You Make Me Freak! escrita por taiminari


Capítulo 1
Capítulo 1 - Anomalias




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        Mais uma noite sozinho.  Outras cinco pessoas estavam deitadas ao meu lado, mas não era isso o que eu queria, precisava de alguém que me pertencesse naquele momento. A carência me consumia e não havia nenhuma forma de supri-la, somente se eu me atracasse com algum dos cinco homens que dormiam ali, mas isso estava realmente fora de questão.  Eu estava muito cansado, mas ao pensar em como era bom ter calor humano numa noite como aquela, não conseguia pregar os olhos.  Então, vagamente comecei a observar os adormecidos. Estavam tão serenos,  era a única hora em que poderia vê-los assim tão calmos, pois normalmente são bem agitados. Passei meus olhos por cada um, nisso veio-me uma sensação boa, tinha sorte de tê-los conhecido, são ótimas pessoas.  Taecyeon parecia estar tendo um belo sonho pois havia um leve sorriso em sua face e abraçava carinhosamente uma almofada;  Jaebeom estava estirado no colchão, parecia não ter forças para nada; Chansung tinha uma cara confusa, mas devia estar sonhando pois estava apertando os olhos cada vez mais como se algo estivesse acontecendo; Wooyoung parecia um bebê, seu rosto estava tão harmônico; Nichkhun estava virado de costas para mim, portanto não sabia o que se passava com ele; Já Junho, como era bonito dormindo, surpreendi-me ao me pegar pensando que outro homem era bonito, mas logo relacionei isso a minha carência, qualquer coisa estava deixando-me mais sensível por causa dela, fazendo-me até reparar em homens.  Ele estava de bruços, somente com o rosto virado para mim, fixei meus olhos nele e viajei-os sobre seu corpo, descendo cada vez mais,  porém houve uma parte de seu corpo que me prendeu a atenção, seu bumbum era realmente enorme, nem o lençol que o cobria disfarçava o tamanho. Eu não devia ter isso em mente, mas era inevitável reparar. Fiquei por um bom tempo contemplando a visão de seu traseiro, nunca conheci nenhuma mulher que tivesse essa parte tão bela quanto ele.  De repente senti algo estranho, um arrepio percorrendo meu corpo e quando olhei por debaixo de meu lençol eis que o volume de minha calça havia aumentado. Me senti muito agoniado, como eu consegui me excitar por um homem, ainda mais um de meus melhores amigos com quem convivo? Foi uma situação estranha e por mais que ninguém estivesse vendo, também foi constrangedor pra mim.

         Respirei fundo e tentei acalmar os nervos e meu ‘amiguinho’, porém não funcionou, cada vez o sentia mais duro, até que em um momento não agüentei mais. Precisava aliviar aquilo de alguma maneira, então corri ao banheiro e me tranquei lá. Meus pensamentos ficavam cada vez mais insanos e eu cada vez mais culpado por pensar e sentir aquilo. Hesitei um pouco, mas não teve outra maneira, tive que bater uma. Conforme eu acariciava minhas partes íntimas, pensava mais em Junho e seu bumbum avantajado, era uma sensação que eu não queria mas que tomava conta de mim. Eu não costumava me masturbar, mas me senti tão bem fazendo isso. Meu corpo ao mesmo tempo que relaxava queria mais prazer, e eu sabia que sozinho com um par de mãos não iria resolver, mas era o que eu estava ao meu alcance. Logo gozei, mas ainda não havia me aliviado então continuei, me segurei  muito para não gemer, mas houve um momento de ápice em que não me controlei e soltei um gemido alto, torci para que ninguém tivesse escutado. Resolvi parar um pouco para evitar gemidos, minha respiração estava ofegante, mas eu queria mais.  Lutei contra minha própria vontade, decidi então tomar uma chuveirada fria, afinal dizem que isso é bom nesses casos.

        Aquela água fria caindo sobre meu corpo não ajudava em nada, só piorava as coisas. Eu queria calor, então não me contive e em poucos instantes me vi tocando minha genitália novamente, de forma que cada vez fui aumentando a intensidade dos movimentos e não consegui conter meus gemidos mais uma vez, mas dessa vez não foram tão altos.Como ninguém havia reparado no gemido alto que dei da primeira vez, achei que se gemesse baixo não haveria problemas.  Me enganei , após alguns minutos escutei algumas batidas agressivas na porta:

- Junsu, já deu né! Você está nisso já faz tempo, eu quero dormir, será que depois desse tempo todo ainda não conseguiu se satisfazer. Você é pervertido, é? ...Trate de parar com esse barulho antes que acorde a todos! – disse Nichkhun irritado.

     Minha vontade era de sumir, só não fiquei com mais vergonha pois tinha sido Nichkhun. Imagina se fosse Junho, e lá vou eu pensando nele de novo, eu me sentiria mil vezes pior. E se fosse algum dos outros, me zoariam até o fim de minha vida.

    Por quê? Por que isso teve que acontecer comigo? Me senti a pessoa mais errada do mundo naquele momento. Queria apagar o acontecido, mas como? Minha mente estava confusa, ao mesmo tempo que era bom também era ruim ter essas sensações, mas o que não mudava é que não conseguia  parar de pensar nelas. Ah, Lee Junho o que você tem que me faz sentir assim? Saia da minha mente...saia.

       Passei o resto da noite pensando nele, olhando impulsivamente pra ele. O que estava acontecendo comigo? Só queria que parasse, que eu acordasse na manhã seguinte e não tivesse passado de um sonho erótico resultante da minha carência. Mas não foi isso que aconteceu, acordei com a mais pura certeza do que eu havia feito na noite anterior. Isso me deixava tão sem graça, como eu iria encarar Nichkhun? E se ele contasse para os outros, o que eu iria fazer? Como pude deixar meus desejos carnais me tomarem assim? Aliás, como eu iria encarar Junho sendo que haveria possibilidade de eu não me controlar de novo ou até ter vontade e coragem de fazer algo ‘pior’ da próxima vez?

   Por essas dúvidas que me atormentavam fingi que estava dormindo, iria me levantar quando ninguém estivesse por perto.  Tentativa que falhou, senti uma mão no meu ombro e algo se aproximar de minhas orelhas:

- Vamos acordar! Ou será que um par de mãos é tão bom pra se divertir assim que esgotou todas as suas forças? – disse Nichkhun com tom irônico

   Ah, que vergonha. Peguei o travesseiro e cobri minha cabeça, não iria falar com ele de modo algum, a última coisa que queria era ter o fato da noite passada jogado na cara.

- Vamos Junsu! – insistiu ele, me cutucando. – Oras, está com vergonha? Que isso, somos seres humanos cara, é normal isso. Ainda mais para nós, que somos tão ocupados com nossa carreira, só temos as nossas mãos á disposição pra essas coisas mesmo. – riu.

- Ah, por favor Nichkhun, pare com isso. Pode ser que seja normal, mas não precisa ficar falando disso né.  –disse  tirando o travesseiro.

- Que foi? Não tem nada demais mesmo, nem fazer e nem falar. Não entendo essa sua vergonha. Masturbação não é nada de outro mundo não.

- Dá pra parar ou tá difícil?  –disse nervoso.

- Junsu, você por acaso nunca tinha feito isso antes? Por que age como.

- Ah, que pergunta invasiva, já não basta ter ficado me escutando noite passada e ainda por cima falando desse assunto?

- Era impossível não escutar né. Os outros só não escutaram porque estavam em sono profundo de tão cansados. E o que custa me responder? Até parece que você é um santo.

- O que eu fiz pra merecer isso? É claro que não foi a primeira vez que fiz o que fiz noite passada no banheiro, só não faço isso com freqüência, ainda mais quando sempre tem alguém que pode me ouvir...pronto, respondi. Satisfeito? Agora, para de encher o saco.

- Nossa, por que você não pode dizer masturbar, bater uma, tocar uma? Dizer fiz o que fiz no banheiro é bem tenso  – riu.

- Nichkhun, acho que o pervertido aqui é você!

- Não fique bravo. Eu sei que você tá morrendo de vergonha, só to tentando de  mostrar que não tem motivo pra isso, é normal. Aliás, você era o único membro que eu nunca tinha escutado fazer isso até ontem.

- O quê? –fiquei pasmo. – Até o Junho?...quer dizer, eu nunca ouvi ninguém...-disse trêmulo, mas me pus firme para continuar. – Você por algum acaso fica de espreita na porta dos banheiros?

- Claro que não hyung! É que eles são bem ‘escandalosos’ mesmo. –riu -  Você que é muito distraído pra perceber, porque é impossível não escutar. É cada gemido que parece que tá entalado faz séculos. Não posso reclamar porque eu também não poupo a garganta nessas horas...

- Pode ir parando. –interrompi-o

-Tá bom, desculpa. Quando quiser conversar to aqui. Aproveita que todo mundo saiu, aí ninguém vai te descobrir. –riu. - Você parece estar meio perdido com isso, mas não vou me intrometer mais, como quiser. E pra sua informação Junho é um dos que gemem com mais gosto. – virou-se e foi para outro cômodo.

   O pior é que ele estava certo, eu estava muito perdido com isso, e com essa frase final parecia que ele havia sacado meu interesse por Junho. Mas, pra ser sincero, eu senti mais ciúmes naquele momento do que qualquer outra coisa. Ciúmes ao saber que Junho também já fizera aquilo e provavelmente pensando em outra pessoa.


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