_Bom dia, senhorita Renesmee. Disse meu assistente puxa saco assim que eu pus os pés pra dentro da empresa, mas conhecida internacionalmente no mundo todo a “NEWS”.

_Os meus horários. Eu disse sem se quer me importar com desejar ou não um bom dia para ele. Já me bastava ter que aturá-lo puxando meu saco eu não conseguiria dar um bom dia também.

_Aqui esta e a propósito amei o cabelo, o que fez nele? Dei um risinho de desdém.

_Você por um acaso marcou alguma hora no cabeleireiro pra mim? Perguntei totalmente sem humor pra idiotices de manhã cedo.

_No. Disse ele me passando os papeis, que ele mantinha segurando.

_Então tem ai sua resposta. Eu disse tirando o casaco e praticamente jogando em seu rosto.

_Guarde meu casaco, e v se dessa vez no o deixe amassar e eu quero um capuchino duplo em minha mesa em cinco minutos, no máximo.

Ele parou um instante para dobrar o casaco se esquecendo totalmente do que eu tinha acabado de dizer a ele.

_Agora só quatro minutos e meio. Eu disse entrando no elevador que levava direto a minha sala.

_ É pra já. Escutei ele dizer antes que o elevador se fechasse.

_Idiota. Murmurei pra mim mesma, dentro do elevador.

É por pessoas como essa que eu não consigo ter amigos dentro desta bendita empresa.

Tudo bem eu estava mal humorada. Afinal quem não ficaria de mal humor de manhã, se ao botar o pé pra dentro de seu local de trabalho e começasse a te bajular somente pelo fato de você ser a chefe deles?!

Ás vezes eu preferia ficar na minha enorme e solitária casa, pelo menos lá, não tinha ninguém pra me encher o saco, era somente eu e meus pensamentos sem mais ninguém.

O elevador parou e eu sai de dentro dele, indo direto pra minha sala sem atender ou responder aos vários “Bom dia” dos meus assistentes do lado de fora da minha porta.

Eu já pensei varias vezes em demitir todos, e deixar somente Carlos trabalhando comigo, mas meu chefe disse que eu preciso de muita gente para não deixar nada passar, e como era muita coisa iria ser difícil para só um assistente. Foi o argumento que ele usou, mas eu acabei acatando a mim mesma, e quando preciso de algo peço para o meu assistente chefe.

TOC TOC TOC...

_Entra. Eu sabia que devia ser Carlos com meu capuchino.

_Olá querida, como está? Perguntou Aro ao entrar em minha sala, eu olhei para o meu chefe com a maior cara de entediada.

_Estou viva, pra mim isso significa que estou ótima. Eu disse pegando alguns papéis que estava em cima da minha mesa e passando os olhos rapidamente sobre as letras.

_E continua tão doce quanto sempre não é mesmo?! Perguntou ele sarcástico, dando um risinho de deboche que eu sempre odiei.

_Algumas coisas nunca mudam. E pelo visto você sabe muito bem isso, já que sempre vem com esse terno careta. Eu disse rindo das minhas palavras.

_Que por um acaso, me custam uma fortuna. Muitos se matariam pra ter um desses sabia?! Mas não estou aqui pra discutir questões estilísticas com você. Eu preciso que você vá para a Califórnia ficar pelo menos uma semana por lá. Eu tenho alguns negócios que eu preciso resolver por aqui e não posso voltar sem antes resolver alguns assuntos, e a única com competência suficiente para isso é você. Disse ele cruzando os braços na frente do corpo.

_Desculpa, mas não posso. Minha irmã esta de casamento marcado e eu prometi a ela que iria. Arranje outra pessoa.

_Mas pelo que me parece o casamento dela será no final de semana no sábado que vem, e essa viajem não vai durar nem mesmo quarto dias. Insistia ele.

_Desculpe, mas essa semana vou ficar muito ocupada procurando uma pessoa que possa ser o padrinho do casamento dela junto comigo.

_Isso vai ser um pouco difícil, te conhecendo do jeito que eu conheço, a fila vai ser enorme pra ir no casamento com você. Dei o sorriso mais falso que eu tinha.

_Mas isso pouco me importa. Eu quero que você vá, então esta decidido você vai e ponto final. Sei lá contrate alguém para ir nesse tal casamento com você, se vire, mas amanhã a essa hora quero você dentro do avião indo para a Califórnia entendido? Ele disse vindo em direção a poltrona que eu estava sentada e colocando uma mão de cada lado da cadeira.

_Não sei se você sabe, mas... Você é meu chefe e não meu dono, eu não sou uma cachorrinha que faz tudo o que você mandar, eu vou sim nessa viagem, mas não porque você me mandou, ma porque eu não tenho nada melhor pra fazer, mas que esteja avisado, eu estarei de volta na sexta-feira a tarde, porque eu disse para minha irmã que estaria no casamento dela e ninguém, muito menos você vai fazer eu quebrar minha promessa. Eu disse o empurrando e ficando de pé.

_Agora se não se importa, eu vou indo, porque tenho que arrumar minhas malas e esta sala esta pequena demais pro ego de duas pessoas juntas. Eu disse sínica saindo da sala e indo novamente para o elevador, antes de eu entrar quase eu dou de cara com Carlos trazendo meu café em uma das mãos.

_Pegue o meu casaco. Eu disse pegando o capuchino das mãos dele.

_E arrume suas coisas que nós vamos fazer uma pequena viagem.