Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 38
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Notas iniciais do capítulo

Aqui vai outro capítulo. Revelador, por sinal.



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Todos os seis meio-sangues ficaram esperando os perdidos chegarem mais para perto para que eles pudessem conversar.

Aos poucos, a escuridão do Mundo Inferior não conseguiu mais atrapalhara visão deles, de modo que puderam ver claramente quando dois garotos e uma garota, todos com aparentemente a mesma idade que eles, param em sua frente.

- Vocês são os doze da profecia? – Perguntou um garoto de cabelo preto curto, e olhos cor de mel.

- Sim, somos nós. Vocês são os meio-sangues perdidos? – Perguntou Nina – Por favor, diga que sim. Por que se eu tiver que voltar a procurar...

- Somos nós! – Respondeu a garota. Ela tinha cabelos castanhos escuros, só que algumas mechas claras surgiam entre os fios naturais.

O terceiro garoto era magro. Seu cabelo preto em formato de cuia acabava exatamente encima de seus olhos castanhos.

- Qual o nome de vocês? – Perguntou Amanda.

- Meu nome é Gabriel Rezende, essa é a Thaiana Silva. Aquele moleque ali é o Lucas Gapo, mas chamem ele de Vitinho. – Disse o garoto de olhos cor de mel.

- Por que Vitinho? – Perguntou Rodrigo erguendo uma sobrancelha.

- Por que... Sei lá. – Respondeu o próprio Vitinho.

Houve um momento de silêncio.

- Então tá bom. – Respondeu Rodrigo.

- Eu sou Nina, a filha poderosa de Zeus. – Disse Nina, e depois foi apontando para seus amigos um por um – Esse é o Rodrigo, Mateus, Amanda, Flávia e o Rhamon.

- Prazer em conhecer vocês, pessoal. – Disse a garota acenando para eles.

- Vocês são semideuses, né? Quem são seus pais? – Quis saber Mateus.

- Eu sou filha de Éris. Rezende é filho de Hélios, e o Vitinho é filho de Tânato. – Contou Thaiana.

- Espera... Éris é deusa do que? – Perguntou Amanda sem saber. Não demorou muito para descobrir.

Thaiana correu para o lado de Rodrigo e tirou do bolso um Ipod. Ao apertar um botão na tela, um barulho muito alto soou em seu ouvido, e o filho de Hades deu um berro de susto.

- Cacete! Que porra é essa?! – Berrou ele.

- Éris... – Murmurou Amanda.

- O que? – Perguntou Rodrigo.

- Éris! Ela é deusa do que? – Perguntou Amanda.

- O que?! Eu não estou ouvindo! – Exclamou Rodrigo – Porra, eu estou surdo!

Thaiana e Nina começaram a rir desesperadamente da cara de Rodrigo.

- É a deusa da discórdia. – Contou Thaiana, o que todos ficarem um pouco tensos perto dela – Ah, deixa disso! Todo mundo fica preocupado quando eu digo isso, mas eu não sou tão ruim.

- Não! – Gritou Rodrigo em sarcasmo – Você é só o demônio em pessoa!

- E quanto á vocês. Hélios é o Deus...? – Perguntou Rhamon.

- É o Deus da luz. A personificação do Sol. – Contou Rezende. Talvez fosse por isso que seus olhos eram tão claros.

- E Tânato? – Perguntou ele novamente.

- É o Deus da morte. – Disse Vitinho em um tom sombrio. Todos arregalaram os olhos para ele com medo.

- Ahm... Vamos logo sári daqui. – Pediu Flávia.

- É, vamos. Vocês tem que ir para o Acampamento. Ele está sobre ataque por causa de Cronos. Nós temos que... – Rhamon foi interrompido por Amanda.

- Espera. Vocês não eram quatro? São quatro meio-sangues perdidos que nós temos que buscar. – Disse ela.

Os três ficaram em silêncio por um segundo. Ele se entreolharam, como se estivessem com certa raiva da pergunta.

- O nosso “amigo” nos deixou para poder fugir do Mundo Inferior. – Contou Thaiana cruzando os braços.

- Ele nos deixou para trás. Idiota. – Resmungou Rezende.

- Filho da mãe. Merece morrer. – Comentou Vitinho.

- Isso é terrível. – Comentou Rhamon – Ele deixou vocês no inferno. Que tenso.

- Exatamente! Espero que ele esteja sofrendo lá encima. – Disse Thaiana com um sorriso maligno.

- O que? Eu não ouvi. – Reclamou Rodrigo ainda surdo.

Nina voltou a rir, e Amanda também dessa vez.

- Qual é o nome dele? – Perguntou Amanda.

- Marcos Benicio. – Contou Rezende.

Ela parou de rir. Amanda olhou para Rodrigo, Mateus e Rhamon.

- Marcos! – Exclamou Amanda – Marcos era um dos meio-sangues perdidos!

- Ele... É um traidor também. – Comentou Mateus coçando o queixo pensativo – Acho que foi até melhor nós não ficarmos pedindo ajuda para ele da última vez.

- Isso é estranho. Ele nos ajudou da última vez. – Comentou Rhamon.

- O que?! – Perguntou Rodrigo – Porra, eu não ouço nada!

- Desiste, esquizofrênico. – Comentou Nina batendo em seu ombro de leve.

- Que?! – Choramingou ele por não poder ouvir – É tudo culpa sua!

Thaiana começou a rir da cara de Rodrigo novamente, mas Amanda continuava séria.

- Ele é um traidor. Isso é muito estranho. – Comentou ela.

- Bem... Ele os deixou aqui no Mundo Inferior. – Disse Rhamon – Acho melhor esquecermos ele e voltarmos logo para o Acampamento Meio-Sangue.

- É... Pode ser. – Disse Amanda concordando. Ela virou-se para os três semideuses – Vamos?

- Finalmente! – Comemorou Thaiana – Vamos nessa.

- É melhor nós voltarmos agora. A saída é por ali... – A filha de Hermes apontou a direção, mas então Thaiana e Rezende foram para a direção oposta – Ei! Para onde estão indo?

- Para a saída. – Comentou Thaiana.

- Não. A saída é por ali. – Contou Amanda.

- É uma outra saída. Essa dá direto para um parque em New York. Existem várias saídas no Mundo Inferior. É só saber usá-las. – Contou Vitinho.

- Ok... – Murmurou Amanda. Todos eles seguiram o trio, que passava por vários lugares estranhos.

- Gente... Adorei esse povo. – Comentou Nina para Amanda.

- Por quê? – Perguntou Amanda em um sussurro – Eles são meio estranhos.

- O que? Nada disso. São gente boa. Eu sinto isso. – Disse Nina sorrindo – Principalmente a garota do caos e da discórdia.

- Ah, claro. – Comentou Amanda rindo – Imaginei que você fosse gostar dela.

Eles continuaram andando, até que o grupo começou a ficar cansado novamente. Flávia foi para perto de Amanda.

- Esse lugar não é bom. – Disse Flávia – Acho que eles não sabem para onde estão indo. Devem estar perdidos.

A filha de Apolo olhou para a filha de Hermes com certa expectativa. Como se esperasse que ela dissesse qual era o lugar para onde eles estavam indo.

- Eu... Eu não dizer ao certo que lugar é esse. – Comentou Amanda franzindo o cenho – O Mundo Inferior não tem um terreno tão simples quanto o mundo lá encima. Nós podemos estar indo direto para um atalho. Sei lá.

- Mas... Ah... Eu quero ir embora logo. – Disse Flávia.

- Calma. Nós já devemos estar chegando.

Flávia assentiu e continuou a andar. Ela começou a falar dos animes que ainda não vira na internet, e falou também dos mangás que lera.

Amanda parou de repente, pois seu cadarço estava desamarrado.

- Ah, espera. – Disse ela apoiando o pé em uma pedra para poder dar o laço novamente.

Nina parou logo ao lado dela.

- Ei, vocês não vêem? – Perguntou Rezende olhando para trás.

- Vão seguindo. Alcanço vocês rapidinho. – Sorriu Amanda notando que aquilo podia ser uma leve piada.

A filha de Hermes começou a dar o laço nos sapatos. Seus olhos pararam no All Star preto com asas. Era tão legal falar Maia e sair voando por aí. Dava um certo nervoso algumas vezes, mas era realmente divertido.

- Nina, eles estão muito longe? – Perguntou ela.

- Não. Estão logo ali na frente. Fica meio difícil ver, porque está escura pra cacete aqui embaixo, mas... Acho que ainda dá para seguir. – Disse a filha de Zeus forçando a vista.

- Ok. Já estou quase pronta. – Disse ela.

- Pode ir com calma. – Disse Nina. Ela olhou para frente e notou a caverna em que estavam entrando. Era bem tensa e escura, mas apostava que no final deveria ter uma saída – Quero ir para longe daqui.

Amanda levantou os olhos para Nina por um minuto e depois olhou novamente para seu tênis.

- Você deve estar odiando estar aqui. É fechado. Sem ar. – Comentou ela.

- Abafado demais para uma filha de Zeus fucking freaking awesome como eu. – Concordou Nina rindo – Eu quero ir para perto do céu azul e voar.

- Você voou como um hamster. Sabe como isso é estranho? – Riu Amanda se lembrando da cena.

- Sei. Mas eu não teria feito diferente. Sabe como foi engraçado ver a cara de Ares? – Riu Nina. Amanda terminou de amarrar o sapato e ficou de pé.

- Oh, não! Maldita Nina Castro, estragando os meus planos novamente! – Amanda imitou a voz de Ares e começou a mexer as mãos na frente do rosto como se estivesse tentando matar uma mosca.

Nina caiu na gargalhada.

- Uuuh... Ele é um motoqueiro bombadão que luta contra hasmters! – Riu Nina fingindo estar com medo – Que tenso, hein?

Amanda riu concordando. Ela estava pronta para ir embora, quando algo a chamou atenção.

- O seu papel, Amanda. – Disse Felix descendo por seu braço. Amando olhou para a cobra verde que apareceu em sua manga, e depois olhou para o chão.

- Ah, o papel que meu pai me deu. – Disse Amanda olhando para o chão – Bem... Não vou mais precisar dele, agora que a missão acabou. Mas... Eu pego mesmo assim.

Ela abaixou-se para pegar o papel, e Nina esperou.

- Vamos logo, Amandinha. A liberdade nos espera. – Disse ela.

- Estou indo. – Riu Amanda, mas parou assim que notou o que estava escrito no papel dessa vez – Nina. Nina!

Nina foi para perto dela sem entender, mas quando viu o papel, ficou igualmente assustada.

- O que isso quer dizer? – Perguntou ela tensa – Ah, droga.

- Eu não sei. – Disse Amanda lendo o papel – “Perigo adiante. Minta.”

- Nós estamos indo para o lugar errado? Tem alguma coisa lá na frente? – Perguntou Nina.

- Deve ser isso. Droga... Temos que impedir que eles continuem! – Exclamou Amanda.

Ela colocou o papel no bolso e saiu correndo em direção aos seus amigos. Nina a seguiu. Ela estava poucos metros de distância de Amanda, quando a filha de Hermes parou de repente, deixando seus pés deslizarem na terra arenosa e derrubando-se no chão de propósito.

Nina parou bruscamente também.

- O que houve? – Perguntou ela.

- Sh! – Fez Amanda olhando para frente. Ela foi até uma pedra bem grande logo á direita delas. Nina a acompanhou, e Amanda sussurrou o que estava vendo – Olha. São monstros.

Nina forçou a vista e pode ver que era verdade. Tinha vários monstros estranhos cercando seus amigos. Eles não tinha notado ainda, por isso continuavam andando lentamente. Mas isso não durou para sempre.

- Ah! – Gritou Flávia ao ver os monstros os cercando.

Todos se viraram assustados, mas não tiveram tempo de reagir. Eles ficaram imóveis à medida que os cães os empurravam contra a parede, com passos bem lentos.

- Temos que fazer alguma coisa! Eles vão pegar até mesmo os meio-sangues perdidos. – Disse Amanda.

- Espera. – Disse Nina impedindo-a de se levantar.

- Nina, nós temos que...! – Amanda foi interrompida.

- Olha bem para eles. – Disse Nina forçando a vista novamente.

Amanda parou e olhou, atendendo ao pedido da filha de Zeus.

Todos estavam encurralados, mas os cães não estavam atacando. Era como se eles só quisessem que eles ficassem presos. Só isso.

Como se não estivessem em perigo, os três meio-sangues saíram do espaço que tinham livre, e passaram por entre os cães infernais com grande tranqüilidade. Os monstros não os atacaram. Não fizeram nada. Continuaram focados nos filhos dos Olimpianos da profecia.

- O que?! Eles...! – Amanda tampou a boca antes que começasse a gritar ou coisa parecida.

- Eles... Não foram atacados. – Disse Nina tensa – Como assim?!

- Só tem uma explicação... – Comentou Amanda olhando para ela – Eles estão do lado de Cronos.

Nina arregalou os olhos, e depois olhou para os meio-sangues novamente.

- Esses miseráveis! Nós arriscamos as nossas vidas para salvarmos eles, e agora eles vêm com essa história de se juntar a Cronos? – Perguntou Nina com raiva – Porra! Eu nem precisava ter saído do Acampamento Meio-Sangue! Estou desperdiçando as minhas férias com eles!

- Nina, acho que eles sempre foram do lado de Cronos. – Disse Amanda franzindo o cenho concentrada – Acho que eles não s perderam.

- Como assim? – Perguntou Nina, mas então entendeu – Os machucados do Percy Jackson. Acha que eles se fizeram de bonzinhos para ferrar o filho de Poseidon?

- Não só ele. Mas... Aquela filha de Ares e a filha de Atena também. – Confirmou Amanda – Eles enganaram a gente. Nós desperdiçamos tempo.

- Agora estamos ferrados de novo. – Disse Nina com raiva – Espera... Talvez isso seja bom.

- O que? Como pode ser bom? – Perguntou Amanda incrédula.

- Eles são três. E são traidores de certa forma. – Disse Nina feliz – Quer dizer que nós não vamos para o exílio. Eles vão.

Amanda não parecia tão certa com aquilo.

- Vamos esquecer essa parte. Nós temos que salvar nossos amigos e darmos o fora desse lugar. – Disse ela.

- Ok. Mas... O que vamos fazer? Olha só quantos monstros são! – Disse Nina apontando para eles.

Eram muitos mesmo. Não tinha como duas garotas darem um jeito em quase vinte cães infernais sozinhas. Se na fábrica de sardinha já tinha sido difícil derrotar 6 deles, imagina 20.

- Amanda... O papel. Ele está mudando de novo. – Disse Felix. Amanda olhou para a cobra e viu que ela segurava o pequeno pedaço de papel.

Amanda o pegou e abriu. Nina estava esperando que Hermes tivesse escrito algo de útil para sua filha, mas ficou sem entender quando viu o que estava escrito.

Estava escuro, o que dificultava a leitura, mas mesmo assim Amanda conseguiu ler o que estava escrito.

- “Engane”. – Dizia simplesmente.


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Notas finais do capítulo

Fuuuu! De novo, eles vão ter que se salvar.

Como será que Nina e Amanda vão conseguir dar um jeito nos monstros?

E como assim "Engane"?

Veremos...

Até o próximo!