My Darkness escrita por Lúcia Hill


Capítulo 15
Chapter - First Night of Love — Part 1


Notas iniciais do capítulo

O Amor tem suas forças primitivas e avassaladoras, basta apenas se entregar de corpo de alma e não pensa nas conseqüências.
(Agradecendo desde já minha cara e Maravilhosa Leitora, PrinncyBlack, pois me deu uma imensa força nesse capitulo e na continuação, Pois até pensei em desistir dessa Fanfic.)



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Ventava forte e os galhos da velha árvore arranhavam a janela. Damon permanecia sentado na cama, com os olhos fixos na parede.

Droga! Essa garota me pegou. — pensou rápido.

Eloise se mexia feito louco sobre a cama, fazia tempos que não tinha um pesadelo, murmurava e gemia, tentando acordar. Podia-se ver correndo em uma floresta escura, usava um longo vestido da era Vitoriana, mas não conseguia avistar quem estava seguindo-a.

Um trovão rasgou o céu, fazendo os objetos de seu quarto tremerem com o estrondo.

— Merda. — murmurou. Os olhos estavam arregalados.

Suando e tremendo, levantou-se rapidamente e abriu a porta. Estava assustada e foi andando pelo corredor escuro. Sentiu sua pele se arrepiar conforme andava para um local, qual ela mesma não sabia onde era. Sentia a sua garganta secar com o recente pesadelo. Não sabia bem o que significava, mas estava com medo.

Desceu lentamente a escada. Ela não sabia o porquê, mas sabia que precisava sair. Respirar um pouco, talvez.

Descia os degraus de forma calculada. Respirava com certa dificuldade.

— Aonde vai à uma hora dessas? — a voz de Damon assustou-a

Eloise arfou, colocando a mão no peito, observando-o com os olhos arregalados.

— O que diabos você pensa que está fazendo? — gritou raivosa.

— Não me responda com outra pergunta, doçura. Para onde estava indo? Vai dizer-me que iria atrás daquele seu amiguinho?! — perguntou autoritário.

Sentia-se completamente apaixonada por Damon, mesmo não querendo admitir para si mesma.

— E-Eu só acordei assustada... — como se odiava por ter gaguejado.

— Aconteceu alguma coisa? — arqueou a sobrancelha.

Ele saberia se acaso a garota estivesse em apuros, mas, naquele momento, ele não teve tanta certeza. Temia que alguma coisa acontecesse.

Ela subiu um degrau, ficando quase na mesma altura que ele. Olhou em seus olhos

— Porque tem sempre que ficar controlando a minha vida, hein, Damon? —perguntou, observando-o curiosa.

— Eu não controlo a sua vida, Eloise. — disse, deixando-a sem jeito. — Nem você controla a sua vida. — subiu a escada, seguindo para o seu quarto.

Precisava se controlar. O sangue pulsando no pescoço daquela garota estava lhe deixando fora de si.

Eloise ficou na escada, com cara de tacho. Seus olhos ficaram vermelhos, a fúria que sentia explodia por dentro. Olhou na direção em que Damon estava andando e seguiu-o a passos rápidos e duros.

— Quem você pensa que é? — perguntou-lhe, o ódio emanava de seu corpo.

— Alguém qual você não gostaria de conhecer o lado mau. — disse ele, fitando-lhe.

Ela se preparou para lhe dar uma bofetada no rosto, porém, sem sucesso. Ele segurou-lhe a mão, prendendo-a contra a parede. Eloise ficou assustada. Damon tinha usado certa força para realizar tal ato.

Sua respiração batia naquele pequeno e pálido rosto, que continha uma expressão de pânico. Jamais poderia imaginar que se encontraria em uma situação assim, mas, como sempre, o destino estava contra ela, àqueles olhos azuis penetrantes ainda a observavam de forma sinistra, seu corpo robusto prendia o de Lise contra a parede.

— Você está me... — antes que ela pudesse terminar a frase, ele lhe calou com um beijo.

Foi um beijo desesperador, era o que ambos precisavam. As mãos dele agarravam a fina cintura de Lise, ela entrelaçou os seus dedos no cabelo dele, trazendo-o para mais perto. Sentia-se sedenta por aquele beijo, como se fosse o último. Porém, Damon parou, afastando-a lentamente.

Ele não podia machucá-la, não poderia sugar o seu sangue até a morte.

—- Damon. — ela sussurrou. —, me desculpe... — disse cabisbaixa.

Damon tocou o seu rosto e se afastou um pouco mais, para observá-la.

— Pelo que? — perguntou.

— E-Eu não deveria ter tentado te bater, desculpe-me. — gesticulou afoita.

— Não se preocupe, Eloise. — respondeu sereno.

— Desculpe, não vai mais acontecer. — voltou-se para seu quarto.

Damon pensou por instante. Não poderia deixá-la ali, sozinha, sentindo-se culpada.

Droga! Você nunca foi disso, Damon! — se auto-repreendeu.

— Eloise. — segurou a mão da garota, antes que ela pudesse entrar no quarto. Ela o olhou. — Quer dar uma volta? — perguntou. – Ainda parece bem... — engoliu seco. —... chocada com o seu pesadelo. — disse e Eloise ponderou.

Ainda estava pensativa com o que tinha sonhado, mas estava mesmo era com medo do que poderia acontecer caso ela aceitasse. Não que tivesse medo de Damon, até porque, ele já demonstrou por diversas vezes, que não a iria fazer mal, mas sim, do que aconteceria entre ambos.

— Acho melhor não, Damon, talvez seja melhor ir. — disse apreensiva.

Damon sorriu debochado.

— Não se preocupe, doçura. Eu não mordo. — disse, rindo de sua ironia.

— Boa noite, Damon. — se soltou dele, abrindo a porta de seu quarto.

— Então, eu acho melhor ficar aqui com você, até que seu sono chegue. — disse.

Lise o encarou sem jeito. Como assim, ficaria no quarto dela? Logo ele!

Porém, voltou-se para ele, intrigada.

— Não dorme nunca? — arqueou a sobrancelha.

— Claro que durmo. — ele abriu mais a porta do quarto dela, entrando, sem a permissão da mesma.

Eloise fechou a porta, ficando de frente a ele, era um grande risco e Damon estava ciente.

— Invadir o quarto dos outros não está certo! — grunhiu.

— Isso não vem ao caso. — disse e, com certa agilidade, se aproximou para tocar-lhe a face. — Só não quero ficar com peso na consciência se alguma coisa te acontecer. — concluiu.

— Como assim, do que está falando? — perguntou assustada.

— Esqueça, doçura! — disse, roçando de leve seus lábios nos dela.

Ela não recuou e, muito menos, lutou contra, permaneceu imóvel, tentando achar um real motivo para não se entregar. Talvez seja pelo fato de que nunca esteve sozinha, em um quarto escuro, com um homem. Ela ainda era pura, nunca tivera uma relação mais afundo com um homem.

— O que foi, Eloise? — perguntou, encarando-a.

Nunca fez isso antes? — a voz de Damon adentrou em sua mente, deixando-a confusa.

— Como... — estava pasma, assim como das outras vezes.

— O que foi? — ele repetiu a pergunta.

— Damon, eu... — ele concluiu sozinho.

Damon tinha anos de experiência, e podia notar que ela nunca tivera um homem em sua vida. Ela ainda era virgem.

Ele mostrou um rápido sorriso, então seria o primeiro na vida dela. Isso lhe dava certo gosto. Ele pegou na mão da jovem, olhando em seus olhos.

— Nunca fez isso antes? — ele perguntou, e ela apenas acenou com a cabeça, a face em chamas. Aproximou-se, tocando em seu rosto, sussurrando em seu ouvido. — Não se preocupe. Não vou te machucar.

Eloise sentiu certa segurança com aquelas palavras e o olhou, sentindo seu estômago se embrulhar. Seu coração batia freneticamente. Nunca tinha sentido isso antes, era algo mágico e forte.

A chuva castigava a janela ao lado de fora, fazendo com que o barulho do trovão estourasse no céu.

Damon segurou-a pela cintura, trazendo-a para perto. Seus corpos estavam colados, fazendo com que ela se sentisse mole.

Ele sorriu.

Nunca teve dificuldade com as mulheres, elas se derretiam com o efeito de suas mãos e se entregavam por completo.

Ela concluiu que não seria a primeira na vida dele, já que parecia saber perfeitamente o que fazer e quais palavras dizer. Mas não podia negar que desejava-o de forma louca.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!