Her Last Song escrita por Lully Cvic


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Awwwn,meninas...eu estou tão feliz quanto vocês,por estar aqui com a fic nova! *--*

E agradeço por estarem aqui,mais uma vez!
E às leitoras novas,que sejam bem-vindas!

Beijokinhas para todas!



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Meus pais não gostaram muito da minha decisão,mas logo se acostumaram.Mas viviam dizendo que aquilo não daria certo,porque éramos muito jovens,estávamos iludidos com a vida,Gerard era um garoto que não daria conta das responsabilidades da vida adulta...E ainda tinha meu avô,que não perdoava e dizia o tempo todo,que Gerard só havia tido essa idéia pra ter a comodidade de me levar pra cama quando bem entendesse.Ele era o único da minha família que não gostava do Gee.Por pura implicância.

Geralmente os avôs não eram vulgares com suas netas.Mas o meu era.Já a família dele,reagiu bem diferente.Claro,que eles preferiam o filho por perto,mas gostaram da decisão que ele tomou.Elena,a avó materna dele,foi a que mais incentivou.Ela era um doce e apesar de termos pouco contato,nos dávamos muito bem.Eu adorava toda a família dele!Todos eram amáveis e gentis.

Enquanto não arrumamos um emprego,Gerard e eu vivemos com a mesada que nossos pais nos deram.Era costume das famílias americanas que tinham filhos na faculdade,dar uma mesadas à eles,durante o período em que estudavam.Isso geralmente acontecia pra quem estudava longe de casa. Nós não morávamos tão longe das nossas,mas recebíamos mesadas mesmo assim.E o que não gastamos,guardamos.E era com isso que estávamos vivendo naquela época.Nós não precisávamos.Podíamos voltar pras nossas casas e viver com nossos pais.Mas preferimos morar sozinhos e criar a nossa independência.

O que não foi nada fácil.Mas nós tentamos.

O ano de 2.000 inteiro passamos fazendo estágios e entrevistas.Nada efetivo.No ano seguinte,precisaríamos dar um jeito.Qualquer jeito.A mesada não duraria pra sempre.

2.001

-Bom dia!-ele sussurrou animado pra mim,enquanto subia na cama,de joelhos.

Eu me espreguicei,sem abrir os olhos direito,mas podia vê-lo na minha frente,com aquele sorriso infantil impecável.

-Bom dia!-respondi no mesmo tom,retribuindo o sorriso.

Me levantei um pouco e ele se aproximou de mim,passando os braços pelas minhas costas.Ele sabia que iria abraçá-lo.Fazíamos isso todas as manhãs.

-Sabe que dia é hoje?-ele me perguntou,ainda sorrindo.

-Dia da minha entrevista.-disse sem mais nem menos,enquanto prendia meu cabelo,em um coque imperfeito.

-Também...-ele disse,se sentando na cama.

-Tem alguma outra coisa importante hoje que eu não me lembre?

-Hoje é o primeiro dia do mês de Agosto e isso significa que nosso aniversário de namoro está chegando!Falta só um mês,praticamente!

Ele sempre fazia aquilo.

O aniversário só era dia 8.E do mês seguinte!Eu nunca consegui entender porque ele tinha tanta empolgação antecipada.

-Ah sim...é verdade!Temos que pensar em alguma coisa diferente pra fazer...

-Deixa comigo.-ele me pegou de repente e me puxou pro seu colo,me beijando até me sufocar.

Alguns minutos depois,eu tentei me desvencilhar.

-Eu preciso me arrumar ou vou acabar me atrasando.-disse,saindo do colo dele.

-Tudo bem.Só vou aceitar essa desculpa porque eu tenho que sair também.

-Vai no Cartoon hoje?

-Sim!-ele respondeu,animado.

-Então,boa sorte!-o beijei,antes de ir pro banho.

-Pra você também.Vou estar torcendo por você!

-Eu também!-gritei do banheiro.

Gerard estava há um tempo,fazendo alguns desenhos que ele acreditava que podiam ser um sucesso.E eu também.Até o dia em que um antigo professor de Artes o indicou pra apresentar algum deles pra um amigo que trabalhava no Cartoon Network.E aquele dia, era “o” dia pra ele.Também estava eufórico,porque seria a primeira vez que ele pisaria no World Trade Center.Mas apenas pra entregar os documentos dele,porque o prédio da empresa do Cartoon,era algumas ruas atrás.

Tomamos um rápido café juntos e ao sair do prédio,nos despedimos com um beijo de boa sorte.Eu esperava que alguma coisa desse certo naquele dia.

Quando eu cheguei em casa,Gerard estava no sofá,me esperando chegar pra me contar sobre seu dia.

-E então?-ele me perguntou primeiro.

-Eu não sei,mas acho que fui bem.Eu só acho errado que...tá certo que eles precisam entrevistar outras pessoas,pra fazer uma avaliação e selecionar alguém,mas acho que eles não precisavam deixar isso tão evidente pras pessoas.Isso deixa qualquer um aflito.A pessoa pode se preparar pra isso a semana inteira e na hora,só de ver outras pessoas que vão competir com ela,acaba com toda a concentração...Parece que é proposital!-eu desabafei.

-Calma,Emy...isso é normal pra eles.E aliás...não existe nada nem ninguém que tire sua concentração,você é bem maior do que isso!Se você é bom mesmo naquilo que faz,não é o nervosismo que vai tirar isso de você!

Doce.Ele sempre era.

Eu deitei com a cabeça no colo dele e conversamos um pouco.Jantamos juntos logo depois e quando me deitei,me lembrei de que ele não tinha me falado nada sobre o dia dele.

-Não vai me contar como foi hoje,no Cartoon?

-Adivinhe!-ele disse,com o maior dos sorrisos.

Eu nem tentei adivinhar nada.Apenas pulei nos braços dele e o abracei apertado por um longo tempo.

-E então?-eu pedi mais explicações.

-Bem,eles viram os desenhos e gostaram muito.Mas pediram pra mim fazer um outro,algo mais sério,que seja só pra eles.E eu já estou cheio de idéias!

-Isso é ótimo!E quando você começa?

-Na segunda.

-Em 3 dias?-eu me assustei.

-Sim.

-Mas como você vai conseguir...

-Não,eu não preciso entregar o desenho novo em 3 dias.Eu preciso começar em 3 dias.-ele explicou.

-Ah...sim.-eu ri.

-Vem cá...-ele me chamou,fazendo sinal com indicador,estampando um sorriso cheio de más intenções.

Me aproximei dele devagarzinho e o beijei com amor.Em questão de poucos minutos,estávamos nos amando em pleno carpete da sala.Aquela contratação merecia ser comemorada de alguma forma.

Antes de dormir,conversamos mais.Na verdade,ele conversou.Eu só ouvi ele falar de como o as Torres eram enormes,fantásticas e do quanto eu precisava ir lá pra conhecer também.Ele parecia uma criança:seus olhos brilhavam enquanto ele falava,seu rosto estava iluminado e ele estava tão feliz como se tivesse visto a coisa mais maravilhosa da Terra.

Eu não podia negar que isso me contagiava também.


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