Everybody Loves Blood: The Beginning escrita por VampireHistory


Capítulo 3
Perdendo o controle




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Consegui controlar minha sede, mesmo passando por vários corpos cheios de sangue quente, cheguei em casa, e minha mãe abriu a porta e disse para mim entrar logo, ou se não pegaria um resfriado - coisa de mãe- entrei e fui direto tomar um banho. Notei que me corpo estava pálido - tinha perdido meu bronzeado, que tanto tinha lutado para conseguir - e meus olhos eram mais claros do que o normal. O desejo de sangue ainda me dominava, e pelo jeito, se eu não "realizasse" meu desejo de consumir sangue, morreria. E teria de sair na rua para me alimentar, porque eu não queria machucar minha mãe. Terminei meu banho, e vesti um pijama para dormir, mas não resisti entrar no computador para pesquisar algumas coisas... Abri meu notebook e pesquisei sobre a palavra "Vampiros". Achei muitos links que só diziam bobagens de lendas estúpidas, mas um link me chamou a atenção, pois dizia "Relato de Vampiros na cidade de Labbel, 1816." Cliquei tantas vezes que abriu um milhão de páginas, mas não importava. Li uma entrevista que fizeram com um senhor que falava sobre vampiros em Labbel. Ele afirmava:
Reporter: - O senhor já viu algum vampiro aqui, em Labbel?
Senhor: - Sim, vi uma mulher que, quando viu sangue de um acidente que havia acontecido, seus olhos ficaram amarelos e brilhantes, sua face encheu-se de veias, e seus dentes ficaram afiados e pontudos. A mulher bebeu o sangue dos corpos, já mortos, e saiu com uma velocidade incrível, quase como um vulto.
Reporter: - E o senhor se lembra do rosto da tal vampira?
Senhor: - Nunca irei me esquecer da face daquela mulher...
Reporter: - Ok, obrigado pela atenção...

Fiquei impressionada com aquilo, mas porque não fizeram mais perguntas? Eu não entendia... Examinei o resto da página, para me certificar que não havia mais nenhum texto, mas sim, havia:
Após a entrevista uma mulher, igual a que o senhor descreveu, apareceu pro trás do idoso e o mordeu. Aquele senhor nunca mais foi visto, mas nunca ninguém relatou que ele estivera morto. Ele pode estar até hoje em Labbel, sugando sangue de pessoas inocentes.
Era melhor eu parar de ler aquelas coisas, pois cada vez ficava mais confusa... Deitei-me na cama e em alguns minutos dormi.
- Kate venha almoçar.

Não era possível... Já era meio-dia? Nossa, dormi muito mesmo!Eu não queria almoçar, estava sem fome, estava ainda com muita sede. Então falei para minha mãe:

- Estou sem fome mãe, vou ir até a biblioteca pegar alguns livros...

- Tudo bem, se tiver fome quando voltar, a lasanha está na geladeira, é só aquecer.

- Ok, obrigada mãe.

Saí pela rua - quase correndo - e fui em direção á biblioteca. Quando cheguei lá perguntei para a moça se havia algum livro sobre a história de Labbel, dividido em cada ano até hoje. A moça colocou em minhas mãos um enorme livro com folhas amareladas. Abri o livro e fui direto para a página onde dizia bem grande "ANO DE 1816". Comecei a ler procurando pela palavra vampiro. - naquela hora, sonhava com um Ctrl F para achar a palavra - Na terceira página havia aquela entrevista que eu tinha lido na internet. Depois havia alguns atos de prevenção contra vampiros:
- Use um colar de verbena, para que o vampiro não possa te atacar.
- Nunca convide uma pessoa estranha para entrar na sua casa.
- Mantenha, sempre, uma estaca de madeira por perto.
Achei estranho que não falava sobre luz do sol, nem nada parecido. Será que os livros sobre vampiros eram uma bobagem só? E com certeza eu peguei sol a caminho da biblioteca, e nada me aconteceu. Continuei lendo o livro que, agora, só falava sobre o novo prefeito de Labbel. Desisti de buscar novas informações e fui a caminho de casa. Passei por um beco, que, apesar do sol radiante, era escuro e havia um homem, que aparentava estar bêbado jogado no meio de milhares de sacos de lixo... Seria a vítima perfeita, pois como estava bêbado não se lembraria de nada no outro dia. Fui até ele –por completo impulso - e o mordi no pescoço retirando muito sangue de seu corpo. Era tão bom que eu não queria largar-lo e continuei sugando seu sangue. Quando o larguei, ele já estava morto. Acho que exagerei na quantidade de sangue que chupei. A culpa por ter matado alguém era horrível, mas era neutralizada pela satisfação de ter, finalmente, bebido sangue. Era uma satisfação que eu nunca pensei ter na vida, era como se eu tivesse bebido um líquido que me faria viver para sempre. E talvez me fizesse viver para sempre. Será que eu não envelheceria mais? Bom, eu estava com a boca toda manchada de sangue e peguei um espelho e um lenço de dentro da minha bolsa para me limpar. Quando vi meu reflexo no espelho me assustei: Meu rosto era branco, tomado de veias roxas, e meus olhos eram amarelos, brilhantes como estrelas, e minha boca era vermelha, abrigava dentes enormes e pontudos que estavam manchados de sangue por completo. Comecei a limpar minha boca e, na medida que eu me acalmava, as veias iam desaparecendo, e os olhos voltavam ao normal. Os dentes ficaram normais e agora tinha certeza que o velho senhor da entrevista não estava mentindo. Já limpa, peguei o corpo do homem e escondi por debaixo daqueles sacos de lixo. Saí andando normalmente, indo de volta para casa. Estava sem fome mais uma vez, acho que vampiros não têm fome, apenas sede. Cheguei em casa, e minha mãe disse que Melissa - minha melhor amiga - havia me ligado. Liguei para ela, e me convidou para ir até sua casa. Eu aceitei, pois seria bom me distrair um pouco, mas eu não podia contar para ela o que tinha acontecido. Fui para o meu quarto e esperei, assistindo TV, que chegasse ás 03h00min horas, para eu ir até a casa de Melissa.


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