Choices escrita por preh


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Ola!!!
Desculpem minha demora, mas os últimos tempos não foram muito bons para que eu escrevesse, estava saindo tudo pesado demais, e finalmente hoje consegui escrever algo que fosse pelo menos aceitavel.
É uma capitulo pequeno, mas relevante.
Atendendo a pedidos No more tears... just happy tears!!!!!
Espero que gostem, boa leitura!



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- Eu estou cansada, nós conversamos outro dia. – Rachel retirou-se deixando Finn em pé e pensativo no meio da pequena sala.

Nos dias que se seguiram, tanto Finn quanto Puck, tentaram conversar com Rachel, mas era em vão, pois ela sempre inventava uma desculpa e escapava de alguma forma.

Certo dia, Rachel precisou ficar até mais tarde na loja e foi encarregada de fecha-la. Antes de sair, ela foi até o banheiro, lavou o rosto e ficou encarando a imagem que o espelho refletia. Isso vinha acontecendo muito desde que havia conversado com Santana. Ela encarava o espelho como se ali fosse se encontrar, como se ali estivessem contidas todas as respostas de que precisava.

Cansada, com fome e com sono, Rachel fechou a loja e foi para casa, tentaria dormir já que isso não vinha acontecendo com muita frequência, pois sua mente parecia se recusar a deixa-la descansar. Seus pensamentos se alternavam entre tudo o que Santana disse, tudo o vinha acontecendo em sua vida e por mais que ela se esforçasse para não lembrar, Quinn.

A loira aparecia a todo o momento em seus pensamentos, as palavras rudes, as lágrimas e principalmente o beijo. Quando Rachel não tentava desviar o pensamento e se permitia reviver aquele beijo em sua memória, chegava sempre a conclusão de que aquele era um sinal claro de que Quinn ainda a amava. Mesmo assim ela fazia uma força imensa para esquecer.

Rachel chegou em casa e abriu a porta deparando-se com Finn sentado em silêncio na mesa de jantar.

- Boa noite! – Ela disse com um pequeno sorriso. – Tem algo para comer? Estou morrendo de fome!

Ele continuou em silêncio apenas encarando Rachel, que estranhou a atitude.

- O que foi? Você está de mal de mim? – Rachel tentou quebrar o clima pesado, mas falhou em sua tentativa.

- Rachel, o que te prende aqui? - Finn perguntou com calma.

- Ah não! Você não vai começar com essa história de novo! Eu trabalhei o dia inteiro, estou com fome, cansada e...

- Eu também, – Finn falou muito sério. – mas hoje você não escapa. Nós vamos ter essa conversa sim, e vai ser agora!

- Por que tudo isso? – Rachel falou cruzando os braços em um movimento claro de defesa. – Só por que a Santana falou alguma coisas para você? A Santana é louca, você não deve levar em consideração o que ela fala!

- O que ela falou é a mais pura verdade! - Finn falou levantando-se. – Só não sei como eu não percebi antes.

- Do que você está falando Finn?

- Eu não poderia ter aceitado que você ficasse, foi muito egoísmo da minha parte.

- Isso não era escolha sua, eu resolvi ficar e se minhas atitudes tiveram consequências, eu tenho que arcar com todas elas!

- Para de agir desse jeito Rachel! - Finn ergueu o tom de voz. - Você quer fingir que está tudo bem, mas nós dois sabemos que não está!

- E o que você quer que eu faça? – Rachel também elevou a voz. – Que eu xingue, que eu grite? Do que vai adiantar?

- Não sei, mas qualquer coisa é melhor do que você andar por aí se rastejando despertando pena nas pessoas!

Foi um click, um pequeno estalo e Rachel viu os últimos anos passarem em sua cabeça feito um filme. Desde o momento em que ela entrou com Finn naquela caminhonete no dia do acidente, até o momento em que ouviu as palavras “despertando pena nas pessoas”. Era como uma grande tempestade dentro de seu pequeno corpo. Trovões, relâmpagos, raios. Se tudo o que ela sentia fosse exteriorizado, seria conhecido como a maior tormenta dos últimos tempos. Ela se aproximou de Finn com a fúria que sentia no momento exalando por todos seus poros, seus olhos demostravam certo descontrole, bateu com as duas mãos na mesa e o desabafo começou:

            - Seu grandessíssimo filho da p... como você pode pensar em falar um coisa dessas para mim? – Finn permaneceu imóvel, na verdade ele estava um pouco assustado, aquele era um lado de Rachel que ele não conhecia. – Eu fiquei aqui por você, eu abri mão das coisas que eu mais queria na vida por você, eu... ela!

            - Eu não... – Finn foi interrompido por Rachel.

            - Não ouse dizer nada! Você era meu amigo, se você me amasse tanto quanto dizia, você tinha que ter ficado feliz por eu estar vivendo algo tão intenso que jamais pensei existir, e ao invés disso você só me perguntava como ficariam seus sentimentos por mim, - Cada palavra de Rachel penetrava o corpo de Finn com uma dor enorme, ele havia se arrependido das palavras que disse, mas já não tinha volta. – você me acusava de ter quebrado promessas que nós nos fizemos quando estávamos bêbados, fez eu me sentir o pior dos seres humanos e mesmo assim eu fiquei ao seu lado, mesmo assim me senti culpada, mesmo assim chorei por você!

            Rachel vomitava cada palavra em cima de Finn olhando diretamente em seus olhos, ela estava descontrolada e sabia disso, mas a sensação era de que estava voltando à vida. Era libertador.

            - Então a culpa de tudo que aconteceu foi minha? – Finn falou baixando os olhos.

            Rachel tirou as mãos da mesa e deu um passo para trás tentando retomar o controle, ela respirava profundamente, mas mesmo assim não conseguia conter as palavras:

            - Não! A culpa foi minha por não perceber que você não valia a pena! – Essa frase foi recebida por Finn como um grande soco no estomago. – Você me culpava por ter perdido sua perna, sua chance de carreira... e a única coisa que eu fazia era chorar e aceitar tudo isso como verdade... mas você me viu definhar, viu a pessoa que eu era se desfazer diante dos seus olhos e nem ligou. – Rachel sentou-se em uma poltrona e fixou os olhos no chão. – Eu sinto como se tivesse me atirado em um poço tentando salvar algo que já não estava lá, mas a lama do fundo me impede de voltar.

            - Me desculpe, nunca percebi o mal que estava te fazendo até Santana me dizer, eu achei que você estivesse feliz. – Finn falou bastante arrependido.

            - Feliz Finn?! – Rachel falou com certa tristeza. – Não é possível que você me conheça tão pouco. Desde quando você acha que ser vendedora me traria felicidade? Quando você me conheceu, eu já sabia o que queria para mim e você acha que não realizar meu grande sonho me traria alguma alegria?

            Finn pensou um pouco e disse:

            - O sorriso, o otimismo, era tudo para me animar não era?

            Rachel ficou em silêncio e fez um sinal positivo com a cabeça.

            - Olhando para trás agora, eu me dou conta do estrago que causei, do tanto de gente que eu fiz sofrer. Como eu pude ser tão impulsiva e inconsequente?

            - Você está falando da Quinn?

            - Não só dela. Meus pais se sentem culpados, sentem como se tivessem me negligenciado por me deixar abandonar tudo daquela forma, Mike passou por grandes apuros até achar alguém para dividir o aluguel com ele, Santana deixou a vida dela de lado para cuidar de Quinn – Rachel voltou a encara-lo – até mesmo você...

            - Eu?! – Finn perguntou sem entender.

            - Parece que me ter por perto, não te deixou amadurecer, não do jeito que deveria. Às vezes você lida com as coisas como se ainda fosse um adolescente, porque sabe que vai ter alguém por perto para arrumar as besteiras que você faz.

            Após as palavras de Rachel, eles ficaram em silêncio. A conversa não saiu como Finn havia planejado, ele achou que diria algumas coisas e Rachel lhe seria eternamente grata por ele ter se preocupado, ao invés disso, agora ele tinha plena consciência da sua parcela de culpa, sabia que seu egoísmo havia roubado de Rachel anos de felicidade.

            Rachel levantou-se e foi para o quarto, vendo a movimentação dentro do cômodo, Finn foi atrás e se deparou com duas malas abertas sobre a cama e Rachel colocando cuidadosamente suas roupas dentro delas.

            - O que você está fazendo?

            - Eu estou cansada de não reconhecer quem o espelho reflete quando estou diante dele – Rachel tinha lágrimas nos olhos – e acabei de me dar conta de que ficar aqui não vai me ajudar a ter essa resposta.

            - Você vai embora? Não gostaria que você fosse! – Finn falou melancólico.

            - Finn, isso não é escolha sua, não depende de você!

O primeiro impulso de Finn foi de fazer Rachel desistir da ideia, mas ele pensou um pouco e viu que de nada adiantaria, pois era evidente o quanto ela estava decidida.

            - E por que você está chorando?

            - Por que eu estou feliz, finalmente vou ter minha vida de volta!

- Uma maldita hiena! Você faz um filme e eu sou uma droga de uma hiena?

            - Quem disse que é você Santana? – Quinn falou erguendo as mãos.

            - Vamos ver como eu cheguei a essa conclusão. – Santana falou com um pouco de cinismo. – Charlie o Elefante Triste, esse é o nome do seu filme certo?

            - É Santana, você sabe muito bem.

            - Pois bem, se trata da estória de um elefante que se apaixona por uma girafa, mas que não pode ficar com ela, não por que eles são animais de espécies diferentes e na natureza o amor entre eles provavelmente não existiria, mas por que a girafa é casada com outra girafa... casada com uma girafa manca! – Santana enfatizou bem a última frase.

            - Não entendo seu ponto de vista! – Quinn tentava se fazer de desentendida.

            - Ah não! Então, Charlie tem dois amigos, uma zebra com os lábios um pouco avantajados e a maldita da hiena!

            - Você nem assistiu o filme ainda! Por que fica colocando defeito?

            - Por que eu achei que já que é um filme autobiográfico, eu merecia ser um animal melhor.

            - Não é autobiográfico! – Quinn falou um pouco brava. - Se fosse autobiográfico, se passaria na Nova Zelândia e você seria um ornitorrinco!

            - Com aquele bico? Me recuso! Só poderia ser o Sam.

            - Eu estava tão bem fora dessa conversa. – Sam falou com um pouco de desanimo.

            - Santana, você vai bater esse carro! Olha para frente, por favor! – Quinn falou do banco de trás.

            - A gente já chegou. Nós vamos descer e você não me escapa! – Santana falou parando o carro para que o manobrista do restaurante estacionasse.

            - Hiena não é um animal ruim! – Sam falou tentando como sempre apaziguar a situação.

            - Como não! Você não assistiu O Rei Leão? – Santana falava com a mão na cintura. – Só sei que da próxima vez que me perguntarem por que eu sou assim, eu vou dizer que é por que eu tenho amigos que azedam meu coração! – Ela olhou para Quinn com desdém, o que fez Sam sorrir.

            Quinn revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente, então começou a caminhar a frente dos outro dois para falar com a recepcionista.

            Enquanto caminhava para dentro do restaurante, Santana ouviu o aviso de que havia recebido uma mensagem em seu celular.

            - O que será dessa vez? – Santana falou tirando o celular da bolsa.

            - Santana, já era para você ter desligado isso, a gente combinou! – Sam falou repreendo- a

            - Eu sei, eu sei! Mas agora tenho que ver o que é, depois prometo que desligo.

            Quinn observava a cena a poucos passos de distância e viu quando a fisionomia de Santana passou a parecer perturbada. Santana mostrou o celular para Sam que também pareceu estranhar o que via.

            - O que foi? Alguma coisa ruim?- Quinn perguntou preocupada.

            - Não, só estranhei quem me mandou a mensagem, mas ainda não abri.

            - Então abra! – Quinn falou.

            Santana abriu a mensagem e sorriu ao ler:

            Agora não tem volta, eu estou indo atrás de tudo que deixei, quero dizer tudo sem exceção!

            Obrigada por me fazer enxergar, Rachel.

            - O que foi Santana? – Quinn perguntou curiosa.

            - Nada demais! – Santana falou sorrindo.

            - Você não vai contar? – Quinn perguntou.

            - Não vai ser necessário, porque se as coisas saírem como estou imaginando, algo me diz que você logo saberá.

            Quinn olhou para Sam que ergueu os ombros e fez uma cara de quem não estava entendendo, ela balançou a cabeça e desistiu de perguntar do que se tratava. Quinn e Sam se dirigiram à mesa, sendo seguidos por Santana que tinha no rosto um sorriso enorme de satisfação.


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Notas finais do capítulo

Perdão se não foi o que vocês esperavam, mas o cap foi escrito em três horas e eu não reli, senão ia querer mexer em um monte de coisas e cabaria não postando como vinha acontecendo.
Por favor, como sempre, deixem aquela opinião básica, amiga e sincera!
Bejo, até mais!



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