A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 4
Capítulo 4




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Capítulo 4

POV Narrador

O fim-de-semana de Demi passou num instante para ela. Forrou os livros e esteve a falar muitas vezes com a tia, sobre coisas da vida desta. A curiosidade de Demi era imparável. Melinda deu a conhecer todos os cantos de Mystic Falls para a sobrinha e no Domingo à tarde o carro de Demi chegou ().

Demi deitou-se muito cedo naquelas noites do fim-de-semana, esperando ver o pássaro, mas este não apareceu. Desapontada, acabava sempre por adormecer muito tarde.

Ela ainda chorava pela perda dos pais, e nenhum sofrimento se igualava ao dela. Perder três familiares num só acidente é um trauma que nenhum pode esquecer ou ultrapassar; só se pode aprender a viver com ele, não o deixando engolir toda a felicidade que se possa ter.

POV Demi Adams

Levantei-me cedo, vesti-me, coloquei uma pequena maquilhagem e escrevi no meu diário:

Querido diário,

Hoje vai ser o meu primeiro dia de aulas. Espero que corra tudo bem. Não gostarei nada se alguém tocar no assunto da morte da minha família e desviarei o assunto o mais rápido que puder.

Voltei a guardá-lo no sítio do costume e corri para a cozinha. A minha tia já estava levantada.

-Bom dia, Demi.

-Oi, bom dia.

Sentei-me na mesa que já estava posta e ela sentou-se logo de seguida. Ajudei-a a arrumar as coisas depois de tomarmos o pequeno almoço e voltei para o meu quarto. Lavei os dentes e peguei no meu dossiê, nos meus livros e na minha mala.

-Pronta?

Não.

-Sim – menti. – Vamos?

-Claro!

Fomos andando para a escola muito calmamente. Quando chegámos ela disse:

-Venho buscar-te depois de acabares as aulas, OK? Até logo!

-Até logo!

Ela foi-se embora e eu virei-me. Mystic Fall High School. Que. Nervos. Todos olhavam para mim com curiosidade. Baixei os olhos e encaminhei-me para a minha sala de aula. Quando cheguei, escolhi uma mesa que estava ao fundo e esperei para tocar. Quando isso aconteceu, começaram a entrar alunos e alguns deles olhavam para mim curiosos.

O professor de História entrou e todos calaram-se.

-Olá turma! Espero que tenham tido um bom Verão. Bem, este ano vamos começar com o século XX. Mas antes, eu gostava de ver quem são os novos alunos e que fizessem uma breve apresentação.

O professor olhou para o livro de turma e disse:

-Menina Adams?

Oh, boa.

-Sim, professor? – perguntei educadamente.

-É nova aqui, certo?

-Certíssimo, senhor professor.

-Então faça uma breve apresentação de si – mandou ele. – Aqui à frente.

Levantei-me um pouco a tremer. Eu odiava apresentações, especialmente nesta altura. Sempre fui uma rapariga popular, mas aqui eu era nada. Não conhecia ninguém e não sabia como era a escola.

Cheguei ao pé do professor e observei a plateia. Então, decidi soltar-me:

-Oi! Chamo-me Demi Adams, tenho dezasseis anos e vivia em Nova Iorque. Estou aqui em Mystic Falls a viver com a minha tia Melinda. Gosto de ouvir música, especialmente Avril Lavigne, Vanessa Hudgens, Taylor Swift e Muse. Não gosto muito da escola (olhem a novidade) mas acho que a escola é muito mais divertida quando nós temos os nossos amigos connosco. Por fim, e desculpe professor, odeio História e morro de sono nestas aulas.

Todos se riram da minha última parte e acho que o professor também se riu um bocadinho.

-Espero que não durma nas minhas aulas, menina Adams – disse o professor sorrindo brevemente para mim.

-Desde que a matéria não me faça adormecer… - respondi também sorrindo e fui para o meu lugar sentar-me.

A turma aplaudiu e sorriram para mim. A minha primeira tarefa estava feita: integrar-me espalhando o meu charme.

-Senhor Salvatore? É a sua vez – disse o professor.

O rapaz que estava na carteira ao meu lado levantou-se e foi até ao pé do quadro. Olhou para nós e disse:

-Oi, sou o Damon Salvatore, tenho dezassete anos e gosto muito de ler e de ouvir músicas de rock/pop, como por exemplo os Bon Jovi.

Sentou-se no seu lugar e o professor começou a dar as bem ditas “revisões do ano anterior”. Acham que eu prestei alguma atenção? Eu podia não gostar muito de História, mas eu tinha média de 16, por isso, eu não precisava de revisões. Sabia aquilo tudo. Uma coisa que eu reparei é que ninguém ouvia o que o professor dizia, excepto uns nerds que estavam sentados na primeira fila. Enfim, coitados.

Quando tocou, saí e fui lá para fora. Andei até ao limite da escola, onde tinha umas árvores e eu podia descansar um pouco.

Sentei-me num tronco baixo, mas forte e firme e fiquei a olhar para os alunos que se reencontravam, riam, falavam alto. Neste momento, para mim, tudo aquilo era um mundo fútil. Há um ano atrás, eu fazia parte daquele mundo, mas e agora? Se o acidente não tivesse acontecido, eu estaria naquele mundo, mas agora eu vivia num outro completamente diferente. O meu coração doeu e eu precisei de arfar. Parecia que me estavam a enfiar uma estaca no coração.

Um grasnar meio surdo fez-me sair da minha concha. Lá estava o pássaro, no tronco há minha frente.

-Andas a seguir-me? – perguntei acusadoramente. – Sabes que mais? Podes seguir qualquer outra pessoa, porque eu não tenho nada de especial. Não me podes atingir através de danos colaterais porque eu não os tenho. Não vais conseguir encontrar qualquer segredo meu porque eu não tenho. Mas porque raio estou eu a falar contigo? És apenas um pássaro!

Levantei-me bruscamente e fui andando até há escola. Fui abordada por uma rapariga de cor, com um aspecto simpático.

-Olá! Tu és a Demi, certo?

-Sim, sou eu.

-Oi, sou a Bonnie. Temos História juntas.

-Ah, olá! – exclamei tentando ser simpática.

-És nova aqui, não é?

-Sim, sou – confirmei.

-Bem, eu e a Elena podemos ajudar-te a conheceres melhor Mystic Falls. Ei, vem comigo. Vou apresentar-te algumas pessoas.

POV Damon Salvatore

Passei o fim-de-semana todo a vigiá-la de longe e notei que ela ficou um pouco despontada por eu não aparecer, mas o seu sangue era muito tentador para mim e eu tinha medo de fazer alguma coisa impensada.

Mas que raio se passava comigo? Se ela tinha um sangue tão tentador para mim, era suposto eu já ter sugado o seu sumo até à última gota, mas aquela miúda era tão linda, tinha uma personalidade tão forte, era nova em Mystic Falls, ela acendeu uma chama em mim que eu não conhecia desde que vi Katherine.

Depois da aula dela (onde o meu “querido” irmão estava) ela foi até umas árvores no canto mais remoto da escola, onde os humanos com as hormonas aos saltos costumavam ir para fazer certas coisas, e sentou-se lá. Fiquei a observá-la e quando percebi que ela estava a passar mal aproximei-me dela. Ela olhou para mim e falou:

-Andas a seguir-me? Sabes que mais? Podes seguir qualquer outra pessoa, porque eu não tenho nada de especial. Não me podes atingir através de danos colaterais porque eu não os tenho. Não vais conseguir encontrar qualquer segredo meu porque eu não tenho. Mas porque raio estou eu a falar contigo? És apenas um pássaro!

Aquilo feriu-me mais do que verbena. Uma dor dilacerante atingiu o meu coração e afastei-me até às árvores mais altas. Fiquei a vê-la e ela conheceu uma rapariga que cheirava a bruxa. Quando foram ter com o grupinho de amigos e amiguinhas, eu nem quis acreditar no que estava a ver: Katherine. Seria mesmo ela? O seu coração batia numa velocidade humana, mas… seria mesmo ela?

Agora a minha tarefa mostrava-se muito mais difícil: seguir a miúda número 1 ou a Katherine? A segunda hipótese era muito melhor para mim, por isso, fiquei a observá-la até ao fim das aulas. Ela foi para o sítio mais inesperado: foi para um cemitério e começou a escrever qualquer coisa (a Katherine odiava escrever). Decidi aparecer à sua frente.

-OK…Olá pássaro.

Ela continuou a escrever e eu voltei a grasnar de irritação. Definitivamente, ela não era Katherine.

-O que foi? – perguntou ela irritada.

Má escolha de tom, engraçadinha. Não gosto de levar foras de ninguém e este já é o segundo. Enchi o lugar de nevoeiro e ela assustou-se e começou a correr dali para fora.

Ahahahahah, isso foge, linda, foge! Estes serão os teus últimos segundos de vida!

Comecei a segui-la e quando fiquei de frente para ela, assustou-se e tropeçou. O cheiro a sangue invadiu-me as narinas, mas ela já estava a correr para longe. Continuei a persegui-la, eis senão que aparece o meu querido irmãozinho mais novo. Que seca! Caçada cancelada!

Fiquei a observá-los e ela disse o seu nome: Elena. Definitivamente, ela não era Katherine.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Bjs



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