Pov. Elle 

—Peguei_ um garoto com cabelos castanhos e olhos azuis disse puxando meu cabelo.

—Muito bem Edmundo_ Sabrina disse ao me olhar com desdém_ Olá visitante ilustre seu papai a espera. 

—Você e muito burra mesmo, não se tocou que era uma armadilha?_ Edmundo perguntou eu não respondi_ Não seja mal educada_ ele disse e puxou meu cabelo com mais força.

—Vai; por inferno _ eu disse e cuspi no seu rosto.

Eu senti um tapa no meu rosto, ele me soltou me fazendo bater no chão com força. 

—Sua vadia_ ele disse indo pra cima de mim.

—Não Edmundo_ Sabrina disse o parando_ quer mesmo desobedecer a Baltasar?

—Vamos levá-la _ ela disse e saiu.

Dois guardas vieram e me pegaram um por cada braço eu tentava me soltar mais cada tentativa me deixava mais fraca era como se aquele lugar sugasse minhas forças.

Eu arrastada por enormes corredores com paredes feitas de pedras e o chão de madeira tudo parecia antigo os detalhes eram feitos por candelabros de prata e pinturas renascentistas que deixavam tudo ainda mais velho o corredor foi ficando mais frio á medida que chagávamos perto de uma porta preta enorme na qual havia trancas e maçanetas douradas. Os guardas me ficaram parados na frente da porta enquanto Edmundo e Sabrina que durante todo o percurso não me olharam entraram na sala, eu tentei imaginar o que estaria acontecendo, mais tinha a certeza que em alguns minutos conheceria Baltasar, tremi com a minha certeza, depois de alguns minutos os meus dois carrascos saíram da sala e mandaram os guardas me levarem pra dentro e eles sumiram no corredor.

Eu fui levada para dentro da sala que era muito bem decorada por sinal havia pinturas antigas por todos os lados, o ambiente era estranhamente calmo a luz do sol entrava pelas janelas enormes fazendo tudo ficar claro, na sala havia moveis de madeira de cor mogno tudo era combinado entre o novo e velho os guardas fizeram uma pequena reverencia a pessoa de costas que olhava fixamente para fora e saíram então á velha sensação de pânico me invadiu senti o ar faltar no meu peito e tudo que restou foi medo, eu estava prestes a desabar o cansaço mental se abateu sobre mim de uma forma esmagadora eu iria cair a qualquer momento.

—Por que não se senta Elle_ sua voz era ainda mais fria do que eu imaginava senti o arrepio passar pelo meu corpo.

—Estou bem em pé_ eu respondi tirando forças do desconhecido.

—Não seja mentirosa como sua mãe_ ele disse calmo_ senti-se_ a palavra saiu como uma ordem obdeci derrotada.

—Você foi muito eficaz hoje devo confessar que senti orgulho_ ele fez uma pequena pausa e se virou.

Eu estava sentada em um sofá que havia perto da porta ele estava de costas pra ela, meu corpo tremeu ao sentir a aproximação fechei meus olhos com força, eu odiava estar sendo tão fraca mais eu queria fugir dali queria minha família, queria o Seth ás lagrimas de desespero rolaram eu não conseguia contê-las nunca havia me sentindo tão inútil. Senti os dedos quentes tocarem minha pele capturando uma lagrima.

—Olhe pra mim Heloise_ foi outra ordem dada por ele eu fiz sinal negativo com a cabeça_ Você sabe que não foi um pedido.

Eu abri os olhos lentamente com a visão ainda embaçada pude ver seus olhos azuis ele me fitava não havia nada ali só a imensidão na qual qualquer pessoa se perderia, não vi magoa nem raiva era como fitar um mar calmo em uma noite doce de verão.

—O que você quer de mim?_ eu perguntei tentando parecer calma não deu certo.

—Sabe exatamente o que quero_ ele fez uma pausa_ ás vezes sinto um pequeno amor por você, se é que tenho esse sentimento, não e algo grande ou intenso e um simples sentimento de pose como com um cachorro de estimação você não chega amá-lo mais gosta quando ele fez o truque certo.

—Foi um elogio?_ eu perguntei pegando todo o sarcasmo que eu ainda tinha e pondo na minha voz.

Ele sorriu.

—Me lembra sua mãe quando tenta ser corajosa_ ele se levantou ficando de pé na minha frente_ é patético.

—Patética? Eu_ não sei de onde tirei coragem mais o fiz eu não deixaria que a influencia dele fosse tão forte sobre mim ele não poderia me matar não é joguei toda a raiva em cima dele_ quem é a pessoa mais patética dessa sala? Você está desesperado sua linhagem vai morrer por que seu filhinho e um inútil que não serve nem para produzir herdeiros, então teve que recorrer á filha que odeia da mulher que fingiu te amar só para ter um neto, sinto te informar mais a pessoa mais patética dessa sala e você_ eu cuspi tudo aquilo eu sabia que tinha sido uma idiotice mais eu precisava enfrentá-lo ainda me sentia péssima mais ficar chorando não iria melhorar.

Observei a reação dele, mais eu não via nada mudar em sua expressão calma ele simplesmente se levantou e andou até o outro lado da sala, eu fiquei parada na mesma posição ele voltou a fitar a janela eu tinha deixado ele calado, o silencio ficou presente na sala eu não sabia o que fazer me levantei ainda receosa e caminhei em direção a janela parei quando ele se virou pra mim.

—Durante séculos minha família tem reinado e eu não deixarei que isso morra comigo_ ele fez uma pausa e andou em minha direção_ Creio que eu não esteja sendo claro, não é uma escolha Heloise, você vai fazer o que eu quiser_ ele já estava perto de mim.

—Não _ eu respondi com a voz fraca ele sorriu.

—Você não tem escolha_ ele passou a mão pelo meu rosto e em seguida apertou me fazendo olhar fixamente pra ele_ Seja uma boa menina e obedeça ao papai, antes que eu me irrite com você.

Eu fitei seus olhos eles tinham mudado eram frios cheguei a me arrepiar exatamente como eu tinha visto antes.

—Aline_ ele chamou uma garota com cabelos loiros e olhos castanhos apareceu_ leve minha linda filha para os seus aposentos de um banho e a arrume_ ele falou como se eu fosse um cão _ Quero ela apresentável para conhecer seu noivo.

Eu o olhei com ódio e segui a garota eu tinha que sai daqui, pedi a Deus que seth conseguisse chegar á Forks com segurança, queria que qualquer coisa me salvasse.