O Continente das Trevas escrita por Narsha


Capítulo 14
A Grande Batalha de Xênia - Epsódio 3


Notas iniciais do capítulo

Finalmente concluí este episódio, e com ele a Grande Batalha chega a seu momento crítico! E os Guerreiros da Grand Chase, assim como todos envolvidos, terão de mostrar seu valor!
Espero que gostem! Boa Leitura!
Neste capítulo apresento as skills enviadas pelos amigos: Darkfanrg – Força Dominante (Zero); Tyler – Murmúrio dos condenados (Dio); Hareupe – Shurikens da Morte (Lass).
Dedico este capítulo a amiga e escritora Darkfang, que, como Zero user, também escolheu o nome da Quinta Classe de Zero: Governante.



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As chamas alcançaram o chão num mergulho impetuoso, e junto delas a sensação infernal da crueldade por parte do Deus Atron. O ruído assustador da fera alada ao dar rasantes muito próximos da superfície era a música da morte na arena árida.

Enquanto que o vento, mesclado à poeira e a fumaça, fazia o cenário de treva parecer ainda mais desolador, junto às pilhas de seres sem vida espalhados aos montes por toda dimensão da planície às bases do Pico Delevon.

Lanças o assolavam, mas os olhos do dragão de três cabeças eram ávidos, e com giros rápidos desviava o gigantesco corpo das torpes investidas contra ele impetradas — especialmente   das longas e raras flechas que eram lançadas através das Balistas — de modo que só restou a dor e a morte para aqueles que, imprudentemente tentaram abatê-lo.

Narsha e Elesis  mantinham-se em um embate cruel, sendo que a jovem Guerreira de Canaban tinha o rosto coberto de sangue; cansada, sentia suas pernas tremerem muito, assim como a combatente de Astrynat que — apesar de ter o corpo também ensanguentado e cansado, e de estar ainda sob o impacto dos fortes golpes utilizados por Lothos — , parecia ser impulsionada por um poder muito maior,  que fazia com que sua vitalidade se recuperasse rapidamente a cada novo ataque por parte da Oficial de Vermécia.

E de fato o estava, pois desde que estivera em Amaky passou a agir sob o domínio do poder maligno e divinal de Atron, — que fazia dela uma marionete de seus designíos.

Prima irmã de Feryus, o respeitável Duque de Shalay, Narsha sempre pusera sua espada a disposição da Justiça, e foi por opor-se aos arroubos sanguinários do Deus Imperador Atron que ela, junto do Shinobi Pheratz e de sua irmã gêmea Alryn, foi ter com o Soberano. Mas desde então havia se tornado outra pessoa, assim como ocorrera a todos que a acompanharam.

Elesis a golpeou com sua Alabarda, traçando um corte no ombro da mesma, que revidou a empurrando com um coice, fazendo-a cair de bruços ao chão. Com velocidade, saltou para cima da jovem de cabelos vermelhos, mas esta rolou para o lado e, num movimento preciso com as pernas, aplicou uma “chave “em Narsha também a derrubando. Elesis ergueu-se velozmente e apontou a Alabarda na direção de sua oponente, no entanto, esta, com agilidade e mesmo caída, bloqueou ao ataque com sua espada. Ofegante, a Guerreira de Astrynat ergueu-se e girou sua espada para trás, saltando alto no ar, e com movimentos ondulares envolveu a afiada arma em uma aura sombria.

— Espectro da Morte! — disse com, voz soturna. E seu olhar adquiriu um ar diabólico, ao passo que a aura em torno da Guerreira se tornou negra; um vulto imenso e sombrio surgiu por detrás dela, horripilante e disforme, com asas negras em suas costas.

Vendo isso, e sentindo o sufocamento provocado pelo grande poder em torno de sua Inimiga, Elesis não esperou pelo ataque seguinte e começou também a concentrar todas suas forças restantes, envolvendo a seu corpo e a sua arma com uma energia etérea e avermelhada, que fazia lembrar altas labaredas. E partiu para cima de sua oponente tendo a essas imperiosas chama centrando-se na ponta da Alabarda.

— Golpe Chamas Primordiais! — gritou determinada; porém, no mesmo momento, o soturno vulto por detrás de Narsha ergueu sua mão e concentrou uma bola de energia em sua palma, a qual em frações de segundo foi disparada, sob a forma de uma rajada violenta de energia sombria em sua direção. E tão logo esta foi emanada, o misterioso vulto dissipou-se, permanecendo apenas a escura aura.

O poder da força das chamas concentrado na Alabarda de Elesis, ao mesmo instante, atingiu Narsha diretamente, e o impacto fez com que a Oficial de Atron fosse lançada ao ar, sendo envolvida por um redemoinho de chamas, que a fizeram girar e que castigaram profundamente seu corpo. Elesis, porém, também havia sido atingida diretamente pela rajada de energia escura oriunda do trevoso ser, o que fez com que se seus movimentos rapidamente ficassem mais entorpecidos, deixando-a um tanto desnorteada.

Aproveitando-se disso, Narsha com muito esforço, conseguiu desvencilhar-se do redemoinho e caiu por sobre sua adversária, a golpeando com sua lâmina envolta na energia escura, e liberando nesta toda carga sombria da mesma, e, assim, causando-lhe grandes ferimentos.

Num último esforço, e sentindo grandiosa dor, a Líder dos Cavaleiros Vermelhos saltou e, com a lâmina de sua Alabarda, atacou Narsha por várias direções ao mesmo tempo; despejando por sobre esta toda força de sua aura, que fez com que as chamas vermelhas envolvessem por completo ao corpo de sua inimiga lhe provocando horripilantes dores e grandioso dano. Contudo, a forte colisão entre as energias usadas pelas Guerreiras culminaram numa forte explosão que arremessou a ambas para longe.

A batalha desenrolava-se cada vez mais violenta, e o enfrentamento entre os dois Exércitos se dava de modo cruel e terrível, sendo que as baixas cada vez mais se avolumavam dento das tropas aliadas, apesar de todos os esforços que vinham sendo feitos.

As investidas dos dragões — apesar das Catapultas e das longas flechas lançadas pelas duas Balistas destruírem a vários desses animais alados — eram por demais avassaladoras e levava a óbito rapidamente muitos soldados aliados, bem como a inúmeros guerreiros do lado inimigo. Para o Deus Imperador Atron esse tipo de baixa era já calculada, e todo soldado de seus Regimentos era preparado para isso. Morrer desse modo, em nome de uma causa maior, e, especialmente, por seu Deus, para os combatentes de Astrynat significava morrer com honra.

Diante do horror que se seguia ficava cada vez mais difícil o avanço rumo ao Pico Delevon e Ronan e Arme desesperavam-se.

Vendo-os ao longe, Mari cerrou as mãos apertando seu livro, e tocou seu bracelete.

Fechou então seus olhos, enquanto uma forte aura a envolveu num tom azul celeste, e em suas mãos uma esfera escura surgiu. No céu, de matizes avermelhados pelo poente próximo, estranhos feixes começaram a rasgar o horizonte como raios.

Mari abriu os olhos, e estes pareciam vidrados, apresentando um tom prateado, e a esfera em sua mão se dividiu em três partes, que começaram a girar em torno da jovem, sob a forma de átomos suspensos. O céu adquiriu um tom escuro e os clarões intensificaram-se à medida em que a energia ao redor da jovem se condensava, e feixes elétricos pareciam correr em torno dela, soltando fortes estalidos.

Nessa hora, tanto os soldados de Astrynat como os aliados olharam para o céu por um momento, aturdidos.

Sieghart correu na direção dela, abrindo caminho entre Orcs e soldados.

— Mari não!!! — ele gritou! Mas esta pareceu não ouvi-lo.

— Sombra de Calnat! — disse, e sua voz soou metálica.

Determinada, deixou-se envolver e dominar completamente pela energia que a rodeava e que parecia transcender o próprio infinito.

Raios romperam a atmosfera, envoltos numa estanha nebulosidade que se espalhou por grande extensão do Campo de Batalha, centrando-se especialmente por onde uma parte dos Regimentos de Astrynat se mantinha em alinhamento.

E parecendo pressentir a força do poder que se anunciava, a Grand Chase, especialmente Ronan e Arme, conjuraram escudos mágicos que os envolveram — bem como a Lire e a muitos soldados aliados. Enquanto que Sieghart protegeu-se na magia de Ashthanus.

Fortes estrondos e ventos conflitivos, e em sentidos variados, circundaram toda a vasta área, e, à medida que os raios e a nebulosidade envolviam ao campo de batalha os soldados de Atron — além de Yunglus, Trolls e Orcs — acabaram ficando envoltos numa energia sombria e transparente, a qual os acometeu provocando uma dor incomensurável, ao passo que que seus corpos, em frações de segundos, começaram a ser desintegrados.

A energia se intensificou, e uma forte explosão culminou com o fim do ataque da descendente de Calnat; e, assim, mais de um terço dos Guerreiros de Astrynat sucumbiram diante de seu grandioso poder. Mas, junto deles, de forma acidental e inevitável ocorreram muitas baixas entre os soldados aliados, pois muitos estavam em combate direto com os inimigos no momento do ataque desferido por Mari — e não se afastaram nem sob os gritos angustiados de Sieghart, que os advertia para que se distanciassem.

Ronan, Arme e Lire, diante da explosão que se seguiu, caíram mais ao longe. Contudo, uma trilha havia sido aberta próxima a eles, pois todo pelotão inimigo naquele local com a técnica de Mari acabou sendo dizimado. Apesar disso, a distância até o Pico ainda era imensa. E novos grupos de soldados do imenso Contingente de Astrynat, sob as ordens de capitães, se reorganizavam.

O céu agora a estava novamente claro, e novamente refletia os matizes avermelhados do poente.

Mari cambaleou, e seus olhos se fecharam, enquanto ela caiu sem sentidos ao chão. Sieghart a amparou — ele sabia que ela não dominava plenamente àquele poder. E que não devia tê-lo usado. Agora sua vida estava por um triz. E ele temia por ela.

— Mari!!! Mari!!! — gritou o Imortal realmente abalado, pois a amava mais que tudo.  E tomando-a em seus braços, a carregou no colo para longe dali.

Em meio aos soldados mortos e às criaturas abatidas pela explosão, a guerra retomava sua força, e a Subcomandante Elyedre Khennyel — envolta por uma estranha energia prateada — parecia sentir a familiaridade do poder emitido pela jovem de Calnat. E seus olhos ametista tiveram lampejos de lembranças perdidas no tempo. E que ela ocultava de todos e tentava, com grande esforço, apagar de si mesma.

Ergueu-se com agilidade e mergulhou a fina lâmina de sua Rapieira na carne endurecida de um Orc, o matando. Mas o golpe forte de uma lança tocou sua cabeça rompendo seu elmo e ela caiu ao chão. Um filete de sangue desceu por seu rosto e molhou seus longos cabelos ondeados e verdes.

— Morra! — disse, em voz alta, uma voz aguda e fria.

Diante de si estava a Oficial de cabelos cor prata que, de modo passional, preparava-se para matá-la. Esta, porém, esquivou-se com um movimento ágil, rolando para o lado, e empunhou sua Rapieira partindo para o contra-ataque. A Capitã, com grande habilidade girou rapidamente sua espada e interpôs sua lâmina contra a arma que vinha contra si, e, num giro rápido com a mesma, fez com que a Rapieira de Elyedre fosse arremessada para o alto, caindo longe de sua oponente e, assim, desarmando-a.

Ergueu impiedosamente sua espada e, num movimento brusco, baixou a lâmina a fim de consumar seus anseios, mas a Subcomandante movimentou-se agilmente para o lado esquivando-se por um triz da espada. E com rapidez puxou um punhal que guardava sob a lateral de sua armadura — junto à extremidade superior de sua coxa direita — e o cravou no peito da Capitã, que ensandecida estava tentando novamente atacar-lhe.

A mulher arregalou os olhos e gemeu, acometida pela atroz dor que a invadiu, e aos poucos seu corpo foi perdendo as forças e ela caiu ao chão, sem vida.

Diante disso, os soldados de Astrynat partiram para cima da Oficial das Tropas Intercontinentais de Vermécia, com ódio refletido em seus semblantes bélicos. Mas sem se intimidar, Elyedre juntou sua Rapieira, fechou por um momento seus olhos, e deixou-se rodear novamente por uma magnânima energia prateada. Correntes circulares de vento formaram-se ao redor de seu corpo, em sentido horário, as quais, à medida que ia concentrando-se, pareciam ganhar mais força. Ela abriu os olhos e, posicionando sua arma diante de si, traçou movimentos giratórios com a mesma.

— Fúria dos Ventos! — clamou, e os ventos circulares começaram a tomar grandiosa força, e deslocaram-se para cima dos soldados de Atron, tendo a forma de redemoinhos — que lembravam pequenos tornados —, e que os lançaram ao alto e para longe com extrema violência e força.

Mas a jovem Oficial não teve tempo para comemorações, pois um grupo de Orcs já a atacava com sua característica brutalidade, e ela com sua afiada lâmina começou a golpeá-los com agilidade e garra. Eram muitos, e, apesar de seus esforços, ela foi rapidamente imobilizada.

Um Orc de tez mais clara e olhar perverso, dela se aproximou, e sua crueldade estampava-se em seus olhos; ele sorriu mostrando seus dentes pontiagudos e apodrecidos. Um bafo horrível de carne putrefata chegou-lhe ao nariz e a jovem sentiu-se nausear diante da repugnante criatura, enquanto outro Orc a mantinha presa, segurando-a rudemente pelos cabelos.

— Humana tola, seu fim chegou! — disse o repulsivo ser com voz pesada, usando o idioma dos Orcs. Mas ela o compreendeu, pois em seu vasto treinamento como Oficial fôra obrigada a ter conhecimento da língua de vários povos — e os bélicos Orcs não haviam sido deixados de lado nisso.

Um calafrio percorreu lhe a espinha ao ver a horripilante criatura afastando sua espada, escura e enferrujada, de modo a impulsioná-la contra seu peito. Elyedre fechou os olhos.

— Espere Turus! – gritou um homem louro, de tez avermelhada, com trajes de Oficial que abriu caminho por entre os Orcs. Este imediatamente baixou sua arma, enquanto Elyedre tornava a abrir os olhos, a fim de ver quem ali chegava. O homem afastou o Orc em um movimento rude com seu braço, e postou-se diante da Oficial de Vermécia. Ele tinha uma adaga em mãos e, com um riso irônico nos lábios, tocou o rosto da Oficial, de modo lascivo, e ela tomou-se de pavor ao reconhecê-lo.

— Daron! — ela disse, com horror, os olhos assustados.

— Vejam só!  Se não é Elyedre...  Então conseguiu sobreviver? Pensei que houvesse desaparecido com aquela fenda dimensional que engoliu Khalyr. Mas pelo visto eu estava enganado... Foi delicioso, não? Sentiu saudades de mim?  — havia malícia e maldade em seu tom de voz. Ela cuspiu em seu rosto.

— Jamais! Eu odeio você! — a voz de Elyedre saiu firme, mas havia um profundo medo em seus olhos.

Irritado, ele limpou o rosto e a esbofeteou com brutalidade fazendo sangrar o canto de seus lábios.

 — Você não passa de uma...

— Solte a mulher seu miserável! – uma voz grave fez-se ouvir por detrás dele impedindo-o de completar suas palavras, e o Oficial de Atron voltou-se abruptamente vendo que nenhum Orc mais ali se encontrava vivo, estando todos caídos ao chão. E que em meio a seus corpos estava um homem de cabelos acinzentados usando uma máscara, a qual ocultava seus olhos e que ia até a altura d e sua testa, e que mantinha sua franja presa para trás, de modo que apenas algumas mechas da mesma escapavam e caiam-lhe pelo rosto. Um homem alto e que carregava consigo uma imensa e estranha espada — com uma espécie de “olho” ao seu centro. Atendo-se à espada Daron arregalou os olhos.

— Não pode ser essa é…

— Não ouviu? Eu mandei você soltá-la! – disse Zero, de modo seco.

— Pouco me importa quem você é, e que essa seja mesmo a lendária Grandark, vou acabar com você! – disse jogando Elyedre ao chão como se fosse um monte de lixo. Guardou a adaga, desembainhando sua própria espada.

Zero olhou para a mulher caída ao chão, cujos longos cabelos impediam de ver seu rosto, segurou com força o punho de sua espada e a ergueu.

Daron correu na direção de Zero, que apenas o observou e esquivou-se facilmente, dando um salto e caindo a poucos metros atrás de seu oponente. Este se virou, e Zero começou a absorver grande poder de magia oriunda de Grandark em suas mãos, e criou uma esfera negra.

— “Força Dominante!” — disse de modo frio, enquanto disparava a misteriosa esfera por sobre Daron, que, com a guarda baixa, foi atingido diretamente no peito por essa magia, a qual foi imediatamente absorvida para dentro de seu corpo. Mas vendo que nada a si ocorreu, pôs-se a rir sarcasticamente.

— Isso é o melhor que tem, aberração de Oz?! – falou em tom de deboche, enquanto Elyedre, ainda dominada pelo pavor de deparar com aquele homem, os observava sem conseguir erguer-se.

Zero nada disse, e um sorriso perverso delineou-se em sua boca quando, fitando o Oficial de Atron, viu que este arregalou os olhos, e que o sorriso sarcástico que habitava sua face deu lugar a uma expressão de horror, segundos depois.  A magia da esfera começava a se desfazer, penetrando a corrente sanguínea de seu oponente e iniciando o processo de envenenamento.

Daron soltou um grito de dor e abraçou o próprio peito, deixando cair sua espada ao solo, o ar lhe faltou e sua cabeça começou a latejar violentamente, de modo que ele retirou o elmo na ânsia de aliviar essa dor; e, assim, seus longos cabelos louros caíram soltos e deixaram também à mostra seus chifres pontiagudos e suas longas orelhas — características daqueles que nasciam sob qualquer uma das raças Asmodianas.

No entanto, o sufocamento não passou e, ao contrário, tornou-se muito mais intenso; sangue começou a sair por sua boca, nariz e orelhas como uma fonte abundante, seu corpo tremeu sob a força de violentas convulsões, enquanto lágrimas de agonia começam a brotar-lhe pelos olhos. Ele fitou por um segundo Elyedre, e caiu de joelhos completamente rendido pela sombria magia. Zero dele se aproximou e o fitou do alto.

— Sim, isso é uma amostra do que a “aberração de Oz” é capaz – disse, de modo irônico, evidenciando todo poder de sua Quinta Classe (Governante).

 O Asmodiano fitou-o, os olhos azuis transformados num rio de sangue, e após agonizar por mais uns segundos, que a ele e pareceram horas infinitas de sofrimento, caiu morto, pateticamente, como uma carcaça qualquer em meio aos demais corpos sem vida, que se avolumavam de modo gigantesco pelo campo de batalha.

— “Vamos Zero! Sinto que Ela está bem perto. Não percamos mais tempo!” – disse Grandark parecendo atenta às energias presentes no local.

— Um momento Grandark.  — ele disse com voz calma, indo na direção da Oficial caída ao chão. Ele lhe estendeu a mão.

— Você está bem?

 Nesse momento a jovem ergueu seu rosto na direção dele, e seus sedosos cabelos verdes caíram para trás, de modo que a luz vermelha dourada do poente acariciou lhe a face e expôs seu rosto. E Zero, ao deparar com o brilho ametista daqueles olhos, ainda aquosos pelo horror do inesperado reencontro com o homem que marcou seu passado, surpreendera-se com a estranha familiaridade que estes lhe passaram. Mas tentou ocultar isso.

 A Oficial, por sua vez, ao olhar para seu salvador empalideceu como que se estivesse diante de um fantasma. Havia, num remoto tempo, que ainda doía profundamente em sua alma, tocado com pesar seu pálido e frio rosto sem vida. O vira morto! E, naquelas frações de segundo, por mais que a razão dissesse: “não, que isso era impossível”, seu coração gritava que “sim”. De algum modo aquele guerreiro mascarado era Zephyrum. Uma forte tontura a acometeu nesse momento, em função da forte emoção que a envolvia, e seus olhos se tornaram turvos por um instante, ao mesmo tempo em que as forças foram lhe sumindo. Ela cambaleou e Zero amparou-a em seus braços.

 Os dois entreolharam-se e era como se uma força grandiosa quisesse mantê-los retidos naquele olhar. Assustada ante a magnitude dessa sensação, Elyedre levantou-se rapidamente e passou as mãos pela face enxugando as próprias lágrimas. Seu coração estava descompassado, e fazendo grande esforço para não transparecer o que estava sentindo – ao mesmo tempo em que tentava ordenar aos próprios pensamentos — pois percebera que, apesar do modo intenso como o homem a fitava, ele não parecia saber e nem, tampouco, lembrar de quem ela realmente era.

— Foi só uma tontura. Eu já estou bem... — disse-lhe tentando passar naturalidade.

 Com desprezo, a Oficial então lançou um último olhar para o Asmodiano que jazia morto ao chão e, após, voltou-se novamente para o guerreiro, a quem se dirigiu sem conseguir por completo ocultar um certo padrão de nervosismo em sua voz:  — Obrigada por me salvar.

  — Não poderia deixá-la à mercê daquele verme.

 A voz calma e grave do homem à sua frente removeu qualquer dúvida que ainda pudesse existir dentro de si, e nessa hora uma etérea e intensa luz em tom prateado a envolvia e reluzia mesclada aos matizes do poente. Uma luz que, sem saber como, Zero reconhecia.

— “Essa energia... — disse Grandark, de modo sucinto, arregalando seu “olho” — Essa energia é do Reino Angelical de Elyos...”

— Pelos Deuses não diga isso! —retrucou rapidamente Elyedre enquanto, com esforço, neutralizou a energia que a envolvia de modo involuntário.

— Você ouve Grandark?! – surpreendeu-se Zero, cujo olhar agora pairava por completo na jovem Subcomandante.

— Sim... Eu… — principiou a dizer a bela Oficial de cabelos cor verde profundo, mas forte agitação fez-se anunciar e as palavras sumiram em sua boca.

Os avanços de tropas, em meio a gritos de guerra, fizeram-nos olhar para além de onde estavam, e viram que um grupamento vinha com força total para cima deles, espadas e lanças em punho. E com isso Elyedre esquivou-se à pergunta mergulhando na batalha, gritando ordens para soldados aliados que ali também chegavam, orientando-os. E assim, sumiu em meio à escura fumaça que dificultava a visão no Campo de Batalha. Enquanto Zero – cheio de indagações — também voltava ao embate.

— Reino Angelical de Elyos, você disse Grandark. Tem certeza disso?

— “Absoluta.”

— Então isso quer dizer… — ele disse enquanto girava Grandark preparando-se para um ataque direto com os soldados a serviço do Deus Atron.

— “Isso mesmo. Uma remanescente da extinta Elyos Zero.”

“Elyos...” — Zero repetiu mentalmente a si mesmo.  “Afinal quem será essa garota?”

Ainda tinha consigo, de maneira muito forte, a estranha impressão de familiaridade.

Lass manuseava habilmente suas Daisho e com suas afiadas lâminas, bem como sua extrema agilidade, deixava um rastro de morte junto ao Inimigo, enquanto deslocava-se velozmente na direção de Arme, Ronan e Lire a fim de dar apoio aos mesmos.

O sol mergulhava rapidamente por detrás do Pico Delevon, transformando-se numa meia luz avermelhada, anunciando que muito em breve o crepúsculo deitaria suas sombras em definitivo pelas áridas terras do deserto de Periett. Desesperados, os membros da Grand Chase viam nisso também o esgotamento de seu prazo e temiam pelo pior, que naquele momento parecia inevitável. Apenas sete minutos lhes restavam e a marcha rumo ao Pico, sob a oposição do grande Exército de Astrynat, se fazia lenta e assombrosamente inglória.

Lass deu algumas cambalhotas para trás, a fim de tomar uma distância segura de seus oponentes, e ao cair de pé, ele olhou friamente para os mesmos, um olhar muito sombrio. Ele cruzou os braços levando suas mãos ao lado de sua cintura e recolheu alguns Shurikens, dispondo-os entre seus dedos, os quais ficaram com uma aura escura ao serem tocados pelo rapaz.

— Shurikens da Morte! — Gritou o Shinobi de cabelos prateados, arremessando uma nuvem destas armas mortais sobre seus oponentes e, assim, mirando os pontos vitais dos mesmos. Estas voaram velozmente cortando o ar, e atingiram seus alvos rasgando suas armaduras e suas próprias carnes — fincando suas afiadas pontas nos corpos dos mesmos.

Porém, as Shurikens estavam banhadas por um veneno letal, que em segundos atingiram a corrente sanguínea de suas vítimas chegando aos músculos, provocando-lhes uma forte paralisia. Eles agonizaram, acometidos por uma gigantesca dor, mas isso não se deu por muito tempo, pois, à medida que o veneno avançou ao coração, este também acabou sendo paralisado, provocando a rápida morte dos mesmos.

Contudo, para cada inimigo deposto, dez surgiam em represália; e de modo avassalador os atacavam.

— Maldição! Eles parecem formigas! Quanto mais os eliminamos mais surgem! — disse o rapaz de cabelos prateados, com apreensão.

— Se continuar assim, não conseguiremos chegar a tempo! — falou Arme, cujo receio se estampava em seus olhos violeta.

— E o Dio que não chega! — retrucou Ronan, com nervosismo.

O pavor pelo risco de falharem em sua missão começava a invadir lhes com violência.

Nesse momento, espalhados por praticamente todos os penhascos que circundavam o Campo de Batalha, e nos arredores do alto do Pico Delevon, vultos vestidos de negro miravam suas longas flechas na direção do Exército de Astrynat — que se reagrupava para nova investida violenta contra o Exército Aliado.

Um vento ameno tomou seu lugar soprando por entre os altos picos e descendo rumo ao Campo de Batalha, anunciando o crepúsculo e afugentando a brisa quente que até então havia imperado por aquelas terras.

E junto deste, uma saraivada de flechas então desceu, precisa, por sobre o descuidado Regimento, que não havia sentido a presença daqueles enigmáticos homens de negro. Flechas, envoltas numa sinistra magia, que ao perfurarem os corpos dos soldados e criaturas sob a bandeira de Atron, faziam com que os mesmos tivessem seus corpos tomados por violentas chamas, que os carbonizavam vivos em meio a horripilantes gritos de dor.

— Tribos Demoníacas!  — exclamou Elscud, apreensivo e, ao mesmo tempo, surpreso; que, ao lado de sua esposa Luryen Lothos, observava a batalha de longe, enquanto esta recebia os últimos cuidados por parte de um Oficial Médico.

— Oh céus! — disse a Comandante, com ar sério. — Deixe-me ver!

Elscud olhou para o médico, e este assentiu com um movimento leve de cabeça.

— Nos penhascos. — ele disse, enquanto entregava-lhe a luneta que tinha em mãos, e que a pouco havia usado para visualizar os Guerreiros que ali haviam se agrupado — e que dominavam toda a extensão que contornava ao Campo de Batalha; exceto onde — junto das Catapultas e Balistas — estava posicionado parte do Regimento sob Comando de Lothos.

— Deve haver mais de mil homens espalhados. — ele falou, e sua voz soou profundamente séria. Os olhos da Comandante percorreram a imensidão dos penhascos com o auxílio da luneta.

— Sem dúvida são membros de Tribos Demoníacas… Não podia imaginar que tinham voltado a formar um Exército tão grandioso… Ouvi rumores de que certos grupos haviam sido vistos na região das Ruínas, e do próprio Castelo de Calnat… Mas nada nessas proporções…

— Também ouvi falar, e enviei alguns soldados para aquela região há cinco meses... Mas estes voltaram dizendo que só depararam com vilarejos — a maioria composto por pessoas de raças Asmodianas. — retrucou Elscud, pensativo. — A presença de um Contingente bélico naquela região não foi-me reportado.

Lothos pareceu ainda mais inquieta diante de uma sombra que veio à sua mente.

— Não pode ser… Esses soldados não seriam… Ou seriam?

Elscud lhe acompanhava os pensamentos, e seu rosto também estava muito sério.

— Creio que não — disse por fim, mas sem convicção —, afinal ele desapareceu há tanto tempo, e há quem diga que esteja morto. E mesmo que não estivesse, por que razão nos ajudaria agora?  Mesmo tendo impedido Bardnard e desaparecido com a Bíblia.... Seus propósitos não ficaram totalmente claros.... Isso não faria sentido algum.

— Sim, sentido algum…  — concordou ela. — Mas esses soldados me intrigam, e por hora, diante da situação caótica em que nos encontramos, só devo agradecer aos Deuses por suas flechas não estarem também apontadas contra nós. — disse com voz muito sóbria, e havia certo pesar em suas palavras, pois o sangue dos soldados de seus Regimentos cada vez mais tingia aquele solo em infindáveis baixas.

Elscud fitou sua mulher de modo sério. Como General, sabia que o que ela dissera era de fato a mais pura verdade. E por mais que isso ferisse seus brios de Oficial, essa era a realidade. As Tropas do Exército Intercontinental e a própria Grand Chase estavam enfraquecidas, de modo que a ajuda inesperada — mesmo que surpreendente — não poderia ter chegado em melhor momento.

Sieghart e Zero, praticamente ao mesmo tempo, nesta hora — mesmo estando em locais diferentes do campo de batalha — elevaram seus rostos na direção dos penhascos, com uma expressão séria. Eles sabiam de quem se tratavam os misteriosos Guerreiros ali presentes, e a dúvida em suas mentes focava-se no motivo deles estarem ali, e o mais impressionante de tudo, usando suas armas contra as forças de Astrynat.

Diante do ocorrido e das novas rajadas de flechas oriundas dos penhascos, as tropas de Astrynat desarticularam-se momentaneamente, abrindo verdadeiros vazios por entre elas. Narsha, vendo isso, saiu em direção ao seu Regimento tencionando reaver o controle da situação. Elesis tentou impedi-la, mas estava exaurida, e suas pernas pareciam não querer mais obedecer-lhe. A fumaça escura e o cheiro de óleo queimado, misturado a um odor adocicado de sangue envolvia o local e deixava a visibilidade muito ruim.

Contudo, a General não conseguiu ir muito além em sua trajetória, sendo impedida por uma lâmina afiada que a atingiu com poderosos cortes, abrindo grandes fendas em sua armadura.

Igualmente exausta pela luta contra Elesis, e já tendo mais dificuldade em recuperar-se — sem que conseguisse visualizar direito quem a atacava —, Narsha tentou esquivar-se, mas foi surpreendida pela destreza de seu misterioso oponente que surgiu em meio à fumaça, e que se revelou ser uma mulher.

Longas tranças cor-de-rosa caíam-lhe balançando ao vento, e sua armadura azul marinho reluzia em meio aos últimos raios do sol, que transpassavam a fumaça.

— Quem é você? — disse Narsha, de modo seco, porém sua voz saiu ofegante — evidenciando seu cansaço.

— Seu fim, querida! — disse a outra com um riso sórdido nos lábios.

Narsha cerrou os punhos e apertou o cabo de sua espada indo de encontro a sua nova inimiga, mas esta, agilmente, rodopiou dando um salto ao alto e mergulhando num portal escuro que a colocou mais atrás da Guerreira de Astrynat. E, com rapidez, começou a girar sua espada cortando o ar em forma de círculos, tanto do lado direito, como do lado esquerdo de seu corpo.

— Círculo Infernal! — gritou, enquanto dois círculos formados de energia se formavam grandiosos na altura de seus ombros e, que, a um pequeno movimento de sua espada, foram então lançados por sobre Narsha, atingindo-a com grande intensidade, apesar de esta tentar bloqueá-los; deixando-a totalmente atordoada.

Diante disso, e sem pestanejar, a habilidosa Guerreira de cabelos cor-de-rosa partiu em disparada para cima de sua oponente, atingindo-a com sua afiada espada, de modo preciso, e violentamente, em seu abdome.

Narsha olhou para sua oponente — cujos olhos verdes reluziam feito esmeraldas e que a batalha em si parecia fazê-los incandescer. Levou a mão direita até o cabo da espada inimiga que ainda permanecia mergulhada em seu corpo, e suas luvas tingiram-se com seu próprio sangue. Sua visão se embaçou, e um estranho frio a invadiu repentinamente. Havia dor, mas não uma dor insuportável. Um tremor então a acometeu, e sentiu-se dormente, fraca. Foi quando tudo escureceu diante de si, e a valorosa Oficial do GCA caiu ao solo sem sentidos.

A bela Guerreira olhou com desdém para a Oficial de Astrynat, que jazia a seus pés ferida e desacordada. Retirou, então, a lâmina que transpassava o corpo da mesma, num movimento brusco, e caminhou na direção de Elesis — que se apoiava em sua Alabarda tentando erguer-se. Ela agachou-se rapidamente e abriu um pequeno frasco, levando- o até os lábios de Elesis.

— Beba isso! Você se sentira melhor.

— O que é isso?

— Ande logo, beba! — insistiu de modo incisivo.

Um pouco relutante, mas sentindo sede, Elesis bebeu o líquido translúcido de gosto adocicado, que aos poucos pareceu aquecer seu corpo — que diante dos ferimentos ia perdendo a temperatura. A Guerreira a de cabelos cor-de-rosa, com cuidado, ajudou Elesis a levantar-se e a levou para próximo da base de um rochedo, onde a fez recostar-se.

— Descanse um pouco, essa guerra está perto do fim. — disse, piscando.

— Me diga ao menos seu nome — falou a Guerreira de Canaban, sentindo a dor forte causada pelos golpes de Narsha, após o árduo combate.

— Edna. — disse, e, em seguida, desapareceu em meio a fumaça que se espalhava por todo Campo de Batalha.

Um portal escuro abriu-se diante de Ronan e Arme, e dele duas silhuetas surgiram, bem como três imensas Gárgulas que elevaram voo indo pra cima dos soldados inimigos que ali se encontravam.

— Murmúrio dos Condenados! — gritou a voz grave e familiar do guerreiro que ali surgia, arrastando sua reluzente Foice pelo chão e formando um hexagrama, do qual uma luz obscura emergiu, junto das almas de inúmeros seres mortos por ele, e que caíram presos sob seu julgo eterno.

Esses espectros, repletos de sombra e lamentos, imediatamente rodearam aos soldados paralisando-os e absorvendo violentamente sua energia vital — enfraquecendo-os. Ao passo que as Gárgulas, emanando gelo, fogo e areia petrificante auxiliavam num ataque preciso.

Com olhar gélido — o Asmodiano movimentou sua Foice e, velozmente, traçou um golpe circular que atingiu ao grupo de soldados, fulminando-os de uma única vez — e o hexagrama desapareceu, assim como os espectros.

A jovem ao seu lado, cujos longos cabelos em tom rosa estavam soltos, tinha um brilho intenso em seus belos olhos verdes, e fitava aos soldados inimigos com desprezo. Havia frieza e crueldade no seu modo de olhar e, de modo tétrico — a um pequeno movimento com uma das mãos —, ela fez surgir vários portais dimensionais, dos quais saíram inúmeras esferas negras envoltas em energia sombria, que foram ao encalço dos inimigos com impressionante velocidade.

— Esferas diabólicas! — Disse, com voz firme e profunda, mostrando todo poder de sua Quinta Classe (Princesa das Trevas); ao passo que as esferas, tão logo que atingiram seus inimigos, aderiram-se em suas armaduras sugando sua energia vital. Ouviram-se gritos e urros de dor por parte daqueles que foram tocados pela técnica utilizada pela bela Guerreira, enquanto, com total desespero, os mesmos debatiam-se tentando desvencilhar-se das esferas; mas de nada valeram tais esforços, pois a aura destas aglutinou-se através de pequenos filamentos que partiram das mesmas — unindo-as — e vindo a explodir, segundos depois, com extrema violência. E, dessa forma, ferindo gravemente a muitos inimigos e matando outra boa parte deles.

— Dio! Rey! — disse Arme — sentindo um misto de alívio e ansiedade.

— Aqui está o Cristal Arme. Pegue-o. — falou o Asmodiano, sem alteração na voz, enquanto entregava-o a jovem Gram Maga.

 Arme sorriu.

— Me perdoe a demora, mas fui buscar reforços... — ele principiou a dizer, mas foi bruscamente interrompido pela voz firme de Rey, que o fitou com ar de censura.

— Ande idiota! Não é hora para explicações! Cuide do resto desses insetos, eu os levo até o Pico Delevon!

O rapaz de cabelos cor de vinho a fitou de modo sério e contrariado, porém não retrucou, afastando-se em direção a mais um grupo de Guerreiros que vinham pelo lado leste. Enquanto que Rey, ciente de que tinham apenas três minutos invocou um portal, onde, junto de Ronan e Arme, adentrou, sob os olhares cheios de receio e esperança, ao mesmo tempo, de Lire e de Lass.

Frações de segundo se passaram, e os três jovens, por fim, chegaram ao cume do Pico Delevon, onde as sombras do crepúsculo já deitavam seus longos braços, e onde apenas um filete avermelhado dos raios solares ainda rasgava a penumbra crescente. No céu, uma estrela surgia ao longe, e, diante deles, uma gigantesca redoma energética em cor de vinho — formada por magia — erguia-se criando uma barreira entre eles e o local onde estavam os Deuses. Sendo que para impetrarem o Ritual precisariam transpô-la.

— Oh, não Ronan, uma barreira mágica!!! — exclamou a jovem Gram Maga com olhos nervosos. Rey e Ronan a fitaram, e a jovem deu dois passos em direção da mesma, mas recuou, num súbito, ao perceber ali uma presença — cujo semblante fez–se transparecer em meio às sombras.

— Você?!… — disse Ronan, surpreso, trazendo Arme para atrás de si. E com desconfiança, segurou com firmeza o punho de sua longa espada, a qual apontou de modo ofensivo na direção daquele que surgia em meio à escuridão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

A Grande Batalha de Xênia chegou ao seu momento decisivo! E finalmente Arme e Ronan encontram-se no cume do Pico Delevon! Mas não há mais alguém lá...
Quem será a pessoa com quem depararam? O tempo esgota-se…
Conseguirão eles adentrarem na Redoma Mágica e libertarem os Deuses de Xênia? Preparem-se para fortes emoções e grandes surpresas no próximo episódio!



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