Pov Percy

Durante aquela semana pensei muito sobre o que Nancy me disse... EU iria atrás de Annabeth? Ou a deixaria ter uma vida feliz longe de mim?

Eu não fazia idéia de qual seria meu próximo passo.

Durante o café da manhã Quiron nos deu um aviso.

–Heróis! Silencio! Tenho um aviso, os campos de morango precisam de água, e os satiros estão muito ocupados para esse serviço, então, vamos deixar que a chuva que se aproxima penetrar no acampamento. Todo o acampamento precisa de um pouco de água, então não deixem nada para fora dos chalés. A chuva chegara daqui 3 horas. Então guardem tudo que estiver do lado de fora. E bom dia.

As filhas de Afrodite correram para o chalé arrumar tudo. Vi alguns gritinhos quando, e elas gritavam que a umidade iria acabar com as roupas.

–Vocês arrumam tudo! Eu vou... Fazer alguma coisa! Se não fizerem vão usar os sapatos da vergonha! E sabem como eles não combinam com nada! – gritou Aniela enquanto todo o chalé de Afrodite faziam caretas para sua líder. Mais não posso dizer nada. Aniela era a pior líder de chalé que se podia ter, era preguiçosa metida e mimada. Pior ainda que a detestável Anelize filha de Atena que é a única filha da deusa que se importa mais com a beleza do quem com a sabedoria.

Foi uma baderna até arrumarem tudo.

A chuva começou mais cedo do que esperávamos.

Eu tranquei a porta do meu chalé fechei as janelas e as cortinas e me joguei na cama.

Fiquei horas ali ouvindo o som da chuva cair sobre a terra.

Só pensei em um assunto.

Annabeth Chase.

Eu não a tirei da à cabeça. Por um só minuto.

Pensei no que Nancy disse. No que Afrodite disse...

Pensei em tudo que eu tinha vivido com Annabeth... Ela era tudo pra mim... Tinha uma época que eu não agüentava ficar nem um segundo sem ver seus rosto, que não conseguia dormir com a sua ausência, que não conseguia respirar se ela não estivesse bem. E eu sinto isso até hoje. Só que é bem pior. Por que agora eu não podia tela, eu não podia tocá-la, não podia dizer que a amo.

Eu não gostava mais de sentir. Por que tudo o que eu sentia agora era o amor que sentia por ela... E uma dor tremenda por ter perdido o amor da minha existência. Não restava mais nada nesse coração morto.

Eu preciso dela... Eu preciso...

Foi em um momento de desespero, vi tudo correr rápido em minha mente, vi Afrodite, Nancy, Alice e todos aquele s que tentaram me abrir os olhos durantes esses meses. Não importa o que eu faça agora.

Eu ainda sou e sempre serei de Annabeth Chase.

Ela podia me odiar, mais eu nunca sentiria nada que não fosse amor por ela. E ela precisava saber disso.

Disparei chalé afora ignorando as gotas de água que não me molhavam. Mais eu não queria isso.

Eu queria sentir a água. Então deixei que a chuva me molhasse. Deixando as gotículas escorrem sobre meu cabelo e meu rosto.

Cheguei ao chalé de Atena já gritando seu nome.

–Annabeth! – gritei. Nenhuma resposta.

–ANNABETH! – gritei de novo.

Uma janela se abriu. E a figura cansada e nervosa de Demétria pareceu.

–O que você quer Jackson?

–falar com Annabeth.

–Ela não esta. Ta com o Zac.

Meu estômago revirou.

–Vê se deixa minha irmã em paz idiota. – quando ela foi fechar a janela uma mão a parou antes da janela bater.

–Quem ta ai Demi?

–Ninguém.

–Demétria! – alertou a voz.

Demétria bufou e desapareceu chalé adentro.

–Quem ta ai? – chamou a voz que eu mais queria ouvir.

Annie.

–AH... É você... Oi.

–Oi...

–O que você veio fazer aqui?!

–falar com você.

–Já falamos Percy. Eu não quero...

–Annabeth por favor... Me deixa falar com você...

–Ta chovendo.

–Se molhe.

–To sem sapato.

–Coloca um.

–Vai estragar meu cabelo.

–Você não se importa com isso.

Annabeth parou, tentando encontrar outra desculpa.

–Acabaram as desculpas?

–Sim.

–Que ótimo.

–tudo bem. Mais seja breve.

–Acredite, eu vou ser.

Ela bateu a janela na minha cara.

Por um minuto eu pensei que ela não fosse falar comigo. E quando eu dei as costas e comecei a andar a porta se abriu.

–Percy! – chamou ela.

Me virei para encará-la. Seu cabelo já estava molhado mais ela parecia não se importar pras roupas.

Usava uma calça jeans escura, com uma blusa preta regata e um casaco verde de veludo, pelo jeito ela colocou o All Star correndo, por que eles estava mal amarrado.

–O que você tem? - perguntou ela, confusa. Eu sei, minha cara devia estar um pouco... NERVOSAHORRIVELDESESPERADO

–Eu tenho tudo menos você. - disse baixo, mas tive a impressão que ela ouviu.

–O que você quer falar comigo?
–Eu te perdi não foi? (N/A: Ah vá! Ela já não deixo claro?)

–Sim.

–Por que?

–Por que eu não agüento mais...

–Não gosta mais de ficar ao meu lado? – isso foi uma pergunta estúpida.

–Não. Cansei de ficar sozinha.

–Eu nunca te abandonei.

–Mais nem precisou.

–Sabe por que eu estou aqui? Por que quando estou com você parece que tudo ao meu redor para, eu esqueço dos meus problemas, dos meus medos, e passo a pensar só em você. Sabe por que eu fui atrás de você quando Morgana te levou? Por que eu não quero viver em um mundo onde você não exista. Esqueci, que á aquele tipo de amor não dura pra sempre , que contos de fadas sempre tem um final feliz , diferente da vida real , esqueci de mim , só pensei em você. Eu tentei te esquecer, não deu certo. Por que a pessoas que tem a mania de querer tirar da cabeça aquilo que esta no coração. – eu disse aquelas palavras me aproximando cada vez mais dela. Annabeth tentava não chorar. Eu segurava seu rosto com minhas mãos, ignorando a chuva. – Você pode deixar de me amar, mais eu nunca deixarei de pensar em você. - coloquei uma de suas mechas atrás da orelha. Annabeth estava de olhos fechados. – Se é amor o que eu sinto por você? Bom, isso eu não sei dizer. – Annabeth abriu os olhos triste, mais eu acrescentei. – será mesmo que o que sinto por você cabe em uma palavrinha tão pequena? Eu duvido Annabeth, o que sinto por você vai alem disso. Mas Annabeth Chase, a pergunta é, você ainda é capaz de me amar?

– Sabe qual é o meu problema? – ela me perguntou. Eu fiquei quieto - É acreditar sempre nas pessoas, é não saber dizer não quando é preciso. É sempre perdoar as pessoas que me machucam. É sorrir quando estou triste por dentro, é chorar por pessoas que não merecem e amar quem não merecia ser amado. É sempre dar uma segunda chance, para alguém que não merecia nem a primeira. É tentar ser a melhor pessoa do mundo, é tentar ajudar a todos ao mesmo tempo, e esquecer de mim mesma, e parece que eu nunca aprendo. Mais quer saber? Também não quero aprender. Percy eu menti pra você naquele dia que vocês me salvaram. Eu te disse que doía te amar, mais não acredite naquilo. Dói de mais; não te amar. Sabe Percy, Zac veio falar comigo hoje mais cedo. E sabe o que ele perguntou?

–Não.

–Ele me perguntou do que eu precisava pra eu ficar com ele.

–E o que você respondeu? – perguntei mais bravo do que gostaria.

–Eu disse que ele precisava ser você.

Não havia distancia entre nós. Annabeth arfava, podia sentir seu hálito de canela me invadindo. Afastei com a ponta do dedo uma gota de água que descia por seus lábios.

Annabeth deixou uma lagrima descer pelos olhos e cair lentamente pela bochecha.

Eu me aproximei de vagar dela e beijei sua bochecha secando a lagrima. Talvez por querer. E eu não parei. beijei seu cabelo, sua testa, a ponta de seu nariz, e excitei por um segundo olhando sua boca. E lhe beijei levemente os lábios.

Nada alem disso no começo.

Passei meus dedos por seus rosto com delicadeza, como se fosse feito de porcelana.

Ela se separou de mim por um momento, e envolveu meu rosto com a ponta dos dedos.

Não esperei nem mais um segundo, beijei Annabeth, beijei MESMO.

Puxei sua cintura pra mim com certa rapidez, Annabeth apertou meu pescoço.

Ela entreabriu um pouco os lábios, me dando permissão total antes mesmo que eu pedisse.

Ela colocou as pernas em volta da minha cintura e eu a segurei para não cair.

Não vou ser nenhum pouco breve, eu explorei cada canto de sua boca sem medo.

Sabendo que agora eu voltei a ser dela. E ela voltou a ser minha. Annabeth soltou um pouco do meu pescoço e seus dedos praticamente voaram pro meu cabelo.

Ouvimos gritos e aplausos. Pelo canto do olho pude ver metade do acampamento com tochas e lanternas gritando e dando aplausos de felicidade. Vi Alice e Elizabeth dançar a dancinha da vitoria. E bem... Miranda dançando outra musica, mais era com uns gestos meio obscenos se você me entende.

–Até que enfim! – gritou Clarisse.

Isso me trás uma lembrança... Aonde é que eu já vi isso?

Desta vez, não demos atenção.

Annabeth separou seus lábios dos meus sorrindo. Eu a girei no ar.

–Aeeee Percy! Diz ai?! Você a ama?! – gritou Miranda.

–Sim! – gritei de volta.

–Então grita com todas as palavras pro mundo inteiro ouvir! – gritou Alice.

Olhei nos olhos de Annabeth e me aproximei do seu ouvido e sussurrei:

–Eu te amo.

–Agora eu não entendi.

–Você é meu mundo inteiro.

Annabeth sorriu e abraçou meu pescoço de novo.

–Nunca faça aquilo comigo cabeça de alga!

A menção do meu apelido fez tudo melhorar, e eu entendi que estava perdoado.

–Nunca vou deixar de te amar Sabidinha! – gritei alto.

Todos aplaudiram em sinal de vitoria. A chuva ainda caia lentamente, mais eu não nem os outros pareciam se importar com isso.

Nunca estive tão feliz, eu tinha Annabeth comigo de novo. Pra sempre. Eu podia tocá-la de novo, sentir o seu cheiro, o calor do seu corpo. Eu a tinha por inteira de novo pra mim.

Annabeth saiu de meus braços e me puxou pela mão até atrás do chalé.

–Vou te amar pra sempre. – disse.

–Pra sempre não é tempo demais? – perguntou ela virando o pescoço pro lado.

–Mais não o bastante.

Puxei sua cintura, eu mal podia conter meu sorriso.

Cheguei o Maximo o possível perto dela, e comecei a beijar seu pescoço Annabeth quase me sufocava com os braços presos ao meu pescoço, envolveu minha perna na dela, não deixando nenhum de nós termos a chance de sair.

Levantei a cabeça e aproximei seu rosto pra perto de mim, afim de poder sentir seu cheiro.

–Sabe Annie... Ontem a noite eu sonhei com você.

–Serio? Como foi o sonho?

–Não sei, não me lembro.

–Então como sabe que sonhou comigo?

–Eu acordei sorrindo.

Annabeth passou os dedos finos e delicados por meu rosto.

–Doia tanto... - os olhos dela eram tristes, lembrando do passado.

–O que?

–Te ver longe sem ter certeza de que você estava bem. Você sempre estava excluido, no seu canto, sempre chorando, sempre em silencio.

–Fazia parte do que eu fazia o dia todo.

–E o que você fazia o dia todo?

–Pensar em você.

Ela abraçou forte meu pescoço.

–Desculpe... Eu te fiz mal...

–Shhh, não diga desculpas. Eu te fiz sofrer mais,

–mas eu.. eu provoquei... o Zac... eu... foi como se eu o tivesse usado...

–Annabeth. Deixe isso de lado. Eu não ligo. Não mais. Você é minha, e não importa o que acontece comigo, eu sempre vou voltar pra você.

Começou tocar uma musica, acho que era Adore, do Paramore.

Sorri.

–Essa música me lembra um beijo nosso.

–Qual? - perguntou ela.

–Esse que vai acontecer agora.