O Culpado escrita por sara_nunes


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Eii gente, como eu tinha prometido, to aqui pra postar o capitulo de ontem, ja que o de ontem foi o de domingo -qq

Boa leitura



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Eu simplesmente assenti, vi que já tinha respirado tempo o suficiente e o puxei de volta para os meus lábios.

O ar faltou de novo, e dessa vez nos separamos mesmo – a contragosto, pelo menos de minha parte, tenho que admitir.

Ficamos nos encarando por alguns instantes, e eu só conseguia pensar em como ele era completamente lindo.

Infelizmente eu estava com muita fome, então um ronco muito constrangedor saiu de minha barriga. Eu fiquei corada instantaneamente, como já é de se imaginar. Parabéns barriga, ótima hora para se manifestar. Pensei irritada comigo mesma.

Por sorte Edward pareceu achar graça de tudo isso, pois estava rindo.

- Bem, acho que deveria te levar para jantar. – Disse entre algumas gargalhadas. – Vamos?

- É, acho que não tem como eu negar. – Um sorrisinho estava presente em minha face, mas eu ainda bem corada.

Ele me pegou pela mão. Parecia estranho que depois daquele beijo de tirar o fôlego um pequeno gesto como esse ainda fizesse diferença, mas fazia, e toda. Aquele simples toque ainda fazia meu coração acelerar completamente.

Fomos até o estacionamento e instintivamente eu já estava indo em direção ao meu carro, mas ele me puxou em direção ao dele.

- Não, não, vamos de Volvo hoje.

- E quando a gente não vai? – Perguntei fazendo menção ao dia em que ele me deu uma carona até a escola e depois até aqui, nesse mesmo prédio.

Ele deu uma pequena risada, e meu corpo se arrepiou. É, pelo visto esse beijo ficaria na minha cabeça por algum tempo ainda.

Entramos no carro e ele começou a dirigir. Queria saber para onde ele estava indo, mas preferi ficar na minha.

Depois de pouco tempo percebi que ele com certeza estava indo em direção ao shopping. Bem, foi lá que toda a confusão tinha começado. Mas eu já não era mais a advogada do Aro, não seria realmente um grande problema se nos víssemos juntos. Alias, nós só conversaríamos, não é?

Todo o trajeto da minha casa até o shopping foi silencioso, mas não desconfortável, apesar de eu querer muito ouvir alguma coisa vinda dele. Mesmo o silencio confortável incomoda um pouco.

Ele entrou no shopping e estacionou. Ele novamente foi mais rápido que eu e abriu a porta para mim.

- Edward, é sério, você não precisa fazer isso. – Eu disse constrangida. Por favor, eu tinha braços.

Ele riu um pouco.

- Eu não me importo nem um pouco, pelo contrário. – Ele sussurrou bem próximo ao meu ouvido, e eu quase desmaiei pela segunda vez hoje.

Preferi deixar esse assunto de lado. Era só ser mais ágil que tudo se resolveria.

Ele colocou seus braços ao redor da minha cintura, o que me fez esquecer completamente toda aquela “mini-discurção” em questão de segundos.

Fomos andando até a área de alimentação e ele me levou exatamente para o mesmo lugar onde tínhamos dado o nosso primeiro beijo. O chafariz estava lá, e aquele som tranquilizante sob o qual Edward e eu nos beijamos também.

Nós sentamos e pouco tempo depois o garçom apareceu. Eu e Edward pedimos pratos completamente diferentes, e, por mais estranho que pareça, isso só o tornou mais perfeito para mim.

Conversamos sobre todo o tipo de coisa, até que chegamos a um assunto mais importante.

- Edward, não é perigoso sairmos assim?

- Não. Eu não me importo que alguém veja. Não temos que dar satisfações para ninguém, não mais.

- Eu sei. Mas você sabe muito bem como é. A impressa, do jeito que inventa, vai falar que estamos casados, com dois filhos, que isso já é bem antigo, desde antes do primeiro julgamento. Eu, claro, vou ter feito corpo mole para você ganhar, e depois que Aro descobriu ele teria me demitido. – Eu pensei um pouco. – Esse negocio de ele me demitir foi verdade, mas o resto não. Você entendeu o que eu quis dizer.

- Como vão provar? Podemos falar que você ficou muito chateada com a demissão e passou a odiar o Aro. Encontrou alguém que o odiasse tanto quanto você e por isso estamos conversando, porque temos coisas em comum. Quem vai provar o contrario? – Ele perguntou arqueando a sobrancelha.

Eu ri um pouco, afinal, ele tinha razão.

- Ok, Ok... Não vou mais me preocupar com isso...

Nesse momento o garçom chegou com nossos pedidos.

Logo depois começamos a comer, e os assuntos ficaram novamente mais descontraídos. Falamos sobre tudo, e era incrível como ele se interessava pelas mesmas coisas que eu, mesmo que às vezes com opiniões diferentes.

Depois de algum tempo que já tínhamos terminado, continuamos conversando, mas estava ficando um pouco tarde e decidimos ir embora.

Bem, Edward, como era de se imaginar, não me deixou nem colocar a mão na carteira, apesar de meus protestos, e levantou, indo pagar a conta.

Naqueles poucos instantes em que ele se levantou, um idiota resolveu aproveitar.

- Ei gata. – Ele se apoiou na minha mesa. Eu não respondi, mas ele fingiu que não tinha notado esse “pequeno detalhe” – Se um dia quiser alguma coisa melhor que esse cara, me liga. – Ele deixou um cartão na mesa, e a única coisa que eu vi antes de amassá-lo e jogá-lo longe foi o nome: James Pierre.

Olhei para onde Edward estava e, como eu sou sortuda, adivinhem? Ele estava observando o tal de James se afastar com ódio nos olhos. Por que ele foi ver? Que merda!

A mulher que estava no balcão teve que chamar sua atenção umas duas vezes, para ele olhá-la e depois pegar o troco.

Ele veio andando e parou em frente a mim com a cara bastante raivosa:

- Você conhecia? – Ele perguntou com a voz controlada. Bem, controlada demais, como quem força.

- Não. – Respondi naturalmente.

Ele deu um grande suspiro, como se pensasse na ceninha que estava fazendo, e depois ficou mais normal de novo.

- Tá, eu sei que a culpa não foi sua. Sinto muito, esse cara só me estressou, mas já estou bem. – Ele disse e me estendeu a mão. – Vamos ao chafariz?

Aceitei sua mão, e ele me ergueu da cadeira. Andamos os poucos metros que nos separavam do chafariz e ficamos nos olhando.

Enquanto eu o olhava eu ficava pensando no que tinha acabado de acontecer. Será que aquilo tinha sido mesmo ciúme? Será que a Rose estava certa quando disse que e Edward gostava de mim?

Sim, eu sei que é masoquismo pensar assim, pois tudo podia ser uma grande ilusão, coisa da minha cabeça, mas eu não pude evitar. Era tudo intenso demais...

- Sabe, eu queria saber se a gente deveria contar para o pessoal – eu entendi que com isso ele quis dizer todos que estavam envolvidos em ajudá-lo a provar sua inocência – o que está acontecendo entre a gente.

- Edward, no momento, eu ficaria feliz em saber pelo menos o que está acontecendo. Acho que eu estou bem confusa. – Eu disse com muita sinceridade.

- Bem, agora, realmente não está acontecendo nada.

Essas palavras me fizeram ir para a escuridão por um segundo, mas não totalmente, porque eu ainda não tinha as digerido completamente quando ele continuou:

- Mas eu queria que acontecesse. – Ele chegou mais perto de mim e sussurrou em meu ouvido. – Bella, namora comigo?

- Claro que sim. – Eu transbordava de felicidade e mais uma vez estava mole em seus braços.

E ali, mais uma vez ao som daquele chafariz, selamos o nosso primeiro beijo como namorados.


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Notas finais do capítulo

Gente, lembra que eu tava devendo um capítulo extra pra vocês? Então... Se comentarem bastante, ou uma recomendação -qq , eu posto sábado. Ok?

Beeijos. ah, eu gostei desse, sei lá, acho lindo casais com ciume. KK

*-*