Capítulo 24: Epílogo – 19 anos depois...

Narrador

Um grupo de pessoas particularmente grande adentrava a estação de trem de King Cross. Algumas crianças corriam na frente dos adultos conversando entre si animadas, enquanto os maiorzinhos carregavam carrinhos com os malões onde havia gaiolas com corujas, gatos, ratos e sapos grulhando, atraindo os olhares dos transeuntes do local.

Um observador de fora os julgaria como peculiares. E de fatos eles o eram. Os garotos maiores e mais experientes fingiam se encostar-se à pilastra entre as plataformas 9 e 10 e então sumiam claro que as pessoas ‘normais’ não percebiam o ocorrido.

–Mamãe também quero ir para Hogwarts. –disse uma menininha de cabelos vermelhos grudada nos calcanhares da mãe e então um homem alto e de cabelos pretos, que usava óculos redondos e que possuía uma engraçada cicatriz de raio na testa se abaixou para pegar a garotinha no colo.

–No ano que vem Lily. –ele disse fazendo cócegas na barriga da filha.

–Harry a Lily vai ficar com soluço. –disse a mãe da garotinha.

–Só estou brincando com ela Gina.

–É claro que a gente vai Al. –disse um garotinho de cabelos cor de bronze e olhos castanhos chocolates.

–Mas e se a gente não for Thony? –perguntou o outro garoto, de cabelos pretos, olhos verdes e que usava óculos redondos iguais ao do pai.

–Relaxa a gente vai, nossos pais são da Grifinória.

–Mas isso não quer dizer nada, ele pode cair na sonserina também. –disse um garoto maior de cabelos bagunçados.

–Tiago dá um tempo. -disse a mãe dele cutucando o garoto para que ele atravessasse a barreira.

–Nessie e se a gente não for para a Grifinória? –perguntou o garotinho de óculos redondos para a irmã gêmea de Anthony, Reneesme.

–A gente vai sim né Rosa? –ela perguntou para a amiga, que ela considerava como irmã.

–É a gente vai. –e juntos eles atravessaram a barreira e se depararam com o Expresso de Hogwarts e milhares de bruxos andando aqui e ali, conversando e cumprimentando amigos e familiares. –Scorpius! –Rosa gritou para o garotinho loiro que estava ao lado dos pais.

–Ei... –ele foi correndo em direção aos amigos.

–Katie cuide de seus irmãos e primos, não deixe eles se meterem em encrencas eu vou estar de olho e... –uma mulher alta e loira dizia para seus filhos que estava na faixa dos 15 anos.

–Beleza mãe, relaxa tenho tudo sobre controle.

–Se você tem tudo sobre controle porque vive em detenção?

–Rose relaxa, nossos filhos sabem se cuidar. –disse um homem alto, com os cabelos começando a rarear e ficar grisalhos. –Eles aprenderam com o papai aqui.

–É isso o que me preocupa. –resmungou a mulher loira.

–Nada de detenções esse ano, por favor. –implorou uma mulher de cabelos negros e curtos e feições miúdas, ao seu lado estava um homem alto de cabelos loiros e meio cumpridos. –Você mês escutou Mary?

–Escutei mãe. –disse a menina olhando a sua volta.

–Você e seus primos só se metem e confusão... –e ela voltou a tagarelar.

–É claro que vocês vão para a Grifinória. –disse um homem alto e de cabelos ruivos para os garotinhos ansiosos a sua frente. –Gerações da nossa família são da Grifinória e se vocês não entrarem para a Grifinória deserdo vocês...

–Ronald! –disse uma mulher de cabelos castanhos.

–É só incentivo Mione, sem pressão galerinha.

–Não escutem o tio de vocês. –uma mulher de cabelos cumpridos cacheados e castanhos disse para seus dois filhos que estavam prestes a ingressar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sseu marido estava logo ao seu lado, era um homem alto, de cabelos cor de cobre desbotado devido aos fios brancos, ele tinha os olhos verdes e um sorriso torto nos lábios enquanto via sua mulher conversar com seus filhos. –Não importa se vocês não entrarem para a Grifinória, Hogwarts vai receber os melhores alunos que já viu. –ela beijou o topo da cabeça dos filhos. –Não se metam em encrencas por favor, os irmãos de vocês vivem me dando dor de cabeça quando estão na escola.

–Mãe o que eles vão pensar da gente? –perguntou uma moça alta de cabelos castanhos.

–Nossa mãe vive fazendo mau juízo da gente Lizzie. –disse um rapaz alto que estava abraçado a uma menina de cabelos cor de mel e rosto em formato de coração.

–Não é mal juízo não Charles. –disse a moça abraçada a ele. –É fato. –e todos riram.

–Sara você me surpreende às vezes...

O apito do trem soou avisando que já era hora dos velhos e novos alunos embarcarem no trem.

–Só não se metam em encrencas. –disse o homem alto de cabelos cor de cobre. –É em mim que a mãe de vocês desconta depois.

–Edward! –a mulher deu um tapa no ombro do marido e então sorriu para ele o mesmo sorriso que ela lhe dava desde que se conheceram. –Amamos vocês! –ela disse enquanto embarcava os filhos no trem.

Enquanto olhavam os filhos e sobrinhos acenando das janelas do trem todos ali sentiam uma sensação de perda, mas sabia que eles ficariam bem, desde que fossem sempre unidos, pois foi na união que seus pais e tios passaram por muitos obstáculos durante toda a vida.

“Mal feito, feito!”