A Herdeira do Lorde escrita por letter


Capítulo 24
Capítulo 23 - A casa dos gritos


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora amores, de coração muito obrigada a todos que estão acompanhando e comentando fico super animada em ver mais um novo leitor todos os dias, e quem vai ser o lindo ou a linda que vai me fazer uma recomendação? Pois é gente, to pobre de recomendações ~drama~ só umazinha para me animar, hm?



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- Penélope, por favor, não... – cai de joelhos ao lado do corpo da jovem ruiva que jazia ao meu lado – Penélope! Por Merlin, o que eu fiz? – a segurava e a balançava pelos ombros sabendo que de nada adiantaria – Ennervate, Ennervate! Penélope, por favor, acorde. Não, isso não – as palavras saiam em meio aos soluços se embaralhando com o jorro de lágrimas que incontrolavelmente saía de meus olhos – Pené... Penélope, me perdoe, você sabe que eu não queria... Riddle, por quê? Ó céus... Penélope... Desculpe, eu juro que não queria!

- Belly? Belly? É você quem está aí? – uma figura com compridos cabelos loiros apareceu saltitante no topo da escada – Belly! Te procurei por toda esc... O que aconteceu?

Não conseguia responder, a voz se perdera em algum lugar de minha garganta. Alice olhava de mim para Penélope e me questionava com olhar. Cautelosamente ela se aproximou e se ajoelhou a meu lado. Apenas balancei a cabeça negativamente enquanto as lágrimas escorriam. Alice nunca me vira chorar, talvez isso tenha a assustado mais do que a cena que se seguia. Em algum momento a isso tudo me dei conta de que estava a abraçando e deixando que minhas lágrimas molhassem todo o seu uniforme.

- O que aconteceu Belly?

- Riddle me forçou a matá-la. – doía tanto dizer essas palavras quanto doera fazer o ato – Eu não consegui Alice, não consegui me controlar e... agora, ela está.... está morta.

- Calma Belly, vai ficar tudo bem – ela falava enquanto me abraçava.

- Nada vai ficar bem Alice, nada...

- Você precisa ir para ala-hospitalar Belly – disse ela se levantando e estendo a mão para me ajudar.

- Não! Não vou deixá-la sozinha – respondi voltando-me para o corpo sem vida ao meu lado – Não posso deixá-la sozinha!

- Por Merlin Belly, você não pode ficar aqui, temos que chamar alguém para... Vamos Belly!

- Alice, você não entende... – ela não entendia, e não ligava. Eu não poderia abandonar o corpo de Penélope. Tinha um irracional medo de que do nada ele fosse subitamente desaparecer e uma irracional esperança de que ela abrisse os olhos e perguntasse com sua adorável e melodiosa voz o que por Merlin aconteceu.



- Beba isso querida, vai se sentir melhor.

- Obrigada.

- Por nada, por nada.

A porta da ala-hospitalar se abriu com um estrondo, por ela entrou Kingsley vestindo sua capa sempre roxa, seguido de Longbottom que trazia em seus braços Penélope, ele a colocou em uma das camas. Alice vinha logo atrás.

- Ó céus, o que aconteceu com essa? – perguntou Denise, a enfermeira, se encaminhando para o lado de Longbottom.

- Está morta. – ele respondeu com a voz trêmula. Não pude conter o arrepio que desceu por minha espinha ao ouvir as palavras saírem frias e com amargura de sua boca, chegando a mim como chibatadas.

- Mandrágoras dançantes! Morta? – perguntou a enfermeira incrédula não acreditando no que ele dizia e chegando o pulso da garota, seus olhos se arregalaram ao constatar o fato – Mas o que aconteceu? Ó céus, morta!

- Sim, me pergunto a mesma coisa. – respondeu Kingsley, desviando seus grandes olhos negros de Penélope para em mim – O que aconteceu Lestrange? Lestrange?

Às vezes quando não sabemos o que dizer, as lágrimas expressam o que sentimos mais do que palavras. As pessoas deviam apreender a chorar mais, não ter vergonha de mostrar o que sente. Depois de se aprender a chorar de forma que consiga colocar tudo o que sente para fora é como se você apreendesse a assoviar toda uma melodia ou tocar toda uma música. Te vicia e ao final, por maior que seja seu problema, você se sente melhor.

- Voldemort á matou senhor – respondeu Alice por mim, em pé ao lado da porta.

- Vol... Aquele-que-não-deve-ser-nomedo? – Denise perguntou levando a mão a boca, mesmo passados quinze anos, as pessoas ainda não tinham criado coragem o suficiente para dizer o nome de meu pai, além de que muitos juravam de pés juntos que o nome causava má sorte e era um tabu inquebrável – Mas... Mas ele não está morto? Por Merlin, me dê isso querida – disse ela puxando o tônico roxo que a pouco colocara em minhas mãos e virando todo o resto que sobrara em sua boca.

- Senhorita Nigellus, não diga bobagens. Um bruxo morto não pode voltar ao mundo apenas para matar, ainda mais uma pobre e inocente garota. Eu deveria tirar pontos da Sonserina por sua petulância! Isso tem o dedo da Lestrange!

- Contenha-se Neville. Continue Nigellus, quero ouvir o que tem a dizer.

- O senhor deve saber como parte de Riddle, está em Belly, não?

- Sim, sim. Potter me deixou ciente quanto a isso.

- Essa parte, dominou Belly por completo, e a forçou a fazer o que fez.

- Você confirma tudo o que a senhorita Nigellus disse Lestrange?

Apenas assenti com a cabeça enquanto meus olhos estavam fixos em Penélope.

O que Eldred faria ao descobrir? O que Teddy faria? E o irmão gêmeo de Penélope, Colin? E meus tios? Talvez me mandassem para Askaban e lá Riddle não poderia fazer mais mal a ninguém, não seria tão ruim.

- Longbottom, escreva a família das duas garotas e peça que venham à escola já.

- Sim senhor.

Longbottom ia saindo do ala-hospital. Aquilo que ele discretamente limpava de seus olhos eram lágrimas?

- Denise? Por favor, venha cá.

Denise ainda em transe levantou-se de uma cadeira ao lado de uma das camas e andou até o diretor.

- Peço lhe perdão, mas isso é necessário. Obliviate– os olhos de Denise saíram de foco e o diretor sussurrou ao seu ouvido – Você passou a noite toda em seus aposentos lendo um bom livro e nada de interessante veio a acontecer – sem dizer uma palavra Denise se retirou da ala-hospitalar – Desculpem fazer as duas verem isso, mas entendam é necessário.

- Vou ser expulsa? – perguntei com a voz abafada, tinha profunda esperança que Kingsley interpretasse aquela pergunta como: o que vai acontecer comigo?

- Deveria, mas devido às circunstâncias não posso expulsá-la, uma vez que lá fora você também corre perigo.

- Perigo? – questionou Alice.

- Os comensais sabem que uma parte de Voldemort esta viva. Estão procurando por ela – explicou Kingsley andando até mim – Estando aqui posso ficar de olho em você enquanto junto ao Potter e seus tios descobrimos uma maneira de nos livrar disso.

- Senhor, quando souberem que foi a Belly o ministério vai forçá-lo a expulsá-la!

- Não pretendo que o ministério saiba que foi AnnaBelly, muito menos Riddle. Creio que apenas a família precisara saber a verdade. Quanto ao resto, é segredo absoluto e em qualquer hipótese nenhum aluno residente na escola poderá saber. Vocês duas entenderam?

- Sim senhor. – respondemos em uníssono.

- Muito bem. Agora AnnaBelly quando sentir Riddle tentando controlá-la me procure imediatamente, entendido? – Assenti em resposta – Então as duas para seus dormitórios. Darei um jeito para que não noticiem a morte... Vai ser difícil, mas farei o possivel para ajudá-la.

O máximo que consegui fazer foi assentir em agradecimento.

Já era inacreditável que Harry Potter estivesse ajudando-me. Agora Kingsley Shacklebolt, ex-auror e ministro da magia também resolvera me ajudar? E o ódio platônico que sentiam, ou deveriam sentir por mim, onde estava? Quanta reviravolta tinha acontecido.


“Você não é uma horcrux AnnaBelly. Para se tronar uma horcrux, a alma deve estar fragmentada, minha alma apenas se uniria a sua, se sua alma se fragmentasse minha Lady. Uma alma só se fragmenta matando.Você mataria alguém? Um simples e poderoso feitiço. Pode tirar uma vida e criar outra. Você sabe o feitiço, você sabe o que tem de fazer, faça minha Lady”

– E o que ela fez?

- Nada. Pode parecer estranho, mas eu acho que ela entendeu que não era eu e no fundo sabia realmente o que estava acontecendo.

- Ela sempre foi assim, era como se previsse as coisas, nada a surpreendia.

- Eu sinto muito Eldred, de verdade sinto mesmo – Eldred fitava o colo com as mãos juntas e nada dizia, estava visivelmente imersos em pensamentos, a dor da perda também era visível em suas atitudes – Consegue me perdoar?

- Não foi sua culpa Belly.

- Não foi isso que perguntei Eldred.

Ele levantou á cabeça e se desculpou com o olhar.

- Tudo bem, eu entendo – finalizei me levantando da cama em frente a sua – Se precisar de qualquer coisa, mesmo que seja alguém para descontar sua frustração me procure – ele forçou um sorriso em resposta. O fato de ele estar ao menos falando comigo já era genuíno, se eu mesma não tinha me perdoado não podia o culpar por não me perdoar, afinal eu matei o amor de sua vida. Ou a garota da qual gostava.

- Falou com ele? – indagou Cory assim que coloquei os pés no salão comunal – O que ele disse? O que ele fez?

- Não faz nada Cory, o que ele poderia fazer? Lançar um crucio na Belly? – ironizou Ric.

- Você esta bem?

- Sim, estou ótima.

- Quer falar comigo? Falar sobre o que aconteceu?

- Na verdade não.

- Belly, não me ignore. Estou aqui para ajudar.

- Não estou ignorando. Eu só... – dei de ombros – Não quero falar sobre isso com você.

- Eu sinto muito por tudo isso que você está passando... Só queria que houvesse alguma maneira de te ajudar.

- Não se preocupe comigo Alice.

- Pronta?

- Não – falei num suspiro – Mas preciso falar com Teddy...

- Você não deveria sair do castelo Belly.

- Você acha que algum comensal se atreveria a aparecer nos terrenos de Hogwarts em plena luz do dia?

- Não, mas... Aí Belly, você não devia fazer isso.

- Eu preciso Alice.

- Certo. Se perguntarem por você direi que está dormindo, ou coisa do tipo.

- Obrigada Alice, você é um anjo.

- E nós o que somos?

- Vocês também são um anjo Cory, obrigada por tudo.

Quase invisivelmente passei pelos alunos que voltavam do jantar para os dormitórios e com cuidado me esgueirei até a saída do castelo.

Do que adianta me manterem no castelo se o que é mais perigoso para mim vem de dentro, não de fora? Quantos comensais a solta ainda deve existir? Não sei, apenas sei que um a menos agora que Rowle foi demitido e levado a julgamento no ministério. Embora seja segredo absoluto o motivo do julgamento, toda a escola sabe o porquê, se já me odiavam antes, agora que sabem que carrego a marca negra comigo, odeiam mais. E se soubessem que foi minha culpa o que aconteceu com Penélope? Embora meus amigos tentassem me consolar dizendo que não, não era minha culpa, eu sabia que era. Afinal, quem iria fazer até um sacrifício para trazer o Lorde de volta?

Pisei num nó do tronco da grande árvore a minha frente e subitamente era parou de se agitar. Esse era o único modo de passar pela passagem secreta pouco conhecida que existia logo abaixo do Salgueiro Lutador, uma árvore enfeitiçada que vivia próxima ao lago da escola.

Tive de me encolher um pouco para passar pelo apertado túnel que dava acesso a uma abandonada e velha casa que tinha fama de ser assombrada. A casa dos gritos. Nunca fora assombrada de verdade, mas o pai de Teddy costumava se transformar em lobisomem dentro da casa, os gritos da dor da transformação e os uivos do lobo em que virava, era ouvido ao longe fazendo com que todos pensassem que a casa realmente era assombrada.

Teddy me confessara todos seus segredos. Ele dizia que sempre que queria ficar sozinho subia a torre de astronomia, mas quando isso não era possivel e ele precisava de mais tempo para si mesmo vinha direto para casa dos gritos. Depois da cerimônia de Penélope ele não voltara para o castelo embora todos, inclusive Colin e Leonard voltaram.

A casa estava extremamente escura. Nunca havia ido ali antes.

- Lummus.

A minha volta havia uma escadaria de madeira com vários degraus quebrados e muito desgastados davam acesso a um andar acima e outro abaixo. Para cima ou para baixo? Nenhum degrau deixou de ranger quando pisei sobre eles. Pela fresta de uma das portas vi luz saindo. Com certeza Teddy estava lá. Tinha de estar.

- Alohomora – com um estalo a porta se destrancou, lentamente a empurrei. O quarto estava claro, várias e incontáveis velas o clareavam por inteiro. Havia enorme cama no centro do quarto, o dossel em volta estava rasgado e quebrado na lateral. Um abajur quebrado estava jogado ao chão, assim como várias roupas e objetos por mim não conhecidos, mas nada de Teddy. Puxei a porta sem dificuldades para seu lugar e ao me virar pro corredor me deparei com uma varinha apontada direto para minha face. Não pude conter o susto.

- Você quer me matar do coração Belly?

- Eu? Você que quase me fez ter um ataque agora.

- Como me achou?

- Abaixe a varinha. Em que outro lugar você estaria?

- Ah é, desculpe. Bom... Desculpe não dar noticias... Quer dizer... Eu sumi, não?

- Dois dias Teddy. Você está bem?

- Não sei – ele deu de ombros, passando por mim e abrindo a porta do quarto – Sabe por que não fui pro castelo? – balancei a cabeça – Porque sempre que eu voltava para o dormitório, por mais tarde que fosse Penélope estava me esperando para ouvir como foi meu dia e contar como foi o dela e ficávamos até tarde rindo e conversando... Agora quando eu voltar para meu dormitório, não vai ter ninguém me esperando... Ninguém me ouvindo – finalizou ele entrando no quarto – Não vem?

- Teddy, eu sinto muito, muito mesmo...

- Eu sei. Sei também que devia estar sendo... Forte? Acho que é isso, forte para ajudar Colin por que pra ele é muito pior, mas eu consigo?

- Tudo bem em se sentir assim, afinal você perdeu quase que uma irmã.

Ele soltou um suspiro e se encostou ao lado de uma cômoda, também quebrada. Cautelosamente me aproximei dele.

- Tem algo que você precisa saber – eu me sentia tão desconfortável com isso tudo, talvez depois dessa frase Teddy me odiasse, ou na melhor das hipóteses não voltaria a falar comigo – Teddy... Bom... – soltei um pesado suspiro, eu tinha que falar – Teddy, não foi por acaso que Penélope morreu foi...

- Riddle? Eu já sabia.

- Sabia? – perguntei estupefata olhando-o nos olhos pela primeira vez – E porque esta falando comigo?

- Kingsley falou com a família de Colin, e ele falou comigo – deu de ombros – Me perdoe?

- O que? Por quê?

- Eu devia estar sendo forte para te ajudar a superar isso tudo, mas olhe só pra mim, se escondendo de tudo e de todos. Pareço um testrálio assustado.

- Teddy eu que deveria estar de pedindo desculpas! É minha culpa tudo isso estar acontecendo e...

- Sua culpa Riddle está te usando? Não Belly, não se culpe pelo que aconteceu – ele disse abrindo os braços – Tem coisas na vida que acontecem sem que possamos controlar, sem que tenhamos escolhido. Apenas temos que aceitar que aconteceram.

Aninhei-me em meio aos seus braços sentindo seu apertado e reconfortante abraço me envolver.

- Senti sua falta... Eu me sinto tão perdida, tão confusa.

- Vou ajudá-la a se achar Belly, sempre vou estar ao seu lado, ok? – falou dando um beijo em minha cabeça – nunca vou deixá-la sozinha.

- Nos meus planos era pra eu estar te consolando.

- Mas você está, não há consolo maior do que ficar ao seu lado Belly.

- Teddy, estou com tanto medo – admiti num sussurro.

- Medo de que?

- Do que vai acontecer daqui pra frente... Nada mais vai ser igual.

- Porque esta falando isso amor? Pelo que aconteceu com a Penny?

- Tem haver... Teddy, não foi por acaso que Riddle resolveu matá-la.

- O que quer dizer? – Perguntou ele afrouxando o abraço de modo para que pudesse ver meu rosto.

- Matar fragmenta a alma. Minha alma estando fragmentada a dele se juntou a minha.

- Harry não destruiu a parte da alma que estava no diário quanto à câmera secreta foi aberta?

- Uma alma nunca é destruída, nem quando morremos. Ela apenas parte para outra dimensão. Quando Harry destruiu o diário fez com que a alma de Tom partisse, indo para o lugar onde devia ir, mas... Algo muito poderoso fez com que a alma de Tom ficasse presa nesse mundo de forma com que ela se juntou a minha agora. Sou uma horcrux Teddy.

Por alguns segundos, o que me pareceu tempo de mais, Teddy ficou em silêncio apenas me fitando com seu par de olhos claros e envolventes. Eu o entendia, era muita coisa para digerir de uma vez.

- Horcrux? – perguntou ele com a voz abafada.

Apenas assenti em resposta.

- Belly, eu nem sei... Nem sei o que dizer.

- Não precisa dizer nada, você apenas precisava saber.

- Belly – Teddy colocava uma mecha de cabelo atrás de minha orelha e corria com os dedos pelo me rosto – Não vou deixar nada te acontecer. Eu juro que eu mesmo vou acabar com Riddle, ele vai se arrepender de um dia ter pensado que poderia brincar dessa forma com você.

- Teddy, isso é muito maior do que parece, não é fácil assim.

- Não ligo para o quão complexo seja Belly, eu só não posso te perder também, já perdi todos que amo, não posso deixar Riddle tirar você de mim também. Eu não vou deixar.

- Por favor, não vamos falar de Riddle agora.

- Como quiser – respondeu ele com um sorriso, aproximando seu lindo e escultural rosto do meu. Com leveza seus lábios pressionaram os meus e logo senti todo meu sangue se agitar ao sentir o contato de nossas peles. Era inevitável, eu poderia beijar Teddy mil vezes, e mil vezes meu coração iria disparar, o ar iria faltar em meus pulmões e por incrível que pareça todos os meus problemas e preocupações desapareciam e de nada importava no momento em que estávamos juntos.

Passei meus braços por sua nuca o puxando se possivel mais para mim, eu não queria me separar dele, queria ficar ao seu lado para sempre. Suas mãos desceram por minha cintura e o beijo antes suave e amoroso, foi ficando mais intenso e desesperado. Meus dedos se agarraram aos seus cabelos, hoje roxos e macios, enquanto minha outra mão se apoiava em seu tórax, eu podia sentir seus batimentos, acelerados e descompassados, assim como estavam os meus.

Por impulso e vontade própria minhas pernas foram caminhando para trás e meus braços puxavam Teddy junto a mim sem que nos separássemos um só centímetro do outro. Eu sentia nossas salivas se embaralharem se tornando uma só e por mais que o fôlego faltasse não nos separávamos.

Caí de costas da enorme cama com dossel quebrado e Teddy gentilmente deitou seu corpo sobre o meu. Separamo-nos por alguns minutos e a centímetros ficamos contemplando o sorriso e o olhar um do outro. Seu sorriso era sereno, puro e magnífico. Seu olhar era envolvente, apaixonado e embriagante. Ambos arfávamos. O que estamos fazendo? Eu não tinha idéia, apenas queria continuar. Naquele momento eu já me esquecera do porque estava tão temerosa, afinal eu estava com Teddy, apenas isso e importava, o resto era resto, nada mais.

Nossos olhares ligados estabeleciam uma comunicação silenciosa envolvida com nossos segredos e desejos. Meus braços voltaram a se enroscar em seu pescoço, ele apoiava as mãos de ambos meus lados enquanto esta sobre mim. Uma imagem vale mais do que mil palavras, mas um olhar apaixonado vale mais do que mil poemas de amor. Em algum momento em meio a isso tudo eu assenti a um olhar questionador de Teddy, para ele isso foi o suficiente para voltar a me beijar e colocar as mãos em minha cintura me levando com facilidade mais para cima na cama.

Seus lábios tocavam meu rosto e meu pescoço, suas mãos exploravam cada parte de meu corpo que lhe era permitida. Eu o desejava, ele me desejava. Despedimo-nos de nossa vergonha e inocência, logo nos despedimos de nossas vestes que caiam leves no chão de madeira ao lado.

Uma vez ouvira dizer que o maior ato de amor é se entregar ao seu companheiro, mas esse ato deve ser realizado apenas quando você tiver certeza de que encontrou seu verdadeiro companheiro, sua alma gêmea, pois isso era a maior prova de amor que se podia dar, isso fazia com que se unissem em carne e alma. Um elo se estabelecia entre os dois e os mantinham ligados pela vida inteira, ele seria só seu e você só dele. Em corpo, carne e alma.

E agora Teddy e eu estávamos nos unindo da maior e mais divina forma o possivel. Nesse momento só me era conhecidos sentimentos como amor, paixão, desejo, vontade, união. Nesse momento não éramos dois e sim um só. Eu me entregara de todas as formas a ele, eu era sua, e sempre seria apenas sua. Teddy gentilmente explorou o resto de pureza que havia em mim levando consigo minha virgindade, e a noite se passou enquanto ficamos um se embriagando com o amor do outro. Enquanto estivéssemos juntos, nada mais importava.





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Notas finais do capítulo

E então queridos leitores?