Pov Alice

Ahhhhhhhhhhhhhh eu to de volta!

Depois de 11 capítulos eu aqui linda e maravilhosa to de volta!

Hahahahhahahaha!

Durante meses eu só esperei por um milagre.

Minha mãe não vinha mais falar comigo, eu usava sempre casacos enormes pra esconder as tatuagens, Percy voltou a ser meu amigo, e Annabeth foi raptada.

E o pior. A culpa é minha.

O Maximo de bom era minha mãe, que mesmo nunca aparecendo ela falava comigo.

Ela nos levou para o lugar onde as trevas tocam o chão. O castelo de Morgana.

Foram coisas de segundos. Eu consegui abrir os olhos. Nico e Percy pareciam estar desmaiados e flutuavam pelo ar. Eu já estava acostumada com aquele cenário.

Levei um susto, as cenas passavam rápido, era aquele antigo cemitério que eu sempre via nos sonhos, o mesmo bosque, o mesmo rio, tudo igual, só que pelo bosque. O reino de Nix.

Eu via pessoas.

E reconheci algumas delas. Katherine estava lá, acenando pra mim da margem do rio. Ela parecia bem, bem até demais.

Mais quando eu disse que vi pessoas conhecidas não foi exatamente a katherine que me dirigi. E sim meu pai.

Ele sorria pra mim, sua imagem me fazia chorar. Ele parecia o mesmo desde que o vi pela ultima vez, a quase 9 anos atrás, não havia sinal de sangue ou machucado, só o velho Edmundo Gilbert, o cara que parecia um galã de novela, aquele que tinha os olhos azuis mais bonitos do mundo, azul turquesa.

-Eu confio em você Annabelle. Quando sentir as trevas olhe pra dentro de você. A luz estará lá. Estou orgulhoso de você filha.

O meu pai desapareceu.

Continuávamos a flutuar por entre o bosque.

E o que eu fui obrigada a ver quase me fez morrer de susto.

Sim meu pai estava lá, só que com uma menininha do seu lado, ela sorria pra mim, seus cabelos negros eram compridos e encaracolados, seus olhos eram azuis, iguais aos do meu pai.

-Isobel! – gritei.

Não podia ser! Aquela não era a minha irmã (ta Belina Isobel Gilbert não é minha irmã de verdade, até onde eu descobri ela é minha prima). Ela estava viva no acampamento! Não poderia estar no reino de Nix!

Mais ela estava diferente, ela era igual aquela garota que morreu no orfanato, não era como a Belina que agora morava comigo no chalé de Gaia. 

-thau Annie! Te vejo em breve!

Meu pai sorriu pra mim.

Annabelle não deixe que as sombras do passado se tornem as do presente. Todos aqui estão mortos. Esse é o meu reino. O reino para onde as almas que costumavam ir antes de Hades, só os meus vêem para esse lugar. Não se confunda filha. O que você viu não é importante agora... Mais um dia será e quero que você esteja pronta. É aqui que eu fico, daqui pra frente você segue sozinha, não poderei te ajudar na onde as trevas tocam o chão. Um tempestade vem ai filha, e temos que estar prontos pra quando ela chegar.

E com essas palavras de minha mãe eu acordei.

Do meu lado, Nico e Percy acordavam.

-Ai, ai, dormir me da um sono. – brincou Percy.

-Se você não notou Perseu, estamos onde nas trevas tocam o chão, um erro aqui e todo o mundo vai pro raio que te parta.

Nenhum raio.

-Ih a situação ta feia, nem Zeus ficou bravo. – falou Percy.

-Oh Demência nesse reino Zeus não existe!

-Ahn.

Percy arregalou os olhos e olhou pros lados.

O lugar era horrível, não havia luz nem felicidade, era o lugar onde as trevas Moravam. Se ouviam gritos por todos os lugares. Um castelo negro e gigantesco se erguia atrás de nós, bem na nossa frente, um portão negro alto e gélido cobria toda a propriedade, e como se fosse para mostrar que aquele lugar não é do bem, varias cabeças humanas e de outras criaturas estavam fincadas em grandes espetos de ferro negro presos no portão. Logo atrás dos portões havia um bosque negro e sem vida.

-Bom, chegamos. – disse Nico.

-Ah vá.

-O que agente faz agora Alice?

-Se agente não morrer, nós vamos pro campo de punição.

-Campo de punição? Tipo o mundo inferior?

-Não. Pior. Bem vindo ao primeiro inferno Nico di Angelo, onde só as trevas vive, e os bons morrem.

-Sabe Alice você fala inteiramente estranho. – disse Percy fazendo careta.

-Uso as palavras pra descrever o pior de um jeito mais amigável, se eu fosse dizer com palavras diretas, garanto que não estaria mais entre nós.

Percy arregalou os olhos.

-Ok, pode continuar a falar como o coringa.

-Se continuar a falar besteira Percy Jackson eu te deixo estéril.

Percy ficou roxo.

-Vamos logo antes que Percy acabe... Bem você entendeu. – disse Nico.

-Ahn.. Um problema, eu tenho uma espada e vocês?

-Eu tenho. – disse.

-Também. – disse Nico apontando pro cinto.

-Onde você pegou?

Nico apontou pra uma arvore seca e negra como todo o resto, embaixo dela havia uma grande amontoado de espadas lanças escudos e facas.

-UI...

-É eu sei, agora podemos ir atrás de Annabeth? – perguntou Nico. 

Percy olhou pra ele bravo.

-ta certo, pergunta idiota. – disse Nico arrumando o cinto.

-Como é que eu cheguei e esse ponta na minha vida? – disse Percy olhando pros lados.

-Olha, estar no mundo das trevas com dois garotos, um idiota que não pensa e que é um apaixonado, outro que é filho de Hades é um emo e namora com a minha irmã não é a minha idéia pra um dia perfeito. – disse.

-Valeu pela parte que me toca.

-vamo logo.

-Como sabemos onde é o campo de punição?

Eu e Nico olhamos pro Percy com cara de “ta falando serio?”

-Siga os gritos. – dissemos eu e Nico juntos.

-Ah ta!

-Demência.

-Quer parar de fala demência?

-Não. – disse dando um tapa em sua nuca.

-Ai! Oh tava demorando!

-Tava com saudade de te dar uns tapas.

-Alice? – chamou Nico meio fazendo cara de despreocupado.

-Que?

-Isso não soou legal.

-Não mesmo. – concordei.

Andamos em silencio por entre o jardim do castelo.

Mais foi quando chegamos perto da fonte de pedra que vimos o primeiro problema.

Demônios.

-Para! – gritei quando Nico e Percy passavam sem notar os demônios.

-Que foi?

Apontei com a cabeça pros demônios.

-Ó Hades...

-Fudeu.

Ficamos por mais ou menos uma hora sentados em baixo da fonte esperando os 100 demônios saírem.

Depois que finalmente saíram, eu, Percy e Nico andamos por entre as arvores pra ter certeza de que não nos vissem

O campo de punição era horrível.

Podia se ver pessoas sem pele, outras com apenas metade da cabeça, outras mergulhavam no olho fervente, outras ouviam Restart, ta to brincando, (N/A: Fique claro que eu não tenho nada contra Restart, só precisava de uma banda brasileira pra zoar) e outras e outras sofriam de punições tão terríveis que eu prefiro não comentar.

Mais eram milhares de pessoas. Achar Annabeth era quase impossível.

Só torcia pra ela não ser a garota loira que tinha perdido os olhos e metade da pele do lado esquerdo pelo qual eu acabei de passar.

Percy começou a chorar. Nico parecia não notar nada, já que ele vivia saindo do mundo inferior ver garotas sem metade da cara é normal.

Se fossemos encontrar Annabeth, a melhor amiga da maior inimiga de Morgana, seria lógico que ela estaria na pior parte dos campos de punição... Um lugar pior que os pesadelos, ou melhor, o lugar onde nasce os pesadelos.

 Vimos uma placa grande e de madeira escrito de vermelho (N/A: Adivinha por que a tinta é vermelha).

A punição é pouco para esses traidores de Sangue, aqui eles morrem, aqui tudo acaba, aqui você fica sozinho, aqui você não tem mais nada.

-Morgana não tem muita criatividade. – falei.

-Ah, eu acho que ela tem um senso de humor bem negro.

-Percy? – chamei.

-Oi?

-cala a boca.

-É achei que ia dizer isso.

Parei olhando pros lados.

-Ela ta lá né? – perguntou Percy.

-É.

-Temia que disse-se isso.

-Fudeu.

E juntos atravessamos a outra parte do campo de punição, não pense errado, mais eu me agarrei a Nico quando vi a primeira pessoa no meio de sua punição.

-Ai... Eu não consigo...

-Calma Mar... Shhh

A menção do meu antigo apelido me ajudou a conseguir andar. Detalhe, eu continuei enterrada no peito de Nico sem conseguir olhar.

Seja forte filha, não tenha medo.

E eu levantei a cabeça.

Sem medo, sem nojo, e com muito tédio e me pus na frente de Percy e Nico para guiá-los.

-Cadê ela? – perguntava Percy.

-Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Ouvimos um grito agudo assustado apavorado e cheio de dor.

-É ela.

Corremos entre os campos de punição ignorando os demônios que nos viam e saiam correndo pra contar pra Morgana. Na verdade, eu tinha trazido o meu arco e flecha, e os matava um a um.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Gritou de novo.

-Annabeth!

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Corremos até o fim, havia um pequeno campo com a grama seca bem lá no fundo da propriedade, uma garota loira, pálida e esquelética gritava, ela ficava presa pelo tornozelo com uma corrente, suas roupas estavam todas rasgadas e surradas.

Seu cabelo longo e loiro estava todo descabelado e apagado.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

-Annabeth! – gritou Percy correndo pra ela. Mas eu o segurei.

-Não.

-mais...

-Percy espere...

Não havia nada que pudesse fazê-la gritar daquele jeito...

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

-Annie!

-PARA EU NÃO AGUENTO MAIS ME MATE! ME MATE! EU NÃO AGUENTO MAIS! – ela gritava quando Percy correu pro seu lado.

-Annabeth para escuta sou eu, Percy...

-Percy... – ela abriu os olhos.