Meu, somente Meu Vizinho, Sasuke Uchiha. escrita por heyouitsady


Capítulo 8
Yin e Yang ( parte 2 )




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Quando chegamos no colégio, aquela mesma história: Maaar de garotas gritando pelo Sasuke.
- Sabe de uma coisa...- Falei com Sasuke.

- O que?- Ele disse alto.- Não ouvi.


- Eu disse que...- Falei mais alto.

- O que?

- SABE QUE A GENTE PODIA FAZER ALGUMA COISA PRA SE LIVRAR DELAS!- Gritei, e dessa vez ele ouviu.

- Ah! Mas o que?

Sorri de lado, sabia exatamente o que fazer. E sim, eu já havia planejado isso antes, mas não tive a hora certa de executar, mas agora sim, SIM! Eu poderia passar livremente pelo corredor.

- Hey!- Tentei chamar a atenção delas.- OW!- Gritei sem sucesso.

A situação tava ainda pior, porque Sasuke estava parado lá no meio, olhando pra mim pra saber o que eu ia fazer e isso só causava mais euforias naquelas meninas foguentas, que achavam que ele estava lá por causa delas.Baguncei o cabelo numa tentativa desesperada de pensar em como chamar a atenção delas e não pirar com aquela gritaria sem fim.

- CARAMBA, CALA A BOCA! O SASUKE QUER FALAR UMA COISA!
Gritei e foi silêncio total, beleza. Fui pra perto do Sasuke com todos os olhos em mim, peguei ele pelo braço e o puxei até onde eu estava, subi num degrauzinho e fiz o Sasuke subir também, ele olhava pra mim com com cara de " você é a prima da Oprah? ".

- Tão, er.- Comecei.- O Sasuke disse que precisa fazer um comunicado a vocês.- Elas endireitaram a coluna pra ouvir que nem um exército, medo.- Tá. Daí que ele pediu que eu dissesse no lugar dele porque... porque ele está quase perdendo a voz, é.- Cara de dó delas.- Eu sei, trágico. Tá bom, o que ele quer é dizer que a partir de amanhã, Sasuke não vai estudar nesse colégio.
" O QUEE? " Foi o coro mais alto que eu já ouvi na vida. Olhei pro Sasuke que ainda tinha a mesma cara de antes, parecia que tinha congelado daquele jeito, dei um risinho.

- Que que foi Sasuke?- Falei alto pra que elas ouvissem e parassem com o blablabla, funcionou.- Tem certeza?- Fiz cara de assustada e Sasuke lá com cara de pastel. Se bem que ele sempre teve essa cara, hun.- Tá eu vou dizer.- Virei pra elas.- Sasuke disse que ia ficar muito contente se vocês se mudassem com ele, porque ele não quer se sentir excluído por lá e... ele...- Tentei controlar o riso.- Disse que gosta muito de vocês, você são quase a segunda família dele.

Gritos e mais gritos, gente pulando, gente chorando, aiai, ainda morro de rir assim. Depois que eu disse isso Sasuke me pegou pelo braço e me puxou pra longe delas, e parecia estar um pouco nervoso.

- ESPERA!- Gritou uma garota.- QUAL É A ESCOLA?

Parei e Sasuke também.

- Escola Miyamoto.- Todos olharam espantados.

- Miyamoto? Mas é do outro lado da cidade.- Uma outra menina disse.

- Eu sei, mas é pra lá que ele vai. Então, vocês vão deixar o Sasuke-kun ir sozinho pra lá, mesmo com ele pedindo pra vocês?- Murmúrios, discussões sobre isso. Eu tinha que fazer alguma coisa pra TODAS irem pra lá, tava na cara que a maioria ia, mas tinham que ser todas elas.- Vão deixar outras garotas encostarem no seu Sasuke-kun?- Coloquei a mão na cintura, cara de indignada.

- NÃO!- Todas disseram juntas.

- Perfeito. Então é isso.- Saí e Sasuke veio comigo, pude ouvir vários barulhos de celulares discando números e depois alguns " pai? Preciso mudar de colégio. ".

- Tá ficando louca? Do que que você tá falando?- Sasuke disse nervoso atrás de mim.

-  Ué, me livrando delas, não é isso o que queríamos?- Falei toda feliz.

- Não achei que era pra valer.

- Qual é? Não me conhece mais? E além do mais, vai ser melhor.- Entrei na sala e sentei, Sasuke se sentou ao meu lado.

- É, pode ser. Mas eu vou sentir saudades delas.

- O que?- Assustei, sério.

-Ah, sei la, gosto delas, são engraçadas e dão muito amor e valor à mim.

Fiquei olhando pra ele com uma careta de nojo que tenho certeza que se eu me olhasse no espelho, me assustaria.

- Que foi?- Perguntou.

- Sua família já te dá amor.- Falei e virei pra frente como se não tivesse acontecido nada.

- É, mas não é só amor de família né? É diferente.- Poxa, fiquei triste, será que ele não sente o amor que eu sinto por ele? (?) Tá, eu bato, xingo, grito, mas ele devia saber que é assim que eu demonstro. Tá nem eu saberia se alguém me tratasse assim mas mesmo assim ele devia sentir o amor de amiga que eu tenho por ele.

- Que foi? Ficou calada. Tá pensando o que?- Perguntou e eu olhei pra ele.

- Como assim amor diferente?- Perguntei do nada e ele levantou as sombrancelhas e depois voltou a pose normal.

- Bom... Diferente, não de pai e mãe, amor... De mulher.

Tá, balancei a cabeça pra frente e pra trás como se tivesse entendido. Tendi foi nada.

- Ainda não entendeu né?- Inteligente ãn?

- É, não mesmo.

- É um amor diferente, sabe, maior, mais forte, sabe que nem yin e yang, os opostos se atraem, fazem casais bonitinhos, não querem se desgrudar e todas essas coisas que eles dizem sobre isso. - De novo essa história do yin e yang, perseguição ein.

- Foi gay você explicando.

- Cala boca.- Ele disse virou pra frente.

- Escuta Sasuke...- Ele olhou pra mim.- Você sente isso por aquelas garotas?

- Claro que não.- Ele riu.- Esse tipo de amor a gente só sente por uma pessoa.

- Ah, vai ser engraçado quando você sentir isso, vou rir muito de você.

- Idem.

- Apostila pág. 33.- O professor entrou na sala.

Abri meu livro e tentei prestar atenção, o que foi inútil, porque Ino ficava me chamando o tempo todo pra me contar seus babados - que eram até interessantes, sabia que o Chouji gosta da Tenten? Tadinho, o máximo que vai conseguir dela é sentir o cheiro do perfume quando ela passar por ele o esnobando, triste, mas então, voltando.- e falando da vida dos outros. Ainda assim, não era só isso que estava me atrapalhando, eu também estava pensando no que o Sasuke tinha dito. "Um amor que a gente só sente por uma pessoa ", será que ele já se sentiu assim? Ou será que não vai demorar muito pra ele sentir? Quem seria essa garota? Com certeza uma patricinha metida que se sente a rainha do mundo, nunca mais eles iriam se desgrudar e eu teria que conviver com aquela melação toda, sem contar que ela não deixaria tempo suficiente pra que eu pudesse ficar com o Sasuke outra vez... E se ela proibisse ele de falar comigo? Essas patricinhas são muito ciumentas. Eu provavelmente quebraria o nariz lindo - fruto de uma plástica - dela e se o Sasuke achasse ruim quebraria o dele também.Nessa discussão interior não percebi que o professor tinha me chamado umas 12589746145 de vezes.

- HARUNO!- Gritou.

Me assustei e levantei a cabeça piscando algumas vezes.

- Sim kakashi?- Falei, meio nervosa, ele era gente fina, mas quando ficava bravo, OMG.

- Se está assim tão desinteressada na minha aula, porque não vai dar uma volta lá fora?- Eu sabia exatamente onde isso ia dar. Eu iria pra fora, logo eu iria começar a vagabundar pelo corredor, logo a inspetora Kurenai me veria e me questionaria de porque eu não estava na sala, eu teria de explicar e ela me mandaria pra Tsunade que já deve estar cansada de ver a minha cara esse ano.

- Anm, eu prefiro ficar aqui.- Sorri e fiz joinha.

- Pois eu não.- Ele disse e ouvi um " Uii " baixinho na sala. Ele se direcionou para a porta e a abriu.- Com licença.

Levantei, respirei fundo, deixei meu material na mesa e saí. Saaaco ~ .Como eu disse, fiquei escorada na parede do lado da sala, esperando o horário acabar, mas tava muito chato lá, comecei a caminhar pela escola, com bastante cuidado pra que a Kurenai não me visse. FAIL, quando virei o corredor vi ela andando, tentei voltar.

- Aonde está indo?- Ela disse.

Parei, Fu né.

- Ah, oi Kurenai! Eu tava voltando do banheiro.

- É mesmo?- Cruzou os braços.

- Pois é, já tou indo pra sala.

- Vai logo.- Disse saiu andando.

NOSSA, master agora, sou foda, foda. Ninja, hoho. Ok, chega, não abusa da sorte, aliás, nunca tive mesmo. MAS HOJE O SOL RESOLVEU RIR PRA MIM (?). Tá daí eu continuei minha caminhada pelo colégio, faltava só uns 10 min. pra aula acabar, já tava voltando pelo corredor quando alguém coloca a mão no meu ombro.

- Deixa eu adivinhar, se perdeu no caminho pra sala.- A voz falou atrás de mim, era a Kurenai.

- Óh, como você adivinhou?- Virei sorrindo.

- Pra Tsunade, agora.

- Mas já ta acabando o horá...

- Agora.- Me interrompeu.

Fazer o que né? Alegria de pobre dura pouco MESMO. Fui em direção a Tsunade, abri a porta da diretoria e Shizune estava sentada digitando algum bagulho no computador.

- E aí Shizu.- Falei sentando no sofá de espera.

- De novo?- Shizune nem precisou me olhar pra saber quem era.

- É, mas essa vai ser útima vez.

- Você disse isso das últimas três vezes.- Parou de digitar e olhou pra mim.- A tsunade já pode te atender agora.

- Awn, ok.- Levantei.- Fazer o que, é a Kurenai que me ama e fica me caçando pelo corredor sempre.- Abri a porta da Tsunade.

- Sei, sei.- Shizune disse e depois voltou a digitar.

Tsunade estava olhando um monte de papéis, super concentrada. Conheço essa cara, tá concentrada nada, ou tava dormindo ou tava bebendo.

- Não precisa fingir que tá lendo essas folhas, sou eu.- Sentei na cadeira de frente pra ela.

- Olha o respeito menina.- Ela disse logo depois afastou as folhas e relaxou na cadeira.- Que você fez?

- Tava no corredor.

- De novo?

- Pois é, mas essa...

- É a última vez.- Completou me interrompendo, uia.- Aiai Haruno. Não sei o que faço com você. A única opção é chamar seus pais.- Ela começou a vasculhar alguma coisa na gaveta.

- Não precisa! Tsunade, por favor, eu sei que você gosta que eu venha aqui.- Sorri e ela me olhou com cara de bumbum.- Tá, parei, mas é sério.- Desperei.-Não precisa, não é tão ruim eu aparecer aqui.- Ela tirou uma agenda telefônica.- Tem mais! Meus pais estão em viajem.- Coloquei a mão em cima da dela impedindo que ela abrisse a mesma.- Não atrapalhe eles, por favor, eles precisam desse tempo.- Eu estava sendo sincera, eu sabia de como eles precisavam disso.

Tsunade me avaliou com seu olhar e depois guardou a agenda, colocou a mão nas têmporas.

- Tudo bem Sakura.- Suspirou.

Sorri, ainda bem que ela entendeu. Outra vez, naquele curto silêncio veio a minha cabeça as palavras de Sasuke.

- ... Tsunade?- Chamei e ela abriu os olhos.

- O que foi?

- Essa coisa de... os opostos se atraem... É verdade?

Ela ficou com cara de confusa.

- Como assim?

- Ah, você sabe, aquele papo de yin e yang.- Agora eu vou saber sobre esse tal de yin e yang.

- Bom...- Ela ficou meio tensa, parecia pensar em alguma coisa, depois relaxou.- Eu acho que existe sim. Pessoas opostas se atraírem, mas acho que temos mais chances de nos machucar profundamente quando achamos alguém assim.

Não entendi.

- Sabe...- Ela continuou.- Quando você encontra um oposto e gosta dele e esse amor é recíproco, você sente que completa a pessoa e a pessoa te completa. Agora imagine se vocês se separam?- Seu olhar ficou distante.- É como se fosse uma parte de você que também tivesse separado.

Comecei a pensar, realmente, devia ser terrível quando sua metade vai embora, como se uma parte de você... morresse? Olhei pra Tsunade que ainda olhava pro nada.

- Já se sentiu assim?- Perguntei.

Ela me encarou, com os olhos arregalados, depois fechou a cara numa carranca.

- Isso não te interessa. Saia da minha sala.- Disse nervosa.

Olhei pro relógio, dois minutos pra bater o sinal.

- Ainda não tocou o sinal.

- Argh, quanto tempo mais vou ter de aguentar você?

- Dois minutinhos só.- Sorri e ela me encarou ainda nervosa.

- Porque me perguntou isso?

- Bom... Eu queria saber, tenho ouvido falar muito disso.

Tsunade respirou fundo e olhou pra mim, depois de um tempo começou a falar.

- Sakura, eu já senti isso sim, é ótimo, perfeito, uma sensação que nunca senti antes.- Ela sorriu olhando pra mim e depois baixou a cabeça.- Mas quando acabou, eu achei que não aguentaria, entrei em depressão por três dias, bebi demais. Foi aí que eu adquiri esse hábito. Acabei por seguir em frente porque minha vida não podia parar, eu não me deixaria abater por isso. Bom, e aqui estou eu.- Ela levantou a cabeça pra encarar.

- Puxa. Eu não sabia, sinto muito.- Disse e ela balançou a cabeça em negativo.- Todos achavam que você não encontrava um namorado porque você era velha, mas agora entendo suas razões.

- TODOS O QUE?- Shit.

- NÃO! Não foi isso o que eu quis dizer, você é nova! Tem cara de nova! Ai, quer dizer, você é bonita.- O sinal bateu. - Tenho que ir, obrigada por me ajudar.
Saí da sala e ouvi ela dizendo um " esses adolescentes ".Voltei pra sala e vi Sasuke terminando de juntar minhas coisas e colocar na mochila.

- Finalmente.- Ele disse quando se virou e me viu.

- Hn.- Disse e peguei a mochila.

- O que foi?

- Eu descobri que o amor machuca.

Ele me olhou sem entender.

- E a dor as vezes é insuportável sabia?- Falei.

- Sakura, quem te disse isso?

- Ninguém, esquece. Vamos comer.- Falei e saí saltitando.

- Eu não entendo você sabia? Mas se quer saber, machuca mesmo.- Ele disse me acompanhando, prestei atenção.- Mas machuca porque você realmente gosta da pessoa e eu acho que vale à pena se arriscar pra sentir isso.

- Eu não sabia que você era tão sensível.

- Acho que todo garoto é, mas tem vergonha porque podem ser chamados de gay.- Ele olhou pra mim com cara de " sinta a indireta Sakura".

- An, ok.

Chegamos no refeitório, pegamos a comida e comemos enquantos conversávamos sobre idiotices com Ino, Hinata e Naruto, o amigo de Sasuke. Engraçado né? É só o Naruto aparecer que a Hinata perde tooda aquela graça e fica muito sem graça e vermelha quando ele fala com ela. Danajeniaa.


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Notas finais do capítulo

big, big post, muahaha.
Enjoy it. sz'