A Balada da Donzela e do Anão escrita por bocross
Lá está ela, a donzela
Tão sozinha, tão na dela
Sem graça ou rosto belo
Sem encanto de tão magrela
Com seus olhos caramelo
Fita de dentro da cela
O nascer do sol amarelo
Uma pobre Cinderela
E ele chega, lá de fora,
- Anão, salve-me agora!,
Grita ela, sem demora
Ela fria, e ele chora
Olhos dele, cor-de-amora
A encaram naquela hora
Um momento, e ele cora
E eis que o anão vai embora
Mais tarde, céu rosa
Sol já indo se deitar
Ela recita em prosa
Feliz, pra se confortar
Põe-se bem esperançosa
Para ele reencontrar
Despetala uma rosa
Bem-me-quer a entoar
E ele aparece, fugaz
Noite já se levantando
E ela sorri, vivaz:
- Estive te esperando!
Ele responde, sem mais:
- Andei de ti lembrando!
Na cela, a solidão jaz
Duas mãos se entrelaçando
E caía a madrugada
Os dois dividindo canção
Descendo felizes a estrada
Jamais se separarão
Coreografia ritmada
Ao som do meu violão
E assim, fim d'A Balada
da Donzela e do Anão
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