Seres da Noite escrita por GabrielleBriant


Capítulo 7
A Volta do Mestre de Poções




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CAPÍTULO VII. A VOLTA DO MESTRE DE POÇÕES

HOGSMEADE ATACADA NOVAMENTE – Página 16.

O vilarejo bruxo mais uma vez se viu palco de um funesto ataque vampírico, apesar da proximidade dos funcionários Centro de Vampirologia. Desta vez a vítima foi um jovem cuja identidade será mantida em segredo nesta matéria a pedido da família. O corpo será autopsiado pela vampiróloga responsável pelo caso, Mina Stoker.

O que mais chama atenção, no entanto, é um desaparecimento. Na mesma noite em que o ataque aconteceu, a atendente do mais famoso bar da região (sic), o Três Vassouras, foi seqüestrada. As autoridades negam qualquer ligação entre o incidente e o Vampiro de Hogsmeade, alegando se tratar apenas de uma infeliz coincidência. Os moradores do vilarejo, porém, discordam – muitos dizem ter visto uma criatura obscura espreitando o bar naquela noite.

XxXxXxX

Mina Stoker, Van Helsing e todos os professores e funcionários da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts estavam na sala escura do diretor Severo Snape para uma reunião extraordinária. O tema, no entanto, nada tinha a ver com políticas internas ou eventos da escola; estavam juntos para discutir o novo incidente com o Vampiro de Hogsmeade e as suas possíveis implicações para a rotinada Escola.

Mina, sentindo uma dorzinha de cabeça, com medo da eventual ameaça e frustrada pela maneira que O Pasquim tinha citado-a, tentou impor a sua voz sobre o falatório ávido.

- Eu não posso simplesmente pegar uma estaca e sair correndo atrás do vampiro, pois ainda não sei quem ele é!

Uma professora de longos cabelos negros falou exasperada:

- E como nós ainda não sabemos, Srta. Stoker? O que você está fazendo aqui? Eu acho que as suas poções já deveriam ter revelado alguma coisa!

O rosto de Mina ficou visivelmente vermelho ao comentário.

- Bom, senhora...?

- Sinistra. Senhorita.

- Senhorita Sinistra. Eu estou trabalhando duro para descobrir a identidade do vampiro! Assim que soubermos a qual família ele pertence, poderemos ir ao seu ancestral e descobrir quem ele é! Mas, para tanto, as poções têm que ficar prontas... Não há outra maneira!

A mulher torceu os lábios.

- Não é surpresa nenhuma que o jornal pinte você dessa maneira. Van Helsing aqui, e nada foi feito para impedir esses ataques!

Antes que Mina pudesse dizer qualquer coisa, Severo Snape respondeu ao comentário maldoso de Sinistra.

- Se você não fosse uma completa ignorante em vampiros e em poções, saberia que não se pode simplesmente atacar qualquer vampiro; a maioria deles é inofensiva. Está no Decreto de Amizade Entre Vampiros e Homens! E saberia também que essa poção é necessária, caso não esteja dentre seus objetivos desencadear uma guerra pelo descumprimento do Decreto. Se você não está gostando do trabalho da Senhorita Stoker, Sinistra, por que você mesma não o faz? Desculpe-me, esqueci que você não tem competência para sequer acender um fogo sem derreter o caldeirão acima dele!

A mulher se recostou à sua cadeira, aborrecida.

Mina, mais uma vez, corou. Mas desta vez nada tinha nada a ver com o constrangimento de ser chamada de incompetente pela professora Sinistra: o fato do Diretor ter lhe defendido fez o seu coração pulasse, as mãos suarem e o rosto corar. Ela sorriu timidamente, sem conseguir tirar os olhos daquele homem que agora tinha uma aparência tão cansada.

Limpou a garganta antes de continuar.

- Bem, preocupado com a segurança dos alunos, o senhor Van Helsing deu a idéia de darmos aulas de como eles podem se proteger desse vampiro, caso dêem de cara com ele.

Severo Snape, agora, se ajeitou na cadeira, com uma pose inegável de líder.

Começou a, como o seu cargo exigia, dar as ordens.

- É claro que nem todos os membros estarão aptos a ministrar tais aulas – ele disse olhando de relance para Sinistra. – Eu quero que Flitwick ensine feitiços que afugentem a besta – O anão acenou ligeiramente. – e Slughorn poções que protegem o corpo humano, intoxicando o sangue.

Ao contrário de Flitwick, que aceitou a tarefa sem muita delonga, Slughorn logo se opôs a idéia.

- Diretor... sinceramente, você quer que eu pare com o meu conteúdo programático? Eu simplesmente não posso me atrasar, especialmente com meus alunos que prestarão este ano o NOMs e o NIEMs!

Com as feições cada vez mais irritadiças, Severo respondeu.

- Dê o seu jeito, Slughorn.

- Mas, mesmo que eu parasse o meu programa, o que seria uma verdadeira tragédia, eu não sei fazer essas poções com a maestria que a situação pede! Sempre preferi o corpo-a-corpo! Você sabe muito bem o quão prejudicial é intoxicar o sangue... eu nunca quis aprender a fazer isso.

- Você não é capaz?

Um sorriso quase vitorioso apossou-se dos lábios de Slughorn.

- Não. Mas eu conheço alguém que é.

A insinuação pra que Severo voltasse ao seu antigo posto foi evidente para todos que se encontravam na sala. O diretor, sinceramente, não simpatizava com a idéia... mas, ter uma desculpa para se manter dia e noite trancado nas masmorras e diminuir a tão evidente desconfiança de Van Helsing não era algo que o desagradasse.

Depois de relutar por um instante, se decidiu.

- Pois bem. Visto que você é um incompetente, darei uma ou duas semanas de aula.

Com esse assunto encerrado, Van Helsing se sentiu à vontade para falar.

- Faltou a nossa parte, Snape.

O olhar que o foi destinado foi de puro desprezo.

- Sim, claro. – Snape crispou os lábios. – A Srta. Stoker ensinará aos alunos como distinguir um vampiro, separando o mito e da verdade. E Van Helsing vai ensiná-los a técnica de se... matar um vampiro, por mais que eu pessoalmente não seja simpático à idéia. As aulas da Srta. Stoker serão realizadas no salão principal, depois do jantar. A de Van Helsing será logo depois. A presença de todos vocês é requerida.

Alguns muxoxos seguiram isso.

XxXxXxX

- Eu poderia repetir todas as regras de conduta na minha classe de poções, mas tenho a mais absoluta certeza de que nenhum de vocês esqueceu.

Severo Snape mal chegara à sala de aula nas masmorras e já foi disparando essa pequena e mal humorada frase.

Ele estava cansado e fraco demais para se importar com delicadezas. Esta turma de sétimo-anistas já o tivera como professor, e Snape simplesmente não cogitava a hipótese de mudar a recordação que eles tinham do seu antigo mestre de poções.

A decepção da sala ao não ver Slughorn foi óbvia.

Mas ninguém se atreveu a perguntar qualquer coisa.

- Vocês devem estar imaginando o que estou fazendo aqui. Pois bem, eu lhes darei aulas até que aprendam a fazer certas poções que lhes protegerão de vampiros.

Uma voz fina no fundo da sala murmurou “vampiros”, esperando que não fosse ouvida... O que, é claro, não aconteceu.

- Sim, vampiros. Penso que a senhorita não é tão ignorante e alienada como aparenta, e sabe que houve ataques em Hogsmeade.

A menina ficou vermelha como um pimentão e se encolheu na cadeira, enquanto Snape continuava com os anúncios.

- Além desta, vocês terão aulas especiais com Flitwick e assistirão obrigatoriamente à palestras ministradas por Mina Stoker, que acontecerão após o jantar. Depois, Van Helsing dará aula de defesa pessoal, sendo a de vocês hoje, amanhã dos sexto-anistas, e assim por diante. E, sim, as aulas são obrigatórias!

Talvez, o que aqueles alunos mais quisessem fosse comentar a nova situação. Mas, na presença de um Severo Snape visivelmente cansado e irritado, eles jamais o fariam.

- Agora, eu quero que vocês peguem os seus pergaminhos e comecem a anotar os componentes da poção sangue-de-alho, o que tornará vampiros alérgicos a vocês.

E, após ditar os ingredientes, Severo começou a fazer a poção... Tomando todo o cuidado do mundo para que eles não percebessem as suas mãos criando bolhas e ressecando enquanto ele tentava ministrar o alho.

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