Depois de me arrumar fui arrastada para a tal festa pela Nikki. Não estava nem um pouco animada no começo, mas depois de algumas cervejas fiquei um pouco mais animadinha. Começou a tocar uma música que eu gostava e comecei a dançar com a Vivian. Nós dançávamos sensualmente e chamamos a atenção dos garotos, mas eu só me importava com um, o meu. Não queria a Megan Vadia dando em cima dele.

  - Vem dançar comigo – Chamei Sam.                  

  - Não. Você sabe que eu não danço.

  - Por favor!

  - Vai lá. Eu fico te olhando daqui.

  Eu sentei no colo dele e o beijei intensamente, depois sai e fui dançar.

  Fiquei dançando a noite toda com as meninas e só parava quando eu não gostava da música. De vez em quando um menino chegava em mim, mas eu logo dispensava. E é claro que eu não deixei de ficar de olho na Megan, que depois que deu uma desaparecida por um bom tempo, ficou dando em cima do Sam o tempo todo. Ele, que já tinha bebido todas, não estava vendo nada e começou a dar moral pra ela.

  - Sam! – Chamei.

  - Oi amor! Eu tava com saudades sabia? – ele disse tudo enrolado me abraçando.

  - Vamos sair daqui. Você já bebeu demais.

  - Que nada! Eu só comecei.

  - Anda. Vou te levar pro seu quarto.

  - Eu quero ficar aqui.

  - Deixa ele aqui, depois eu levo pro quarto.

  Não aguentei. Eu sei que ela só estava me provocando, mas eu já não aguentava mais aquela garota cínica dando em cima dele.

  - CALA A BOCA! – Todos que estavam a nossa volta olharam. – Vamos, Sam.

  Ele me acompanhou sem protestar e subimos pro quarto dele. Assim que chegamos, ele caiu na cama e dormiu. Eu já não estava mais em clima de festa, então fui direto pro meu quarto. Quando cheguei vi que um bilhete, com meu nome, tinha sido deixado de baixo da porta. Abri e li.

  “ Ash, te espero no meu quarto, mas não demore.”

  Não tinha identificação nenhuma, mas nem precisava, eu já sabia que era. Amassei e joguei em um canto qualquer, mas logo peguei de volta e joguei no cesto do banheiro com medo de alguma das meninas pegar e ler. Deitei na minha cama e fiquei pensando se deveria ir ou não. Resolvi ir, afinal não poderia fazer nada do que já não tinha feito antes, e eu só resolvi ir para colocar um ponto final nessa história.

  Não tive que esperar muito para que a porta fosse aberta.

  - Sabia que você viria. – ele disse com um sorriso malicioso. – Entra.

  - Eu só vim aqui pra dizer que o que aconteceu, não vai acontecer mais, e se você continuar com isso, eu vou falar pro meu pai! – ele deu uma risada irônica.

  - Eu sei que você não vai fazer isso.

  - E o que te faz pensar assim?

  - Você. Você gosta quando eu te provoco. Você gosta de correr riscos, e eu sou professor e amigo do seu pai, por isso ter um caso comigo é arriscado. – ele falou baixo, perto do meu ouvido, me fazendo arrepiar.

  Ele tinha razão, mas eu não podia, por mais que eu quisesse, eu não podia. Sai de lá correndo, sei que iria parecer uma garotinha assustada, mas se eu ficasse lá não sabia o que poderia acontecer.