1 mês, hoje fazia justamente um mês que eu havia conhecido Mark.

Minha vida mudou bastante desde aquele dia. Eu sorria mais, confesso. Fumava menos- ou pelo menos tentava- e andava o tempo todo com Mark

Às vezes até dava volta com ele de carro-que até hoje não aprendi a dirigir- pela cidade, parávamos para tomas um sorvete mais toda vez que eu notava os olhares eu me sentia mal e queria voltar para casa.

Depois daquele pequeno incidente no parque não ouvi mais falar de Jason e estava achando muito assim.

Eu pensava em Jason às vezes e isso me perturbava e eu ia logo fumar. Mas quando eu estou com Mark eu penso menos vezes sobre de Jason e foi por isso que grudei com ele o mês todo.

Hoje eu iria sair com Mark.

E estava nervosa.

Eu havia me acostumado com meu rosto, e havia me aceitado. Mas os olhares... Aquilo era pior e eu nunca ia me acostumar com isso. Eu era uma pessoa que vivia da minha imagem. Sempre me importei com meu rosto minha aparência. E eu era uma vadia.

Julgava os outros, zoava de suas aparências ridículas. E agora olha para mim. É como dizem tudo que vai volta.

Eu dava os últimos ajustes em frente ao espelho descendo um pouco o vestido tomara que caia que era branco de estampa florida roxo. Ajeitei a gola do meu casaco de coro curto preto. E mexi meus pés para ajustar o salto preto.

Me virei quando vi no reflexo do espelho Mark entrando pela porta do quarto.

-Stara... - disse ele me avaliando dos pés a cabeça.

-estou bem Mark?- Perguntei duvidosa, olhando para minha roupa pensando em trocar.

-esta magnifica!- Mark disse meu convencido. E eu sorri satisfeita decidindo ficar com a roupa.

Mark veio por trás e me abraçou.

- vamos?

Eu me desvencilhei de seu abraço e fui em direção a estante.

- Só um segundo. – peguei meu celular e o maço de cigarros e o isqueiro.

-Ah sem o ci..-Mark começou a reclamar e o calei colocando o dedo indicador nos seus lábios.

-Depois de você, só me vem o cigarro de bom- “não é totalmente mentira”  pensei.

Eu vi o sorriso convencido no rosto do Mark e gargalhei baixo vitoriosa.

Entramos no carro do Mark e fomos em direção a cidade.

- Para onde vamos Mark?- Perguntei enquanto afrouxava um pouco o sinto.

-Vamos jantar. - disse ele sem me responder realmente.

-Serio? Eu pensei que íamos apenas fazer um sexo selvagem- gargalhei alto quando vi a respiração de Mark falhar e suas mãos apertarem forte o volante tenso.

-Stara. Não brinque com fogo e irá se queimar... - eu sei que Mark não falou de proposito, mas aquilo me feriu.

- è eu sei Mark. –disse humor.

-Droga. - Mark deu leve soco no volante com a mão direita e logo após pegou a minha que estava no meu colo.- Me desculpa Stara. Por favor, me desculpe.

- esta tudo bem Mark- disse virando meu rosto para a janela para que não precisasse olhar para seu rosto culpado.

Mark encostou o carro e parou e me surpreendi, pois nem havia percebido.

-Desculpe Stara! Eu não disse aquilo de proposito.

-Eu sei. Eu só estou sendo muito dramática. - me virei para Mark com um fraco sorriso irônico no rosto.

-Não, eu que não devia ter dito aquilo- vi a culpa nos olhos de Mark e me senti culpada.

- eu não quero ir a nenhum restaurante- mudei totalmente de assunto aproveitando o momento- ou a lugar aonde pessoas vão ficar me olhando e falando de mim...- joguei meus braços ao meu redor, me abraçando.- me incomoda.- olhei diretamente para frente.

- Ok.- foi somente o que Mark me disse e me abraçou.

Conforto.

Era isso que eu sentia sempre com Mark. E sentia agora abraçada com ele.

Isso é bom ne? Pelo menos deve ser.

-aonde? Vamos então? Queria um lugar calmo. Confortável... Só eu e você.- disse enquanto brincava com os botões da sua camisa polo.

- que tal a minha casa?

Gelei.

-hum..- pensei e a ideia não era tão ruim assim.

-Isso!- Mark parecia que havia descoberto a pizza- podemos passar no supermercado compramos algo delicioso e cozinhamos juntos. - ele olhou para mim esperançoso e eu sorri divertida.

- Até que não é uma ideia ruim Mark. –ele beijou minha testa e tirou seus braços ao meu redor, e começou a ligar o carro.

- Então assim será. – Mark disse cheio de empolgação e eu sorri feliz, e fiquei admirando Mark enquanto ele dirigia o carro.

Fomos ao maior supermercado  da cidade e não queria entrar mas Mark insistiu e acabei aceitando.

Entrei receosa e notei os olhares em mim.

No mesmo momento que notei isso Mark pegou minha mão e eu sussurrei um muito obrigado para ele.

Eu amo macarrão e Mark concordou comigo em fazermos uma macarronada.

Compramos bastante queijo!!

- Eu amo queijo- disse Mark.

Compramos também um bom vinho e para sobremesa uma torta que eu havia visto rodando naqueles vidros. Fiquei parecendo um cachorro observando um frango.

Mark percebeu isso me zoou um pouco, mas comprou a torta e por isso o perdoei.

Saímos do supermercado com bastantes sacolas e sorrindo a toa. Colocamos as compras na mala do carro e fomos para seu apartamento.

Viramos a esquina e avistei um prédio branco alto e meio velho. Mark apontou para ele mostrando que morava ali.

Mark deu a volta no prédio e eu o olhei confusa.

-Vamos entrar pela garagem- Ele explicou.

Ele deixou seu carro na vaga encostada na parede e reparei que a garagem era nojenta e fiquei pensando que deveria ter ratos ali. Puxei Mark pela mão tentando sair o mais rápido dali.

Fomos para o elevador e Mark apertou o botão do 3º andar. Chegamos à porta de seu apartamento, o 303, e Mark demorou a achar a chave certa.

Entramos e fiquei admirada com seu apartamento. Era pequeno, mas organizado tinha uma cama na parede esquerda e do outro lado, mas para o fundo, tinha uma pequena cozinha e no meio do lugar uma pequena parede para separar os dois cômodos e antes dessa parede uma pequena mesa bem encostada na parede.

-Onde fica o banheiro?- perguntei curiosa.

-Ali a trás- Mark apontou para uma porta que eu não tinha reparado- E ali a lavanderia.

Fui em direção a uma grande porta de vidão a uma grande porta de vidro. E encontrei uma longa varanda e a noite deixava a vista mais bonita que eu já vi da cidade.

- Bonita não é?- perguntou Mark me abraçando por trás.

-Sim- me virei e o beijei

O Jantar estava uma delicia Mark não me deixou fazer nada, e eu fiquei apenas sentada bebendo o vinho que havíamos comprado, enquanto o assistia.

Quando acabamos de jantar Mark pegou o bolo e sentou na cama me para chamando para sentar ao seu lado.

Me sentei e comemos o bolo enquanto conversávamos.

Teve uma hora que no canto da boca de Mark ficou um pouco do glace do bolo não resisti e passei a língua.

-Hum... Gostoso. - Sorri maliciosa e Mark estremeceu.

Ele me olhou por alguns segundos e me beijou.

Foi um beijo calmo e eu sorri para ele pegando mais torta.

-Stara...- Mark disse tenso- Faz tempo que estamos juntos e...- Seu pomo de adão subia e descia nervoso- e... Eu queria tornar isso formal. Você não é mais qualquer uma para mim. E eu quero namorar com você.

Fiquei em silencio.

Eu queria namorar ele?

E será que daria certo?

Eu não aguentaria, mas sofrimento.

-Stara?-Mark me tirou dos meus devaneios.

Eu olhei para ele e vi o medo da rejeição em seus olhos.

Eu não amava, mas não custava nada tentar. Ele gostava de mim era gostoso e me acendia um fogo... Que era suficiente para tentar esquecer o...

-Mark- Desviei o olhar dos seus olhos- Eu não sei... Eu não aguentaria mais sofrimento. Eu tenho medo-Fui interrompida por um beijo no meu ombro.

Me virei e vi Mark sorrindo.

-Eu te amo Stara. Eu sei que é cedo de mais...

-Mark- Eu não sabia o que falar

-Namora comigo?

Puxei e soltei o ar devagar.

-Sim- Falei seria. E quando vi em seus olhos a sua alegria. Sorri um pouco.

“quem sabe eu não tenho uma chance de ser feliz?”

-Então- Mark foi se aproximando de mim- Agora você Stara Gilbert é minha namorada. - Seu rosto estava a centímetros do meu e eu podia sentir sua respiração acelerada.

-E você- toquei seus lábios de leve- Mark Walker é meu namorado.

"Era isso que eu devia dizer, mas porque eu sentia que isso não estava certo?"

O beijei e esse beijo foi diferente.

Mark me puxou me deitando na cama e eu fiquei por de baixo dele.

Sua boca deixou a minha e eu gemi de frustação. Mas logo gemi de prazer quando ele beijou meu pescoço e deu leves chupões.

Puxei o para mim e o beijei de novo.

Passei a mão por seu abdômen definido enquanto arranhava ao mesmo tempo. E sorri maliciosa quando o ouvi gemer (que parecia ser mais um rosnado)

Mark arrancou a sua camisa ansioso e percebi que havia parado de respirar.

“Eu ia fazer isso mesmo?”

Mark me beijou urgente enquanto tirava meu vestido. Ele subia o vestido com uma mão enquanto com a outra alisava minha pele. Eu ignorei  os arrepios que passavam pelo meu corpo enquanto continuava a beija-lo.

-Stara. - Mark sussurrou com a voz rouca logo após eu soltar seus lábios.

Mark afastou seu rosto do meu para passar o meu vestido pelo os meus braços e o jogou num canto qualquer da casa que nem reparei.

Mark começou a dar beijos na minha barriga e eu estava adorando.

“Sim eu ia fazer isso”.