Voltei para o acampamento com o Quiron e logo vi o tipo de treinamento, era uma coisa muito chata, tipo espada contra espada, nada de mais.

Eles estavam andando numa ponde que balançava pra caramba, sem segurança nenhuma.

_ Vai lá treinar – Disse Quiron

Eu apenas sacudi a cabeça negativamente e peguei um mini game na minha bolsa, o ligando e começando a jogar, quando ele tomou meu mini game

_ O que, você vai jogar vídeo game?

_ Vou – Respondi, o mini game foi o único brinquedo que eu carreguei comigo quando fugi da casa do meu pai.

_ Isso não vai te ajudar contra os monstros – Rebateu - _ Pelo menos assista o treino dos outros, menina! – Disse ele bravo

_ Estou indo – Respondi correndo para o espaço onde se encontravam alguns campistas.

O treino era muito chato mesmo e eu nem pude participar, ele disse eu estava dispensada  por ser pequena para aquele tipo de luta, então resolvi treinar sozinha. Andei de um lado e parei de frente de um robô de treinamento desligado, eu nem um pouquinho xereta liguei ele pra treinar, só não achei que ele tinha uma espada e estava tão destinado assim a acabar comigo.

O Robô puxou a espada olhou para os lados procurando seu alvo então me viu, e veio me atacar então eu simplesmente puxei minha espada que por sorte ainda estava comigo, e defendi aquele ataque obvio. O robô foi me empurrando para trás com seus ataques, na hora que dei por mim estava no meio outros alunos que obviamente pararam de treinar pra me ver numa enrascada.

_ Ela vai morrer – Gritou um campista rindo era um filho de Apolo

Logo após esse comentário vieram muitos outros, tipo: “essa garota é louca” “ vai se ferrar” “coitadinha vai morrer tão jovem” E muitos, mas muitos risos, e exclamações de pena

_ Eu vou ajudar – Falou o instrutor de luta de espada

_ Não pode, você sabe as leis do acampamento, se enfiou sozinha sai sozinha. – Disse o Senhor D.

O robô voltou a me atacar e eu a desviar

_ Annabeth, fuja – Gritou Luke assustado.

Eu sabia lutar sempre quis lutar com espada e estava na hora de mostrar que era capaz de improvisar, minha chance em terra era pequena,mas eu tinha mais flexibilidade então subi na ponte bamba onde estavam treinando, essa era minha única chance de viver, aquela coisa que me atacava só iria parar quando me matasse, ou então quando eu vencesse.

Na ponte vi ele investir contra mim, desviei e ataquei seu tornozelo com muita força, nos fazendo cair de uma altura de 2 metros, enquanto estávamos caindo, eu consegui desarma - lo e o ataquei com minha espada.

Eu levantei e tirei minha espada da cabeça do robô e todos me olhavam de boca aberta como se eu fosse um extraterrestre.

_ Como você fez aquilo? – Perguntou o instrutor Gabriel

Luke apenas sorria

_ Aquele ataque, uma criança não tem como fazer – Continuou Gabriel.

Eu estava preste a falar quando o sinal tocou indicando que era hora de descansar, então fui correndo para minha cabana tentando evitar as perguntas sobre o ocorrido.

Na hora do jantar, todos ainda me olhavam, mas tinha algo errado nos olhos do Quiron, algo que o senhor D sabia o que era.

Luke veio até mim depois do jantar enquanto nos seguíamos para a fogueira.

_ Você foi ótima hoje, não sabia que havia aprendido a lutar tão bem assim – Disse ele

_ Aprendi observando a Thália e você, e agradeço muito vocês por isso, sem isso, provavelmente aquele robô demoníaco iria me matar – Respondi sorrindo.

A fogueira estava bem agradável, cantamos musicas do acampamento, e principalmente ouvimos as historias dos semi-deuses e as profecias de cada foram parte principal das historias que chegavam a ser assustadoras, já que nenhuma tinha um final feliz.

Depois da fogueira fomos para a cabana descansar, na hora que deitei tudo que veio na minha cabeça era que dali 5 dias eu voltaria a morar com meu pai, conheceria meus irmãos e voltar a estudar numa escola normal, com gente normal, só espero que desta vez tudo de certo pois a ultima tentativa não foi a melhor. Mas algo me surpreendeu, eu havia gostado do acampamento, era aconchegante, e eu me sentia muito bem com meus irmãos e irmãs, alem do tempo livre que eu tenho para poder pensar e acertar todos os fatos ocorridos, eu tinha amigos, tinha diversão, tinha até felicidade, acima de tudo eu tinha a Thalia, claro que agora como arvore, mas muitos me chamavam de louca, pois eu vivo dizendo que ela esta viva, digo porque sinto isso.

Depois de um tempo eu comecei a me sentir alegre e isso era tudo que importava.