O Culpado escrita por sara_nunes


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Ei gente linda s2



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POV JACOB

Estava muito feliz, tinha o cartão com o nome do James nas minhas mãos, mas a alegria não durou muito, pois ouvi a porta se abrindo... E logo depois a louca da secretaria, Larissa, entrou.

- Você estava demorando, então resolvi ver se estava tudo bem. – Ela me olhou, e se demorou no cartão na minha mão.

- AH! – Resolvi contar uma mentira para explicar antes que ela mesma perguntasse. – Além do documento, o Aro me pediu para pegar esse cartão, é de um patrocinador, e ele não tinha o número na agenda. – Eu estava um pouco nervoso, mas tentei parecer o mais tranquilo e convincente que pude.

- Ah, entendi. – Ela se aproximou, e vi que tentava parecer sexy. – E o documento? Conseguiu achar?

- Sim, sim, já está na minha mochila. – Disse, indicando a mesma com a mão. Agradeci a Deus por ter tido a ideia de colocar uma mochila, caso precisasse para qualquer coisa.

- Ah! – Ela deu um pequeno sorriso. – Vejo que temos tempo, já que você resolveu suas coisas. – Ela se aproximou muito mais, ficando na minha frente.

- Na verdade, não temos. Vou me encontrar com o Aro agora. – Tentei fazer uma cara triste. – Falando nisso, não comente nada com ele que eu estive aqui, e nem com ninguém.

- Você disse que ele tinha deixado. – Sua cara passou de “piranha” para “assustada” em um segundo.

- Ele deixou, mas era pra eu ter vindo ontem. E, sabe como o Aro é, é capaz dele dizer que eu deixo as coisas para última hora, que sou um incompetente, e me demitir. Nós não queremos isso, não é? – Deixei meu lábio a apenas um centímetro do dela.

Ela simplesmente negou com a cabeça.

- Ótimo! Estamos conversados. – Afastei-me totalmente. – Até mais.

- É, aparece aqui qualquer dia. – Ela estava de novo tentando parecer sexy.

- Com certeza. – Eu não iria colocar tudo a perder agora, então fingir estar totalmente rendido aos seus encantos.

O fato é que saí da empresa com o cartão na mão, e quase sem me aquentar de felicidade.

James Pierre, se prepare, temos o seu número.

POV BELLA

- Eu sei sobre a arma plantada. Eu quero saber quem foi, e eu quero saber agora. Senão as duas serão demitidas e a pessoa que fez isso se sentirá culpada pelo resto da vida por ter colocado uma inocente no meio dessa história. – Edward disse.

Eu sabia o quanto doía para ele ter que dizer isso.

Um choro culposo tomou conta do ambiente. Ela ficou lá, chorando, por algum tempo. Eu não sabia o que fazer, e parecia que o Edward também não.

Depois de algum tempo, ele tomou uma atitude.

- Angela, por que você fez isso? Logo comigo! Sempre fomos tão amigos e você me traí por dinheiro. – Ele estava pasmo.

- Se... senhor – Ela dizia as palavras entre soluços. – Você não sabe como foi difícil... olhar para você sabendo o que eu fiz, mas eu tive que fazer, eu... – Ela não conseguiu falar mais, pois foi atingida por uma onda de lágrimas que não paravam de cair.

- Teve que fazer? – Ele perguntou curioso e querendo uma explicação para tudo aquilo. Ele queria acreditar que ela era pelo menos meio inocente nessa história, já eu, não sabia o que pensar.

- Meu filho, senhor... Meu filho, estava devendo... iriam matar... matar... – Ela não conseguia falar direito, atropelava tudo. Edward ainda estava confuso, mas eu acho que já havia entendido.

- Seu filho estava devendo? – Ele perguntou e ela assentiu. – Mas para quem?

- Os trafican...tes – Ela começou a chorar de novo.

- Leah – ela, que assistia tudo abismada, se virou – leve a Angela para o quarto, quando ela estiver melhor, traga-a de volta para conversarmos melhor.

Leah assentiu com a cabeça e pegou a Angela, que estava fraca de tanto chorar, pela cintura, para assim guiá-la e firmá-la, senão ela poderia até cair, tamanha era a sua crise de choro.

- E agora? – Edward se virou desesperado para mim.

- Temos que ver o que ela está disposta a fazer para concertar o que ela fez, é o único jeito. – Eu lhe dei um pequeno selinho, para logo depois ficar abraçada a ele.

Ele colocou seus braços em volta de mim, e nos carregou para o sofá. Ficamos abraçadinhos, somente sentindo a respiração um do outro por um tempo. Tempo suficiente para a Angela voltar, já bem melhor, com a Leah ao seu lado.

- Senhor, eu dei um calmante a ela. – Leah disse.

Eu frequentava a casa fazia pouco tempo, mas sabia muito bem que nunca foi feitio dos empregados chamarem o Edward de senhor, mas a situação era diferente, era delicada, e mesmo que isso não fosse necessário, Edward não estava em clima para discutir coisas bobas com ninguém.

- Fez muito bem, Leah. Obrigado. – Ele agradeceu.

- É para eu me retirar? – Leah perguntou receosa.

- Não, pode ficar se quiser. – Ele deu de ombros. – Agora, você – ele olhou para a Angela – pode começar a falar. – Apesar de tudo, ele tinha que ser rígido, o que tinha acontecido era muito grave.

- Senhor – sua voz falhou, mas ela não chorou mais – meu filho estava metido no mundo das drogas, e estava devendo um traficante que ameaçou o matar, por isso eu precisava de dinheiro. Uma mulher falou que se eu colocasse aquela arma no seu quarto, mas sem deixar as minhas digitais, ela me daria o dinheiro que eu precisava, e mais dinheiro ainda para meu filho fugir do país, se necessário. – Quando ela terminou, sua voz estava muito fraca, mas a única coisa que ela se permitiu soltar foi uma pequena lágrima solitária.

- O que aconteceu com o seu filho? – Edward perguntou preocupado.

Ela sorriu, não um sorriso de felicidade, nem verdadeiro, mas sim um sorriso de agradecimento pela preocupação, mesmo ela não merecendo.

Seus motivos eram fortes, afinal, o garoto era seu filho, mas isso não é desculpa para se trair ninguém.

- O traficante não se satisfez com o dinheiro, porque meu filho sabia de mais, e não serviria mais para nada, porque não estava mais querendo consumir drogas nas últimas semanas. Então meu filho teve que fugir. Nesse momento, ele está em Portugal.

- Hum... Seu filho estava parando? – Eu perguntei, até eu estava curiosa.

- Aos poucos, ele não chegou a experimentar nada que viciasse rápido, como o crack, graças a Deus.

- Que bom. O fato é: o que você está disposta a fazer para concertar seu erro? – Eu perguntei e mesmo meu ato sendo um pouco frio, eu tinha que ver quais eram minhas prioridades, e minha prioridade no momento era absolver meu namorado.

- Qualquer coisa. – Ela garantiu.

- Está disposta a se expor e expor seu filho diante de um tribunal? – Eu perguntei mais seriamente.

Vi que ela se preocupou com a parte “expor seu filho”, mas abaixou a cabeça e concordou.

- Qualquer coisa. – Ela repetiu, mas quase chorando dessa vez.

Eu não aguentei agir como insensível por muito tempo. Fui até ela e a abracei.

- Você está fazendo a coisa certa, você sabe disso. – Eu sussurrei no seu ouvido.

- Você sabe quem mandou você plantar a arma? – Edward perguntou.

- Não, não sei nem o nome. – Ela levantou para fazer com ele, e todos pudemos ver o quão inchado o seu rosto estava.

- Bella, ela pode ser presa? – Ele perguntou baixo, apesar de todos poderem ouvir.

Ela abaixou a cabeça mais uma vez e eu balancei a minha positivamente. Angela não viu meu gesto, por estar com a cabeça abaixada, mas ela entenderia o silencio que tomou conta do ambiente como uma boa resposta.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso ae!

Reviews? recomendações? dinheiro? chocolate? KKKKK

beijoooos!