Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 25
Maria Lorenzo


Notas iniciais do capítulo

Mais um!!!
To sentindo falta de reviews!
So vou postar de novo quando vcs começarem a comentar de novo...=(



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Eu estava conversando com os meus amigos normalmente no salão principal, alias, hoje foi um dia normal, até que eu ouvi o piado de uma coruja distante. Levantei o olhar e me deparei com uma coruja marrom vindo em minha direção carregando um embrulho e chamando a atenção de muitos. Peguei o embrulho e percebi que havia uma carta, a coruja que trouxe o embrulho com a carta não esperou resposta e foi embora. Abri a carta curiosa:

Querida Samantha,

      Meu nome é Maria Lorenzo, sei que não me conhece, mas fui amiga da sua mãe, Lilian, durante os anos que passamos em Hogwarts. Sei que já deve estar confusa, não se preocupe eu vou explicar tudo. Antes de sua mãe morrer ela me pediu que eu explicasse algumas coisas a você quando chegasse a hora, pois bem, a hora chegou e eu tenho muito o que falar em nome dela, mas prefiro conversar com você pessoalmente. Por isso, encontre-me hoje, às oito da noite no cemitério onde sua mãe foi enterrada, em Godric’s Hollow, mas peço discrição, não quero que saibam da minha existência, pelo menos por enquanto, por esse mesmo motivo quero que não conte a ninguém sobre esse assunto, nem mesmo a Dumbledore. Sei que deve esta desconfiada com tudo isso, mas deve confiar em mim assim como sua mãe confiou.

P.S. Junto com a carta, enviei um álbum de Lilian, espero que goste.

                                                   Maria L.

            Naturalmente, a primeira coisa que pensei era que tudo aquilo não passava de uma armadilha. Eu não ligo para a morte, mas não me jogo na frente dela e digo “Hey, eu estou bem aqui na sua frente, me mate antes que Dumbledore chegue!”, não sou tão doida assim. Mas agora eu estava confusa, meu bom senso dizia que ir até lá é suicídio, mas a parte da alma de minha mãe que eu carrego me dizia para confiar em Lorenzi e ir até Godric’s Hollow.

            Abri o embrulho e encontrei o álbum que, por sua capa preta e desbotada, parecia ter sido guardado durante anos, sua capa era coberta por desenhos em espirais que pareciam rodear as letras “L” e ”E”, quando o abri, tentei não me assustar ao ver a foto de Lilian: eu parecia muito com ela quando estava sob o efeito colateral da poção do Conselho, não era a toa que Snape quase teve um treco quando me viu com aquela aparência, fiquei até com medo dele se apaixonar por mim (Eca!).

            Foi olhando para aquela foto que eu decidi ir à Godric’s Hollow, se não for uma armadilha, Lorenzo tem coisas serias para conversar comigo. Vi Crissy subir na mesa e roubar uma batata frita de Rony que reclamou, o que me fez sair de meus devaneios, olhei no relógio, faltavam apenas dez minutos para às oito, eu tinha que correr. Fitei Aleny que me analisava por detrás das mesas dos professores, eu não podia dar explicações a ela, por mais que depois eu receba um raio na minha cabeça. Peguei o álbum, a carta e a Crissy e sai do salão principal sem dizer uma palavra.

            Logo que entrei no dormitório escutei um trovão soar com a indignação de Aleny, olhei pela janela, ela cuidou para que eu não saísse dali, pelo menos não seca: o vento ameaçava arrancar todas as folhas das árvores e os raios me desafiavam a sair do castelo sem ser torrada.

— Como você é insistente Aleny — murmurei para mim mesma.

            Não ligando para a tempestade, troquei o uniforme por uma calça jeans, uma blusa branca e peguei minha capa que ia até os tornozelos, para ver se eu consigo atravessar os terrenos da escola sem me afogar. Senti Crissy passeando pelas minhas pernas.

— Sinto muito Crissy, mas você não pode ir — me desculpei pegando ela no colo e logo fiz  uma careta — Acho que teremos que voltar no Salão Principal, eu vou te deixar aos cuidados de Lysa, reze para que eu saia de lá viva.

      Guardei o álbum e a carta e escrevi um bilhete para Lysa e coloquei em sua cama. Segui para o Salão Principal, espiei discretamente dentro do salão e vi uma Aleny conversando com Dumbledore e olhando ao redor freneticamente.

— Mudanças de planos Crissy. Eu não posso entrar lá, por isso você vai ter que ir sozinha ta bem? — sussurrei. Estou ficando louca, falando com uma gata.

            Discretamente empurrei Crissy para dentro, tomando o máximo de cuidado possível, mas pude sentir um par de olhos me observando. Levantei a cabeça e meus olhos encontraram um par de olhos negros, Snape me analisava cuidadosamente, como se tentasse descobrir o que eu planejava, bom... Saber legilimência sempre tem um ponto positivo.

            Sai dali o mais rápido que pude, rezando para que Snape ficasse de boca fechada, o que era extremamente raro. Abri os portões da escola e logo fui atacada pela forte rajada de vento, levantei o capuz tentando fazer com que pelo menos o meu rosto se salvasse da violenta chuva. Quando eu já estava longe bem longe dos portões, ouvi gritos, pessoas me chamando. Virei instantaneamente em direção aos gritos e tive que me esforças para enxergar através da chuva e pude ver todos os meus amigos, pensando melhor, estavam praticamente todos os alunos de Hogwarts, Minerva, Dumbledore, Snape e Aleny, todos estavam achando estranho o fato de eu estar no meio de uma tempestade, já Aleny estava irada.

— EU JÁ DISSE QUE VOCÊ NÃO PODE SAIR SEM PERMISSÃO! ONDE PENSA QUE VAI? — gritou Aleny quase passando da porta, o vento já atingia muitos.

— DESCULPA ALENY! MAS NÃO POSSO DIZER — gritei em resposta.

— SAMANTHA LILIAN EVANS VOLTE AQUI AGORA! — ordenou Aleny furiosa.

            Fingir que não ouvi a ordem e segui meu caminho, ou pelo menos tentei, ouvi um barulho muito parecido com um chicote, eu conheço esse barulho... Virei-me rapidamente e encontrei uma pessoa me encarando, não a reconheci, o que eu estou dizendo, como eu ia reconhecer uma pessoa que esta encapuzada, como eu sou burra. Olhei para todos que estavam no portão, agora paralisados olhavam para a estranha com indiscreta curiosidade.

— Quem é você? — perguntei abaixando o meu capuz não ligando para a tempestade.

            A estranha abaixou o capuz e revelou uma mulher com trinta e poucos anos, com os cabelos castanhos e ondulados que ia até o meio de suas costas, e que eram realçados por sua pele clara, seus olhos cor de mel me analisavam profundamente, senti uma ardência nos meus olhos e soube que agora estavam azuis. A mulher esboçou um largo sorriso, como se aquilo lhe trouxesse boas lembranças.

— Você deve ser a Samantha, eu sou Maria Lorenzo — apresentou-se estendendo a mão. Eu apertei sua mão espantada.

— Então você é a sra. Lorenzo. É um prazer conhece-la pessoalmente.

— Por favor, me chame apenas de Maria.

— AINDA NÃO ESTÁ NA HORA LORENZO! — alertou Aleny.

— JÁ ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DE CONTAR A VERDADE A ELA COLLINS! VOCÊ FOI ESTUPIDA EM ADIAR ESSE MOMENTO! — gritou Maria de volta.

— Que momento? — questionei confusa.

— Venha Samantha. Precisamos conversar. — avisou Maria mostrando seu braço para que eu segurasse.

— NÃO VÁ COM ELA SAMANTHA! NÃO ACREDITE NELA! — ordenou Aleny de novo.

— Creio que você não gosta de muitos segredos, apesar de ter muitos. — reagiu Maria.

— Não, não gosto — respondi aceitando seu braço. Senti aquela sensação desagradável familiar.

            Quando senti os pés tocarem o chão novamente e me vi na frente de algo muito parecido com uma floresta ou um jardine norma cheio de árvores, olhei ao redor, estávamos em cidade pequena e não muito habitada, a chuva tinha diminuído, mais o vento continuava forte, o que significa que Aleny ainda estava com raiva, mais também estava preocupada.

— Onde estamos? — perguntei o que me pareceu obvio.

— Leia isso — ela me entregou um pedaço de pergaminho. O abri curiosa como sempre:

      Eye of the Moon Park, 113, Godric’s Hollow

            Sem mais tempo para nada, o pergaminho foi rapidamente consumido pelas chamas, eu sabia o que aquilo significava.

— Feitiço Fidelis — murmurei para mim mesma.

— Isso mesmo — concordou Maria — Olhe.

            Só agora eu reparei no que estava acontecendo, as árvores do que parecia ser uma floresta, estavam se afastando e aos poucos revelavam uma linda casa branca de dois andares, tinha detalhes antigos e ao redor havia um enorme jardim, era como se toda aquela antiga floresta cobrisse a casa.

— Essa é minha casa. Vamos entrar, não pode ficar aqui fora nessa chuva — decidiu Maria já abrindo a porta de sua casa.

            A casa era confortável, tinha um ar delicado e gentil, era bem iluminada e tinha vários quadros espalhados pela casa, me aproximei de uma mesinha perto do sofá e observei uma foto de duas garotas rindo, uma devia ser a própria Maria, a outra era ruiva.

Maman. (Mamãe)

Exactament (Exatamente) — concordou Maria se aproximando, ela trouxe a foto para mais perto — Tínhamos dezesseis anos quando essa foto foi tirada, foi no dia do meu aniversário — ela suspirou e colocou a foto de volta e pegou a foto que estava encima do armário, a foto mostrava três garotas festejando e se abraçando — Essa aqui foi tirada no ultima dia de aula no sétimo ano, Lilian e Sally não queriam ir embora, até que Minerva as ameaçou de serem reprovadas, é claro que tudo era mentira.

— Tia Sally estudava com vocês? — perguntei sem entender.

— Ah sim, éramos melhores amigas, nos conhecemos no meio do primeiro ano enquanto fazíamos um projeto criado por Dumbledore. O Torneio das Casas

— Nunca ouvi falar nesse projeto...

— Ele raramente acontece. Dumbledore precisa escolher os melhores alunos de cada casa para participarem de um torneio, é muito parecido com o Torneio Tribruxo, mais nesse os participantes são escolhidos pelos próprios professores através das notas de cada um durantes os anos que estudou em Hogwarts. São escolhidos vários desafios, muitos são simples como o Desafio da Poção, nesse os participantes da mesma casa se juntam e devem encontrar um antidoto de um veneno, seria fácil se não fosse pelo fato de que terão varias pessoas envenenadas e que dependem de você.

— Nossa, que pressão! Se esse é simples, como devem ser os outros... — observei.

— Bom — continuou Maria — Os outros são mais complicados, como o Desafio da Floresta, onde eles te colocam no meio da Floresta Proibida e você deve dá o seu jeito para sair dali viva e ainda devem encontrar um pergaminho o que contem o básico para se manter vivo no próximo desafio.

— É por que ele raramente acontece? — questionei sentando no sofá. Maria sentou ao meu lado.

— Nem sempre os alunos são capazes de participar desses desafios, não vale a pena ter tanto trabalho se os alunos não são capacitados e os que são capacitados mentalmente estão quase em extinção — reclamou Maria me fazendo rir.

— Você era nerd que nem minha mamãe — brinquei.

— Que nem você!

— Hey!

            Rimos da situação, a verdade é que nós duas somos nerd’s, mais ninguém queria realmente admitir.

— Você se parece tanto com sua mãe... Evans, Evans...

— Não ia muito com a cara de James, não é?

— Não... Não importa o que Lilian falasse, para mim Potter nunca deixou de ser um galinha de marca maior. Ameaçava e até zombava de vários alunos, principalmente de Severo...

— Conhece Severo Snape? — essa conversa estava dando resultados.

— Sim, conheço, eu era um dos poucos amigos dele, lembro-me do maldito dia em que ele chamou Lilian de... — ela hesitou — de sangue-ruim, depois disso eu raramente falava com ele, muito menos Lilian, os dois nunca mais se falaram depois disso. O que foi uma pena... Eram quase namorados.

— Sério?

— Sério! Mas ai o Potter apareceu e bagunçou tudo, eu torcia por eles, Snape não era o garoto mais bonito do mundo, mas por dentro era uma boa pessoa, Lilian enxergava isso e depois que ela morreu, a única saída que ele viu foi se transformar em uma Comensal da Morte espião — lamentou Maria.

            Eu hesitei, eu tinha uma pergunta em mente, ela era a melhor amiga da mamãe, devia pelo menos ter um palpite...

— Maria... Você sabe que é o meu pai?

            O rosto dela se tornou sombrio, seu olhar ficou inquieto.

— Eu não sei... Esse era o maior segredo de Lilian, e um segredo que ela provavelmente levou para o tumulo. O único que sabia desse segredo era James, eu tentei ao máximo saber quem era, mas meus esforços foram em vão, mas eu percebi a reação de James, de inicio ele parecia estar sempre com raiva e raramente mencionava o seu nome e não cuidava muito de você, mas depois ele pareceu enxergar a razão e te aceitou como uma filha — revelou ela.— Espere um  pouco, eu já volto, vou preparar um lanche para a gente — ela se levantou e rumou para o que parecia ser a cozinha, eu decidi da uma olhada nas fotos.

            Havia muitas delas, muitas delas mostravam as três amigas em Hogwarts, passeios, no natal, em festas, entregando presentes uma as outras, com troféus e fotos simples do dia a dia, dei uma olhada no espelho de um armário, eu ainda estava ruiva e ficaria assim até o fim do dia pelo menos.

“— SAMANTHA LILIAN EVANS ONDE VOCÊ ESTÁ? — gritou Harry em minha mente, quase deixei cair um quadro.

— PORRA HARRY! VAI MATAR OUTRO DO CORAÇÃO! O QUE VOCÊ É? UMA COPIA CUSPIDA DO SNAPE? — zombei, isso iria deixa-lo fulo da vida.

— Eu não acredito que você disse isso! Volte para Hogwarts agora mesmo Evans!

— Não mesmo Potter! Estou ocupada, me deixe em paz! — rosnei desligando a conexão de mentes.”

Conversando com o seu irmão? — pronunciou-se Maria.

— Só resolvendo alguns problemas...

— Eu gostaria que ele estivesse aqui. O que tenho para falar é sobre vocês dois, mas eu já raptei você, sequestrar seu irmão, seria pedir demais...

— É tão importante o que tem para falar tia? — ela riu suavemente ao ser chamada de tia, mais tornou-se séria na mesma rapidez.

— É sim, é muito importante, sente-se — eu sentei novamente, ela me acompanhou e me serviu de suco e biscoitos de chocolate. — Quero revelar um antigo segredo de dois dos fundadores de Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

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