Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 13
COMO ASSIM!?


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente! Aqui vai mais um capitulo...
Um agradecimento especial para Lena que eu sei que tem acompanhado essa fic, muito obrigada garota!

ATENÇÂO: Aqui é a primeira aparição de Aira Stwert, é pequena por enquanto, mas a parti de agora também fará parte da minha fic e eu tenho autorização da criadora da persongem e agradeço a ela: obrigada Hamandha!

ESPERO QUE GOSTEM!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/133311/chapter/13

SAMANTHA P.D.V ON

Eu estava hospedada no Conselho há quase duas semanas, Harry estava comigo (depois do acidente na Ala Hospitalar ele fez um escândalo e eu pedi a Aleny para traze-lo aqui e assim que ele me viu quase desmaiou de alivio e nem sei porque) mais mesmo assim eu estou louca para voltar para Hogwarts. A poção “reveladora” ficou pronta hoje! Pode uma coisa dessas? Depois de duas semanas ela ficou pronta hoje! Que lerdeza, meu Merlin! Eu estou deitada na minha cama tentando ao máximo ler o livro do Conselho, sem muito sucesso como sempre.

— Samantha.

— Meu Merlin, Aleny! Dê um sinal de vida antes de entrar em algum lugar — repreendi Aleny que estava com a mão na maçaneta.

— Sinto muito — desculpou-se ela.

            Eu a olhei melhor e reparei que sua expressão era séria, não havia sinal de divertimento ou ironia em seu rosto, algo a preocupava e muito.

— O que houve? — perguntei fechando o livro e me levantando.

— Temos um problema sério — respondeu Aleny sem mudar sua expressão — Coloque uma veste formal e me acompanhe — ordenou ela indicando o armário.

            Havia um pequeno probleminha em relação ao Conselho: quando acontece qualquer coisa, por menor que seja, que tenha alguma ligação com o Conselho, deve-se usar “vestes formais” (leia-se vestidos longos e no meu caso, geralmente pretos), nada contra vestidos, mas é meio estranho você, do nada, estar de vestido, e isso as vezes me irrita bastante. Abri o armário e, como o esperado, encontrei longos vestidos e longas capas, optei por usar somente um vestido azul escuro, deixei meus cabelos presos em um rabo de cavalo e segui para a sala de reuniões que ficava em algum lugar desse palácio. Mas para a minha sorte e para o meu total alivio, Aleny me esperava do lado de fora.

            Em silêncio seguimos até a sala, quando a encontramos Harry e as Conselheiras já nos esperavam sentados em uma mesa redonda. O lugar parecia ter sido tirado de um palácio grego, era incrivelmente lindo.

— Deixo-nos sozinhos — ordenou Aleny fria.

— Por que mandou as Conselheiras embora? — perguntou Harry sem entender.

— Elas não são as Conselheiras, são apenas Sacerdotisas normais — respondeu Aleny.

— O que aconteceu com as Conselheiras? — questionei.

— Duas morreram na última missão, e duas passaram para o outro lado.

— E o que aconteceu com a última?

— Celiny está em uma missão. É confidencial — apressou-se em dizer já que ela percebeu que eu ia perguntar que missão era essa.

— Certo, então? Qual é o problema? — perguntei mudando de assunto.

— Verificamos se realmente você era uma Potter, fizemos vários testes, por isso a demora — respondeu ela sem hesitar — Não posso negar que vocês são irmãos.

— E qual é o problema nisso tudo? Não já foi provado que eu sou uma Potter? — questionei o óbvio.

— É ai que está o problema: todos os testes deram negativo.

— O QUÊ? — gritamos eu e Harry.

— Como assim eu não sou uma Potter? Depois de tudo o que eu e o Harry passamos, depois de todo o trabalho que tiveram em descobrir quem são meus pais, depois de toda aquela confusão, VOCÊ VEM E ME DIZ QUE EU NÃO SOU UMA POTTER? — exclamei furiosa.

              Como eu posso acreditar nisso? Depois de tudo o que ela me fez passar, do que os Três Senhores fizeram comigo e com Harry! Ela tem a coragem de falar isso? É o mesmo que segurar uma placa dizendo: Mate-me! Eu não me importo!

— Sam, fica calma — pediu Harry tocando em meu braço.

— De primeiro pensamos que havia um erro e decidimos fazer mais testes, nenhum chegava a cem por cento de certeza, na verdade nenhum passava de setenta por cento — revelou Aleny.

— Por Merlin, diga que encontrou algo — suplicou Harry com um brilho furioso no olhar.

— Descobrimos que o que impedia o 100% era o próprio James, você não tem nenhuma compatibilidade de sangue com o Potter, mas quando fizemos os testes somente com Lilian...o resultado foi positivo — entregou Aleny preocupada.

            Eu arregalei os olhos, ela não pode estar falando sério, pode? Isso é... impossível e inacreditável! Olhei para Harry, pela sua expressão, ele entendeu muito bem o que ela disse.

— Isso é impossível! Sou mais nova do que Harry, não posso ser filha de outro homem que não seja James Potter! — retruquei sem acreditar.

— Exatamente — concordou Harry — Ela era Lilian Evans, a mulher carinhosa e gentil que tinha respeito pelo marido que amava!

            Até eu me assustei com essas palavras, Harry não era o tipo de garoto que dizia isso, mesmo que seja da própria mãe.

— Você não a conheceu — retrucou Aleny — Se bem que tudo isso é verdade.

            Revirei os olhos, ela é ótima em negar as coisas.

— Vai me dizer que ele sabia disso tudo? — perguntou Harry se levantando.

            Aleny continuou em silêncio, sem encarar ninguém.

— ELE SABIA? — foi a minha vez de levantar — Esta me dizendo que James Potter sabia que eu não era filha dele?

— Lilian contou a James logo que descobriu que estava gravida — respondeu ela indiferente.

            Eu respirei fundo e mentalizei: Não pule no pescoço dela! Não pule no pescoço dela! Aleny fala isso tudo como se fosse normal! Agora alguém me diz: é normal ser filha de Lilian Evans e não ser filha de James Potter? NÃO, não é normal, pelo menos não quando se é mais nova do que Harry!

— Antes que eu pule em seu pescoço... — comecei e logo me apressei ao ver que ela ia interromper — Vamos voltar a questão principal: se não é o James, então quem é o meu pai?

Ela ficou em silêncio novamente. Eu odeio quando ela faz isso.

— Olha Aleny, você não está me ajudando — sibilei tentando manter o controle — Diga-me algo, por favor.

— Não quero dizer nada sem ter certeza absoluta de quem é seu pai — respondeu ela.

— Por quê? Vai nos matar com esse mistério se não falar pelo menos um nome — retrucou Harry impaciente.

            Eu já ia ajuda-lo quando lembrei algo que martelava em minha cabeça.

— Por que estou bem? — aparentemente nenhum dos dois entendeu minha pergunta.

— Os três Senhores me deram uma poção que faz com que eu mesma pague pelas mudanças que ocorrem nesse mundo não foi? Então por que eu ainda estou bem? — esclareci. Aleny franziu o cenho, pensando.

— Muitas vezes essa mudança gera um efeito atrasado ou mesmo adiantado, mais no caso, provavelmente vai sentir algo muito ruim mais tarde.

— Bom saber — reclamei sarcástica.

            Ah que inferno! Ainda estou aqui só para esperar respostas claras e diretas e mesmo assim deixei um espaço enorme para ela mudar de assunto.

— Mais mudando de assunto, eu quero... — começou ela, sendo interrompida por mim.

— Mas Aleny eu...

— Sem “mas” Samantha, não há mais nada para ser dito em relação ao seu pai — cortou Aleny materializando, a sua frente, um caldeirão cheio com uma poção desconhecida.

— Ahn... O quê é isso? — perguntei fitando o liquido verde-musgo dentro do caldeirão.

— Seja o que for, não parece ter um gosto bom e muito menos saudável — concordou Harry olhando temeroso para a poção.

— Que pena — ironizou Aleny — O azar não é meu, porque são vocês que iram beber.

— Nem pensar — decidimos.

— Vocês não têm escolha, essa poção igualará vocês, criará uma conexão entre suas mentes, seus instintos e o modo que vocês pensam serão praticamente os mesmos. Você é membro do Conselho Samantha, é sua obrigação tomar essa poção, sem ela nunca serão aceitos como irmãos — explicou Aleny voltando a sua expressão séria.

— Não temos escolha? — questionou Harry.

— Não. Mas antes de vocês tomarem, eu preciso de somente um pouco de sangue de cada um e mistura-los nessa poção, ai sim, poderão toma-la — Aleny pegou uma adaga com o cabo prateado e depois fez pequenos cortes em um de nossos dedos e depositou algumas gotas na poção que se tornou azul-vivo. Aleny serviu a poção em duas taças e nos entregou.

            Bebi temerosa e imediatamente sentir todo o meu corpo arder, olhei para Harry que estava apoiado na mesa e seus olhos estavam meio desfocados.

— Tudo bem Harry?

— Tudo ok. — garantiu ele.

 — O efeito desta poção é instantâneo, a conexão de mentes já deve ter sido criada. Vamos, experimentem — incentivou ela vendo que não nos mexíamos.

“— Ótimo! E como iremos fazer isso, por discagem rápida?”

“— Ótimo! E como iremos fazer isso, por discagem rápida?”

       Uow! Ou eu estou ficando louca ou eu ouvi uma voz a mais na minha cabeça? O que esta acontecendo...? Olhei para Harry e imediatamente compreendi.

— Brilhante — surpreendeu-se Harry.

— Nem todos os seus pensamentos serão compartilhados, mas como guarda-los só para si? Isso terão que descobrir sozinhos — acrescentou Aleny nos analisando.

— Brilhante — exclamei sem pensar — Ah não! Estou começando a falar que nem você — reclamei para Harry.

— Isso não é tão ruim — devolveu ele rindo.

— Devo avisa-la que essa poção pode ter efeitos colaterais — Aleny dirigiu-se a mim.

— Que tipos de efeitos colaterais? — perguntei a olhando espantada.

— Ainda não sabemos, só nos resta esperar — decidiu ela — O Harry poderá voltar para Hogwarts ainda hoje e você poderá voltar somente daqui a alguns dias. Só assim poderemos o que vai acontecer.

            Ah que inferno! Vou ficar louca neste lugar, isso é um tédio! Não aguento mais ficar longe de Hogwarts, sem falar que já devo ter milhões de tarefas para fazer... Certo, agora estou falando que nem a Hermione, que se dane! Eu só quero voltar para Hogwarts! Lancei um olhar suplicante a Aleny que riu suavemente.

— Nem adianta olhar para mim desse jeito Samantha, é para o seu próprio bem.

— E por que tem tanta certeza que nada vai acontecer comigo? — desconfiou Harry.

— Esse tipo de coisa só acontece com a pessoa que faz o teste, você só foi uma ajuda complementar para o resultado do teste fosse correto — explicou Aleny como se fosse o obvio — E mais uma coisa — ela me fitou — Todos acham que você está morta.

            Eu a olhei como se dissesse: O QUÊ? SUA MALUCA! E VOCÊ NÃO FEZ NADA PARA DESMENTIR ISSO? AS MENINAS IRÃO ME MATAR QUANDO EU VOLTAR!

— Harry, quando você voltar pelo que não conte nada do aconteceu nessa sala e nem desminta que Samantha está morta. É só por segurança e ela vai voltar logo, então não se preocupe em mentir para seus amigos por muito tempo.

“— Quero só ver. Isso ainda vai da problema — previu Harry mentalmente”

“— Você acha? — concordei irônica”.

            Discutir com Aleny não iria mudar nada nisso tudo, mais estou realmente estressada. Em menos de duas horas descobri que não sou filha de James Potter, em seguida tomei um poção que possivelmente tem efeitos colaterais e pode acontecer sabe-se lá o quê e por último mais não menos importante: percebi que Aleny não queria me contar quem era o meu pai, sim por que eu tenho consciência de que ela sabe quem é o meu pai e não quer me contar! Sem contar que todos pensam que estou morta e provavelmente é assim que estarei quando voltar e que o Conselho está se despedaçando aos poucos! Será que dá para piorar? Eu aprendi uma coisa durante esse pouco tempo que fiquei no Mundo Bruxo: Nada está tão ruim que não pode piorar.

ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰

       Eu já acordei sentindo saudade de Harry, ele havia ido para Hogwarts ontem à noite pela rede de flú. Nosso vinculo de irmãos só estava se tornando mais forte por causa da poção e por isso eu já estava com saudade. Mas eu devia me acostumar, pois sei que passarei por situações piores do que uma simples viagem e alguns dias afastados, eu devo estar preparada para esses tipos de situações. Pensarei nisso mais tarde, ainda era sete da manhã e ouvi alguém bater na porta.

— Pode entrar — falei e vi uma Aleny sorridente entrando no quarto carregando uma bandeja com o meu café da manhã.

— Bom dia — cumprimentou ela.

— Bom dia — a cumprimentei de volta. Pela primeira vez ela me olhou e assustada deixou a bandeja cair no chão imediatamente causando o barulho tremendo. Eu a olhei sem entender.

— O que foi Aleny? Parece até que viu um fantasma — falei fitando seus olhos arregalados em minha direção.

— Bom... quase isso... — respondeu ela com a voz estranhamente fraca. Ela me indicou o espelho, fui até lá temerosa.

            Do que será que ela está falando? Quase um fantasma? Como eu digo a muito tempo ela deve estar enlouquecendo de vez, existi fantasmas mais não havia nenhum em todo aquele palácio. Mas a reação dela foi bem estranha, a algo acontecendo com...? Fiquei na frente do espelho sem prestar muito atenção, mais isso mudou rapidamente.

— Que diabos...? — AI MEU MERLIN! Essa não sou eu? Meus cabelos? Meus olhos? São totalmente diferentes! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? POR QUE ESTOU DESSE JEITO? SÓ POSSO ESTAR SONHANDO! Só restava uma coisa a se fazer: gritar.

— AHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ₰ۑ

       P.D.V. NARRADOR

            Harry chegou à praticamente uma semana e não abriu a boca para falar qualquer coisa que seja da Samantha, nem mesmo para confirmar ou desmentir o boato de que ela estava morta. Os amigos da garota estavam mais do que preocupados, já estavam a ponto de irem falar com Dumbledore sobre o assunto, sem obter nenhuma resposta. Outra pessoa que não estava nada feliz com essa falta de informação era um certo Mestre de Poções, ele sabia que não devia se preocupar com a garota, mais queria algo impossível, já que criou uma ligação muito forte com a menina, e ele se odiava por isso.

            Já passava das duas da tarde, e todos estavam em aula... Todos em exceção de três garotas que decidiram ficar andando pelos corredores da escola.

— Você acha que ela esta viva? — perguntou Jenni triste.

— Eu não sei. Mas eu quero que ela esteja — respondeu Lysa confiante.

— Garotas, Sam é nossa melhor amiga, temos que ter esperança — incentivou Hermione parando na frente das duas.

— Você tem razão Mione, não podemos perder a esperança — concordou Lysa.

— Só espero que Sam não fique longe por muito tempo — alertou Jenni.

            As três amigas continuaram andando pelos corredores sem rumo, até serem interrompidas por uma voz familiar.

— Olá nerd’s — cumprimentou a garota.

            As três se viraram imediatamente para a garota, mais se decepcionaram ao ver uma desconhecida.

— Quem é você? — perguntou Jenni meio rude.

            As três fitaram a garota estranhamente familiar e ao mesmo tempo completamente desconhecida. A garota tinha os cabelos um pouco ondulado e ruivos que caiam até o meio de suas costas, era dona de olhos tão azuis como o céu limpo, usava o uniforme da Grifinória e esboçava um sorriso radiante.

— Nossa! Não reconhecem a melhor amiga? Que decepção! — acusou a desconhecida com uma falsa raiva — Eu realmente pensei que depois de todo esse tempo vocês iriam me reconhecer, mas agora sei que vocês nunca passaram de nerd’s malucas que me infeccionaram com suas mentes bipolares! Eu devia ter deixado vocês duas — ela apontou para Lysa e Jenni — em Jersey City e ter trazido Carly, essa sim é uma pessoa de confiança.

            As três amigas se entreolharam assustadas e em seguida voltaram a encarar a garota que ainda sorria.

— Samantha? — perguntaram as três em uníssono.

— Não, sou Morgana, não estão vendo? — ironizou ela rindo.

— Samantha — exclamaram as três pulando encima da garota.

— Que bom que você voltou! — comemorou Hermione — Oh minha nossa, você está tão parecida com sua mãe!

— É mesmo, a partir de agora eu só vou te chamar de Lílian.

SAMANTHA P.D.V.

            As meninas ficaram super felizes quando voltei, duas semanas são muita coisa, principalmente quando você volta com a aparência idêntica a sua mãe, por isso não pude culpa-las ao não me reconhecerem. Contei a elas toda a história, que adotei somente o sobrenome Evans por não ser filha de James e por não saber quem é meu pai.

— Sabe Lílian, se eu fosse você, eu mesma iria investigar isso tudo — revelou Jenni.

— Bem que eu queria, mas Aleny me proibiu.

— Lembrei de uma coisa simples agora... — revelou Lysa pensativa.

— O que foi? — perguntei curiosa.

— VOCÊ PASSOU QUASE DUAS SEMANAS FORA E NÃO TEVE A CORAGEM DE DIZER QUE ESTAVA VIVA! QUE TIPO DE AMIGA VOCÊ É? — gritou ela e de repente percebi que seu olhar se tornou mortal. Olhei para as outras e vi uma expressão assassina em suas faces.

            Acho que dessa vez eu não escapo, definitivamente estou ferrada. As garotas começaram a correr atrás de mim feito loucas (normal), e eu não vi outra saída a não ser fugir e gritar.

— SOCORRO! NERDS LOUCAS ME ATACANDO! SOCORRO!

— NERDS UMA VÍRGULA EVANS! AGORA NOS CONSIDERE ASSASSINAS! — ameaçou Lysa furiosa.

— VOLTE AQUI EVANS! — ordenou Jenni.

— POR QUÊ?

— QUERO ACABAR COM VOCÊ COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS!

— AGORA QUE EU VOU MESMO... — ironizei enquanto corria tentando escapar da morte. Sou uma louca e não uma suicida.

            Quando me dei conta, todos os alunos e professores que minutos atrás estavam em aula agora nos olhavam curiosos, eles cochichavam entre si lançando teorias de quem era a garota ruiva com a cara de Lilian Evans e que fugia de três assassinas.

— EU TE MATO EVANS! — ameaçou Hermione.

— Ai meu Merlin... — murmurei ofegante — É hoje que elas... — sem prestar atenção por onde andava acabei trombando com uma garota da Sonserina.

— Ah, mil desculpas, por favor — desculpei-me e tentando ajudar a garota.

— Olha por onde anda ga... — começou ela, mas parou subitamente ao me ver.

             Agora que eu realmente prestei atenção na menina, ela me parecia estranhamente familiar, lembrava-me muito uma personagem de uma fic, aquelas histórias que são criadas por fãs que são suas próprias versões de seus filmes e livros favoritos, ou qualquer outras coisas que eles gostem e de queiram escrever. Pois bem, essa garota tem as características muitos parecidas com a da Aira, uma personagem de uma fic que eu adorava ler antes de vim para cá. [ N/A: A fic é muito boa gente, eu recomendo http://fanfiction.com.br/historia/114409/Aira_Snape ].

— Perdão, mas seu nome é Aira Stwert? — perguntei. Não custava nada tentar.

— Como sabe o meu nome? — questionou ela surpresa.

Eu arregalei os olhos, só pode ser brincadeira!

— Você é Aira Stwert? Tem certeza? — verifiquei mais uma vez.

— Claro que tenho, é o meu nome! — ralhou Aira impaciente.

— EVANS! — gritou as três quando finalmente me acharam. Merda!

— Seu nome é Samantha Evans? — perguntou Aira empalidecendo.

— Muito prazer — cumprimentei e em seguida sai correndo, sem me importar em saber como Aira sabia meu mais novo nome, se eu não contei a ninguém em exceção de Hermione, Lysa e Jenni.

            Continuei a correr sem me importar com os olhares, cochichos e ameaças de morte que por acaso vinham das minhas melhores amigas. Alheia ao que estava à minha frente, esbarrei em alguém, dessa vez fiquei com raiva.

— Olha por onde anda Potter! Não percebeu que estou fugindo de três nerds com sede de sangue! — ralhei sem ligar para seu susto.

— M-Mãe? — gaguejou ele sem acreditar.

— Se eu fosse sua mãe você já teria apanhado garoto.

            Em segundos as meninas me cercaram e fui encurralada na parede mais próxima e quando sacaram a varinha abaixei a cabeça e logo pensei que seria mais uma vitima de uma maldição.

— Chega! — ordenou Dumbledore, as três abaixaram a varinha e eu respirei aliviada.

— O que está acontecendo aqui? — quis saber Minerva, e vendo que ninguém iria responder, continuou — Não importa! Menos 60 pontos para a Grifinória e um mês de detenção para cada uma! — decretou ela.

— O QUÊ? Isso não é justo, foi a Lílian que começou... — tentou Hermione sem sucesso.

— Eu que comecei? — interrompi — Foram vocês que começaram a correr atrás de mim feito loucas! — em seguida abaixei a cabeça impaciente.

— Foi por um bom motivo. — retrucou Lysa.

— Caladas — ordenou Snape e em seguida se dirigiu a mim — Explique-se senhorita...

— Evans — respondi levantando a cabeça e rezando: Não se apaixone por mim, não se apaixone por mim...

            Vi que todos deram um a passo a trás, todos menos Snape que ficou me olhando de cima baixo, aproximou-se e com o dedo indicador levantou o meu queixo para me analisar melhor.

— Terminou a analise Severo...? — o que deu em mim? Por que diabos o estou chamando de Severo?

— Só posso estar ficando louco! — repreendeu-se ele.

“— Ou está apenas pensando em seu único e verdadeiro amor, sonhando acordado por sentir tantas saudades desse amor... — provoquei mentalmente sabendo que ele ouviria.”

“— Você não tem medo de morrer não garota? — indignou-se Snape.”

— O que aconteceu com você srta. Potter? — perguntou ele.

— Na verdade Severo, sou uma Evans agora e não Potter.

— Como assim?

— Depois explico, primeiro será que eu posso pedir um favor? — pedir com os olhos suplicantes.

— Só se você parar de me chamar de Severo.

— Certo. Será que pode me salvar?

— Salvar?

— Sim, DELES — gritei e em seguida me escondendo atrás de Severo a tempo de fugir de Gina, Jon e Rony que agora a mesma expressão das nerds.

            Eles tentavam me pegar, mas eu sempre colocava Snape como escudo e agora ele tinha uma cara que dizia: Oh Merlin! Dai-me paciência e força para aguentar essa garota ou não me responsabilizo por meus atos.

— SEVERO! FAÇA ALGUMA COISA! — implorei não me importando em o chamar pelo primeiro nome e saindo correndo em direção aos jardins. Sai que nem uma desesperada e subi na árvore mais alta que havia ali e a todo momento falava para mim mesma: Não olhe pra baixo! Não olhe pra baixo! Não olhe pra baixo!

            Meus amigos me seguiram como cães esfomeados, e no caso eu era a comida. Lysa e Hermione brigavam consigo mesmas por não conseguirem subir na árvore, já Rony e Jon conseguiram e agora tentavam ao máximo me alcançar.

— Por que não avisou que estava viva Samantha? Sofremos com isso sabia? — acusou Jon furioso.

— Mas você não se importo não é? — rosnou Lysa.

— Nos deixou acreditar nessa mentira e sofrer por ela! — acusou Jenni.

            Lagrimas já molhavam meu rosto com tamanha injustiça, eles não sabiam de toda a verdade e já me acusavam injustamente.

— SEV! DISSE QUE IA ME AJUDAR! — gritei com a voz mais aguda que o normal.

— E VOCÊ DISSE QUE IA PARAR DE ME CHAMAR DE SEVERO! — gritou ele de volta.

— SEV, POR FAVOR! AJUDE-ME! Ajude-me... — terminei quase em um sussurro e sentindo mais lagrimas caindo em minha face.

            O rosto dele foi tomado de uma rara preocupação ao perceber que eu estava chorando (ele pareceu ser o único e isso era estranho), ele rapidamente passou pela multidão e por Dumbledore para se aproximar da árvore onde eu estava.

— PAREM AGORA OU TERÃO DETENÇÕES PARA O RESTO DA VIDA — ordenou ele e todos rapidamente se calaram. Ele me ajudou a descer.

— Obrigada professor.

            As acusações logo recomeçaram e com isso as lagrimas.

— CHEGA — gritou Aleny interrompendo a discussão — Não culpem a Samantha por tudo isso, EU dei a ordem de manter sigilo sobre tudo isso, ela queria contar tudo a vocês, mas eu a proibi de fazer isso para o bem dela.

            Todos se entreolharam calados, e o silêncio só foi quebrado quando Aleny decidiu continuar.

— Acho que devem desculpas a alguém — informou ela aos meus amigos, e vendo que nenhum deles abriria a boca, adiantei:

— Não precisa Aleny, nos duas sabemos que eles não dirão nada — respondi e em seguida sai dali as pressas sendo seguida por Snape e Aira.               


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM? COMENTEM POR FAVOR!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Nova História, Um Novo Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.