Garota Americana escrita por Natii_C


Capítulo 16
Capítulo 16 - Dúvidas e Incertezas




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-Desculpe - Edward finalmente falou.

-Eu é que tenho que pedir desculpas. Não sabia que esse era um assunto difícil pra você, Edward.

-Não, que isso?! Não precisa pedir desculpas.

-Já que você insiste tanto... - dei-lhe um sorriso, que ele retribuiu, todos os dentes tão brancos à mostra. 

-Bella, eu tenho que te contar. Acho que isso de ficar escondendo a verdadeira história dos outros e ficar guardando só pra mim. Tenho que tirar isso de mim.

-Eu não estou te obrigando a fazer nada, Edward. - falei, já totalmente sem jeito.

-Está tudo bem. É sério. O que aconteceu foi o seguinte... - Edward suspirou fundo - Eu e Renesmee nos conhecemos ainda no colégio e estudamos na mesma faculdade. Na época, eu era do tipo pegador e não me importava muito com essa coisa de amor e todos no colégio, inclusive eu, sabiam que Renesmee era apaixonada por mim. Dava para notar no seu sorriso, no jeito como me olhava e toda vez que fazia isso e eu olhava para ela, Renesmee. O problema é que eu só queria diversão. Levar todas as garotas pra cama e pronto! Fim de papo. Acho que você entende como é isso.

-Oh, e como sei! - eu bufei, me lembrando exatamente do que Jacob tinha feito comigo horas atrás.

-Só que com Renesmee foi diferente. Eu comecei a gostar dela, realmente. Não queria ela só como diversão. Eu jamais tinha sentido isso antes, aquele frio na barriga, uma suadeira louca toda vez que a via. Mas havia um problema. Eu sabia que se ficasse com Renesmee, era fato que iria ser motivo de gozação do colégio. Poxa! Eu era o cara mais popular dali e não queria perder essa reputação. Só que ao mesmo tempo também não queria perder Renesmee.

-E o que você fez? - perguntei, cada vez mais interessada naquela história.

-Deixei Renesmee. - ele falou, sério. Na verdade, não dava para perceber uma emoção exata em seu rosto. Simplesmente, Edward empalideceu e, por um instante, pensei que ele estava passando mal.

-Mas por que fez isso?

-Pela reputação.

-Vocês, homens, sempre tão previsíveis. - revirei os olhos e voltei a falar - E o que aconteceu com ela?

-Eu fui conversar com ela, expliquei toda a minah situação e, como eu já esperava, ela não entendeu. Ficou revoltada, louca. Até chorou na minha frente. Eu me senti mal por isso, não vou negar. No dia seguinte, fiquei sabendo que ela tinha se cortado. Bem, na verdade, isso não era lá novidade nenhuma. Todos sabiam que Renesmee tinha sérios problemas de depressão e isso era até motivo de gozação da galera com ela. - Edward fez uma longa pausa. Novamente, a nossa conversa parecia ter perdido o rumo e a noção. Fiquei muito pertubada com toda a história. Renesmee realmente amava Edward e ele abrira mão dela por causa de um idiotice de reputação. Poxa! Será que vai continuar sendo assim, para sempre? Os homens trocando o amor por uma bobeira?

-E o que aconteceu depois? - finalmente perguntei.

-Eu fui lá, tentar pedir desculpas. Sinceramente, pensei que ela ia me falar um monte de coisas e me chingar de todos os nomes. Mas não. Não foi o que aconteceu. - Se fosse eu, já tinha era partido pra porrada! , pensei comigo mesma - Eu cheguei perto de Renesmee. Ela estava chorando, fato. E, do nada, ela me abraçou, me envolvendo num aperto maravilhoso. Foi aí então que tive certeza de que eu a amava. Um colega meu passou bem na hora e viu nós dois ali, parados, juntos, abraçados. Me lembro muito bem do que ele me falou : ''Olha só quem está aqui! Edward! E não é que ele está pegando a suicida! Uau! A que ponto chegou, hein, garanhão!''. Eu o fuzilei com os olhos. No outro dia, todos do colégio estavam sabendo do nosso caso. Muitos que se diziam meus ''amigos'' - ele fez o sinal das aspas com os dedos - nem falaram mais comigo, só me olhavam de canto de olho. Não dei a mínima. Formamos juntos, eu e Renesmee. Depois nos casamos. Tivemos uma filha e essa foi a parte mais difícil.

-E por quê?

-As complicações começaram já no parto. Me lembro daquele dia como se fosse hoje. Eu pensei que ia morrer quando fiquei sabendo que Renesmee e a nossa filha corriam um sério risco de vida. Eu fiquei lá, super preocupado no hospital. Cada segundo me parecia uma eternidade. Mas, no final, deu tudo certo. Nossa filha cresceu, ficou linda... Só que até aí, tudo bem. O que eu não sabia era que o destino me reservava uma coisa terrível, ou melhor, duas coisas. Era um dia normal, chovia fraco e eu fui para o meu trabalho, na universidade de Boston. Renesmee me levou até o portão da nossa casa, nossa filha em seus braços. Dei um beijo na testa de cada uma e fui dar aula. Na universidade, nenhuma novidade. Voltei para casa. Só que, no caminho, eu senti uma coisa ruim. Minha cabeça doía. Assim que cheguei em casa, coloquei o carro na garagem e fui tirando a gravata e mesmo tirando-a, eu sentia um nó na garganta, uma sensação de que algo estava errado. O dia tinha sido perfeito demais. Entrei em casa, chamei por Renesmee e minha filha. Nenhuma das duas respondeu. Então, eu pensei que elas estavam fazendo algo. Entrei, subi as escadas e cheguei no quarto da minha filha. Foi aí que tudo aconteceu. Era como se o mundo tivesse desmoronado sobre mim, como se tudo tivesse acabado. - as lágrimas voltaram a escorrer pelo rosto lindo de Edward e, de repente, era como se toda aquela alegria, toda aquela magia tivesse ido embora - Renesmee estava atirada entre o berço e a cômoda, estirada, completamente ensanguentada. Eu não sabia como agir, então pulei pra cima dela, tentando reanimá-la, batia no seu rosto de leve e a sacudia. No começo foi assim, só que com o tempo, o desespero foi tomando conta de mim. Eu balançava ela com todas as minhas forças e tudo isso era em vão. Ouvi a voz da minha filha. Talvez, na hora, essa foi a única prova de que nem tudo estava perdido e mesmo assim eu não conseguia aceitar tudo aquilo - as palavras saiam rasgando na garganta de Edward e ele falava tão rápido que eu mal podia compreendê-lo - Minha mulher estava morta, tinham tirado a vida dela, sem motivo, sem razão nenhuma. Me lembro até hoje, também, do que a minha pequena me perguntou, saindo do meu colo e indo abraçar o corpo frio da mãe: ''Papai, mamãe está tão fria. Dá abraço nela!''. Aquilo foi demais pra mim. E é isso.

Na moral, eu fiquei sem ação na hora. Não sabia no que pensar, o que fazer. Edward chorava feito uma criança perdida e, dentro de mim, havia algo que me dizia para confortá-lo e, no entanto, eu não sabia como fazer isso. Na verdade, eu não tinha coragem.

Foi então que peguei uma das suas mãos e coloquei-a entre as minhas, começando a esfregá-las uma contra a outra.

-Qual o nome da sua filha? - perguntei.

-Isabella. - ele disse, olhando em meus olhos.


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Notas finais do capítulo

E aí, galera?
Será que o Edward é o pai da Bella ou não ?
Hahah'
tem muita surpresa por aí
((:
beijos e atée o proximo capitulo !



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