Daniella narrando:

            Eu acordei do lado de Remus, nós dois tínhamos tido uma noite ótima. O meu Moony estava dormindo tão calmamente, parecendo um anjo. Seu cabelo castanho claro caía sobre seu rosto, deixando sua face perfeita, e delicada. Ele era bonito, e sua boca, para mim era uma tentação, carnudos, e feitos sob medida para mim. Eu desviei meu olhar de Moony e me levantei.

            Eu estava apenas com a camiseta de Remus, e quando eu me levantei senti um pouco de frio, deveria ainda estar nevando lá fora. Eu nem sabia que horas eram, e não importava, era sábado. Talvez os Marotos estivessem nos procurando, mas eu não ligava.

            De algum modo, eu sabia que era cedo. A sala Precisa, havia deixado uma janela, que dava para o lago negro, eu fui até ela, e sentei no parapeito do lado de dentro. Não tinha nevado, mas deveria estar frio lá fora.

              -Bom dia Dani – eu ouvi Remus falar dando um bocejo, e vindo até mim. Ele estava só de cueca, que era preta. Ele me abraçou e eu dei espaço para que ele sentasse. Senti seus braços quentes em volta de mim , e fechei os olhos, encostando minha cabeça no peito de Remy.

            -Bom dia Remy – eu murmurei em resposta e eu sabia que ele estava sorrindo. Remus passou a mão pela minha nuca, afastando os cabelos, e dando um beijo em meu pescoço, deixando-me completamente arrepiada – você tá me provocando? – eu perguntei dando uma risadinha, e me virando para o Maroto, que deu um sorriso lindo, e piscou para mim.

            -Eu ainda quero o meu beijo de bom dia – ele murmurou manhoso, eu estava mimando demais o Moony. Eu dei uma risadinha, e dei um selinho no meu lobisomem. Que me puxou para si e aprofundou o nosso beijo.

            Teríamos feito alguma coisa, se um patrono de cachorro não tivesse atrapalhado tudo. Porque eu ensinei o meu irmão a mandar um patrono falante mesmo?

            -Até sem estar presente ele atrapalha – eu falei rindo, e saindo de cima de Remy pra escutar o patrono.

            -Onde vocês se enfiaram? Dani, eu preciso falar com você! Os dois já pra casa dos Gritos! Temos um plano e precisamos de vocês! Aviso dado, agora falta achar o Prongs que mandou um patrono em resposta mandando eu tomar no cú, que ele tem coisas melhores pra fazer, espero que a resposta de vocês não seja essa! – eu dei uma risadinha, e mandei um patrono em resposta, que demoraríamos um pouco, mas estaríamos lá logo.

            -Daniella, porque nós vamos demorar mesmo? – perguntou meu namorado com um sorriso Maroto no rosto, eu dei uma risadinha, e passei meus braços em volta dele, dando-lhe um beijo.

            -Não sei, se você não quiser podemos is agora mesmo – eu respondi me levantando, e Remus, puxou meu pulso, e me fez cair, de volta em cima dele. Nós dois rimos. Ele subiu em cima de mim, e me deu um beijo muito provocante.

            -Vem tomar banho comigo? – ele perguntou levantando, e me deixando com gosto de quero mais ali – Eu estou te esperando – ele disse já entrando no banheiro. Eu suspirei e dei uma risadinha. Eu e Remus estávamos virando dois tarados.

            -Vai ligando o chuveiro, que eu já estou aí – eu falei, levantando e indo até o banheiro, acho que iríamos demorar um pouquinho mais que o previsto.

            James narrando:

            Eu levantei cedo, e vi que meu amigo lobisomem não tinha dormido ali, nem imagino o que ele e Wolf estavam fazendo, aqueles dois não negavam o que eram. Remus um Maroto, e Dani uma Marota, e irmã do Sirius.

            Coloquei uma calça Jeans, uma camiseta de banda, que deveria ser do Six, um moletom, um all star surrado. Baguncei meus cabelos, que já eram assim naturalmente, na vã tentativa de arrumá-los. Joguei água no rosto, coloquei meus óculos e desci.

            Saí do Salão Comunal direto pra biblioteca, que eu sabia que era onde eu encontraria a Lilly, eu não a via desde o nosso beijo, e eu estava com medo que ela achasse que pra mim, ela foi só mais uma.

            Ela estava lá, como sempre, seu cabelo ruivo estava preso em um rabo de cavalo, e ela estava lendo. Eu suspirei, e fiz aparecer um lírio, como eu ia falar com ela sem que Lillly me xingasse?

            -Bom dia Lilly – eu falei deixando o lírio sobre um dos livros dela, e fazendo com que ela me olhasse, notei ela ficar com as bochecas levemente coradas.

            -Bom dia James – ela sussurrou em resposta e fechou o livro – Acho que você quer conversar sobre...

            -Se você não quiser falar sobre o nosso beijo, eu só quero que você saiba Lilly que para mim você não foi só mais uma garota. Para mim Lilly você é a garota.    Eu te amo – eu murmurei essas palavras, e vendo que Lilly não respondeu, virei as costas e saí da biblioteca.

            Lilly narrando:

            Ah! Droga, porque o James tinha que dizer que me amava? Será que era de verdade? Será que valia a pena? Eu queria acreditar nele, mas não sabia se deveria.

            Ele virou as costas e saiu da biblioteca, e naquela hora eu sabia que era com o James que eu ia ficar, era ele, sempre foi. Eu sempre me senti abalada por ele, só não queria admitir, e ele tinha um bom coração.

            Não precisava pensar para saber o que eu precisava fazer, deixei minhas coisas ali, e saí correndo atrás dele. Alcancei James no fim do corredor, ele parecia triste.

            -James – eu chamei, e ele se virou para mim com um sorriso, eu fui até ele e respirei fundo – Eu te amo, e sobre o beijo, ele significou muito para mim... Eu descobri que sempre gostei de você... Só tinha medo de admitir isso – ele deu um sorriso maroto, que me deixava com as pernas bambas, e me puxou para perto de si.

            -Mostrar ódio, é bem mais fácil do que admitir o verdadeiro sentimento que temos no peito – ele sussurrou no meu ouvido, e me beijou. Aquele beijo que me deixava doida, e que com certeza era o melhor beijo de todos - Você não vai fugir? – perguntou James assim que nos separamos, eu dei uma risadinha, e lhe dei um selinho.

            -Não hoje não – eu respondi – Só precisava terminar um trabalho de poções... – ele deu uma risadinha, e puxou minha mão, para segurar com a dele.

            -Tudo bem, eu te ajudo, também preciso terminar o meu – eu dei uma risadinha, eu não precisava pensar se podia ou não confiar em James, eu simplesmente já confiava nele.