No dia seguinte eu acordei um pouco mais calma e saí. Logo que eu estava atravessando a rua eu avistei Jacob, eu passei por ele ser falar nada mais ele segurou meu braço.

- Eu não tenho mais nada para falar com você. - Disse séria.

- Eu quero que você saiba, que se esse filho for mesmo meu, eu não vou fugir das minhas responsabilidades. Vou assumir, vou registrar. Mais isso, é claro, depois de um exame de DNA.

- Como é que é?

- É esse o procedimento padrão.

- O procedimento padrão Jacob? Até ontem você dizia que me amava, que você queria se casar comigo, e agora você está falando em responsabilidades. Registros e procedimento padrão?

- Bella... Não torna as coisas mais difíceis.

- Eu que estou tornando as coisas mais difíceis? Eu? De uma hora para outra você começa a me chamar de golpista, interesseira e eu que estou tornando as coisas mais difíceis? Jacob... Será que você não percebe? Hã? Que foi vitima da sua própria cilada? Será que isso não entra na sua cabeça? Se você tivesse me falado a verdade do começo, isso não teria chegado tão longe como chegou. - Virei às costas e saí andando. Eu o senti me seguindo.

- Bella! - Gritou me segurando com força. - Se esse filho for mesmo meu, minha família está disposta a cria-lo. Você pode ficar tranquila, você vai ser muito bem recompensada.

- Nossa! - Falei impressionada com o que ele falou agora. - Bem... Seria ótimo, não é? - Disse fingindo estar feliz com aquilo. - Seria maravilhoso. Eu ia amar. - Disse brava com ele. - Pena que não tem filho nenhum.

- Como não tem filho nenhum? - É isso mesmo que você ouviu Jacob, eu não estou grávida.　 -

Então você mesma assume que você mentiu para mim.

- Eu não menti coisa nenhuma. Eu não menti. Eu achei que estivesse grávida. Eu pensei isso. Eu fui ao hospital pegar o resultado do exame. Deu negativo. - Peguei o papel de minha bolsa para dar a ele. - Quer ver? Abre. Você não acredita no que eu falo? - Apontei o papel e dei para ele, Jacob pegou mais me devolveu na hora.

- Bella... Desculpe. - Disse com cara de quem estava arrependido e se aproximou de mim.

- Não chega perto de mim. - Disse com nojo dele.

- Vamos conversar.

- Não tenho nada para conversar Jacob! - Eu tentei empurrar ele para longe de mim. - Não quero nunca mais te ver, tá? - Eu virei às costas e saí andando para minha casa e claro chorando. Assim que cheguei eu peguei as minhas coisas e arrumei minha mala e assim que terminei eu fui o mais rápido para a casa de meus dois melhores amigos. Assim que cheguei Osman abriu a porta. Eu nunca mais queria ver ele na minha frente. A partir de agora a única coisa que importa para mim é o meu filho ou filho. É a única coisa que importa. E a única coisa que está me fazendo-me viver é essa criança. - Bella que história é essa de ir para Nova York? - Perguntou Julius.

- Eu não quero ficar aqui. Eu não posso! - Falei jogando as coisas no sofá.

- Porque você não senta e conta o que está acontecendo? - Disse Osman tentando me acalmar.

- O Jacob não pode saber que eu vou ter esse filho dele.

- Você não ia contar para ele? - Perguntou Julius.

- Eu contei. Só que a reação dele foi tão brutal, que eu resolvi falar para ele que tinha sido alarme falso.

- Mais por que Bella? Estava tudo tão bem. O que aconteceu? Perguntou Osman.

- Eu não quero que ele saiba dessa criança. Eu não quero nenhum tipo de laço com aquele homem. Disse chorando. O Jacob... Eu não conseguia falar por causa do choro. Ele... Ele... Ele duvidou do meu amor. Ele mentiu para mim. Eu suspirei, sem ter coragem de falar aquilo. - O Jacob é rico. - Falei finalmente.

- Rico? - Perguntou Julius surpreso com o que eu falei.

- Ele é filho de Gil Black, o homem mais rico de Forks. 

- Ele se fez de pobretão? - Perguntou Osman.

- Para saber se eu amava mesmo ele sendo pobre. - Disse. - Aí na hora que eu virei e falei estava grávida, que estava esperando um filho dele, ele simplesmente virou e me chamou de sonsa, oportunista, que eu sabia que ele era rico, que eu queria dar o golpe da barriga nele. - Chorei descontroladamente.

- Eu não acredito que o Jacob tem sido tão idiota. - Falou Julius bravo.

- Posso fazer papel de advogado do diabo? - Perguntou Osman. - Quando a gente tem dinheiro, muita gente se aproxima por interesse mesmo. É normal. E as pessoas querendo dar o golpe da barriga. Agora eu acho Bella, em minha opinião, você devia tentar entender o ponto de vista dele também.

- Ah! Acabou a confiança Osman. Eu não ia acreditar em uma palavra que ele dissesse para mim. Ele duvidou do meu amor Osman. Ele me furou muito fundo. - Disse chorando.

- Espera aí Bella, você queria ir para Nova York eu entendo. Agora você querer esconder o filho do Jacob Bella. Ele é o pai dessa criança, ele também tem esse direito.

- Se ele souber dessa criança, ele vai querer usar a família dele, o dinheiro dele para tirar a criança de mim.

- Bella! - Disse Juius. - Também não é assim.

- Que isso Julius? - Disse brava. - Ele falou com todas as letras, que se esse filho fosse dele, a família dele estava disposta a criar e que eu ia ser bem recompensada. É isso que ele falou. - Disse olhando para Julius.

- Eu não acredito que o Jacob tem dito esse absurdo para você?

- Você sabe que eu não ia tomar uma decisão dessas. Se eu não tivesse certeza do que estou fazendo... - Não terminei de falar, eu fui para o lado deles, para falar seriamente. - Agora olha aqui gente, se vocês não quisessem se envolver... Tudo bem... Eu dou outro jeito. - O Osman me abraçou enquanto eu ainda chorava. - A gente vai te apoiar no que for preciso. - Osman disse. - Bella eu não acho uma boa ideia, você vai para Nova York, você não conhece ninguém lá. Como vai arranjar um emprego? - Bem, meu pai é dono de uma editora e meu irmão é sócio de uma agência de modelos, emprego para você não vai faltar. - Disse sorrindo.

- Obrigada.

- Então você vai para Nova York comigo. - Eu beijei sua bochecha e o abracei.

- Ha ha. Essa é boa. - Julius saiu bufando pela casa. - Bella, eu não quero que você se arrependa depois. - Disse subindo a escada para ir para o quarto dele.

- Olha aqui. Eu sei me cuidar, tá? - Ele parou e virou para mim.

- Então tá. - Ele balançou os ombros e continuou subir as escadas. Eu me virei e abracei Osman.

    Já fazia duas horas que esperávamos a chuva parar para irmos. Osman estava falando com sua mãe pele telefone.

- Você está se alimentando direito? - Perguntou, a mãe dele tinha um grave câncer, mais ele não estava indo para ver ela, estava indo para falar sobre Julius. Ela sempre fora contra os dois. Esses dias o pai dele veio de Nova York para falar com ele sobre isso. -... Eu só estou esperando a chuva amenizar um pouco. - Disse. - Ah e mãe, eu vou levar uma pessoas muito especial para mim. Ok? - Ele riu. - Depois eu te conto sobre ela. - Disse rindo. - Pode deixar, tchau mãe, obrigado. - Ele desligou e se virou para nós. - Minha mãe está super animada.

- Osman porque a gente está esperando?

- A chuva passar né Bella? - Disse Julius sério. No dia seguinte nós acordamos cedo para irmos. Julius veio até a minha frente e falou comigo. 

- Vô sentir muito sua falta. - Tentei sorrir o máximo possível, mais eu não conseguia o choro estava mais forte. Eu abracei Julius.

- Bella, você é a maior desnaturada. Você não está nem aí para mim.

- Pode parar Julius. Você é o meu melhor amigo, você sabe disso. - Falei.

- Bella, se eu fosse você, eu pensava duas vezes antes de me mandar. - Disse sério, eu olhei para baixo.

- Porque você não vem com a gente para Nova York? - Perguntou Osman. Eu sorri com a ideia dele ir com a gente. 

- Não dá muito trabalho. Osman minha vida está aqui. - Disse.

- Não. Sua vida está onde eu estiver.

- Ei Osman escuta cara. Porque você não vai amanhã de avião? Eu pago a passagem da Bella.

- O que foi Julius? - Perguntou a ele.

- Eu não sei. Estou com o coração apertado, eu não sei.

- A gente vai ser feliz aqui ou lá. - Falou tentando acalmar ele. - Olha essa noite eu tive um sonho. Eu sonhei que estávamos todos nós lá. Minha mãe, meu pai, meu irmão e até a Bella estava junto. - Olhou para mim.

- Ai, deu até arrepio. - Falei limpando as lágrimas. - A gente estava junto como uma família. Tá?

- Tá, se é isso que você quer é isso que eu quero também. - Eles se abraçaram, eu desviei meu olhar para longe. Depois disso nós fomos para o carro e se despedir de Julius.

- Se cuida tá? - Disse.

- Obrigada viu? - Eu comecei a chorar de novo e nos abraçamos.

- Shhh... - Falou baixo. - Oh minha amiga, sê cuida viu?

- Tudo bem.

- Osman, não corre tá? - Disse alto. - Meu amor se cuida, tá? - Disse para mim e eu entrei no carro e fomos.

Eu acordei e vi que ainda estávamos na estrada, eu estrava no banco de trás dormindo.

- Osman, não acha melhor parar não? Tá chovendo muito. - Falei preocupada.

- Aqui não tem onde parar... Mais para frente tem um posto paramos lá e podemos até tomar um café. - Disse olhando para a estrada. Eu vi que vinha um enorme caminhão correndo muito rápido em nossa direção.

- Cuidado! - Gritei para ele, que logo depois o carro se chocou fortemente com o caminhão, eu pude ver que o carro girava muito. Depois disso eu não vi mais nada.