Fugir não era uma opção. A dor era insuportável. O amor... Não existia uma palavra ou frase para descreve-lo. Eu tinha duas opções, eu escolhi a que eu queria, mas agora eu já não tenho tanta certeza se eu realmente tinha uma escolha.

Uma vez Edward me disse que eu não podia saber como eu era apelativa para ele porque eu não era viciada em nenhuma droga. Ele estava errado, ele era minha droga. A droga mais perfeita, a mais destrutiva, a mais perigosa e a mais necessária. Edward era mais que a minha injeção de heroína, ele era meu oxigênio no meio do vácuo.

Era como se alguém estivesse puxando cada músculo do meu corpo, o desfiando e o queimando, de modo que tornasse a dor tão forte que eu mal era capaz de distingui-la. Mas eu não ia gritar, eu não ia me mostrar fraca, eu não ia ser novamente aquela que não podia levar a culpa. Eu segurei os gritos que queriam rasgar minha garganta, controlando-os pra que se tornassem apenas lágrimas e soluços. Eu pedi por isso e eu ia agüentar até o fim, assim como ele.

Durante esses dias – ou quem sabe anos – ele esteve lá, ao meu lado, segurando minha mão. Em meio aos solavancos de meu corpo, as lamurias contidas que saiam de meus lábios, eu podia ouvir ao longe os soluços contidos que saiam de seu peito. Edward. É um pecado um anjo chorar. É pecado o meu anjo chorar por mim.

De repente o ar sumiu, eu não conseguia respirar e era como se meu corpo fosse explodir. A dor tinha desaparecido, restando apenas o desespero, eu estava sufocando, eu estava morrendo. “Alguma coisa está dando errado”. Não sei se eu pensei isso ou se foi apenas a preocupação de alguém que estava perto de mim.

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- O que está acontecendo com ela Carlisle? – Edward perguntou enquanto olhava desesperado entre seu pai e Bella.

- Eu...Eu não sei Edward, eu nunca vi isso antes, isso nunca aconteceu... – Carlisle olhava para a garota, o coração dela batia numa velocidade assustadora e ela não respirava mais. O desespero de não saber o que fazer pela primeira vez em tantos anos queria tomar conta dele, que respirou fundo e tentou se acalmar para ajudar.

- CARLISLE FAZ ALGUMA COISA! – Edward se desesperava ainda mais ao perceber que o coração que até agora batia desesperadamente ia ficando cada vez mais lento, mais baixo, quase parando.

- Edward sai daqui AGORA! – Toda a calma do doutor se restaurou enquanto ele empurrava o filho até a porta, ignorando os rosnados ensurdecedores que saiam do peito deste. Ele não podia e ele não iria deixar Isabella Swan morrer. Mesmo que ela não estivesse respirando, mesmo que o coração dela já tivesse parado, ele ia traze-la de volta, seu filho não merecia perde-la e ele não poderia agüentar a culpa de ter perdido uma menina que ele considerava e amava como se fosse sua filha já.

“Edward espere...”.

“Carlisle... Calma...”.

-         O quê...