Capítulo 5: A confusão começa

– Por favor, minhas jovens. – Pede Pallas, gentilmente – Levantem-se.

Adrasteah, Loma, Lih, Ádria e Hellen se levantam.

– Vocês são...? – Pergunta Pallas curiosa –

– Eu sou Lih, a amazona de bronze de Cisne. – Responde Lih, reverenciando-a – Ao seu dispor.

– Loma. – Sorri Loma, educada – Amazona de bronze de Dragão. Pode contar comigo quando precisar.

– Me chamo Adrasteah. – Apresenta Adrasteah respeitosa – Sou a amazona de bronze de Pégasus.

– Eu sou Ádria. – Diz Ádria curvando-se – Amazona de bronze de Andrômeda.

– E eu sou Hellen, futura amazona de bronze de Fênix. – Fala Hellen –

Silêncio.

– Atena, você irá para o Santuário conosco não é? – Pergunta Hellen ansiosa. Queria logo a liberdade de seu irmão. –

– Meu avô me contou toda a história. – Começa Pallas séria – O cavaleiro de Sagitário me salvou das garras do Grande Mestre.

– Mas ele está mudado. – Defende Lih preocupada – Inclusive, ele está preso. Os cavaleiros estão esperando a Srta. para o julgamento.

– Lih não era para você ter contado. – Lembra Adrasteah – Os dourados não vão gostar disso.

– Devo confiar em vocês amazonas? – Pergunta Pallas olhando para elas – Como posso saber que estão falando a verdade? Isso pode ser uma armadilha para mim.

– Por favor, deusa… – Pede Loma – Acredite em nós.

– Nós nunca faríamos algo contra a Srta.. – Diz Ádria –

– Coloquem suas máscaras. – Fala Pallas. Elas estranham o pedido. – Chamarei meu mordomo.

As cinco colocam as máscaras.

– Tatsumi! – Chama Pallas –

– Chamou senhorita? – Pergunta Tatsumi, chegando –

– Sim. – Afirma Pallas – Ligue para o aeroporto e peça para preparar um dos meus jatinhos.

– Sim. – Concorda Tatsumi – Mais alguma coisa?

– Pegue a urna dourada no cofre. – Pede Pallas, subindo as escadas – Está na hora dela voltar ao seu lugar de origem. Terminando de fazer tudo isso, assino sua aposentadoria lá no meu escritório. Meninas se importam em me esperar na sala de estar?

– Claro que não! – Nega Lih feliz –

Pallas dá um sorriso e sobe. Tatsumi vai fazer o que Pallas mandou e as meninas vão para a sala de estar. Lá, Hellen, Loma e Ádria se sentam no sofá, enquanto Lih vai para a janela e Adrasteah encosta-se à parede ao lado da janela. As cinco tiram as máscaras.

– Será que ela vai perdoar o Saga? – Pergunta Hellen triste –

– Anime-se Hellen! – Encoraja Loma sorrindo –

– É claro que ele vai ser perdoado. – Responde Ádria – Saga não tinha culpa das maldades que ele fazia.

Lih estava olhando pela janela o belo jardim, calada. Pensava em Saga.

– ‘Será que ele está bem?’ – Pensa Lih preocupada – ‘Saga. ’

Ela se lembra do beijo. Era impossível esquecer o gosto dos lábios de Saga. Sua pele se arrepiara ao lembrar-se do toque dele.

– Não se preocupe. – Comenta Adrasteah, encostada na parede, como se estivesse lendo os pensamentos de Lih –

– Hã? – Pergunta Lih, saindo de seus devaneios –

– Você está pensando no Saga, que eu sei. – Ri Adrasteah olhando para ela – Está apaixonada não é?

– Eu sei que é errado, nós dois somos guerreiros de Atena, mas… – Começa Lih séria – Eu fiquei tão feliz ao saber que ele correspondia aos meus sentimentos.

– Não mandamos em nossos corações Lih. – Diz Adrasteah, colocando sua mão no ombro dela –

– Já sentiu isso por alguém? – Pergunta Lih curiosa –

– Nunca. – Nega Adrasteah – Mas mesmo sendo uma amazona, quero sentir isso por alguém um dia.

– Foi muito bom conversar com você. – Fala Lih sorrindo –

– Sabe que pode contar comigo. – Sorri Adrasteah – Não só comigo. – E olha para o sofá, onde estavam Hellen, Loma e Ádria – Somos suas amigas.

– Eu sei. – Concorda Lih –

Pallas entra na sala de estar.

– Podemos ir. – Avisa Pallas –

– Já avisei ao mestre Mú, através do cosmo, que estamos indo. – Diz Adrasteah séria – Ele pediu para avisar quando chegarmos.

Mais tarde, no avião…

Todas dormiam inclusive Lih.

Santuário…

“Companheiros e companheiras, Adrasteah, minha discípula”, começa Mú, através do cosmo. “Acaba de me informar que o avião da Senhorita Kido acabou de pousar na arena de treinamento. Por favor, todos para o salão do Grande Mestre.”

Salão do Grande Mestre…

Os cavaleiros dourados aos poucos vão chegando. Por último chegam Camus e Miro, trazendo Saga, algemado. Junto com eles, Marin e Shina.

Todos estavam esperando, quando sentem os cosmos das cinco amazonas, junto com um cosmo enorme que era o de Atena. As seis jovens entram no salão. Lih, ao entrar, olha para Saga e fica triste ao vê-lo algemado. Hellen também.

– Atena… – Começa Dohko se ajoelhando – Seja bem-vinda ao Santuário.

Todos se ajoelham perante a Atena e se apresentam.

– Por favor, levantem-se.  – Pede Pallas. Ninguém se levanta – É uma ordem.

Todos se levantam.

– A amazona de Cisne me alertou que um julgamento iria acontecer diante de minha presença. – Diz Pallas. Ela se direciona a Saga – É esse jovem que vai ser julgado?

– Sim Atena. – Responde Miro, que estava ao lado de Saga –

– Soltem-no. – Ordena Pallas duramente –

Os cavaleiros dourados mais Marin e Shina ficam surpresos pela ordem de Pallas.

– O que está esperando? – Pergunta Pallas, olhando para Miro e Camus –

– Atena, peço perdão, mas… – Começa Shaka, sereno –

– Foi esse homem que tentou lhe matar quando criança. – Continua Mú, preocupado – Ele pode tentar novamente.

– Ele não seria louco em fazer isso na presença dos cavaleiros de Atena mais fortes, Áries, Virgem. – Fala Pallas. Ela dá um sorriso. – Além disso, ele também é um cavaleiro de Atena.

Saga, que até aquele momento estava ajoelhado olhando para o chão, levanta seu rosto para olhar Pallas, com uma expressão de surpreso.

– Atena, isso significa…? – Pergunta Hellen feliz –

– Saga, o cavaleiro dourado de Gêmeos está perdoado. – Anuncia Pallas, batendo seu bastão no chão –

Loma e Ádria abraçam Hellen, felizes e Adrasteah faz sinal positivo para Lih, que não cabia em si de tanta felicidade.

Miro e Camus soltam Saga.

– Seja bem-vindo de volta, companheiro. – Deseja Miro sorrindo –

– Obrigado. – Agradece Saga – É bom estar de volta.

Camus estende sua mão para Saga, que sorri e se levanta com a ajuda do aquariano.

– Atena. – Chama Saga olhando para Pallas –

Pallas se vira para Saga.

– Pois não? – Sorri Pallas –

Saga vai até Pallas e se ajoelha perante a ela.

– Muito obrigado. – Agradece Saga, reverenciando-a – De coração.

– Espero não me arrepender, Gêmeos. – Diz Pallas –

Pallas de volta para seus cavaleiros.

– Bom podem se retirar. – Começa Pallas – Libra poderia me acompanhar até meu templo? Temos muito que conversar.

– Claro. – Concorda Dohko, indo até ela –

Dohko e Pallas vão para o templo e os dourados seguem para suas casas. Só ficam no salão Saga, Hellen, Lih, Adrasteah, Ádria e Loma.

Hellen corre para abraçar Saga.

– Meu irmão… – Fala Hellen abraçando-o – Estou tão aliviada por Atena ter lhe perdoado.

– Eu também Hellen. – Ri Saga, retribuindo o abraço – Muito mesmo.

Hellen se afasta de Saga.

– Hellen é melhor voltarmos. – Chama Ádria, indo com as meninas em direção à saída –

– Lih, você pode ficar um instante? – Pergunta Saga –

– Desculpa. – Pede Lih séria – Não temos nada para falar.

– Menina você ficou doida? – Sussurra Adrasteah, surpresa – Vai perder essa oportunidade?

– Pensei que tivesse ficado feliz. – Comenta Saga chateado – Mas pelo visto, me enganei.

– Não coloque palavras na minha boca Saga! – Briga Lih, indignada –

As quatro empurram Lih em direção de Saga.

– Esperamos você lá fora. – Ri Loma –

As quatro saem do salão. Camus, que estava esperando sua discípula, vê as meninas saindo, menos Lih. Antes das meninas verem ele, Camus se esconde e entra escondido no salão, ocultando seu cosmo.

Voltando ao salão…

– E então? – Pergunta Lih, curiosa – Não posso me demorar.

– Pelo visto a Adrasteah sabe de algo. – Insinua Saga rindo –

– Sabe o quê? – Pergunta Lih vermelha por debaixo da máscara –

– Do nosso beijo naquela noite. – Responde Saga, dando um sorriso malicioso –

– Ela e a sua irmã. – Revela Lih –

Camus, escondido, fica surpreso ao saber do beijo. Lih e Saga? Ele estava morrendo de ciúmes.

– Se foi para isso que você pediu para eu ficar, estou indo embora. – Despede Lih, indo na direção da porta –

Saga, com sua velocidade, pega Lih e a coloca contra a parede.

– Não foi para isso. – Nega Saga, sério –

Silêncio.

– Eu queria agradecer por tudo. – Continua Saga, olhando para ela – Se ainda estou aqui, é graças a você.

– Eu faria isso por qualquer um. – Diz Lih nervosa –

– Deixe-me retribuir à altura. – Pede Saga sorrindo –

Saga leva sua mão até a máscara de Lih e a tira, revelando seu rosto.

– Fiquei quase louco na cela, lembrando o gosto dos seus lábios. – Confessa Saga, tocando no rosto dela – A maciez da sua pele.

– Saga, isso é errado. – Lembra Lih triste – Eu…

Saga a interrompe, colando seus lábios no dela. Lih tenta resistir, mas ao se lembrar das palavras de Adrasteah, resolve se entregar ao beijo. O fato de Lih ser mais baixa atrapalhava muito. Com isso, Saga levanta o corpo de Lih, deixando-a na mesma altura que ele. Se sentindo desconfortável naquela situação, Lih enrosca suas pernas na cintura de Saga, ficando mais confortável. Saga para de beijá-la.

– Não faz isso comigo menina. – Pede Saga, beijando o pescoço dela – Depois diz que não quer.

– Cansei de negar o que eu quero. – Explica Lih, se agarrando a blusa de Saga –

Camus, não aguentando mais ver aquilo, resolve ir embora. Só que acaba revelando um pouco de seu cosmo.

Ao sentirem o cosmo, Lih e Saga se afastam rapidamente.

– É melhor eu ir. – Fala Lih dando um selinho nele – Até.

Lih vai e se encontra com Loma, Hellen, Ádria e Adrasteah.

– Pensei que a Marin e a Shina estivessem com vocês. – Comenta Lih, saindo –

– Cansaram de te esperar. – Responde Adrasteah, rindo – Devia estar num grude só com o Saga.

Lih tira a máscara e manda língua para ela e depois ri.

– Na verdade Marin e Shina foram com o mestre Aioria e o meu irmão Shura. – Ri Ádria –

– Vocês sentiram algum cosmo ainda pouco? – Pergunta Lih, colocando sua máscara –

– A gente pensou que era o Saga se excedendo um pouco. – Responde Loma quase rindo –

– Não foi ele não? – Pergunta Hellen estranhando –

– Não. – Nega Lih vermelha por debaixo da máscara – A gente achou que era o Dohko e então paramos.

– Pararam o quê? – Questiona Adrasteah sorrindo maliciosamente – Então rolou algo?

– Vamos descer logo. – Chama Lih fugindo do assunto – Quero me despedir do mestre Camus, já que o meu irmão ia dar um pulo na cidade.

Elas vão, rindo e conversando.

Na casa de Aquário…

Camus estava encostado em uma pilastra, tentando assimilar o que tinha visto e ouvido no salão no Grande Mestre, que nem vê as meninas chegando.

 – Mestre Camus, tudo bem? – Pergunta Lih preocupada –

– Oi meninas. – Cumprimenta Camus – Por que eu não estaria bem?

– Está com uma cara horrível. – Responde Loma –

– Está muito calor na Grécia. – Mente Camus, se recompondo – O calor não me faz muito bem.

– Tem que se hidratar. – Aconselha Ádria –

– Beba muita água Camus. – Fala Hellen –

– Pode deixar. – Sorri Camus de leve – Estão voltando ao vilarejo?

– Sim. – Responde Adrasteah –

– Mestre se cuide, por favor. – Pede Lih angustiada – Se precisar de mim, sabe que pode me chamar.

Camus concorda com a cabeça.

– Vamos meninas. – Chama Adrasteah – Tchau Camus.

– Au revoir. – Despede Camus, em seu sotaque francês –

Elas vão embora. Ao passarem pela casa de Capricórnio, não veem Shura. Como sua irmã Ádria disse, devia estar com Shina. Passando pela de Sagitário, fazem uma reverência. Respeitavam muito Aioros. Quando passam pela casa de Escorpião…

– Mestre Miro? – Pergunta Hellen estranhando –

– Estou aqui na sala. – Grita Miro em resposta –

– A gente te espera aqui. - Diz Lih – Não demore.

Hellen vai para a sala e vê Miro esparramado no sofá.

– Estou voltando para o vilarejo. – Avisa Hellen, pedindo espaço no sofá. Ela se senta – Mas antes quero falar com você.

– É algo sério? – Pergunta Miro, preocupado –

– Pode se tornar. – Responde Hellen – É o Camus. Ele não tá legal. Vê se fala com ele.

– Agora você me deixou preocupado com o francês. – Comenta Miro – Mais tarde eu passo lá.

– Amanhã recomeça o treinamento? – Pergunta Hellen ansiosa se levantando –

– Claro. – Concorda Miro – Até amanhã.

– Até. – Fala Hellen acenando –

Hellen se junta às suas amigas. Elas passam pela casa de Libra e ao chegarem à casa de Virgem, encontram Shaka meditando. Loma, eufórica, abraça Shaka por trás.

– Loma. – Ri Shaka perdendo a concentração – Tudo bem?

– Tudo. – Responde Loma, rindo – Desculpe, atrapalhei sua meditação.

– Você nunca me atrapalha. – Nega Shaka abrindo seus olhos lentamente – Estão voltando para o vilarejo?

– Sim. – Afirma Lih –

– Loma pode ficar mais um pouco? – Pergunta Shaka olhando para Loma –

– Claro que posso! – Concorda Loma feliz – Vai abrir o jardim hoje?

– Vou. – Sorri Shaka –

– E o que a gente fala para o Mú? – Pergunta Ádria –

– O Mú morre de ciúmes de você. – Lembra Hellen –

– Podem contar, ora. – Responde Loma – O Mú vai entender.

– Se vocês quiserem, podem vir à noite para ver as estrelas. – Convida Shaka, olhando para todas –

– Não vamos segurar vela. – Ri Adrasteah – Vamos meninas.

Lih, Adrasteah, Ádria e Hellen vão.

Elas passam pela casa de Leão. Não tinha ninguém. Aioria devia estar com Marin. Então elas vão direto para a casa de Câncer, onde Adrasteah se despede de seu irmão Máscara da Morte. Depois passam pela vazia casa de Touro, onde elas falam com Aldebaran e finalmente chegam à casa de Áries.

– Onde está Loma-chan? – Pergunta Kiki aparecendo –

– Ela ficou na casa de Virgem. – Responde Ádria –

– E por quê? – Pergunta Mú, ciumento, chegando –

– Parece que o Shaka ia abrir o jardim hoje mestre. – Explica Adrasteah –

– Aí a Loma ficou. – Completa Hellen –

– Entendi. – Comenta Mú, indiferente –

– Vamos meninas. – Chama Lih – Tchau Mú, Kiki.

– Tchau meninas. – Despedem Mú e Kiki –

As meninas vão.

Mais tarde, início da noite…

Miro resolve ir até a casa de Aquário, para ver como Camus estava. Ao chegar na 11ª casa, vê o guardião dela sem sua armadura, deitado no sofá. Ele estava com uma cara péssima.

– Nem parece o Camus que eu conheço. – Comenta Miro –

– O que está fazendo aqui? – Pergunta Camus cansado – Vai embora. Não quero falar com ninguém.

– Vim ver como você está. – Responde Miro, se sentando na poltrona – Hellen passou mais cedo aqui com as garotas e me falou que você não estava com uma cara boa.

Camus se senta no sofá.

– Que dor de cabeça. – Reclama Camus, com a mão na cabeça –

– Quer contar o que aconteceu? – Pergunta Miro preocupado –

– Eu vi a Lih e o Saga aos beijos no salão do Grande Mestre. Sendo que nem foi o primeiro beijo deles. – Revela Camus com ciúmes – Me arrependi de ter ficado do lado da Lih.

– Você não é tão rancoroso assim. – Ri Miro – Ciúmes?

– Morto de ciúmes. – Confessa Camus. Ele fica vermelho – [Eu amo a Lih.]

– O quê? – Pergunta Miro feliz – Eu não ouvi direito.

– Eu amo a Lih! – Repete Camus vermelho –

– Confessou finalmente! – Comemora Miro rindo –

– Não grita! – Briga Camus – Minha cabeça está doendo.

– Desculpa. – Pede Miro – Bom, vou nessa. Boa-noite.

– Boa-noite. – Deseja Camus voltando a se deitar –

Miro volta para sua casa. Lá, pensando em ajudar seu amigo, liga para Hellen.

Vilarejo das amazonas, cabana das cinco amigas…

O telefone toca e Hellen atende.

– Alô? – Atende Hellen –

– Hellen, sou eu. – Diz Miro, do outro lado da linha –

– Oi mestre. – Cumprimenta Hellen – Aconteceu algo?

– Camus está mal. – Responde Miro mentindo – Deve ser esse calor. Por que não pede para a Lih ir lá? Nas raras vezes que ele ficou doente, foi ela que cuidou dele.

– Eu vou falar com ela. – Fala Hellen preocupada – Até amanhã.

Eles desligam.

– O que houve? – Pergunta Ádria –

– Está com uma cara de preocupada. – Comenta Adrasteah –

– Lih o seu mestre não está bem. – Responde Hellen –

– Eu vou lá agora mesmo. – Diz Lih –

Lih coloca sua máscara e vai.

Na subida das doze casas, ao passar pela casa de Gêmeos…

– Veio me ver? – Pergunta Saga aparecendo –

Ele ia abraçá-la, mas Lih recua.

– Desculpa. – Pede Lih séria – Mas eu tenho que ir até a casa de Aquário. Mestre Camus está doente.

– Ele não se dá bem nesse calor. – Comenta Saga enciumado – Vai lá.

Lih sobe. Casa de Escorpião…

– Miro… – Começa Lih preocupada –

– É melhor você ir logo. – Interrompe Miro –

Lih concorda com a cabeça e vai.

Ao chegar à casa de Aquário…

– Mestre Camus! – Fala Lih, vendo Camus deitado no sofá –

Ela vai até ele.

– O que está fazendo aqui? – Pergunta Camus vermelho de febre –

– Eu falei que se precisasse de mim, era para me chamar. – Briga Lih, furiosa – Miro ligou lá para o vilarejo e falou que você não estava bem.

– Eu estou bem! – Mente Camus –

Lih coloca sua mão na testa dele.

– Bem, com febre? – Ironiza Lih – Vou até a cozinha, já volto.

Lih vai para a cozinha. Pouco depois, ela volta com uma bacia de água e panos.

– Mestre o que houve? – Pergunta Lih colocando o pano molhado na testa dele –

– É o calor, eu já falei. – Insiste Camus –

– Não é o calor! – Nega Lih, brava – Se fosse o calor, você estaria cansado e fraco e não com febre. E então? Vai me dizer a verdade ou vai continuar mentindo para a sua discípula?

– Eu… – Começa Camus. Ele suspira – Vi a garota que amo beijando outro cara.

– Sua namorada? – Pergunta Lih surpresa –

Camus nega com a cabeça.

– Deve ter doído muito. – Comenta Lih triste por seu mestre –

– Sim. – Afirma Camus. Ele respira fundo – Doeu muito ver você e o Saga aos beijos no salão do Grande Mestre.

Lih fica sem palavras ao ouvir a confissão de Camus.

Continua.