—conte a verdade. –insistia Miroku mais uma vez, mas Inuyasha fingia não o escutar enquanto lia o relatório sobre o orçamento que Miroku lhe trouxera. –essa é a melhor maneira por que quando ela descobrir... por que ela vai acabar descobrindo, afinal você alegava estar a beira da morte e olha só pra você me parece ótimo para uma pessoa que vai morrer a qualquer instante. –Inuyasha pareceu finalmente prestar atenção em Miroku.

—e o que você espera que eu faça? –Inuyasha não o encarava. –que conte toda a verdade logo agora... se eu fizer isso vai estar tudo acabado.

—e o que vai fazer continuar mentido pra ela? –Miroku parecia irritado. –não é justo com ela e você sabe disso, faze-la pensar que você esta morrendo quando isso é uma grande mentira... até quando você pretende ir com isso Inuyasha? –Inuyasha largou os papeis em cima da mesa, massageou a nuca se recostando na cadeira.

—“me desculpe Kagome, mas eu menti, não estou doente na verdade minha saúde esta em ótimas condições é provável que eu viva até os cem anos, mas eu tive que inventar essa mentira para que você aceitasse se casar comigo assim eu poderia esquecer a minha ex.” –inuyasha encarou Miroku como se esperasse que ele disse-se algo. –é isso que você quer que eu diga pra ela? –Miroku encarava Inuyasha incrédulo.

—você realmente se casou com ela para esquecer a Kikio? –Inuyasha deu um suspiro.

—eu estava sofrendo demais, tinha acabado de descobrir a verdade sobre a Kikio e tinha todo das as aquelas mulheres em cima de mim eu realmente não sabia o que fazer. –ele passou a mão pelos cabelos. –eu só queria alguém que não ligasse por eu ser rico e eu acreditei que a Kagome fosse a pessoa certa pra isso.

—eu realmente espero que ela te largo. –disse Miroku seriamente encarando Inuyasha, esse ficou surpreso. –era isso que eu deveria dizer não é? –Miroku deu um longo suspiro. –mas eu realmente entendo o porquê de você ter feito isso, embora não ache que esteja certo... você se apaixonou pela Kagome não foi? –Inuyasha encarou Miroku por um tempo antes de responder.

—sim... eu me apaixonei, embora achasse isso impossível, por isso não posso contar a verdade pra ela, não quero perde-la.

—mas concerteza vai perdê-la se não contara verdade, acha realmente que ela não vai descobrir a verdade. E quando descobrir vai ser tarde de mais. –Miroku respirou fundo. –foi você mesmo que me disse uma vez que um relacionamento deve ser construído em sinceridade e honestidade... se você quer realmente ter uma chance com ela conte a verdade.

Kagome continuava deitada na cama, não tinha forças para levantar, passara a tarde inteira traçada no quarto chorando, era tudo mentira. Quando chegara em casa depois da consulta fora para o escritório contar a inuyasha sobre a gravidez, mas em vez disso o ouvira conversando com Miroku, foi então que o choque a atingirá, correra para o quarto e ficará lá até agora, sem saber o que fazer.

Inuyasha tinha um mal pressentimento enquanto subia as escadas para o quarto. Ligará para Sango perguntando se Kagome demoraria a voltar, mas Sango dissera que ela já havia voltado a horas atrás, ele se perguntava onde ela estaria.    

Quando entrou no quarto a primeira coisa que viu foram às malas perto da porta, sentiu seu coração apertar. Inuyasha logo viu Kagome sentada na cama, toda arrumada como se fosse sair, antes que ele pudesse dizer algo, ela se virou para ele, Inuyasha notou que seus olhos estavam inchados, concerteza ela andara chorando, se perguntava o que teria acontecido.

—meu pai me convidou para ir à Nova York. –Inuyasha olhou para as malas com uma sensação de alivio. –eu achei uma boa idéia, passar um tempo com ele depois de tantos anos.

—e você ia sem me avisar?

—foi tudo meio der repente. –Inuyasha sentia que havia alguma coisa de errado, ela parecia querer falar.

—o que aconteceu Kagome? –perguntou Inuyasha se aproximando, no mesmo instante ela se levantou e se afastou indo em direção a janela. –Kagome?

—antes de ir eu queria te pedir um favor. –ela se virou e encarou Inuyasha. –pelo menos agora, você poderia me contar a verdade? –foi como se um raio o atingisse, ela sabia.

—você sabe não é? –ele perguntou mais para si mesmo do que para ela. –desde quando?

—eu hoje ouvi sua conversa com o Miroku. –Inuyasha sentiu uma grande vontade de dar um tiro na própria cabeça, como pode ser tão descuidado. –mas eu queria ouvir de você. –Inuyasha ficou para sem conseguir dizer nada. –por favor, Inuyasha.

—eu não estou doente. –ele disse quase como um sussurro, então deu um longo suspiro. –me desculpe.

—tudo bem. –disse Kagome tentando controlar as lagrimas que ameaçavam cair. –desde o começo esse casamento foi uma grande mentira.

—espera Kagome... pode ter sido assim no começo, mas as coisas mudaram, eu mudei. –Inuyasha se aproximou de Kagome, tinha que lhe dizer tudo se não iria perdê-la. –eu... eu me apaixonei por você.

—eu... também. –Kagome não conseguia conter as lagrimas.

—então não vá, vamos começar de novo e dessa vez sem mentiras.

—mas eu preciso ir. –as lagrimas já desciam sem controle pela face de Kagome. –não quero fazer como da ultima vez e tomar decisões apresadas, preciso desse tempo pra pensar no que é melhor pra mi, preá você e... –Kagome encarou Inuyasha. –e pro nosso filho. –Inuyasha pareceu confuso com que Kagome dissera, mas então ele olhou para a barriga dela e depois a encarou.

—Kagome você...?

—hum... eu já sabia, mas hoje eu foi ao médico para ter certeza, era isso que eu ia te contar quando fui te procurar no escritório.

—um filho. –Inuyasha se ajoelhou na frente de Kagome e lhe acariciou a barriga. –meu filho.

—por favor Inuyasha me de esse tempo pra pensar. –Inuyasha a encarou e surpresa Kagome viu as lágrimas descendo por sua face e se Inuyasha não houvesse se levantado e se afastado ela teria desistido da idéia de ir.

—certo... acho que é o mínimo que eu posso fazer por você não é? –ele disse de costas sem encará-la.

—obrigada Inuyasha. –quando ela se encaminhou em direção a porta, Inuyasha se virou puxando pelo braço de encontro a ela, então a beijou cheio de paixão.

—eu vou esperar você voltar pra mim. –sussurrou em seu ouvido depois de se saparem, depois se retirou deixando Kagome, concerteza se ficasse não a deixaria ir.

2 meses depois...

—o que acha desse? –Inuyasha não agüentava mais, quando disse que ajudaria Miroku a escolher a roupa para o casamento que ocorreria na próxima semana.

—qual a diferença entre esse e os últimos vinte que você olhou?

—se você não sabe a diferença entre um fraque e um meio-fraque eu não posso fazer nada. –Inuyasha sentiu uma enorme vontade de socar Miroku, mas desistiu Sango concerteza o mataria se fizesse isso pouco antes do casamento.

—certo você fica melhor de fraque e esse cai bem em você. –Inuyasha queria acabar logo com aquilo e poder voltar pra casa. –satisfeito?

—ótimo, então vou levar esse mesmo. –Miroku voltou ao provador, logo depois estavam saindo da loja.

—me explica uma coisa. –perguntou Inuyasha. –por que você quis comprar um fraque em vez de alugar um?

—idéia da Sango, ela quer guardara nossa roupa de casamento. –quando estavam quase chegando ao carro Miroku teve uma idéia. –quer comer algo, eu to querendo ter uma conversa com você.

Foram até uma lanchonete ali perto, escolheram uma mesa, Inuyasha pediu um suco de laranja enquanto Miroku pediu um café, esperaram o garçom sair para começarem.

—então o que você queria falar comigo? –perguntou Inuyasha, já imaginado o que seria.

—vou direto ao assunto. –disse Miroku seria. –na verdade Sango e a sua mãe estão muito preocupadas com você,

—eu já sei e não quero falar sobre isso.

—mas até eu estou ficando preocupado. –confessou Miroku. –já faz dois meses e você continua na mesma, de casa pro escritório, do escritório pra casa e tem vezes que nem pro escritório você vai. –Inuyasha não disse nada, então Miroku continuou. –eu tive que cuidar de todos os detalhes do lançamento da nova linha, nem na festa de lançamento você foi.

—isso não é importante.

—então o que é? –no mesmo estante Miroku se arrependeu da pergunta. –Kagome.

—eu não consegui falar com ela nenhuma vez desde que ela foi pra Nova York.

—foram só dois meses, ela não disse que precisava de um tempo.

—só dois meses, pra mim pareceu dois anos.

—você disse que iria esperar.

—e vou. –disse Inuyasha com pesar. –só queria saber como ela e o nosso filho estão.

Inuyasha passou a semana tentando parecer bem, afinal era o casamento de Sango e não queria estragá-lo com seu mau humor.

—você este ótimo querido. –disse Izayo terminando de ajeitar o traje de Inuyasha. –você sente falta dela não é? –comentou Izayo vendo a expressão do filho. –eu reparei o quanto você tem se esforçado essa semana para não preocupar a Sango, obrigada... Sango esta muito feliz, mas a nossa felicidade não é completa por que você não esta feliz. –ela disse acariciando o rosto dele.

—eu estou bem mãe. –disse depositando um beijo na mão de Izayo. –Kagome me pediu um tempo e eu vou dar, é algo que precisamos e não importa o quando demore eu vou esperar... mas hoje é o dia da Sango então tudo tem que ser perfeito.

—você tem razão. –disse dando um forte abraço em Inuyasha. –acabei de me lembra, Sesshomaru ligou a pouco disse que o vôo deles já pousou e que já estavam a caminho.

—Sango vai ficar feliz não é?

—concerteza, vou contar a ela. – depois que Izayo saiu Inuyasha ficou um tempo ali parado, quando ouviu a porta ser aberta pensou que sua mãe tinha voltado. –esqueceu algo mã... –a voz sumiu em sua boca quando ele se virou e viu que não fora a sua mãe que entrou.

—há quanto tempo Inuyasha.

—Kagome.... –Inuyasha parecia que estava vendo um fantasma. –você voltou. –sua voz era um misto de surpresa e alegria.

—hoje é o casamento da Sango eu não podia perder isso... além do mais eu passei esses dois meses pensando e cheguei a uma conclusão. –Inuyasha não falava nada, ainda não acreditava que Kagome havia voltado que ela estava bem ali na sua frente. –mas antes tem uma coisa que eu preciso dizer. –ela se aproximou de Inuyasha parando frente a frente.

—o que? –conseguiu perguntar.

—você é um grande idiota, como pode me usar pra satisfazer seus desejos de se sentir livre, por que teve que mentir pra mim, não sabe como te odiei esses tempo todo por isso... mas eu também percebi que se não fosse por isso eu concerteza não teria aceitado me casar com você e isso seria algo do qual eu me arrependeria pra sempre.

—Kagome você...

—esses dois meses me fizeram perceber o quanto eu quero ficar ao seu lado, não me importa o que passou eu me apaixonei por você... mesmo que esse casamento tenha sido uma mentira eu quero que ele se torne real eu... eu... eu amo você Inuyasha! –as lagrimas começaram a descer pelas faces de Kagome. –e isso é a única verdade que me importa, eu quero ficar com você, eu... –antes que Kagome disse se mais alguma coisa Inuyasha a puxou para seus braços e a beijou, um beijo cheio de saudade e paixão.

—eu também amo você Kagome. –disse Inuyasha ofegante, seus lábios rosavam o de Kagome. –não sabe quantas vezes eu quis ir atrás de você, mas tive medo de que se fizesse isso estragaria tudo, assim como fiz ao não contar a verdade para você antes.

—eu não reclamaria se você tivesse ido. –disse rindo. –mas obrigada por respeitar meu pedido.

—o bebê... –Inuyasha rapidamente se afastou um pouco de Kagome e acariciou sua barriga, percebeu que ela já estava mais arredondada. –como ele está? –Kagome não conseguiu segurar o riso de alegria.

—não se preocupe esta tudo bem.

—já sabe o sexo? –a expressão de Inuyasha fez o sorriso de Kagome se alargar.

—não... eu queria que você estivesse comigo nessa hora. –Inuyasha encarou Kagome com uma expressão boba.

—obrigada Kagome de verdade... obrigada.

—uhm... uhm... eu que tenho que agradecer. –ela lhe acariciou o rosto. –você não só salvou a minha vida aquela noite como também me deu mais do que eu poderia imaginar. –Inuyasha tinha um largo sorriso nos lábios, e Kagome não conseguia segurar as lagrima. –muito obrigada Inuyasha. –Inuyasha então voltou a lhe beijar, mas dessa vez mais devagar, um beijo doce.

—eu não quero ir ao casamento. –disse Inuyasha puxando Kagome ainda mais contra si.

—mas nós somos os padrinhos, temos que ir. –Kagome segurava o riso. –uhm... eu conheci seu imã.

—Sesshomaru? –perguntou Inuyasha surpreso.

—nos encontramos no aeroporto.

—então foi ele que te trouxe pra mim... tenho que agradece-lo depois.

—isso mesmo, então vamos ao casamento. –Kagome começou a puxar Inuyasha para o jardim dos funda onde ocorreria a cerimônia, embora Inuyasha relutasse um pouco acabou cedendo, afinal teria o resto da vida para ficar com ela e ele faria questão de aproveitar cada questão dela. Com um sorriso ele abraçou Kagome por trás e os dois seguram juntos.

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