Meu Nome não é Katherine escrita por Flanela


Capítulo 11
Como gato e rato


Notas iniciais do capítulo

Bom, estou no meio de minhas provas semestrais, por isso demorei um pouco mas espero que gostem do capítulo. Ele possui tanta ação quanto o anterior mas prometo que se receber bastante reviews com a opinião de vocês sobre ele o próximo será marcante!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/140009/chapter/11

Ela jogou mais um pouco de água em seu rosto. Embora ele não estivesse sujo nem nada ela só continuava fazendo aquilo repetitivamente, Elena à seu lado, observando-a, tentando saber o que dizer para ajudá-la.

     - Katerina você não se machucou e seu rosto não está sujo. Porque não....

Katerina não deixou que Elena termina-se seu discurso e, desligando a pia se virou e a encarou com o olhar que Stefan uma vez lhe dirigira quando estava obcecado por sangue humano e hesitava entre matá-la ou não. Porém, mesmo naquela situação, Stefan ainda demonstrava raízes de afeto, tanto que acabara não fazendo nada a ela. O que não poderia se dizer de Katerina. Seu rosto estava como a de um caçador frustrado e com raiva.

     - Você não entende Elena. Você nunca vai entender

E dizendo isso passou por Elena e saiu do banheiro, indo para a saída do ginásio. Ela podia aguentar um nível de humilhação de algumas pessoas. Porém algumas. Não todas. Ela obrigava-se a não olhar para o lado onde Elijah e Klaus estavam minutos antes, só seguindo em direção a porta, olhar fixo no chão.

No entanto, aproximadamente na metade do caminho um par de pés usando sapatos de salto pretos de plástico, cujo cheiro ainda pairava no ar tão novo que era, postou-se à sua frente. O olhar de Katerina foi subindo pelas pernas, vestido preto decotado - ela também estava de preto - sem alças até chegar aos cabelos castanhos cacheados, a boca que se curvava em um sorriso sarcástico e nos olhos castanho escuros de uma predadora.

Ela poderia ter simplesmente dado uma de quem não viu nada e sair dali, ou abordá-la de maneira civilizada. Mas não depois da noite que ela tivera. Se bem que, ela pensou, ela mesma deveria ter esperado por isso. Afinal Klaus estava lá, e, baseado na outra noite, ela deveria saber que eles estavam juntos. Quer dizer, juntos não. Katherine estava junto com Klaus, porém sem opção. 

     - O que você está fazendo aqui?

Os lábios de Katherine voltaram à posição normal e ela, em vez de responder, pôs uma de suas mãos no cabelo de Katerina, alisando-o com a ponta dos dedos.

Já era difícil encontrar Katherine, quanto mais naquelas circunstâncias, e ela ainda... Pegava em seu cabelo? Seu olhar vacilou e olhou para o lado. Todos estavam praticamente no mesmo lugar. Klaus olhando para ela, sorrindo para variar. Elijah, à seu lado, também a olhava com uma espécie de compaixão e preocupação no olhar, embora sua feição ainda estivesse séria, como sempre.

 Elena, inacreditavelmente, foi a primeira que apareceu esquecendo-se do ato bruto de Katerina momentos antes. Até mesmo ela parecia confusa. Embora Elena e Katherine fossem as idênticas, Katherine e Katerina, além de terem o mesmo nome, estavam com vestidos pretos curtos um palmo em cima do joelho, as duas estavam com seus cabelos ondulados - diferente do liso de Elena - soltos. E elas tinham olhares únicos. Esbanjavam uma beleza sexy e, mais importante do que qualquer coisa, aparentemente faziam os irmãos Originais, os primeiros vampiros do mundo, brigarem. Por elas.

     - Depois de tantos anos e você continua igualzinha. Á mim.  - Katherine finalmente abriu a boca, quando percebeu que tinha a atenção de todos na festa, inclusive dos humanos, que, embora continuassem a dançar estavam prestando atenção às duas de rabo de olho.

Katerina fechou os olhos com força na esperança de que, se o fizesse, tudo aquilo fosse se dissolver e ela voltasse para a época em que era feliz. Mas, quando ela fora feliz? – esse pensamento a invadiu. Embora ela soubesse a resposta o fato de admitir seria admitir que ela havia feito um bando de coisas que não devia e que ela estava errada no que estava fazendo naquele exato instante. Então, ainda de olhos fechados, ela começou a imaginar quem estava ali. A pequena Jane, que havia virado vampira a tão pouco tempo, e não sabia o que fazer. Katerina passara essa fase de sua vida sozinha, sem ninguém para dizer a ela o certo e o errado, fora algumas pessoas com quem ela cruzara em seu caminho. Ela devia ajudá-la. Elizabeth que se sentia culpada pela transformação de Jane e botava toda sua esperança em Katerina. Elena, que estava tendo a vida virada pelo avesso e em breve teria sua vida acabada por causa de Katherine.

Seus olhos se abriram e ela deu um passo à frente, em direção a Katherine. Foi então a vez dela de pegar no cabelo de Katherine e puxá-lo com força para baixo fazendo com que ela se abaixasse devido a dor. Ela sabia que Katherine não estava se alimentando bem por estar sobre o controle de Klaus, então não fora difícil.

Porém, ao contrário do que todos ali, inclusive Katherine, pensavam Katerina não bateu em Katherine ou nada parecido. Ela simplesmente avançou para onde estava o bar, pegou o copo de vodka que havia pedido -intocado no balcão até aquele momento- e virou-o goela abaixo saindo do ginásio em seguida. Do lado de fora a mulher loira e o fotógrafo dos quais ela fugira para entrar continuavam em seus lugares, o espaço a seu redor com adolescentes que se excederam na bebida e lá estavam a vomitar ou a beijar.

A passos largos ela andou até atrás de uma árvore e de lá começou a correr desgovernada para onde ela acreditava ser o caminho para uma cidade vizinha que possuía uma praia. Praia, era lá que ela tinha felicidade. Porém, aparentemente não naquele dia pois tão logo ela começara sua corrida à felicidade alguém começou a correr atrás dela e ela pôde ouvir, porém não a tempo suficiente de mudar de direção e despistar quem quer que fosse, pois esse alguém logo postou-se à sua frente. Seus olhos subiram pelo terno preto até chegar no rosto familiar de cuja pessoa as mãos logo foram para seu rosto, segurando-o.

     - Você estava me seguindo porque? – Katerina soltou, a voz rouca

     - Não. Eu sabia para onde você iria.

     - Obrigada pelo que aconteceu lá dentro. Quer dizer, eu adoro ficar no chão.  – Assim como Damon Katerina encontrava na fala sádica e sarcástica um meio de desviar de seus problemas.

      - Nós precisamos conversar. – Agora suas mãos eram mais firmes no rosto de Katerina pois ela fazia menção em sair dali correndo a qualquer minuto.

       - Não foi você mesmo quem disse que temos a eternidade toda? Então, temos a eternidade toda para conversar também. Quer dizer eu fui muito idiota. Depois de tudo eu não deveria ter vindo para cá... – como ela já começara não iria parar – procurar por você. Afinal você me deixou. Quer dizer, deixar é uma palavra muito forte talvez porque eu fiquei muito bem sozinha. Mas, hoje pude perceber porque você me deixou.

Suas mãos caíram do rosto de Katerina, porém seu olhar ainda era fixo nos dela. Ela era uma mulher muito alta, alguns poucos centímetros apenas mais baixa do que ele, de modo que sua cabeça estava reta enquanto ele a fitava.

        - Você sabe que eu não quero você com ele.

Ela virou-se e começou a caminhar enquanto falava

        - E porque você liga? Quer dizer eu não sou propriedade de ninguém, principalmente de pessoas que aparentemente não me querem.

         - Aparentemente – Elijah interrompeu-a

Katerina estava cheia de tudo aquilo e o que mais queria era sair dali e ir para seu imenso quarto de hotel cinco estrelas hibernar por uma década. E ela conhecia Elijah muito bem para saber o que falar para que ele a deixasse ir.

         - Olha só, quem eu beijo ou deixo de beijar é problema meu.

E estava certa. Sua insinuação fez a expressão de Elijah passar lentamente para uma expressão enfurecida e amargurada que ela bem conhecia. Então aproveitou a deixa e saiu de lá indo para seu hotel, esquecendo-se completamente da praia para onde pretendia ir.

Chegando no hotel desabou na cama e só acordou na manhã seguinte – frustrando seu plano de hibernação – pois o telefone do hotel tocara, acordando-a.

O recepcionista avisava de uma mulher que se identificava como Elena que desejava visitá-la em seu quarto. Katerina então permitiu sua entrada, vestiu um robe branco do hotel por cima do vestido da noite anterior que ela não chegara a retirar por mero capricho e foi atender a porta.

Elena estava sozinha, usando uma saia ¾ branca e uma blusa colada azul.

       - Elena, entre.

Elena entrou e logo começou a olhar para tudo. Cada canto, cada poeira, cada roupa esparramada em cima do sofá que lá havia. Ela estava curiosa em saber como seria o quarto de Katerina. Se seria arrumado ou não, que objetos ela botaria em que lugar. Perguntava-se se ela mantinha o quarto vazio conseguindo tudo o que necessitava através de seus.... meios. Roubando à partir de hipnose.

        - Eu vim ver ser você estava bem. Depois de ontem à noite quer dizer. Se eu me senti mal imagino que para você deve ter sido um milhão de vezes pior.

Katerina virou sua cabeça para o chão e pensou em um jeito de mudar de assunto. Lembrando-se em seguida de um ponto importante.

          - Elena, como exatamente você achou o hotel em que eu estava?

          - Procuramos nos hotéis mais chiques que existem aqui, que não são muitos. Além do mais Damon conseguiu arrancar informações de recepcionistas.

          - Ele está aqui?

          - Não. Foi em borá quando achamos o hotel.

Seguiu-se então um momento de silêncio. Katerina pegou então uma pilha de roupas que estava empilhada no canto do sofá onde achava-se uma saia longa e uma blusa branca sem mangas e foi para o banheiro do quarto, continuando porém a falar com Elena.

O dia seguiu-se tranquilo sem grandes visitas e acontecimentos. Katherine continuava presa a Klaus que se deliciava com sua vitória inesperada no dia anterior. Damon e Stefan passaram o dia pensando em jeitos de salvar Elena como sempre.

Era noite quando Elena estava deitada em sua cama, enquanto Stefan saía para caçar. Ela segurava um caderno de capa azul desbotada nas mãos que tinha na capa, escrito com letras pretas escrito “cinco primeiros anos “.

Depois de um pouco hesitar ela abriu o caderno que não possuía nenhuma chave em uma página qualquer.

“Eu não acredito. Eu fiz. Eu FIZ! Depois de anos pensando que estava sendo protegida, que era uma felizarda por ter pessoas como elas em minha vida, quando na verdade era tudo ao contrário – não vou começar tudo de novo, acho que já falei muito sobre isso - eu finalmente os matei. Estou com os nervos à flor da pele. Não sei se fiz certo, e sei que isso não trará meus pais de volta, mas Klaus pareceu ficar contente. Me disse coisas boas e me apresentou à alguns outros como nós.”   

Seus dedos ficaram rígidos de repente e quando conseguiu recuperar o controle sobre eles fechou o diário de Katerina e jogou-o em baixo do colchão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Nome não é Katherine" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.