Choices escrita por preh


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ola!!!!
Finalmente tive um pouco mais de tempo para escrever já que que meu chefe encontrou uma nova comparsa. Os dois parecem o Pink e o Cerebro do desenho, acho até que eles realmente tem planos de dominar o mundo, o que é ótimo, porque assim ele me deixa em paz e me sobra mais tempo.
Quanto a Fic, acho que todo mundo já imagina o que vai acontecer nesse capitulo.
Espero que goste, boa leitura.



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- Quinn, você está bem? – Kurt perguntou muito preocupado.

A loira ainda segurava a cabeça entre as duas mãos, e mantinha – se em silêncio desde que recebeu a notícia do casamento entre Rachel e Finn. Ao contrário do que os homens que estavam ali pensavam, na sua cabeça não passava absolutamente nada, sua mente estava na mais completa escuridão, mas ela se sentia muito mal.

- Eu odeio hospitais – Quinn não olhava para ninguém. – Esse cheiro me dá náuseas, eu preciso de ar. – Ela levantou- se e começou a caminhar meio que atordoada em direção à saída.

Rachel voltava acompanhada da mãe de Finn do quarto onde não ficaram por muito tempo, afinal, ele ainda estava sedado. Ao se aproximarem sua primeira pergunta foi:

- Onde está Quinn? – Silêncio, foi o que ela teve como resposta. – Para onde ela foi gente? – Perguntou preocupada.

- Querida,- falou Leroy –  ela disse que não gosta de hospitais, que estava passando mal e foi tomar ar lá fora.

- Como assim passando mal? E ninguém me avisou, ninguém foi com ela? – Rachel começou a se desesperar e ia em direção à saída quando ouviu a voz de Burt:

- Na verdade acho que ela passou mal porque ficou sabendo dessa história louca de casamento entre vocês.

Rachel parou imediatamente e perguntou:

- O que?

- Ela te adora, dá para ver nos olhos dela o quanto ela te admira, não merecia ser enganada. – Burt tentou justificar sua atitude.

Rachel mal acabou de escutar o Burt falou e sai correndo atrás de Quinn. Ao sair do hospital se deparou com Quinn limpando a boca com as costas da mão e no chão havia uma poça do que parecia ter sido o almoço da garota.

- Quinn você está bem? – Rachel perguntou segurando com delicadeza o rosto da namorada entre as mãos.

- Estou...

- Certeza?

- Eu estou bem!- Quinn falou com rispidez se livrando com brutalidade das mãos de Rachel, o que assustou a morena.

Quinn começou a andar de um lado para outro com a mão na testa e sem perceber estava chorando ao dizer:

- Desculpa, eu não estou bem!

- Quinn...

- Só me diz que não é verdade. – o tom da voz de Quinn era de desespero. – Por favor, me diz que vocês não são casados, que isso é apenas uma grande confusão.

Imediatamente as lágrimas começaram a rolar pelo rosto de Rachel que simplesmente abaixou a cabeça em um sinal claro de que era tudo verdade.

- DROGA RACHEL! – Quinn gritou a plenos pulmões em um ato de puro desespero.

Rachel assustou-se, o que a fez chorar ainda mais, e mesmo assim, ela não teve coragem de olhar para Quinn.

Kurt e os outros que se encontravam dentro do hospital saíram bem no momento em que Rachel tentou se aproximar e tocar Quinn que se esquivou da tentativa de contato da morena.  

Com a tentativa de aproximação de Rachel, Quinn saiu correndo e todos se assustaram ao escutar o som de uma freada seca de um carro que por pouco não atropelou a loira que corria feito louca no meio da rua movimentada. Quinn tinha as duas mãos sobre o capô do carro quando ouviu Rachel gritar seu nome, mas a loira apenas olhou assustada para o motorista e saiu correndo novamente. As pernas de Rachel fraquejaram e ela foi ao chão sendo acudida por seus pais e Kurt.

Após levantar-se e ser amparada por seus pais, Rachel que chorava muito, olhou para Burt cheia de ódio no olhar, o que fez com que ele se envergonhasse, mas já era tarde o estrago já havia sido feito.

Encolhida no banco de trás do carro dos pais, Rachel não conseguia parar de chorar um segundo se quer, todos estavam em silêncio e Hiram e Leroy apenas olhavam para a filha vez ou outra pelo retrovisor. Ao entrar em casa Hiram abraçou e Rachel e disse:

- Calma querida, deixe que ela esfrie a cabeça depois vocês conversam.

- Ela nunca mais vai querer saber de mim! – Rachel disse em meio a muitos soluços.

- Claro que vai, - Hiram dizia docemente – é só vocês conversarem.

- Eu me assustei quando percebi que ela não sabia, achei que você já tivesse contado. – Leroy falou trazendo um copo de água.

- Querido, você não está ajudando.

- Não acho que tenha sido justo alguém que não tem nada a ver com isso se meter nos problemas de vocês, mas eu vinha falando para você contar desde que dormiram na casa da árvore, como estavam namorando achei que já tinha contado.

- Leroy, não é hora! - Hiram falou bravo com o marido.

- Eu ia contar, - Rachel ainda chorava e soluçava muito – mas o tempo foi passando e eu fiquei com medo da reação que ela teria. Eu ia resolver tudo hoje.

- Tudo bem princesa descanse, depois vocês se resolvem.

- Eu não consigo papai, eu preciso ir atrás dela, ela tem que entender.

Mesmo com as palavras intercortadas por soluços, Rachel pegou o celular e passou a ligar seguidamente para Quinn. Como era de se esperar, ela não foi atendida.

Quinn correu para casa o mais rápido que podia, ao chegar sabia que não conseguiria ficar ali, sabia que teria de dar explicações sobre o estado em que se encontrava, e isso era algo que ela não queria fazer. Ela entrou em casa e pegou a chave de seu velho carro em cima de um móvel perto da entrada, quando saiu bateu a porta e ouviu ao fundo sua mãe perguntar:

- Quinnie é você?

Ela entrou no carro e saiu cantando pneus deixando marcas na entrada da garagem.

Ainda sem rumo, se sentindo traída e muito só, Quinn dirigia a esmo pela cidade, as lágrimas eram constantes em seu rosto e pareciam aumentar de volume toda vez que sentia o celular vibrar no bolso.

Foi dirigindo sem rumo que sem querer ela se deu conta que estava em frente ao Bar do Joe. Ela freou bruscamente o carro, desceu e entrou no bar.

- Não creio! Princesa, você por aqui! – Joe disse com um enorme sorriso nos lábios.

Quinn não disse nada, tirou do bolso uma nota de cinquenta dólares e com um tapa a deixou em cima do velho balcão de madeira, debruçou – se sobre o mesmo e pegou uma garrafa de whisky, arrancou o dosador e virou a garrafa na boca bebendo como se fosse água. Ainda sem dizer nada saiu do bar, o que deixou Joe e os dois bêbados que estavam lá impressionados.

Ao entrar no carro novamente, Quinn colocou a garrafa entre as pernas e debruçou – se chorando sobre o volante, foi quando alguém abriu a porta assustando- a, era Joe, que com uma mão tirou a garrafa do colo da garota e com a outra mão tirou Quinn de dentro do carro. Após colocar Quinn em pé ao lado do carro perguntou cruzando os braços:

- O que você acha que está fazendo?

- Você não tem o direito, eu paguei por essa garrafa. – Ela disse limpando as lágrimas com as costas das mãos.

- Eu te devolvo o dinheiro. O que está acontecendo?

- Não é da sua conta, me deixa! – Quinn tentou entrar no carro novamente, mas foi impedida por Joe que fechou a porta com força.

- Você não acha que eu vou te deixar sair daqui assim, acha?

- Eu quero ficar sozinha!

- Mas não vai! Todo mundo sabe que você não dirige bem, e nervosa do jeito que você está é bem provável que bata o carro. É claro que um amassado a mais nessa uva passa que você insiste em chamar de carro não vai fazer diferença, mas você pode se machucar.

- Eu não ligo! – Quinn elevou o tom de voz.

- Sua adolescência já passou há alguns anos – Joe sempre tranquilo, falava com muita calma. – é um pouco tarde para você começar a agir assim. Vamos entrar e conversar.

- Eu não quero conversar. – Quinn falou soluçando.

- Tudo bem, mas entrar você vai! – Antes que Quinn percebesse, Joe a jogou em um dos ombros e a carregou para dentro do bar.

Quinn se debatia um pouco e pedia para que Joe a soltasse, ele a colocou sentada em uma mesa e falou:

- Nem pense em se mover, eu já volto.

            Joe virou-se para os dois bêbados e gentilmente fez com que eles se retirassem do bar. Ele foi até o balcão e pegou dois copos, colocou na mesa onde Quinn permanecia sentada e estendeu a mão para que Quinn descesse da mesa e se sentasse em uma cadeira. A garrafa que antes estava no colo de Quinn, ainda estava na mão de Joe, ele serviu os dois copos e colocou a garrafa sobre a mesa, sentando-se em frente a Quinn logo depois.

            Após um tempo observando Quinn chorar, Joe empurrou um dos copos para perto da garota e perguntou:

            - Eu devo ligar para alguém?

            Quinn fez um sinal negativo com a cabeça e pegou o copo tomando toda a dose de whisky de uma vez. Joe encheu o copo da garota novamente, enquanto ela tirava o celular do bolso e o colocava sobre a mesa.

            - Ela me traiu. – Quinn falou intensificando o choro.

            - Quem?! Santana te traiu? Com quem? – Joe perguntou espantado.

            - Rachel.

            - Santana te traiu com Rachel?! - Joe franziu a testa.

            - Não tem nada a ver com a Santana.

            Joe pensou um pouco e disse:

            - Quer dizer que você e a R... – Joe foi interrompido pela imagem de Rachel aparecendo na tela do celular de Quinn que vibrava sobre a mesa.

            Quinn pegou o celular e se dirigiu ao banheiro, e em um ato de irracionalidade jogou o aparelho na privada e passou a dar várias descargas seguidamente. Depois de sair do reservado, ela foi até uma pia e jogou agua no rosto a fim de conter um pouco as lágrimas, e após apoiar as duas mãos na pia, lembrou-se de que foi exatamente ali  onde encurralou Rachel, ela lembrou-se de que  era ali onde tudo havia começado. Quinn apoiou a testa no espelho e ainda continuava chorando.

            Após alguns minutos Joe entro no banheiro e puxou Quinn para si abraçando- a carinhosamente e dizendo:

            - Vai ficar tudo bem.

            - Gostaria que fosse verdade. - Quinn falou apertando o amigo com mais força.

            - Venha, vamos sair. Onde está seu celular?

            - Na privada.

            - Acho que você não vai querer de volta, vai?

            Quinn movimentou negativamente a cabeça e eles saíram do banheiro abraçados. Sentaram- se na mesma mesa e tomaram as doses que já estavam nos copos, Joe os encheu novamente e após algum tempo, a loira limpou as lágrimas com a palma das mãos, respirou profundamente tentando segurar o choro e perguntou:

            - Por que a gente tem que se apaixonar?

            - Não sei... talvez para que alguém nos conheça melhor do que nós mesmos, ou para fazermos papel de idiotas na frente dos outros, mas eu acredito que seja simplesmente para tornar nossa existência suportável! – Joe concluiu sua reflexão com um beijo na mão de Quinn que já estava sobre a mesa e que ele segurava ternamente, o que a fez se sentir um pouquinho melhor mesmo que por apenas alguns segundos.

            - E então, a senhorita vai me contar o que aconteceu?

            Quinn segurou o ar nos pulmões pelo máximo de tempo possível e após soltar respondeu:

            - Ela é casada.

            Joe ia argumentar, mas alguém bateu com muita força na porta do bar o que fez Quinn franzir a testa estranhando o ocorrido. Joe levantou-se e ao atender disse:

            - Você até que demorou, achei que se materializaria aqui na hora em que te liguei.

            Ao sair da frente da porta, Joe deu passagem a Rachel que entrou pegando Quinn de surpresa.

            A loira fechou os olhos e jogou a cabeça para trás como se não estivesse acreditando no que via, respirou fundo novamente e sentiu os olhos já inchados marejarem novamente.

            - O que você está fazendo aqui? Eu não quero falar com você agora!

            A voz de Quinn cheia de fúria, fez com que lágrimas rolassem pelo rosto de Rachel, mas antes que ela dissesse algo, Joe se antecipou e disse:

            - Eu liguei para ela enquanto você matava seu celular afogado. Eu estou saindo, por favor, não quebrem nada e ao saírem tranquem o bar e deixem a chave em baixo do capacho da entrada. – Ele pegou o casaco atrás do balcão e antes de sair continuou. – Se o grande mal de vocês é o casamento, a cura já foi descoberta, se chama divórcio, eu mesmo já utilizei três vezes. Juízo meninas.

            A porta bateu após a saída de Joe e nesse momento as duas se viram sozinhas, elas não se encaravam, mas sabiam que era inevitável, por mais que evitassem o contato visual iria acontecer.

            Depois de algum tempo e ainda em silêncio, Rachel tentou se aproximar de Quinn que se esquivou novamente.

            - Não me toque! – Quinn falou friamente. – acho melhor você ir embora, eu estou sem cabeça para conversar agora, meu dia não foi muito bom.

            - Eu vou te contar como foi o meu – Rachel falou tristemente, o que fez com que Quinn olhasse para ela. – Eu vim para cá para ver minha namorada e para resolver um problema que eu poderia ter resolvido por telefone, mas o meu senso de decência me impediu de fazer dessa forma. Eu me envolvi em um acidente de carro, depois pessoas que não tem nada a ver com a minha vida se intrometeram e ferraram com ela. Tomei o maior susto da minha vida quando vi a mulher que eu amo quase ser atropelada e ela passou a me tratar como se eu tivesse algo contagioso, por fim, eu vou participar do enterro de uma perna provavelmente amanhã. Você acha que foi um bom dia?

            Quinn sentiu a boca secar e rosto ferver, ela tentava se segurar ou explodiria ali mesmo, estava realmente perdida e sabia que precisava conversar com Rachel, mas aquele não era o momento.

            - Eu estou destruída Rachel, nós conversamos depois.

            - Não Quinn, nós conversaremos agora!- Rachel parecia bastante decidida. - Sei que está passando um monte de besteiras pela sua cabeça, não posso deixar que continue. Eu preciso me explicar.

            - Explicar o que? Que você é a senhora Hudson, que todo mundo sabia, até os médicos sabiam, todo mundo menos eu! Vá em frente, me conte tudo sobre sua vida conjugal. - Quinn falou de modo irônico.

            - Não existe vida conjugal. Foi no aniversário do Kurt o ano passado, nos fomos para Las Vegas, nós bebemos demais e ele me perguntou uma coisa que eu nunca tinha feito, eu disse que nunca tinha me casado, então ele se ajoelhou e me pediu em casamento e eu aceitei. Pela manhã nós íamos anular, mas decidimos que nada mudaria entre nós, ele prometeu que seria meu primeiro ex- marido, e que nós poderíamos tentar ou não levar isso a diante após a faculdade.

            Quinn levantou-se e olhou fixamente para Rachel:

- Você está me dizendo que já é casada há quase dois anos?

Rachel fez que sim com a cabeça, o que foi o suficiente para a explosão de fúria de Quinn que ergueu o tom de voz:

- E você não me contou? Merda Rachel! – Quinn chutou uma cadeira que estava perto dela para longe, o que deixou Rachel tremula.

- Quinn é só um papel! – Rachel tentava soar natural, mas ainda tremia. - Não é como se nós morássemos juntos ou tivéssemos filhos! Como Joe mesmo disse nós podemos resolver tudo com um divórcio.

            - Você realmente não entende, não é? O fato é que você não me contou, foi a omissão que mais me machucou! – Lagrimas corriam pelo rosto de Quinn nesse momento.

            - Eu quis te contar na primeira noite, você não quis saber...

            - Então você decidiu parar de tentar?! Rachel, a gente se fala no mínimo duas vezes por dia, você acha que durante esses meses, não teve nenhuma oportunidade?

            - Eu tive medo que você reagisse exatamente dessa forma, tive medo de te perder.

            - Nesse momento seu medo faz todo o sentido do mundo! Eu estou me sentindo traída pela pessoa em que eu mais confiava.

            - Chega Quinn! Até agora o que eu ouvi foi você dizer o quanto está magoada, que eu te traí, mas e eu? Você já parou para pensar que acabei de sofrer um acidente, que eu estou sem condições físicas e psicológicas para ficar me arrastando aos seus pés pedindo perdão?

            - Ninguém pediu para você fazer isso, você veio porque quis.

            - Eu não acredito que eu estou ouvindo isso de você!  - Rachel falou incrédula. -De duas uma, ou você é muito perversa ou muito burra de me falar isso após eu vir até aqui tentar consertar a besteira que eu sei que fiz.

            - Você já levou em consideração que eu posso eu posso estar magoada? Se você está péssima, pode apostar que eu me sinto mil vezes pior. - Quinn falou enxugando as lágrimas.

            - Isso não está em discussão eu sei que você está muito mal, mas a linha que separa a raiva da falta de respeito é muito fina, se ela for cruzada não tem volta, não sei se o nosso relacionamento pode sobreviver a isso.

            - Não sei se relacionamento é a palavra certa para o que nós temos no momento!- Quinn falou ao cruzar os braços.

            - Você está terminando comigo?! – Rachel disse assustada.

            - Não... quer dizer não sei! – Quinn estava realmente muito confusa. - Eu já não consigo raciocinar. O melhor a fazer é ir cada uma para seu canto e conversar depois, porque por mais que tente entender, eu não consigo!

            Rachel sentou-se em uma cadeira próxima e começou a chorar novamente, Quinn aproximou-se e se ajoelhou a seus pés. Vendo Rachel chorar, começou a chorar também.

            - Eu realmente preciso de um tempo para esfriar a cabeça. Eu sei que eu posso te machucar muito se agir de cabeça quente, e isso é algo que eu não quero fazer.

            Rachel deu um leve sorriso, o que intrigou Quinn.

            - Do que você está rindo?

            - Da ironia das coisas. Foi exatamente essa coisa de “Depois nós resolvemos nossa situação” que fez com que nós precisássemos ter essa conversa agora.

            - Prometo que essa situação não vai se prolongar. Eu vou até New York para conversarmos...

            - Eu não vou para New York. – Rachel falou com receio.

            - O quê? – Quinn ficou muito espantada, as palavras de Rachel a pegaram de surpresa.

            - Eu vou ficar em Lima, não posso abandona-lo nesse momento.

            - Como assim ficar em Lima? E a sua carreira, a faculdade, seus planos... nossos planos?

            - Ele perdeu a perna, o que o tira do time de futebol e como consequência ele perde a bolsa da faculdade. - Rachel falava descontroladamente. - Eu não paro de pensar que a culpa foi minha. Não posso fingir que está tudo bem e seguir com a minha vida. Até ele se recuperar, eu vou ficar por aqui.

            - Apoia-lo nesse momento difícil tudo bem, mas largar tudo para ficar aqui com Finn é loucura!

            - Parece que a loucura tem regrado minha vida, foi loucura me casar com Finn, foi loucura não anular esse casamento, foi loucura não te contar... foi loucura contar para ele que eu te amo e a única coisa que eu preciso é você do meu lado. Pode ser uma decisão impulsiva, mas enquanto ele não estiver bem eu não posso partir.

            Quinn levantou-se e começou a caminhar de um lado para outro com as mãos na cintura e ao parar disse:

            - Isso pode levar anos! E nossos planos de morarmos juntas?

            - Você me ama não é? Você vai me apoiar não vai?

- Eu te amo mais do que qualquer pessoa possa desejar amar e ser amada, mas não sei se posso conviver com essa situação por muito tempo!

Rachel levantou-se e se aproximou de Quinn que finalmente deixou que a morena se aproximasse. Rachel puxou delicadamente Quinn pela nuca até que suas testas se encostassem, em sussurro ela suplicou:

            - Por favor, não me faça escolher entre minha consciência e meu coração.

            Quinn chorava e muito e após suspirar profundamente falou:

            - Parece que você já escolheu.

            - Você está me dizendo que isso é o fim? – Disse Rachel soltando-se de Quinn e dando uns passos para trás.

            - Se você adiar nossa vida por tempo indeterminado... sim.

            - Eu não acredito que o que eu jurava ser para a vida toda chegou ao fim. – Rachel chorava com a cabeça entre as mãos, parecia que seu mundo havia acabado.

            - Nem eu! - A dor que Quinn sentia, parecia ser física e ela achou que morreria ali mesmo.

            Quinn caminhou até onde Rachel estava e deu-lhe um beijo doce e carinhoso, elas se abraçaram muito forte por muito tempo. Elas nem se deram conta de que um novo dia havia nascido, até que Rachel soltou-se dos braços de Quinn e saiu aos prantos com urgência pela porta.

            Com as mãos no rosto, Quinn chorava copiosamente e em um impulso caminhou apressadamente até a porta, mas parou e ficou olhando para a porta esperando que Rachel entrasse por ela novamente, o que nunca aconteceu.

            Saindo do bar, Rachel voltou para o hospital novamente. Na sala de espera Kurt e Burt dormiam no sofá, ela passou por eles e se dirigiu direto para o quarto onde Finn estava.

            Ao entrar no quarto Rachel se deparou com Finn chorando desesperado e sua mãe tentando acalma-lo, no canto uma enfermeira preparava em uma seringa uma nova dose de sedativo.

            - Minha vida está acabada Rachel!- Finn dizia chorando muito. – O que eu vou fazer?

            Rachel caminhou até ele com o coração apertado por tudo o que acontecera entre ela e Quinn, mas ela queria ser forte para o amigo e ao abraça-lo disse:

            - Calma Finn! Tudo vai ficar bem, eu vou cuidar de você.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem suas opiniões, sugestões ou criticas, pois como sempre são muito bem vindas.
Até mais!!
Bejo!!