Pov Miranda

Eu estava pensando em diferentes formas de mandar o recado para Elizabeth.

Pessoalmente seria realmente impossível.

Mensagem de Iris?

Talvez?

Carta?

Também é uma opção.

Todos vigiavam Nick, não por estarem com pena da morte da namorada dele, mas por ele poder atacar o irmão a qualquer minuto.

Dava para ver nos olhos, que Nico di Angelo era o que mais sofria com a perda dela.

Claro, todos nós sofríamos, eu perdi minha melhor amiga, e Percy Jackson perdeu uma irmã. Mas o Nico... é como se tivesse perdido a vida.

–O que eu faço? – perguntei para Demi.

Algumas garotas estavam juntas na varanda da casa do rancho, Annabeth, Thalia, Julieta, Clarisse, Katie, Demi e eu.

–Mande uma carta.

–Como posso mandar uma carta Clarisse? O que eu vou dizer? Cara Elizabeth, lamento te informar que Alice morreu.

–Ela tem razão. – concordou Thalia, ainda olhando para os enormes portões do rancho, que estavam revestidos de magia, para que ninguém possa nos encontrar aqui. Ela esperava por suas caçadoras.

Elas conseguiriam passar pela barreira mágica. Dava parar ver que Thalia sentia a falta delas.

Grover, ficou no acampamento, Percy tentou convencê-lo a vir aqui. Mas ele queria ficar com Júniper.

–Acho que mensagem de Iris é melhor. –disse Katie, filha de Deméter.

–Alguem tem um dracma sobrando? – perguntei.

–Não. Usei todos para mandar mensagens para semi-deuses amigos, precisamos de todos unidos agora. – disse Annabeth.

–Eu tenho. – disse Thalia me passando um saquinho.

–Obrigada Thalia... Uhn... Posso ficar sozinha? – perguntei insegura.

–Tudo bem, mande lembranças a Elizabeth se ela aparecer. – disse Annabeth se levantando da espreguiçadeira e indo para nosso improvisado campo de treinamento, sendo acompanhada por todas as outras garotas.

–Tem que dar certo...

Peguei o prisma que estava pendurado na porta da casa, ele estava lá por esse mesmo motivo.

Mensagem de Iris é muito melhor que telefone.

Esperei por 5 minutos, Elizabeth não aparecia na imagem.

Ao decorrer de 10 minutos, pensei ter visto uma luz. Mas ela logo sumiu.

Eu não desisto.

Continuei ali por mais meia hora.

Uma luz apareceu, não pude ver nada. Mas ela permaneceu ali.

–Porra Elizabeth. Meus créditos estão acabando! – a luz tremeluziu mais forte dessa vez.

–Eliz, eu sei que você esta ai. Você não me engana. Sei que esta me ouvindo agora. O Sr. D deve ter contado para todos os Olimpianos que Morgana invadiu o acampamento, queria avisar que estamos todos bem... Quer dizer a maioria está... E diga para os deuses, que eles são babacas orgulhosos. E que é uma burrada fechar o Olimpo. Sabe por que? Por que vocês não são importantes nessa droga de guerra. Sabe o que vocês são? Reforço! Essa guerra é nossa Elizabeth. Dos semi-deuses, Morgana não esta nem ai pros Deuses. – gritei, começando a me irritar, mesmo Elizabeth não respondendo. Eu sabia que ela estava ouvindo. – E desta vez, os deuses é que tem que nos ajudar. Ou eles também morrem! E eles vão querer que seus preciosos brinquedinhos semi-deuses morram. Nós somos mais que isso Elizabeth! Sem nós vocês deuses não são nada. Não sei como você pensa em relação a isso. Mas eu sei que estou certa.

Está na horta de contar pra ela.

–Mas não foi só por isso que mandei essa mensagem... Eliz... Como é que eu posso te dizer isso...? Eu preferia falar pessoalmente... Mas... Bom você sabe. Primeiro, você tem que saber, que a Alice nunca esqueceu de você. Eliz, você sempre vai ser a melhor amiga dela. Ela nos amava... E sempre vai amar... – eu estava enrolando muito, então fui direto ao ponto. – Eliz, a Alice morreu... – comecei a chorar. Doía de mais perde-la, limpei as lagrimas. – Elizabeth... Precisamos de você, você não é como os outros deuses, você ainda é você! A nossa Elizabeth. Estou imaginando, você não esta nem ai não é? Então vamos falar uma coisa que talvez te convença. Você fez um pacto. Uma pacto de alma. Esse pacto jamais será quebrado. Não adianta mais Elizabeth. Você é uma de nós. Você tem uma deusa! Você jurou seguir apenas a essa deusa! Você jurou servir a sua deusa até sua alma imortal perecer. Não se esqueça disso. Por que Alice não se esqueceu.

Antes de cancelar a mensagem de Iris, pude ouvir um soluço.

Pov Annabeth

Miranda apareceu 1 hora depois de termos a deixado na casa grande.

–Conseguiu?

–Acho que sim. Ela virá. Ela fez um pacto de servir a Nix. Esse pacto não pode ser quebrado. Elizabeth querendo ou não é uma sacerdotisa da noite.

–Você contou de Alice?

–Uhum. E ai daquela deusinha se não vier. Ela e os deuses irão pagar caro se não entrarem na guerra. E não vai ser pela mão dos semi-deuses que eles irão sofrer. Morgana tratará pessoalmente de dar uma lição neles.

–O que vamos fazer agora? – perguntou Demi. – sem a Alice como vamos saber do que esta por vir?

–Eu sei o que esta por vir. – disse Thalia vindo em nossa direção com uma espada. – é guerra. E com a Alice ou não, vamos continuar a treinar. Por isso, mandei que minhas caçadoras recrutarem o maior numero possível de seguiras antes de vir aqui. E também mandei que encontrasse semi-deuses junto com os satiros que consegui encontrar. Tenho certeza de uma coisa, o inimigo tem 500 deles para cada um de nós. Temos que estar prontos e bem preparados.

–Os filhos de Hefesto vão trabalhar nisso, já estávamos montando uma força na parte leste do rancho. – disse um filho de Hefesto.

Parece que nossa conversa se tornou uma reunião, por que tinha mais de 50 campistas... quer dizer semi-deuses ali.

–Isso mesmo, os filhos de Atena podem preparar alojamentos, arsenal, deposito e um lugar para reuniões? – perguntou Clarisse.

–Podemos fazer isso. – disse Annabeth sem se preocupar. – vou começar a planejar tudo hoje a noite. Quem refez o Olimpo sozinha pode montar um acampamento. –

–Percy, você pode cuidar de construir uma ponte no lago central? Temos que dar um jeito de passar por lá.

–Posso sim, tem muitas ninfas por ali, da pra pedir ajuda facilmente.

–E uhn... Faz uns anos que você limpou aquele estábulo Percy... Pode fazer aquilo de novo? Os pégasos estão mais limpinho ultimamente... Não vai dar tanto trabalho. – disse Annabeth.

–Você vai montar um acampamento e eu vou ter que limpar bosta de cavalo?

–O que mais podemos fazer? - perguntou Cornor.

–Os filhos de Hermes ficam encarregados dos matérias e da mobilha que vamos colocar nos alojamentos, coisa simples. Não estamos construindo o acampamento meio sangue no meio do rancho, só entalações que sirvam pra todos por um bom tempo.

Cornor sorriu sacana.

–Tente pagar um pouco também, e não roube tudo o que vir pela frente!

–Também precisamos de uma área de treinamento melhor. – disse Annabeth. – eu posso cuidar disso também. E é claro, um refeitório. Vou pedir para Quiron dar um jeito de fazer que nem no acampamento, para não chover. Nada de áreas de lazer! O que vamos fazer a partir de agora, é treinar. E só treinar. Nada de folga.

Sim. A guera começou.

Pov Annabeth

As coisas tinham começado a mudar.

Estava quase tudo pronto, as construções iam brotando pelas terras do rancho, coias simples mas fortes e uteis, conseguimos abrigar todos.

Percy já tinha acabado a ponte, e faltavam alguns chalés.

Construímos tudo muito rápido.

As caçadoras chegaram logo, tinha pelo menos 200 delas. E nós tínhamos 600 meio-sangue para se alojarem. Conseguimos muito mais.

Quiron reuniu 400 centauros, e Grover nos mandou uma mensagem dizendo que reuniu 340 satiros.

Estávamos aumentando cada vez mas de tamanho.

Por esse motivo, aumentamos mais ainda a propriedade do rancho Eurition não se importou, até gostou disso.

Brieta, estava cada vez mais inquieta. Nem com Peleu ela interagia.

Ela como todos nós, sentia falta de Alice.

Durante a noite, ela uivava, como se chamasse por Alice. Que nunca voltava...

Eu sentia falta do acampamento... Sabia que não voltaríamos para lá tão cedo.

Seria pedir pra morrer.

Imagino que num momento desses, Morgana deva estar comemorando em seu castelo, pois sua maior inimiga esta morta. Deve pensar que estamos amuados e vulneráveis, escondidos em qualquer lugar por ai. E que é só mover um pauzinho que ela nos encontra, leva os signos e extermina para sempre toda a raça de semi-deuses.

Mas isso não vai acontecer.

Somos semi-deuses. Lutar é o que fazemos de melhor.

Nunca vamos desistir, mesmo sem a nossa líder.

Alice queria assim. E é assim que vai ser.

Os dias iam ficando mais escuros, as vozes altas iam se perdendo em ecos vazios e o cintilar das espadas em treinamento.

As pegadinhas dos filhos de Hermes começaram a sumir. Claro, eles ainda não paparam.

Mas vai chegar a hora que todos nós vamos mudar.

Eles vão perceber que a pegadinhas não são úteis.

E que não estamos lidando com uma brincadeira, mas sim com o nosso único modo de sobrevivência.

Estávamos no final do verão.

Todos os semi-deuses e caçadoras (os outros que nos apóiam estavam em outros lugar, tambem treinando para a guerra) estavam no refeitório.

Fiz de tudo para fazer ele parecer com o do acampamento.

Só que nesse, as mesas eram misturadas.

Todos se sentavam a onde queriam. E não tem mais a mesa principal, com isso eu quis mostrar que aqui todos somos iguais, todos especiais. E que os deuses não vão mais nos domar.

Eu sentava sozinha em uma mesa com o Percy.

Queríamos ter um pouco de paz naquele dia.

Eu estava exausta. Trabalhei por horas.

Mas Percy conseguia me acalmar.

Tirando Alice, ele era o único que conseguia fazer isso comigo.

Miranda, brigava com a detestável Anelize, que por acaso (como eu esqueço) é minha irmã.

Ela é totalmente diferente de nós. É a única filha de Atena que se preocupa mais com garotos bonitos e a beleza do que com sabedoria. Odeia ler também detesta arquitetura e mapas.

Como ela pode ser filha de Atena?

Ela vivia nos infernizando desde que Alice morreu – ainda sentíamos a falta dela. Nico ainda não se conformava. Ele e Nick tiveram uma briga feia um dia desses, o que resultou uma perna quebrada e uma costela fraturada. O motivo? Ciúmes. Nick culpa Nico por Alice estar morta. Diz que ele a roubou dele.

Anelize gostava de provocar principalmente Nick, ela o chamava de Corno toda vez que topava com ele.

Miranda e Túlio, que eram os melhores amigos de Alice antes dela vir para cá, também não estavam impunes.

–Annie você esta muito avoada hoje. – disse Percy me avaliando preocupado.

Eu estava sentada no colo dele.

–Estou cansada.

–Fica calma meu anjo, você esta se esforçando muito, tente dormir mais cedo hoje, deixe a papelada pra depois ok? Você não vai aguentar tanto trabalho.

–Ai que gracinha, ta cuidando de mim! – disse lhe beijando a bochecha.

–Fala serio! Pensei que já tinha passado dessa fase melosa! – disse Clarisse se sentando à mesa com o namorado Miranda e Diego atrás, bem no momento que Percy ia me beijar.

Chata.

–Olha Clarisse, se o seu amor diminui com os anos então foda-se, o meu amor pelo Percy só aumenta ok? – briguei.

Percy me apertou mais forte ao seu lado. É, parece que ele gostou disso.

Ela revirou os olhos.

–Só acho vocês um casal muito meloso.

–Ora Clarisse fique quieta, eles são um casal perfeito! Parece que o amor nunca acaba, como se ainda estivesse na magia das primeiras semanas de namoro. E isso é tão romântico! - Disse Miranda se sentando no colo de Diego.

Clarisse bufou. – Filhas de Afrodite. São todas iguais!

–Nós vivemos pelo amor. – disse Miranda.

O jantar foi servido 20 minutos depois. Todos se sentaram na nossa mesa.

–E lá se vai a minha paz!

–Fica calma Annie, depois eu vou com você até o chalé, hoje sou eu que vou cuidar de você.

–Ahhhhh Percy... Que coisa fofa! – disse Julieta se intrometendo.

–Julieta, cala a boca.

Quando o jantar esta quase no fim, aconteceu o que mudou novamente o curso do nosso destino...

Uma luz surgiu perto de onde deveria ficar a mesa principal.

Lá era aberto, como um altar, onde entra o sol, com grandes pilastras de gesso.

Todos prepararam suas armas e se levantaram das mesas, todos em posição de batalha.

A luz diminuiu um pouco.

–Olá semi-deuses. O apropriado seria dizer que estou feliz em velos. Mas a circunstâncias não é bem essa. – disse uma voz, tão conhecida... Tão mudada.

Deixei minha faca escorreu pelos dedos, outros também fizeram isso.

Começando a entender de quem se tratava.

E duas figuras surgiram entre a luz.

–Eu não acredito. – disse pasma.

Todos os semi-deuses deixaram suas espadas caírem, mas foi de susto.

Não de respeito.

E pela primeira vez, não se curvaram quando viram um Olimpiano.

–Elizabeth Delacur Diggory. – disse dando uma passo para frente. – o que faz aqui acompanhado de Lorde Apolo?