Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 41
41° Capítulo: Não me Negue


Notas iniciais do capítulo

Eii voltei!



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_ _ (17h29min) _ _ Calçada

Magali parou um tempo pra pensar, enquanto Cascão alisava seu rosto. Ela teria que optar por viver um romance ao lado do sujinho, ou simplesmente esquece-lo, para que Cascuda e Quim não sofressem mais.

Infelizmente, Magali sempre põe os outros em primeiro lugar, e só ai é que vem ela, por isso sua decisão foi...

– Desculpa Cascão... – diz tirando a mão do garoto de seu rosto. – Eu não posso...

Cascão deu um passo pra trás, sem acreditar.

– Você não pode estar falando sério...

– Mas eu tô. E eu queria que você respeitasse a minha decisão.

– Não... – negava com a cabeça. – Você só está dizendo isso porque terminou sua amizade com a Cascuda e...

– E isso não basta pra você?!

– Magali, ninguém tem culpa do que aconteceu... Agente se apaixonou, pronto. Vamos ter que suportar essa idéia. Você vai ter que suportar.

– Mas eu não quero – diz séria.

– Você não pode fazer isso comigo...

– Sinto muito... – Magali passou por ele, deixando o garoto sozinho na rua. Os pingos começaram a cair, se fosse antes, ele sairia correndo, mas não foi o que aconteceu. Ele continuou lá, na chuva, sem poder reagir. Sem poder fazer nada. A garota que gostava estava indo embora, mais uma vez.

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Magali entrou no quarto chorando muito. Se jogou na cama, arrasada. Não estava só triste pelo fato de ter perdido a amizade de Cascuda, mas também por ter pedido Cascão. Ela sabia que todos eram contra a sua decisão de escolher a felicidade dos outros, pela dela.

Chorou, chorou, até que pegou no sono.

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Mais tarde, Magali já tinha cochilado bastante e a seu choro estava controlado. Continuava triste sim, mas ela já não tinha mais lagrimas para gastar. Saiu do quarto enxugando o cabelo, pois havia acabado de sair do banho, quando viu que seu celular no criado estava piscando.

Foi ver quem era.

– Oi Mô... – diz com uma voz sem vida.

– Preciso de você agora!

– Por que?

– É urgente! Vem pra cá!

Mônica desliga e Magali se preocupa. Ela tinha se decidido a não sair de casa naquele dia, mas teve que ir ver o que a sua amiga precisava. A chuva já tinha parado quando ela acordou, por isso chegou um minuto depois na casa da dentuça.

Mônica abriu a porta a puxou pra dentro.

– O que aconteceu? Porque estava tão nervosa no telefone? – perguntou assim que chegaram no quarto.

– O Cebola me chamou pra jantar na casa dos pais dele, e eu não sei com que roupa eu devo ir...

Ao ouvir aquilo Magali fica de boquiaberta. Ela só tinha lhe chamado pra isso?

– Ah amiga não me olha assim, vai!

– Mônica, eu não acredito que você me chamou aqui pra te ajudar a escolher uma roupa!

– Mas é que é um dia importante ora essa, eu não posso ir de qualquer jeito, e você é melhor pessoa que eu conheço que entende de moda.

– Fala sério! Você já comeu inúmeras vezes na casa do Cebola! Por que desta vez, vai ser diferente?

– Porque desta vez, eu vou oficialmente como a namorada dele. – sorriu rodopiando.

– Ai... – Magali se sentou no puff de Mônica, como se estivesse exausta.

– O que foi? Que cara é essa?

– Nada...

Mônica ajoelhou-se perto de Magali e segurou as suas mãos.

– Você ainda tá pensando no que o Cascão disse hoje na escola?

– Pensei tanto que fiz uma burrada...

– O que você fez? – preocupou-se.

– Chamei ele pra conversar, e assumi o que estava sentindo...

Mônica colocou as duas mãos na boca assustada e gritou.

– Ahhhh! Não! Você não fez isso! – a dentuça dizia com um grande sorriso.

– Fiz... – baixou o olhar.

– Ah não acredito! Finalmente! E ai? Vocês estão juntos?! Vocês estão juntos?! – perguntava a garota extremamente feliz.

– Não...

O sorriso de Mônica some e ela faz uma cara de desapontamento.

– O que? Por que?

– A Cascuda viu tudo.

– V-vocês se beijando? – perguntou chocada.

– Pois é, o Cascão tentou falar com ela… Eu tentei falar com ela, mas não deu certo. Só fez piorar. Agora ela está com ódio de mim.

– E por causa disso, você se negou a ficar com o Cascão, acertei?

– Acertou... – diz apoiando a cabeça na mão.

– Ah Magali! Fala sério! Tanto que eu te pedi...Te aconselhei. Você vai e faz tudo ao contrario.

– Eu não quero ficar com ele sabendo que estou magoando as pessoas que eu amo.

– O seu amor por eles é maior do que o seu amor pelo Cascão?

Magali não teve resposta. Abaixou a cabeça e tentou não começar a chorar outra vez.

– Eu não vou repetir o que eu acho, porque você já sabe de có o que eu penso sobre você estar fazendo isso com a sua vida.

Magali suspirou e olhou para amiga.

– Agora vem cá, me ajudar a escolher uma roupa... Pelo menos você se distrai um pouco.

Ela concedeu e se levantou pra ajudar à dentuça.

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Magali fez toda a produção em Mônica, e enquanto ela estava no banheiro dando os últimos retoques, a comilona se deitou na cama e ficou pensando.

Depois ela apareceu e já estava pronta.

– E ai o que achou?

– Tá linda... – diz olhando pro teto.

– Você nem tá olhando!

– Ai... – Magali colocou as duas mãos no rosto. – O que faço da minha vida?

Mônica deitou do lado amiga e faz carinho em seu cabelo.

– Você sabe o que fazer... Mas está com medo.

– Foi o que o Cascão falou...

– E ele está certo. Sua felicidade só depende de você, amiga.

Dizendo isso, Mônica se levantou e Magali teve que ir embora, pois a dentuça foi pra casa do namorado.

No caminho, Magali sem olhar pra onde ia, tropeçou em um garoto que estava sentado na calçada.

– Ai! – Magali olha pra baixo e vê o sujinho. E ele estava triste. – Ah... Er...Foi mal Cascão.

– Não olha pra onde anda? – perguntou sério. – Ficou cega?

– Também não precisa ficar assim né... – cruzou os braços.

Ele voltou a olhar pra frente, ainda muito sério. O que ela sentia ao ver ele daquele jeito era uma dor enorme no peito.

– Eu sei... Que você tá chateado comigo, mas entende o meu lado...

– Não, eu não vou te entender! – diz se levantando bruscamente de onde estava sentado, para olhar nos olhos dela. – Eu nunca vou te entender!

– Cascão você tem aceitar! Eu sou assim! Você querendo ou não!

– Esse é o problema...

– Escuta...

– Não! Você me escuta! Eu cheguei até aqui por um sentimento que eu nem quis ter! Mas agora que eu finalmente resolvi aceitar, você vai e estraga tudo!

– Eu... – segurou as lagrimas.

– Mas você pode ficar tranquila, já que você quer assim... Eu desisto de você – Magali olhou assustada para ele.

– D-desiste de mim...?

– Eu não tenho escolha, porque sofrer por você, é a ultima coisa que vou fazer! Eu vou te negar tanto, tanto... – ele dizia com ódio olhar. – Até... Não precisar mais...

– Você... Não... Pode fazer isso... – disse querendo chorar. Aquilo tinha sido como uma faca entrando no seu coração.

– E por que não? – perguntou nervoso.

– Porque... Porque... – ela olhava pros lados sem saber o que responder. A paciência de Cascão estava se esgotando. Não tendo outra saída, ela agarrou o garoto e beijou.

Beijando-o com paixão, Magali sentia suas mãos e suas pernas tremerem. Estava com muito medo de perder aquele garoto, e tentava demonstrar isso a ele com aquele beijo desesperador. Cascão retribuía, passando a mão pelo corpo da comilona. Aquele beijo veloz e violento fazia-os ainda mais ofegantes do que já estavam, como se a cada movimento de suas cabeças fossem uma corrida olímpica.

Cascão empurrou Magali no muro, e ela deu passagem para que ele pudesse beijar o seu pescoço, pois já não aguentava mais e queria respirar. Ah, como ela adorava aqueles lábios pelo seu corpo. Seus rostos queimavam de calor, e suavam... Suavam muito.

Voltando a beijar a boca da comilona, Cascão não poupava Magali e a apertava pela cintura, fazendo o beijo ficar ainda mais caloroso.

Aquele amasso, novamente acontecia no meio da rua, mas já era de noite, então, dane-se. Onde estavam era um pouco isolado por estar tão tarde.

Magali e Cascão mais uma vez ficaram sem ar, estavam ofegantes o suficiente para continuar com um beijo daqueles.

A coração da garota batia em uma velocidade sem igual, ela continuava com os olhos fechados, ainda presa a Cascão, tentando recuperar o seu ar.

– Tá vendo... Por que... Não podemos ficar separados? – perguntou ainda com a testa colocada na da comilona.

– Tô...

– Se me beijou... É porque também não pode ficar sem mim... – diz por fim se afastando mais um pouco dela.

– Eu não posso... Mas eu preciso – diz abrindo os olhos em seguida.

– Ah não... – negou com a cabeça. – Você ainda tá pensando em...?

– Cascão eu quero tentar!

– Tentar? – ele já estava pronto para sorrir, mas…

– Tentar ser... Ser sua amiga de novo... – Magali apertou os olhos, para não chorar outra vez.

Ele não podia acreditar que depois do que aconteceu ali agora, era isso que ela tinha pra dizer. Ficou um tempo em silêncio com a cabeça baixa, no mínimo para conter as lagrimas que possivelmente iriam cair a qualquer momento se não saísse dali agora.

– Não...

Ela olhou para ele sem reação.

– P-por que não?

– Agente não pode ser uma coisa que nunca deixamos de ser... Só amigos... – dizendo isso se virou de costas e começou a ir embora, deixando a comilona lá.

Ela não aguentou chegar em casa e começou a chorar ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Grandes Emoções estao por vim!

Aguardem ;)