas em Hong Kong,
Amsterdam e Nova Iorque? – exclamou Takumi.

- Droga, Takumi, não era mais fácil sobrevoar o Pacífico e
no máximo, fazer uma escala no Chile? – reclamou Itsuki.

- Isso que dá não termos dinheiro... – lamentou Mogi.


   Dois dias depois, litros de Coca Cola consumidos e três
bundas quadradas, o trio desembarcou em Guarulhos. Ainda na sala de desembarque das mochilas, Itsuki estava desesperado.

- Não entendo nada dos letreiros deste aeroporto! Eles estão
todos escritos em inglês e em português!

- Ninguém mandou você matar as aulas de inglês na escola. –
disse um impassível  Takumi.

- Pessoal, olhe lá nossas malas. – alertou Mogi. – Amor,
onde fica o ponto dos táxis?

Achar o ponto dos táxis até que não havia sido complicado.
Complicado mesmo foi tentar explicar como fazer para chegar na Rua dos
Estudantes, bairro da Liberdade.

- Por ”favoro”... Como faço para chegar no “bairo do
Liberudade”, né?

Até que o taxista, acostumado a lidar com clientes
estrangeiros, ajudou, engatando uma conversa em inglês macarrônico e os levou até a Rua dos Estudantes. Ao chegar lá, a segunda surpresa: Os letreiros estavam em japonês, as pessoas tinham olhos puxados, porém...


          - Sumimasen?

- No hablo nadie de japonês... Perdón. – disse o boliviano.

- Sumimasen?

O chinês fingiu que nem viu.

Itsuki viu outra pessoa com olhos puxados, mas nem ele quis
conversa: Era um coreano.

- Bolas, será que a gente veio parar no bairro certo?

- Acredito que sim, mas pelo visto, a Liberdade é um bairro
oriental, não somente japonês.  – disse Mogi
a Itsuki.

Takumi resolveu pedir informação a um rapaz mulato que
passava por ali trajado com a camisa da seleção japonesa de futebol. E veio a surpresa: o rapaz sabia falar o essencial de japonês!

- Ah, a pensão é esta aqui – disse, apontando para a fachada
da pensão.

De quebra, o mulato explicou para o trio como chegar a Interlagos.
Ele explicou que de metrô até o Jabaquara e de lá pegar um ônibus sai  muito mais barato que o táxi.

Os três se apresentaram para a dona da pensão, uma simpática
senhora filha de imigrantes japoneses. O trio estranhou o sotaque da dona da pensão, pois a mesma falava um japonês usado no século retrasado; mas nada que impedisse a comunicação.

Após serem instalados nos quartos e terem tomado um banho
nos chuveiros (outro fato que fez o trio estranhar), se deitaram e apagaram de sono. Dali a dois dias eles iriam conhecer o autódromo de Interlagos.


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Notas finais do capítulo

No dia seguinte, mais apuros, adaptação e finalmente, Interlagos.



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