Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 18
Capítulo 18 - Quadribol


Notas iniciais do capítulo

Geeente, mais um cap! Esse é um pouco diferente porque narra mais o jogo de Quadribol, mas tem coisas que podem influenciar bastante no futuro. Prestem atenção em TUDO.
Ahh, e pra vocês que estão em dúvida se Draco está vivo ou morto, as respostas estão bem óbvias :D
Boa leitura!



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Passaram-se alguns dias e chegou sábado, dia de Quadribol. O primeiro jogo seria Grifinória contra Lufa-Lufa, seguido por Sonserina contra Corvinal. Um tremor percorre minha coluna por saber que Draco não estará no jogo, e eu não poderei torcer para o apanhador mais lindo da história de Howgarts pegar o pomo de ouro. Hoje Zabini será o capitão. Segundo um breve comentário dele - o único que dirigiu a mim após a briga no corredor -, o time da Sonserina fará uma homenagem a Draco antes do início da partida. 

Vou até o guarda-roupas e pego uma blusa verde de lã, sobretudo preto e um jeans azul. Após vestir-me, calço um velho all star preto, cujo apelido é Companheirinho - chamo-o assim por tê-lo desde os 16 anos e por ainda entrar em meu pé sem machucá-lo. Prendo os cabelos num rabo-de-cavalo, deixando apenas a franja solta. 

Sabendo que estou pronta para sair do quarto, abro a porta lentamente - objetivando não encontrar ele. Desço as escadas e paro defronte à mesa, onde situa-se a pasta preta de Draco, onde ele guarda seus desenhos. Fiquei olhando-a ontem o dia inteiro, por isso ela está aqui. Abro-a e procuro por um desenho que vi ontem, um desenho de todo o time de Quadribol da Sonserina. Após folhear inúmeros desenhos meus, encontro o que tanto procurava. Não sei se devo, mas guardo o desenho no bolso interno do sobretudo. 

Felizmente, não encontro com Zabini nem no dormitório, nem nos corredores e muito menos no Salão Principal. 

- Oi, gente! - Cumprimento meus amigos. 

- Oi, Mi! - Eles retribuem com um sorriso. 

- Caramba, estou nervosa! 

- Gina, você não tem motivos para ficar nervosa, uma vez que é uma das melhores artilheiras da história de Hogwarts.

- Mi, você está dizendo isso pra tentar me acalmar? 

- Não. Estou dizendo porque é verdade. 

Vejo um sorriso alegre no rosto de Gina.

- Então tá! 

Todos os integrantes do time estão comendo menos que o normal, com exceção de Ron. Falando nele, Luna está ao seu lado, a apenas dois metros de mim e do lado oposto da mesa. Observo-os. Percebo o romantismo quando Ron coloca um morando entre os dentes de Luna, e também percebo o rosto de Luna superar a cor da fruta. Noto a delicadeza de Luna ao segurar a mão de Ron. E, fazendo uma leitura labial razoável, reparo nas palavras incentivadoras que saem de sua boca. Ron agradece dando-lhe um beijo na bochecha. 

- Ron e Luna estão namorando, Harry? - Pergunto, curiosa. 

- Mais ou menos. 

- Como se namora "mais ou menos"? 

Ele respira fundo. Parece estar procurando as palavras adequadas para explicar. 

- Ele... hum... está pensando em pedi-la em namoro. Mas está esperando um pouco para ter certeza disso, já que não quer magoá-la. 

- Não quer magoá-la mas está arroizando ela? 

Gina e Harry riem da expressão que uso, mas concordam com um aceno de cabeça. 

- Harry, Gina, está na hora do jogo! - Taylor, um de nossos rebatedores, avisa. 

- O.k. - Harry responde. - Vamos, Gina? 

Percebo o quanto ela tenta se acalmar, mas logo diz: 

- Vamos! 

Dirijo-me rapidamente à arquibancada da Grifinória. Escolho um bom lugar, logo na frente. Alguns focos de neve estão caindo, o que me leva a crer que o tempo não está disposto a colaborar. 

- Olá, Hermione! - Neville senta-se ao meu lado. 

- Neville! Que bom ver você. - Abraço-o. - Como tem passado? 

- Muito bem. Mi, quero te contar uma coisa. 

- Sou toda ouvidos. 

Ele toma coragem e diz: 

- Eu e Parvati estamos namorando. - E sorri.

- Sério?! Que bom! Parabéns! 

- Muito obrigado. 

- Mas eu esperava por isso depois daquela noite que eu e o Draco pegamos vocês no maior agarra-agarra, lembra? 

Ele ruboriza. 

- Como poderia me esquecer?!

Rimos, mas logo voltamos nossos olhares ao campo quando o narrador diz: 

- E o time da Grifinória entra em campo! 

E os vermelhinhos vão à loucura. Torcedores gritando, cantando. O time fazendo suas acrobacias. 

- Agora entra a Lufa-Lufa. 

Claro, a torcida Lufa vai ao delírio. Mas os Grifinórios não deixam de vaiar.

- Os times tomam suas posições, a goles é lançada e... INICA-SE A PARTIDA! A Grifinória sai na frente com Gina Weasley. 

Não foi preciso mais que um minuto para Gina marcar o primeiro ponto: 10 x 0. 

No entanto, a Lufa-Lufa nunca foi uma equipe fácil de se vencer - apenas a Corvinal fica para trás nos esportes. Eles fazem pressão, mas Ron é bom goleiro e não deixa as duas primeiras bolas passarem. Depois, Kátia Bell rouba a bola e segue em direção ao lado oposto. Ela é livrada de um balaço, o qual é rebatido por Taylor - suspeito avidamente que eles tenham um caso amoroso, mas nada concreto. Então, Kátia marca o segundo ponto: 20 x 0. 

- Lufa-Lufa sofre pressão nos primeiros cinco minutos de jogo. Será que continuará assim? - O narrador comenta.

Macumbeiro! Foi só ele comentar que um dos artilheiros Lufos marcou um ponto. Ron fica irado e olha para Harry como quem pede desculpas. Harry, por sua vez, pede calma a ele e sai à procura do pomo de ouro.Vejo-o alçar voo até lá em cima, acompanhando pelo apanhador da Lufa-Lufa. Alguns minutos depois, ouço:

- E o jogo está empatado em 50 a 50. 

Desespero-me ao procurar os apanhadores e não encontrá-los. 

- E agora, Mi? - Percebo que Neville também está desesperado. 

- Calma. Agora temos que esperar o Harry aparecer. 

E o desespero só aumenta: 

- Lufa-Lufa desempata o jogo! 

Ao olhar para o céu, vejo Harry descendo. Quase comemoro, mas logo percebo que o apanhador Lufo está em sua cola e que ambos estão tentando pegar o pomo. Harry impulsiona sua Firebolt, mas o adversário não se intimida e faz o mesmo. Impulsos, velocidade, ansiedade e...

- HARRY POTTER CAPTURA O POMO DE OURO! 

- UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL! - Grita a torcida Grifinória. 

Harry é ovacionado por sua excelente atuação, fazendo com que os Lufos saiam cabisbaixos do campo. 

Quando os alunos começam a deixar as arquibancadas, Minerva McGonagoll toma o microfone e diz: 

- Alunos, lembrem-se que teremos Sonserina contra Corvinal dentro de trinta minutos. E peço a presença de todos vocês aqui. Agradeço.

Neville e eu fomos encontrar Harry, Gina e Ron. 

- Parabéns, vocês foram maravilhosos! - Neville elogiou. 

- Mas foi bem difícil. - Disse Harry. 

Conversamos bastante sobre o jogo e sobre a incrível atuação de Harry. Ele sempre cumpriu muito bem seu papel de apanhador e capitão do time de Quadribol da Grifinória, mas ele se superou dessa vez! 

Quando passou-se vinte minutos, fomos para as arquibancadas. Meu coração bateu fortemente em meu peito, o que me fez dizer...: 

- Gente, eu sentarei na arquibancada da Sonserina. 

- Tem certeza, Mi? - Harry perguntou.

- Absoluta. 

- Quer que a gente vá com você? 

- Acho que não precisa, Gina. A menos que vocês queiram. 

Eles se olharam. E foi Luna quem respondeu:

- Vamos com você. 

- Luna, só tem um detalhe: o jogo é contra sua própria casa! - Ron lembrou-a. 

- E daí? Eu posso torcer para a Corvinal silenciosamente enquanto fico com minha amiga. 

- Vamos, então. 

Fomos andando para a arquibancada verde e prata. Com o canto dos olhos, observei a forma protetora com que Ron passou seu braço ao redor da cintura de Luna; também reparei no pouco que ela enrubesceu. Desvio o olhar no momento em que Luna percebe que eu os observava. 

Subimos para a arquibancada Sonserina e escolhemos um lugar logo à frente, a fim de podermos ter uma melhor visão do jogo. Quando todos os torcedores se acomodam, o time da Corvinal entra em campo. A torcida azul-prateada ovaciona o time. Os Corvinais concluem sua entrada, dando espaço aos Sonserinos. 

E então meu coração acelera. Minha respiração falha. Eu começo a suar frio. Tudo isso por curiosidade de querer saber qual será a homenagem e por decepção de não poder ver Draco jogar. 

No exato momento em que todo o time verde-prateado entrou em campo, eu não pude prestar atenção em mais nada se não nos movimentos que eles faziam com as varinhas, que estavam apontadas para o céu. Elevando meu olhar, cheguei até os flocos de neve - eles haviam parado de cair. Agora, a neve não era apenas uma fina cortina de seda branca, e sim os cabelos loiro-platinados, a pele levemente corada, os olhos cinza-azulados, os lábios finos e rosados. Agora, a neve tinha o formato exato do rosto de Draco Malfoy... E ele estava sorrindo, exibindo dentes perfeitamente brancos, sendo que os dentes da frente eram levemente tortos para dentro - quase nada, coisa que apenas alguém que o observara muito de perto poderia reparar. Então, Blásio Zabini pressionou sua varinha contra o pescoço e disse: 

- Hoje, o time de Quadribol da Sonserina jogará sem seu maior ídolo, amigo e irmão: Draco Black Malfoy. Como todos sabem, ele sofreu um acidente há uma semana e está em coma, no St. Mungus. Para nós, é muito difícil jogar sem Draco. Além de excelente apanhador, ele sabia identificar o erro do time como ninguém. Além de excelente observador, ele sabia como irritar e divertir ao mesmo tempo. Para mim e para muitos Sonserinos Draco é muito mais que um amigo, ele é um irmão. - Percebo então eu seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ele não as deixou escapar.

Todos aplaudiram com fervor as palavras de Zabini.

Senti meus olhos encherem-se de lágrimas. Não lágrimas de tristeza, mas sim de agradecimento àqueles que lembraram de Draco.  

Zabini lançou um olhar significativo para mim, e eu sabia o que ele queria. Sinalizei que não. Nas condições em que me encontro, não tenho estabilidade o suficiente para transmitir palavras a todos os alunos de Hogwarts. Percebendo, então, que a única coisa que demonstraria meus sentimentos por Draco eram meus olhos, Zabini finalizou: 

- Então, comecemos o jogo! 

A goles vai ao ar e os artilheiros saem em sua disputa. Zabini pega a goles com tranquilidade e passa por dois Corvinais, mas é barrado por um terceiro. O Corvinal que roubou a bola tem muita facilidade para chegar perto dos arcos da Sonserina - e isso me assusta -, mas o goleiro verde-prateado defende. A torcida Sonserina aplaude com fervor. O goleiro lança a goles para um dos artilheiros, que segue com facilidade até ser barrado pelo adversário. Desesperada, procuro pelo apanhador que está substituindo Draco: ele e o apanhador da Corvinal estão cortando o vento de um lado para o outro atrás do pomo de ouro. 

- O jogo está bem disputado. - Harry comenta. 

- Muito! Todos os artilheiros estão jogando bem. Me surpreende que tenham passado-se quase dez minutos e o primeiro ponto ainda não tenha saído. - Gina diz. 

E foi só Gina falar que a Corvinal marcou o primeiro ponto. 

- DROGA! - Esbravejo. 

- Calma, Mi. Ainda tem muito jogo pela frente. - Luna tenta me acalmar. 

Vejo que Zabini pega a bola, mas não consegue ir muito longe. 20 x 0 para Corvinal. 

- ZABINI! - Levanto-me e grito. 

Ele olha para mim com os olhos confusos, mas aproxima-se um pouco. 

- Você consegue. Você precisa conseguir! - Incentivo-o. 

Zabini apenas sorri, depois volta à sua posição normal. 

Como mandam as regras, a Sonserina sai com a goles. Eles tentam passar pela linha da Corvinal - a casa que ficava para trás nos esportes, agora vencia aquela tão conhecida por sua capacidade. A goles é lançada para Zabini, que passa por um marcador, passa por outro, passa pelo terceiro e...

- PONTO! - Comemoro. 

Aquele lindo Sonserino de olhos negros lança um sorriso radiante para mim, e eu não posso deixar de retribuir. De uma forma garbosa, ele se apruma sobre a vassoura e dá um impulso para frente a fim de roubar a goles. E o faz com sucesso. Assusto-me com a velocidade com que ele atravessa o campo e marca outro ponto. Toda a torcida Sonserina aplaude de uma forma contagiante, tão contagiante que até mesmo Harry e Ron aplaudem. 

Zabini posiciona-se perto de mim e sorri novamente, enquanto eu digo: 

- Parabéns, continue assim! 

Ele pisca um olho e volta a se concentrar no jogo. Quando a movimentação retorna, Gina se aproxima de mim e pergunta: 

- O que foi isso que eu acabei de ver, Hermione? 

- Isso o que? - Faço-me de desentendida. 

- Você sabe. Zabini e você. Quer dizer, esses dias você disse que não gostou de beijá-lo e tal, agora está cheia de sorrisinhos e olhares com ele. 

- Relaxa, Gina. Está tudo bem. 

- Sei... - Percebo o sarcasmo em sua voz, mas não me importo e volto a prestar atenção no jogo.

Minha felicidade só aumenta quando outro artilheiro Sonserino marca o terceiro ponto: 30 x 20. 

- Agora, é só eles continuarem assim. - Neville diz enquanto aplaude. 

Quando a Corvinal empata, meu coração só falta sair pela boca. E, quando os Corvinais viram, quase tenho um ataque cardíaco. Sinto minhas mãos começarem a suar, mesmo estando extremamente frio. O desespero só aumenta quando o narrador anuncia:

- Faltam apenas cinco minutos para o término do jogo. 

Ouvindo isso, Zabini passa uma orientação aos batedores, algo ininteligível. E isso me preocupa, eis que Sonserinos são capazes de um tudo para conseguir aquilo o que querem. 

Cuidado, Blásio. Penso, mesmo sem saber que ele não pode me ouvir e muito menos ler pensamentos. 

Nervosa, levanto-me e aproximo-me o máximo possível do campo. Observo cada milímetro dos movimentos de Zabini. Cada curva que ele faz consegue acelerar meu coração de tanta preocupação. Sinto-me mais aliviada quando ele consegue roubar a goles e aproximar-se dos arcos. Mas um dos artilheiros Corvinais aproxima-se dele com muita violência, porém isso não impede que ele marque o ponto. O que me preocupa é que Zabini cai da vassoura, batendo com força contra o chão. 

Poucos segundos depois, o narrador anuncia: 

- A SONSERINA CAPTURA O POMO DE OURO! 

Assim, saio correndo para o campo, a fim de ver se Zabini está bem, seguida por Gina. Quando me aproximo dele, vejo que seu rosto demonstra pura dor. 

- Zabini, o que houve? 

- Ahh... - Ele geme enquanto luta para sentar-se. 

- O que aconteceu? O que você está sentindo? - Desespero-me. 

Por um instante, vejo um leve sorriso formar-se em seus lábios, como se ele gostasse de meu desespero. Mas logo responde: 

- Acho que quebrei a perna. 

- Madame Pomfrey pode dar um jeito nisso - Diz Gina. 

Nesse momento, chegam Harry, Ron, Luna, Neville e todo o time de Quadribol da Sonserina. 

- Precisamos levá-lo à ala hospitalar. - Digo. 

- O.k. - Assente Dennis, o goleiro Sonserino. 

Ele e mais outro aluno levantam Zabini, cada um segurando-o de um lado do corpo. Querendo ficar o mais próximo possível de Zabini, sigo-os de perto. E Gina vem ao meu lado. 

- Sua preocupação com ele está me irritando. - Sussurra. 

- Sossegue, Gina. Eu amo Draco, não Zabini. 

- Duvido um pouco disso. 

Dou um beliscão razoavelmente forte em seu braço, o que a faz calar-se. 

- Granger... - Zabini chama.

- Sim? 

- Vencemos o jogo.

- Sim, vencemos. E você quebrou a perna. 

- O importante era vencer. Prometi ao Draco que venceríamos o jogo contra a Corvinal, e vencemos.

Sinto uma espécie de alívio em meu ser, como se isso significasse que ele ainda tem muito afeto pelo melhor amigo, mesmo após ter apaixonado-se por sua namorada.  

Chegando à ala hospitalar, Zabini é deitado na cama e espera apenas alguns segundos até que madame Pomfrey chegue. 

- O que houve, sr. Zabini? 

- Quebrei a perna no Quadribol. 

- Ai, ai... Todo jogo tem alguém aqui. Por Merlim!, esse jogo deveria ser menos violento. 

- Mas a senhora pode cuidar rapidamente disso, certo? - Questiono.

- Claro que sim, Granger. Se consegui fazer o osso de Potter crescer no segundo ano, então posso remendar o osso de Zabini facilmente. 

Ela procura por algo dentro do armário, e logo acha. Rapidamente, ela enche um copo com o líquido escuro e entrega na mão de Zabini. 

- Beba. Se tiver o efeito esperado, seu braço estará remendado dentro de duas horas. 

- E depois eu poderei voltar às minhas atividades normais? 

- Bom, não imediatamente. Ficará em observação por dois dias, depois... - Dá de ombros. 

Em apenas dois segundos, Zabini desce o líquido garganta abaixo. Depois, faz uma careta de reprovação. 

- Que horrível! 

- Você não esperava que fosse suco de morango, esperava? - Madame Pomfrey o reprime. 

Eu e Gina abafamos um riso, mas não consigo abafar o rubor quando seus lindos olhos negros pousam em mim. Seus olhos são, de certa forma, hipnóticos: eles lhe prendem; mas não tanto como os de Draco. 

Como um raio, Minerva chega. Sua aparição é tão rápida que assusta a todos nós. 

- Como Zabini está? - Ela sai empurrando os alunos. 

Sua preocupação é mais de mil vezes maior que a minha. Os poucos alunos aqui presentes acham estranho a forma como ela chega. 

- Estou bem, diretora. 

- Mesmo, querido? 

- Sim, fique tranquila. 

Ela afaga o rosto de Zabini e o olha com uma preocupação semelhante à preocupação de... 

- Mãe. - Sussurro. 

- O que disse, Granger? - Ela indaga. 

- N-nada, diretora. Bom... hum... Preciso fazer algumas coisas, depois volto aqui, Zabini. 

- O.k. Se cuida. 

Dou um sorriso tímido para ele e arrasto meus amigos comigo. 

- O que houve, Mi? Você está pálida. - Diz Neville. 

- Relaxa, Neville. Está tudo bem. 

- Mesmo? 

- Sim, Luna. Eu vou ao meu quarto. Gina, vem comigo? 

- Claro. 

Os outros nos olham de uma forma interrogativa, mas lanço um olhar para Harry que diz "Depois conversamos", o que faz com que ele diga: 

- Nos vemos no almoço, então. 

Arrasto Gina comigo. Ela tem dificuldade em acompanhar minha corrida, mas não diz nada até chegarmos ao "apartamento". 

- O que é que você tem, Hermione? 

Respiro fundo, depois...

- Me chame de louca, de esquisita, pirada, maluca... de tudo o que quiser, mas responda-me: você também achou estranha a forma como McGonagoll preocupou-se com Zabini? 

Ela ameaça iniciar uma risada, mas depois volta a ficar séria e diz: 

- Achei estranha a forma como você se preocupou com ele. Depois está apaixonada por Draco... - Percebo o desprezo em sua voz. 

- Ei, eu amo Draco! 

- Então pare de se preocupar com Zabini como se ele fosse seu namorado! 

Antes que eu conteste, uma coruja negra que entrou pela janela do meu quarto chega até o andar inferior e pousa sobre a mesa com um papel amarrado à pata. Aproximo-me dela e pego o papel cinza. Não é necessário que eu leve a coruja até a janela: ela faz o caminho de volta sem dificuldade. Abro o papel e leio:

Hermione, eu ouço você o tempo inteiro. Sei quando está comigo e quando não está, sei o que sente e o que deixa de sentir, sei o que faz e o que deixa de fazer. 

Então, por favor, não me traia. Eu não suportarei viver sem ti. 

Você precisa resistir, porque eu precisarei de você para superar. 

Com todo o amor do mundo, 

Draco Black Malfoy. 

Notando-me arfar, Gina aproxima-se e pergunta: 

- O que houve? Quem enviou a carta? 

Sem conseguir dizer uma palavra, sento-me na cadeira mais próxima e dou o papel à ela. Seus olhos correm rapidamente pelas palavras, depois diz: 

- Que idiota teria a frieza de enviar um papel desses à uma pessoa que está sofrendo. 

- Não, Gina, não... - Balanço a cabeça inúmeras vezes. - Não foi nenhum "idiota", foi Draco quem escreveu. Essa letra é dele. 

Ela me olha de uma forma que repreende. 

- Acho que a convivência com Narcisa Malfoy não está lhe fazendo bem, Mi. 

- Você não entende, não é? - Sussurro, depois esbravejo: - Draco está tentando me dizer para não cair em tentação, para não permitir que Zabini tome conta de mim.

Vejo, então, que ela fica dividia entre acreditar em coisas nas quais não se podem explicar e na lógica.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou deixa review, quem não gostou deixa também!!
E me digam o que estão pensando em relação aos mistérios: a gravidez da Pansy, o que está acontecendo entre Blásio e Hermione, o mistério que envolve Narcisa, o estado de Draco, McGonagoll...
BEEEIJOS :*)