Eu me chamo Kurosaki Karin tenho 22 anos e estou me formando na faculdade de arquitetura. Solteira e independente da família. Moro sozinha em um apartamento que comprei recentemente. De uns tempos pra cá minha vida esta uma correria de modo que não tenho mais muita ligação com minha família. Exceto minha irmã gêmea fraterna, Yuzu que é casada com Hanakari Jinta.

Yuzu tem a mesma idade que eu, mas a mesma fez a escolha de não continuar os estudos, ela nunca me explicou diretamente por que, mas acho que é pelo fato de que dois meses depois que ela tomou tal decisão disse que estava grávida.

Yuzu teve um casal. Uma menina ruiva e um menino de cabelos loiros, que meu pai Isshin insiste em mimar, bom e eu também. Talvez pelo fato, de que sou tia muito cedo.

Mesmo sendo uma tia “coruja”, ainda não suporto choro de criança e muito menos criança extremamente imperativa. Não que eu não ache bonitinho e cuti-cuti, mas ainda acho que não levo jeito.

Mas o casal me conquistou de uma forma, que acabo não resistindo a eles e fazendo tudo que querem. Yuzu e Jinta, não gostam do fato, mas aceitam a desculpa de ser tia cedo demais afeta o celebro.

Resumindo tenho dois irmãos, Yuzu e Ichigo e os dois são casados e tem filhos. Não sou casada por opção própria.

Desde pequena sempre gostei muito de kendo. Hoje sou campeã, tenho varias medalhas e prêmios. Sempre treino com Soi Fon, uma professora e amiga.

Soi Fon havia marcado o treino para hoje, sexta, por isso fiz minha rotina e de tarde fui para a escola de Kendo da cidade de Karakura.

- Boa tarde Karin! Esta atrasada. – Cumprimentou Soi Fon com seu típico tom frio.

- Boa tarde Soi Fon Sensei! Desculpe pelo meu atraso, o chefe precisava de mim para ajudá-lo ate mais tarde. – Desculpei com uma reverencia.

Meu pai só paga minha faculdade e uma boa parte do aluguel do apartamento, mas a outra metade e as contas sou eu que pago de modo que tenho que trabalhar de meio período. Estudo de manha ate às 11 horas e depois tenho que correr para almoçar e depois correr para ir trabalhar.

Trabalho em uma empresa de arquitetura famosa. Sou assistente de um arquiteto amigo muito conhecido.

- Tudo bem. Vamos começar, com o alongamento.

O alongamento era rápido, e logo eu e Soi Fon estávamos lutando. Kendo não era uma simples luta e muito menos um ato violento, bom pelo menos para mim não era. Eu pelo menos gosto de dizer que Kendo é uma arte.

Eu gostava, pelo simples fato de que Kendo me deixa alegre, tirava minha mente de coisas que às vezes não fico a fim de pensar.

- Karin presta atenção! – Gritou Soi Fon, enquanto uma espada ia em direção as minhas pernas, me derrubando no tatami.

- Desculpe Sensei. - Estava casada, a correria que tava minha vida casava.

O treino durou bastante. Fui para o vestiário às 7 horas da noite. Tomei um rápido banho e logo estava pronta para ir embora, quando estivesse em casa tomaria um banho de verdade.

- Ate sexta sensei.

- Ate Karin-chan. – Acenou Soi Fon.

Acenei de volta. Soi Fon era áspera, mas desde que casou com Hisagi, que não sei como, mas amansou a fera Soi Fon ficou menos áspera e menos fria sedo ate meiga às vezes. 

Eu gostava muito de Soi Fon, a considerava como uma irmã mais velha. Quando sai da escola de kendo, já estava escuro de modo que peguei o metro para voltar pra casa.

Quando cheguei ao meu apartamento à caixa eletrônica piscava.

Tinha três mensagens: Duas do meu pai e uma do meu melhor amigo.

Ouvi primeiro as do meu pai, por que eu sabia que seriam as mais dramáticas e as que me fariam mais rir.

*KARIN-CHAN!! Minha filha desnaturada faz quanto tempo que não vem visitar seu pai que te ama tanto? Eu sei que você não liga para nos, sua família...* Meu pai era muito dramático. Meu deus! Eu tinha ligado ontem.

Eu nem perdi meu tempo, ouvindo a segunda por que sei que vou perder a pouca paciência que tenho, por isso fui para a mensagem do meu amigo.

*Karin. É o Toushirou! Você sumiu, queria muito falar com você. Eu sei, que você ta chateada comigo, mesmo dizendo que não, mas entenda que Naoko precisava de mim. Às 8 horas vou à sua casa e nem adianta fingir que não tá! Abraços. *

Droga! Por que eu não vi antes? Ah é, eu tava brava demais com Toushirou para ouvir suas mensagens.

Com uma rapidez que nem eu sabia que eu tinha, tomei mais um banho e depois tava vestida com roupas confortáveis. Moletom e pantufa, meu sinônimo de roupa confortável.

DINDON.

Cheguei à frente da porta e respirei fundo. Com mais um suspiro abri a porta.

Hitsugaya Toushirou, 23 anos alto de cabelos brancos e olhos de um turquesa incrível, um homem muito bonito e inteligente estudante de medicina em seu ultimo ano. Toushirou é meu melhor amigo, desde os cinco anos de idade.

Mas de uns tempos pra cá, Toushirou começou a namorar com Suzuki Naoko uma garota que nunca me dei bem. Sabe quando o santo não bate? Então, não gosto de Naoko. E Toushirou acha que isso é ciúme.

- Karin – Chamou minha atenção.

A surpresa foi inevitável. O que era aquelas varia borboletas batendo asas no meu estomago? O que era aquele arrepio descendo por minha espinha quando ouvia aquela voz rouca? Eu já tinha sentido essas sensações antes, não foi só por causa de Naoko que me afastei de Toushirou...

-KARIN – Gritou Toushirou balançando a mão na frente dos meus olhos.

- Chora. – Respondi fazendo meus olhos encontrar os turquesas.

- Não vai me deixar entrar? – Perguntou com seu típico tom frio.

- Ohh! Desculpa, entra.

Toushirou continuava o mesmo, exceto o fato do namoro. Háhá, quando ele era pequeno era tão fofo, magricela, não atraia muito as meninas. Eu gostava daquela época.

Mas o que diabos eu to pensando?

-Karin o que ta havendo com você? –Perguntou Toushirou quando já estávamos sentados no sofá da sala.

- Nada. – Respondi simplesmente.

- Nada? Você nunca foi tão distraída assim. – Seu tom era irônico.

- Não é NADA. Só estou um pouco cansada. – Ora, mas que droga não podia pelo menos um dia na vida ser distraída?

Toushirou me olhou com olhos diferentes, olho que nunca tinha visto antes era estranho. Os olhos turquesa me olhavam como se nunca tivesse me visto antes.

- Toushirou o que quer tanto falar comigo? – Perguntei cansada de todo aquele papo furado e o silencio que se instalou logo depois.

- Eu e Naoko... – Começou com um tom ameno e um pouco nervoso.

A desconfiança me tomou em certo momento daquele silencio. Eu lá no fundo sabia que não queria ouvir a noticia de Toushirou.

- Você e Naoko, o que Toushirou? – Perguntei nervosa com a resposta.

- Vamos nos casar. – Terminou, com os olhos baixos esperando minha reação.

Toushirou? Naoko? Casar? Isso só podia ser brincadeira. Porque eu sentia que a qualquer momento eu podia levantar daquele sofá e esgana aquela vadia da Naoko. Ela estava roubando meu melhor amigo.

- O QUE?     

Continua...