Im Not In Love escrita por Zoey Hyuuga


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu nem deveria está escrevendo essa fic, mas não pude me conter. Não sei se alguém a lerá, mas tentarei ao máximo atualizá-la com frequencia.

Se alguém ler, por favor, peço que deixem reviews.
Fariam uma pessoa muito feliz. De verdade.



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Acordei me sentido péssima, horrível. Minha cabeça doía e a minha testa latejava. Meu cabelo, que nunca foi o mais bonito e arrumado da escola, estava todo desgrenhado, como se isso fosse possível. Eu queria desaparecer.

Eu estava terrivelmente ferrada.

E de quem é a culpa? Minha? Claro que não.

A culpa pertence somente àquela doninha aguada do Malfoy e a louca de sua namorada: Pansy Parkinson. Ela, por algum acaso, achou que eu, Hermione Granger, estava querendo roubar o seu querido namorado Draco Malfoy. Vê se pode? A vaca realmente acreditou nisso? Parece que sim. Veio toda toda pra cima de mim como se eu fosse uma ameaça ao já fracassado relacionamento dela com Malfoy.

Sim, eu briguei com Pansy, a trasgo lesada, e não, não foi pelo Malfoy.

É tão difícil entender isso? É tão simples e fácil. Pansy veio pra cima de mim e eu apenas me defendi. Só. Ponto final.

Eu não estava disputando o “amor” do Malfoy com ela como estão falando por ai. Isso é ridículo.

Mas por que parece que só eu vejo o quanto isso é burlesco? Eu não quero nem pensar quando Harry e Ron descobrirem o que aconteceu. Eu não deveria está preocupada, é claro, eu sou inocente. Entretanto Ron é tão cabeça dura, sempre acredita na primeira coisa que escuta e se torna irredutível.

E quanto a Harry, bem, creio que ele não aja por mal, mas toda vez que eu brigo com Ron e ele para de falar comigo – o que acontece quase sempre –, Harry fica do lado dele e também não fala comigo. E era sempre pelas coisas mais estúpidas, como no terceiro ano quando bichento, meu gato, supostamente comeu perebas, o rato de Ron, que na verdade era Peter Pettigrew, um animago. Ou quando eu contei para a profº Mcgonagall da Firebolt que Harry ganhara do “além”.  Eles passaram séculos me ignorando.

Mas agora o caso era sério demais e eu estava com medo deles pararem de falar comigo para sempre, sem me darem a chance de explicar.

Hermione Granger brigando pelo amor de seu suposto inimigo. Isso parece bem mais do que uma traição, eu seria uma escória.

Que droga, eu já disse que só me defendi do ataque psicótico da trasgo lesada. Eu odeio Malfoy, sempre odiei e sempre odiarei. Todo mundo sabe disse, pelo menos eu achei que todo mundo sabia disso.

Mas continuando... Hoje de manhã, Pansy me abordara no corredor quando eu estava indo para a aula de feitiços.

- Você não vai roubar o Draquinho de mim sua sangue ruim nojenta. – Pansy como se tivesse sido invocada pelo demônio se materializou na minha frente. Olhei chocada para ela.

Roubar quem? Draquinho?

Do que é que ela está falando? Era a única coisa que eu conseguia pensar com clareza. Pansy estava zoando com a minha cara, só podia ser isso.

- Sempre soube que você era doida Parkinson, mas não nesse grau. – Respondi empurrando-a, continuei a andar. Pansy me segurou pelo braço.

- Eu estou falando sério, Granger. Fique longe do Draco ou...

- Ou o que? Você irá me enfeitiçar? – Ri sem humor – Ora Pansy, há anos eu estou tentando me livrar daquele imbecil. Você poderia ser um pouco mais inteligente e sumir com ele, não acha?

- Sei o que está tentando fazer Granger. Draco me contou tudo.

Hã? Tudo o que?

- Como é?

- Você está dando em cima dele, se oferecendo pra ele, sua vadia.

A raiva estava me consumindo, mas mesmo assim fiz questão de ignorar Pansy e seu insulto desgraçado. Eu ainda tinha consciência do que fazia. Afastei-me da vaca ainda olhando-a. Mandei-a para longe.

Ela bufou, acho que rosnava. Não me admirava, cachorra do jeito que era. Parecia que ela iria a qualquer momento me azarar. Segurei minha varinha, eu também estava preparada caso ela decidisse me atacar.

Mas diferente de todas as minhas expectativas, Pansy pulou em cima de mim e se atracou nos meus cabelos. Ela fazia um movimento de vai e vem com a minha cabeça que se encontrava com o chão. Caímos quando ela saltou em cima de mim. Eu estava aturdida.

De todas as formas que pensei que Pansy me atacaria ela usara a mais improvável de todas. A forma mais trouxa possível. No tapa.

Acha que eu iria cogitar essa? Claro que não, Pansy era sangue puro e odiava qualquer coisa trouxa. Eu nunca poderia imaginar.

O choque inicial que eu me encontrava passou quando ela bateu com mais força minha cabeça no chão. Acordei como em um passe de mágica.

Fechei meus punhos com gosto e com toda a força que eu possuía os fiz darem um olá ao nariz de Pansy, ela cambaleou, aproveitei o momento e fiquei por cima dela. Agora quem estava atracado em seus cabelos era eu. Segurava com uma mão e com a outra eu dava socos e tapas na cara de Pansy que já estava vermelha. Ela tentava reagir, mas todo o seu esforço era em vão. Ela gritava e me xingava, eu nem respondia. Estava mais preocupada em quebrar a sua cara.

Eu não tinha muita noção do quanto eu era violenta, de verdade. Mas Pansy teve a ousadia de me bater e eu não a deixaria sair ilesa. Ela conheceria a força do meu punho e jamais esqueceria. Iria pensar duas vezes antes de me perturbar.

Escutei os lufanos implorando para que alguém nos separasse. Covardes, por que eles mesmos não o faziam? Os corvinais apenas olhavam horrorizados e os sonserinos que antes vibravam pelo fato de Pansy inicialmente ter levado a melhor, agora pareciam aflitos por ela está perdendo para uma grifinória, mas ainda assim não interferiram.

Eu continuei a bater em Pansy em quanto ela me chutava.

- Mas o que... – Ouvi alguém dizer e logo depois dois fortes braços me envolveram, me puxavam para longe de Pansy. Eu não estava satisfeita e relutava. Aos poucos fui sendo separada dela. O problema era que a única que estava sendo segurada era eu, Pansy levantou e, se aproveitando disso, veio novamente para cima de mim e meu deu uma tapa no rosto. Aquilo fez minha raiva reacender, fui pra cima dela também, mas ainda estava presa. Então comecei a bater naquele que me segurava. Eu o chutava, mas mesmo assim o desgraçado não me soltava. Pansy por outro lado agora estava sendo segurado por Draco, ou melhor, mais parecia que ela estava segurando-o. Estava atracada no seu pescoço e chorava feito uma mula. Sorri e fui levada para uma sala.

Quando chegamos fui finalmente liberta, me virei e vi Blaise Zabini, moreno, alto e bonitão, olhando para mim. Ele sorriu e eu senti que iria cair dura ali no chão.

- Não sabia que você era tão violenta assim, Granger.

- Nem eu – sussurrei, mas Blaise ouviu.

- Sabe, eu quase tive pena da Pansy.

- Mesmo? Acho que isso não é da minha conta – Falei arisca, Blaise era perigoso. Perigoso demais.

- De fato, não é.

- Por que me trouxe pra cá? – Perguntei olhando a sala confortável que ele havia me levado, tinha uma poltrona que parecia bem aconchegante. Uma imagem apareceu em minha mente, Blaise e eu ali de um jeito nada inocente. Corei. O que estou pensando?

- Você estava muito nervosa, sorria feito uma psicótica. Fiquei com medo que tentasse pular em Pansy de novo. – Deu de ombros.

- Você quase não teve pena dela? – Perguntei confusa e ainda vermelha.

- Sim, mas eu ainda estava te segurando. Alias, aqui está arranhado? – Blaise se aproximou e apontou para sua bochecha, lá tinha um enorme arranhão – Está ardendo.

Senti culpa e lembrei que também bati em Zabine.

- Bem, sim. – Blaise olhou para mim assustado. – Não se preocupe, sumirá depois de algum tempo – Revirei os olhos –, não ficará marca e nem nada. Juro.

Blaise olhou dentro dos meus olhos, parei de respirar na hora. Depois, graças a Merlim, se afastou. Eu estava corada feito um pimentão.

- Eu sinto muito, sabe, por isso. – Expliquei apontado para o arranhão em seu rosto quando vi sua cara confusa – Você só estava me impedindo de matar Pansy, me salvou de passar o resto da minha vida em azkaban e eu ataquei você. Desculpa.

Ele riu; uma risada linda e encantadora. Seus dentes extremamente brancos lhe davam um charme a mais.  Virei o rosto antes que ele percebesse a minha cara de pateta. Céus, que homem.

- Tudo bem. Eu não irei morrer por causa disso, relaxa.

Do seu lado? Impossível.

Blaise sentou-se na beira da janela. Em vez de agradecer e ir embora, fiquei parada lá, em pé e olhando-o.

Blaise era tão... uau. Suas costas estavam encostadas na parede e ele olhava pela janela que dava para o campo de quadribol. Tão despreocupado. O que o deixava mais lindo.

Blaise era uma ofensa total aos feios.

Sua camisa estava mal abotoada e eu conseguia ver perfeitamente o seu tanquinho. Todo musculoso e ainda assim inteligente. Todo mundo sabia que Blaise não era só músculo.

Eu sabia que Blaise não era só músculo.

Era por isso que eu tinha que me mandar dali. Mas eu fiz isso? Não, fiquei lá, babando por ele. Eu me odeio.

 Acho que Pansy bateu muito forte a minha cabeça por que depois de algum tempo soltei essa:

- Você não é tão idiota quanto parece. Você até que é legal. Além de ser lindo e gostoso. – A ultima frase eu pensei, pensei alto demais. Por favor, alguém me mate agora.

Blaise me olhou na hora, surpreso. Sorri sem graça. Ele veio até mim. Ficou perto, perigosamente perto. Tirou alguns fios de cabelo do meu rosto. Meu coração parecia querer sair pela boca.

- Acho que você precisa ir à enfermaria.

Que?

- Parece que Pansy bateu forte demais a sua cabeça. – Olhei irritada para ele.

O que eu devia ter falado: Sim, você está certo. Esqueça tudo que acabei de falar, eu não estou sã.

O que eu falei:

- Ela não bateu tão forte assim, estou sã. Tenho plena consciência do que acabei de falar. Eu realmente te acho gostoso.

- Eu sei, mas não era disso que eu estava falando. – Me senti uma burra, alguém pode me enterrar agora? – Sua cabeça está sangrando.

Instantaneamente toquei minha testa. Sentir arder e um liquido escorrer.  Olhei pro sangue entre meus dedos.

Já disse que desmaio toda vez que vejo sangue?

 Não?

Pois é, eu desmaio toda vez que vejo sangue.

Olhei uma ultima vez para Blaise que me olhava preocupado. Vi também, no canto da sala, que alguém nos observava: Draco Malfoy.

Apaguei!


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Notas finais do capítulo

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