Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 7
Stranger In A Stranger Land


Notas iniciais do capítulo

Ei, povo, tudo bem! Esse capítulo esta pronto faz alguns dias (me desculpem, me desculpem...) mas eu queria achar uma música boa, o que só foi feito hoje!!
Na verdade, eu escolhi essa música porque queria uma música com pouca letra - por isso, vocês vão perceber que não tem muito a ver, quando lerem a tradução -, uma música com mais instrumental, e um pouco misteriosa ao mesmo tempo. Mas pelo menos, o título tem a ver com o capítulo.
Bem, sem mais lenga-lenga, espero que gostem. E leiam as notas finais, tenho um pedido pra fazer.
;**



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Inimigo meu,
Sou apenas um estranho numa terra estranha.
Ficando sem tempo,
Melhor ir embora.

– Stranger In A Strange Land, 30 Seconds To Mars

PDV Perseu Jackson


– Campistas!! Atenção!! – gritou Quíron, tentando obter o silêncio na fogueira. Não adiantou, todos corriam e gritavam, parecia um hospício. Até Dionísio resolveu tentar:

– Prestem atenção, pirralhos, o professor de vocês quer falar!! – gritou. Não adiantou.

– CALA A BOCA TODO MUNDO, PORRA!!! – berrei.

Todos ficaram quietos e imediatamente olharam para mim, inclusive Quíron.

– Sentem-se AGORA! Quíron quer falar! – gritei. – E não me mande ter modos, Quíron, você viu que funcionou.

Enquanto todos finalmente se sentavam, Quíron bateu o casco no chão duas vezes.

– Campistas!! Antes de começarmos a nossa cantoria, eu queria informar que o chalé de Apolo está oficialmente banido de toda e qualquer atividade pelas próximas duas semanas, devido ao incidente com as flechas. E se eu vir alguma,vocês vão se ver com as harpias.

– Quíron! – nos viramos para olhar. Clarisse levantou e deu um passo à frente. – Falando pelo meu chalé, nós gostaríamos de uma revanche no caça à bandeira. – os irmãos dela brandiram as espadas em consentimento.

– Clarisse... – Quíron suspirou.

– Ontem foi injusto, Quíron. Percy estava jogando!! – ela olhou para mim com ódio. Tentei não sorrir. – Nós queremos jogar de novo, mesmo time, só que sem ele.

– Finalmente admitiu que não é parea para mim, Clarisse!! – zombei.

– Eu te mato num piscar de olhos, mas isso é proibido. Para que lutar com você se não vai haver um final feliz? – sorriu.

As chamas vermelhas arderam mais forte. Ela já tinha os campistas ganhos.

– Clarisse, hoje é dia da fogueira!! – disse Quíron.

– E daí?? Transforme em dia da caça à bandeira.

– É! – concordou alguém. – Qual é o problema??

– Não vejo nenhum! – respondeu outra pessoa.

– Seria legal jogar de novo! – continuou.

O burburinho começou, todos falavam ao mesmo tempo, as vozes se misturavam, e a fogueira brilhou roxa, com três metros de altura, num misto de alegria e ansiedade.

– Silêncio! – ordenou Quíron, e todos se calaram. Acho que não queriam me ouvir gritar de novo. Depois de alguns segundos olhou para mim, e depois para a multidão.

– Senhor Perseu não vai jogar. – revirei os olhos com o ‘’senhor’’. – Quinze minutos. Aprontem-se. Agora!


* * * * *


O jogo tinha começado a uns dois minutos, e eu estava sentado perto do meu chalé, observando tudo do alto. O time azul estava vencendo, mas uma armadilha feita pelo chalé de Hefesto fez com que Connor perdesse a bandeira, e um filho de Apollo a levou de volta para o posto.

Eu estava pensando se devia ou não sair dali, mas eu vi um movimento nas florestas, e não era do jogo.

Deve ser só um monstro, Percy, pensei.

Alguns segundos depois, eu ouvi risadinhas, e vi algumas árvores se moverem. Aquilo não era um monstro. Desci com cuidado, firmando o pé para não escorregar. Eu podia me teletransportar, mas isso liberaria enegria, e eu não queria ser notado.

Quando cheguei no chão, me desliguei do barulho de espadas tinindo, e campistas gritando, e me foquei completamente nos ruídos da floresta. Tudo estava tão silencioso que eu achei que o que quer que fosse... Tinha ido embora. Mas senti um baque de energia tao forte, e me convenci de que aquilo ainda estava ali.

Meu plano era ir devagar, mas eu não consegui. A energia era tão forte que me atraiu, e quando percebi eu estava correndo. Era vermelha e violenta, eu podia sentir o gosto metálico em minha boca. Mas ao mesmo tempo era... Atraente. Eu queria chegar mais perto, ver o que era, queria descobrir mais. E isso não era bom.

Se controle, Perseu. Se controle. Cuidado., pensei comigo mesmo. Comecei a ouvir murmúrios, quase inaudíveis sob o barulho da luta. Cheguei mais perto e me escondi lentamente atrás de um arbusto. Conseguia ouvir as vozes claramente agora.

– ... sido melhor. – falou uma voz feminina. Não era doce ou sutil, era sarcástica e maldosa. Uma sensação ruim se apossou do meu peito, e meus músculos reclamaram, embora eu nao estivesse agachado à tanto tempo. – Mas não vou exigir muito de você. Sei que sua pequena cabecinha não aguentaria.

A outra pessoa grunhiu: - Cale a boca. – essa era uma voz masculina e fria, que mandou calafrios pela minha espinha. Meus músculos ainda doíam, e eu queria poder bater em alguma coisa, me mover, para a dor passar. – Você sabe que foi ótimo.

Eu queria poder ver os dois, queria poder olhar em seus rostos e saber quem eram, mas minha mente gritou ‘’Não’’. Algo me dizia que era melhor eu me manter afastado.

– Claro... Se por ótimo você quer dizer um desastre total. – riu a mulher. O homem grunhiu e deve ter feito algum movimento brusco contra ela, porque depois ela disse:

– Cara... Você precisa controlar essa raiva sua.

Ele bufou: - Não fale idiotices. Você realmente achou um desastre total?

– Não. Eu achei maravilhoso. – ouvi o barulho de um tapa. – Claro que eu achei um desastre. Eu não minto, irmãozinho, não está no meu departamento.

– Você precisa controlar a sua raiva. Eu não sou estável, você sabe. Se você ficar me batendo...

Ela bufou: - Tanto faz. Você devia ter matado ele!! Era essa a idéia!!

Ouvi algo parecido com um suspiro. Meus joelhos protestaram.

– Ele é muito forte. – reclamou o homem. – Não fisicamente... Mas sua mente... Eu não consigo ter todo o controle.

– Isso vai ser um problema. Mas pensemos nisso depois. Nós temos outra oportunidade hoje.

– Caça à bandeira. Filhos de Ares, tão fáceis de compelir. – disse o homem. A mulher riu. – Quem vai ser?

– Eu não sei... Não gosto muito daqueles filhos de Apollo. Merecem tomar uma lição.

– A filha de Zeus. – sugeriu o homem. Meu corpo congelou, e meu coração bateu mais rápido.

– Ela?? – respondeu. Pela primeira vez sua voz demonstrou um fiapo de medo. – Eu não sei...

– Queremos irritá-los, não? Porque não começar com o maior? Está com medo?? – zombou.

– Como se isso fosse possível. A filha de Zeus será. Vamos logo, o jogo está quase acabando.

Juntos, os dois desapareceram dali mais rápido que a luz, e tudo o que eu vi foi um brilho vermelho. Eu não entendia o que tinha acabado de ouvir, mas sabia que aqueles dois, de alguma maneira, planejavam fazer algo com Thalia. E eu precisava chegar antes deles.

Abri meus ouvidos novamente para o jogo, e segui o barulho. Corri mais rápido do que nunca, quando de repente as árvores acabaram, e eu estava no meio da luta. Dois campistas passaram lutando por mim, e enquanto seu adversário caía no chão, um deles gritou:

– Você não devia estar aqui!! – provavelmente filho de Ares. Ignorei.

Esquadrinhei meu campo de visão atrás de Thalia, sem sucesso. Fiquei preocupado. Eu precisava achá-la. Vi um borrão passar correndo do meu lado, com a bandeira azul na mão. Thalia.

Antes que eu pudesse gritar e mandá-la parar, ela já estava à metros de distância, e teria ganho o jogo, se Travis Stoll não tivesse rolado do meio do nada e investido contra ela. Camuflado no chão. Droga.

Ela caiu e deixou a bandeira cair, mas não o deixou chegar perto. Eles começaram a lutar, e por um breve instante, eu pensei ter visto o mesmo brilho vermelho da floresta passar ao redor de Travis.

Coincidência ou não, a luta ficou mais difícil para o lado de Thalia. Travis investiu mais forte, e mais vezes. Um golpe de espada pegou raspando no rosto dela, e deixou um corte. Eu fiquei com medo, mas não podia interferir. Eu nem sabia se tinha mesmo acontecido alguma coisa.

Ela desviou de um golpe no último segundo, rolando para o lado, a bandeira já esquecida. Ele deu um chute certeiro que pegou na barriga dela. Eu não posso interferir, pensei. Ela caiu de cara no chão, mas não desistiu. Deu uma rasteira que fez Travis tropeçar, mas não cair. Ele atacou, e conseguiu acertar o braço dela. Ela vacilou. Eu só tive certeza de que devia interromper quando percebi a mesma energia vermelha e atraente emanando do corpo dele.

– Thalia!! – gritei, mas era tarde demais. Travis já tinha atacado, e eu vi o buraco em sua barriga quando ele retirou a espada. O sangue começou a pingar, e eu corri em sua direção.

Travis se virou para mim, e com o impacto da corida, eu dei um empurrão nele que o levou até o chão. Cai em cima dele e dei dois socos fortes, socos de deus, para me certificar de que ele não ia acordar.

Olhei para Thalia. Ela gemia de dor e a cada segundo ia ficando mais pálida. Olhei para a ferida e percebi porquê: O sangue se misturava ao verde do veneno. Xinguei.

– Tudo bem. Vai ficar tudo bem. – falei. Ela balbuciou alguma coisa antes de fechar os olhos.



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?? Espero reviews!!E eu queria pedir uma coisa... Me mandem músicas, por favor!! Hoje foi um pouco difícil, mas não impossível... Mas seria bom ter músicas de sobra para momentos assim!Espero que mandem mesmo, gostaria muito da opinião de vocês!
Beijos,
Lii..



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