Nossos Filhos escrita por Suellen-san


Capítulo 6
Aioros


Notas iniciais do capítulo

Bem o último que eu reeditei e o resto que vem é novidade. Boa leitura e até...



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O cavaleiro andava pelos arredores do Santuário fazendo a patrulha como antigamente. Começou a pensar na vida, agora que seu irmão estava bem e muito bem, não só no relacionamento, como tinha estruturado uma bonita família. E ai morava o seu problema.

Bem seu relacionamento com um cavaleiro não tinha firmado, ficou feliz por ele esta bem com o “maluco”. E mesmo que levasse homens ou mulheres a sua cama não conseguia encontrar o que desejava.

- Estou parecendo o Miro. – Riu. – Mas até ele está numa situação melhor do que a minha.

Caminhou mais um pouco até bater a armadura numa pedra. Uma vez por semana usava a armadura na ronda só para sentir... Como alguns diziam: “O gosto dos velhos tempos.”.

Sentou numa rocha e olhou a escuridão do local. Voltou aos seus pensamentos à família, a instituição que tinha com o irmão. Mas Oria agora está “grande” e fazia uma falta ter alguém na sua casa ou no seu coração. Coração? Sim. Mesmo sabendo que era flertado por homens e mulheres, ainda queria curte um pouco a vida... Ou seria a segunda vida? Filho...

Parou de pensar na vida e escutou um choro. E pelo som, vinha detrás de si. Circulou a rocha e viu um menino. Apesar da pouca iluminação já que dependia da luz da lua, viu claramente que o menino além de estar sujo estava ferido.

- Olá! – O sagitariano falou.

Talvez nunca em sua vida esperasse uma reação daquela. Foi até engraçado e teve que conter o riso ao ver o menino se levantando e limpando as lágrimas.

- Você demorou. – Falou o menino.

Estranhou as palavras dele, mas continuou no diálogo.

- Demorei? – Aioros o questionou.

- Sim. Anjo da guarda deve proteger as pessoas.

- Ah! Bem... Tive que fazer uma pausa sabe... Comer algo.

- Hum? – O menino tira uma folha de papel do bolso. – Encontrou ela?

Mostrou o desenho mal feito, Aioros pegou e examinou.

- Quem é ela? – Talvez o cavaleiro nunca fosse adivinha o que esteja desenhado no papel.

- Bateu a cabeça?

- Teoricamente sim. – Desconversou o cavaleiro. – Por isso eu me esqueci o que deveria fazer. Então vai me contar quem é ela?

- É a Manu.

- Manu? – Já tinha ouvido aquele nome. – Vocês são irmãos? – O cavaleiro pensou que talvez o conhecesse ou era algum parente de um dos funcionários do Santuário.

- Não. Manu foi levada por um cara. E eu nem me despedi.

- Por quê? – Ajoelhou-se diante do menino.

- Tava doente. Com cata... Aquela coisa que agente fica longe dos amigos.

- Hum... Sei. Catapora. Mas porque não veio de dia?

- Alô! – Bateu na cabeça do cavaleiro de leve como se batesse numa porta. – Lembra que eu fugi do orfanato.

- Alô! – Bateu na cabeça do menino da mesma forma que ele fez consigo. – Esqueceu que bati a cabeça.

- Acho que trocaram o meu anjo da guarda.

- Mas me diga. – Viu o menino o fita curioso. – Porque fugir? Não deveria esperar uma família nova?

- Bem... – Fitou os pés. – Eu queria ir com a Manu, mas fui com umas pessoas chatas. Manu é minha amiga. E... – Mordeu os lábios. – O cara é legal.

- Acho que posso resolver isso. Mas...

- Mas...?

- Primeiro vamos cuidar dos seus machucados e amanhã eu o levo para ver a Manu.

- Não vai me enganar?

- Claro que não. – Que menino desconfiado, pensou o cavaleiro.

- Eu não morri?

- Por quê? – Que ideia maluca era aquela.

- Você vai me levar pra sua casa.

- Eu tenho dois empregos.

- Tem?

- Tenho. De dia sou humano. E de noite anjo.

- Hã!

O menino seguiu o cavaleiro olhando a armadura. Chegaram à entrada de Áries e ambos escutaram vozes de um dos cômodos. Aioros parou e o menino fez o mesmo, naquele instante viu as mãos dele suja de sangue. Talvez tentando chegar ao Santuário tenha se ferido nas pedras.

- Mano? – Chamou o sagitariano.

- Estou indo Oros. – Falou o leonino.

Ao ver Aioria se aproximando o menino segurou o fôlego, sabia que o leonino era o pai da amiga, viu mais outra pessoa. Ficou a observar a cena quieto.

- Boa noite, Aioros! – Cumprimentou o ariano.

- Boa Mu. – Voltou-se ao irmão. – Oria tem curativo?

- Fala sério, mal fez a ronda e já se acidentou.- Falou o leonino. - Depois diz que eu sou o estabanado.

- Não é para mim. – Apontou para o menino. – É para ele.

- Por Atena! – Exclamou o ariano.

Mu se ajoelhou e pegou as mãos do menino que o olhou surpreso pelos sinais na testa. Nem percebeu que os curativos foram feitos e só voltou a realidade quando estava na cozinha comendo um sanduíche.

- Então veio atrás da Manu. – Falou o ariano.

- Sim. – Caio olhava o cavaleiro intrigado. - Você é a mãe dela?

- Não eu sou o papai. – Porque todas as crianças achavam que ele, Mu, era a mãe de Manu.

- Ah!

- E você qual é o seu nome?

- Caio.

- O famoso Caio.

- Não. – Negou balançando a cabeça. - Eu não sou famoso.

- Bem ela esta dormindo e só amanhã você poderá vê-la.

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Pela manhã, o sagitariano acordou cedo e viu o pequeno dormindo ao seu lado. Ficou impressionado com a determinação do garoto e até feliz por ter alguém no seu lar. Suspirou triste ao saber que ele iria volta ao orfanato ou talvez aos pais adotivos.

Caio estava a muito tempo acordado e nem se atreveu a abrir os olhos com medo de que o sonho se desfizesse. Havia mentido para o tal anjo, mas não queria voltar ao orfanato e desejava do fundo do coração que ele, Aioros, ficasse consigo.

Como combinando, Aioria e Mu levaram a pequena Manu ao encontro do amigo. Ela fez questão de mostrar toda casa e contar tudo para o seu melhor amigo. Aioros deve uma ideia maluca, afinal se seu irmão teve uma, porque ele não deveria ter a mesma ideia?

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Um mês depois...

Caio corria feliz pela sua casa nova. Aioros o olhava de longe enquanto o menino corria para brincar com as outras crianças do Santuário. Era sempre assim, quando terminava a lição da escola ou terminava de estudar, Caio corria pela casa e ia brincar, sem antes...

- Pai!

Aioros sorriu e abaixou se um pouco para receber um abraço e um beijo como todos os dias o seu filho fazia. O sagitariano assim como o menino descobriu que não necessitavam de muito para ser feliz. Bastava só ser uma pequena e feliz família.


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Notas finais do capítulo

Aqui temos um pai solteiro. Quem sabe eu não coloco uma mãe solteira. Ideias? Acho que esse capítulo foi simples, mas não me agradou o final só que eu não tinha mais o que pensar então para não estragar a ideia da fic achei por bem terminar assim.


Beijos e até...


Perdão pelos erros de português.