Entre Heróis e Monstros escrita por LadyChase


Capítulo 19
Os anos que enfim passam - parte 2




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Do lado de fora do prédio havia um enorme van 

Entramos todos dentro dela e fomos pro acampamento.

Foi uma baderna. Ficávamos gritando uns com os outros. Quem dirigia era Túlio.

Annabeth ia ao meu lado. Ela gritava mais que todo mundo.

-CALEM A BOCA EU TO TENTANDO LER DROGA!!!!!!!

-Ah cala boca você! – gritou Rafa. Parece que eu já vi essa cena... E não aconteceu uma coisa boa.

Annabeth olhou no fundo dos olhos dele e pulou em cima dele com raiva.

-VOCÊ VAI MORRER!!!!! IDIOTA!!!!!!!!!!

Depois que Annabeth unhou o Rafa inteiro o deixando vermelho vivo chegamos ao acampamento.

Eu desci da van tentando acalmar Annabeth.

-Calma Annie.

-Não me chama assim!!!

Eu me controlava pra não rir.

Annabeth ainda estava brava.

-E ai Peleu. –Rafa cumprimentou o dragão que protegia o Velocino. Rafa passava a mãos nos braços a cada cinco segundos. Ele estava literalmente vermelho.

Embaixo de Peleu avia um dragão menor, mas enorme. Tinhas as escamas azuis e roxas.

-Brieta? – o dragão da minha amiga Alice tinha triplicado de tamanho. Duvido que Alice consiga segurar Brieta no braço agora.

-Acho que ela fez uma amizade nova – apontou Demi. Brieta estava brincando com Peleu.

Eu entrei no acampamento. Ele ainda estava do mesmo jeito de antes. [Alice: e você esperava o que? A Madona nua dançando a macarena?]

Havia crianças novas por ai.

-Miranda você ficou louca? – ouvi uma voz conhecida exclamar.

-Não Eliz eu to falando sério. – respondeu a voz.

Olhei colina abaixo. Duas garotas conversavam quase brigando.

-Não Miranda! – gritava uma.

-Hei ninguém vai dar as boas vindas? – gritei alto.

As duas viraram a cabeça.

Miranda e Elizabeth abriram um grande sorriso e vieram em nossa direção.

Elas também estavam na missão dos signos.

-Cadê a Alice?

-Calma Nick. Sua namorada esta coma irmã. – respondeu Miranda.

-Rafa! – gritou Eliz.

Os dois se abraçaram forte.

-Você esta horrível... – comentou Eliz apontando paras manchas vermelhas.

-Uma certa filha de Atena com o nome de Annabeth tentou me matar.

-Você mereceu Rafa. – comentou Rachel.

-Aff.

Eu desci a colina e fui pro meu chalé.

Era uma pena que meu irmão Tyson não estivesse aqui.

Meu chalé estava abarrotado de porcaria.

Guardei minhas coisas e fui para arena ver a Sra. O’ Leary.

Antes que eu me esqueça a Sra. O’ Leary era meu cão infernal de estimação.

Quando entrei na arena ela pulou em cima de mim (como ela sempre faz quando eu estou perto).

-Boa garota. – eu acariciei sua orelha.

-Auuu!!!!!!

-Ta bem, ta bem... – eu peguei um escudo e joguei pra ela pegar.

Na arena avia sete pessoas treinando. E um delas parou pra ver a Sra. O’Leiry. Ele era um menino de uns 13 ou 12 anos.

-Você é o Percy Jackson? – perguntou ele.

-Sim sou eu.

-A Sra. O’Leiry é bem legal. Da primeira vez que a vi ela pulou em cima de mim.

-Ela tem essa mania. E você quem é? – perguntei pro garoto.

-Luke Thomas – apresentou-se.

-Eu TINHA um amigo que se chama Luke.

-Tinha?

-É eu e mais alguns amigos matamos aquele traidor. – eu brinquei com o garoto.

O garoto arregalou os olhos.

-Assustando campistas Percy? – falou uma voz conhecida.

Eu me virei.

Aff! São sustos de mais pra um dia.

-Alice?

Ela acenou coma cabeça.

Ela tinha mudado muito desde o ultimo verão.

Antes ela parecia uma menininha. Agora ela amadureceu. E alem de estar com o cabelo curto e liso.

  

-Fica calmo Luke. Percy não matou ninguém. – tranqüilizou Alice.

-Alice vamos logo. – chamou uma voz.

Eu me virei de novo e levei outro choque.

-Oi Percy. – falou a garota com pouco de mau humor nem olhando na minha cara.

Eu até pisquei pra ver se estava vendo direito.

-Ta Belina to indo – falou Alice.

-Belina? A sua irmãzinha? – perguntei incrédulo.

-Cara eu não sou a irmãzinha dela. – falou a garota brava.

-Ela cresceu rápido demais se me entende Percy – explicou Alice.

Belina tinha mudado muito. Da ultima vez que eu a vi ela era pequena. Uns 7 anos eu acho. Agora ela parecia ter uns 14, os longos cabelos negros caiam em cachos perfeitos pelos ombros, era bem alta, bem diferente de Alice que tem uma pele tão branca que parece mármore, Belina tem a pele bem bronzeada. Uma típica princesa Persa.

Eu estava chocado. Como uma garota podia crescer tão rápido?

-Alice vamos logo. – Falou Belina impaciente.

-Ta bom, ta bom.

Alice se despediu e segui coma irmã pro chalé.

Eu sai da arena e fui atrás da Annabeth.

Eu a encontrei na praia deitada olhando o céu.

-Oi.

-Oi.

-Você já viu a Alice? – perguntei.

-Já. Você também levou um susto quando viu a Belina?

-Pode apostar.

-Quíron acha que ela esta assim porque passou muito tempo presa.

-É estranho.

-Muito estranho.

Annabeth estava cansada. Colocou a cabeça no meu colo.

-Eu te amo Annabeth.

Ela sorriu.

-Eu também te amo.

Ela me abraçou forte.

-Você tem idéia de onde vamos para missão?

-Não. Mas a Alice não sabe das coisas?

-Não cabeça de alga. Ela sente as coisas.

-É a mesma coisa.

-Não é não. – ralhou um voz atrás de mim.

-Deixe eu adivinhar, Alice?

-Não. A vó dela.

Alice não estava com Belina agora.

-E Quíron acha que pode estar no mar de monstros. – falou ela sem se preocupar.

-O que?!

-Não se faça de surdo.

-Mas lá?! Eu odeio aquele lugar.

-Não faz muito sentido. A profecia dizia que o signo estaria onde muitos chamam de lar.

-O mar de monstros é o lar de milhares de monstros.

-E o Olimpo?

-Não poderia ser. E não poderia estar no Olimpo atual. E no antigo muito menos. Nós fomos lá e não achamos nada alem da sabedoria.

-Você não sabe tudo de mitologia celta?

-Você acha que meu pai contou tudo em poucos anos que eu morei com ele se o mitologia celta tem milhares de anos?

-Não. Mas achei que seu pai poderia ter contado o bastante.

-Ele se dividia entre contar essas historias pra mim e contos de fadas pra Belina.

-Contos de fada... – falei meio incrédulo.

-Ela era pequena. E meu pai gostava. Era escritor.

-Seu pai era escritor?

-Sim.

-Por que você não contou?

-Porque você não perguntou. – ela falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo - E eu chorava cada vez que falava do meu pai.

-E por que não esta chorando agora?

Alice me deu um tapa na nuca. (por que ela sempre faz isso?!)

-Entenda uma coisa. Eu Cresci e amadureci. Não choro mais por coisas bobas. A morte do meu pai não é minha culpa.

-É por causa da Belina?

-Sinceramente minha irmã só sabe me irritar. Se dependesse dela eu estaria no hospício.

-Nossa. Que carinho com ela.

-É por que você não passava 24 horas por dia com ela. Belina pode deixar qualquer um louco.

-Valeu pelo aviso Annabelle.

-NÃO ME CHAMA ASSIM! EU JÁ ODEIO MEU NOME!

-Tadinha. Não gosta do próprio nome.

Alice fechou os olhos tentando se controlar. E eu fui atacado por... Chamas de fogo?

Eu conjurei a água do mar e me livrei mesmo com o cabelo chamuscado. Ah. Que. Merda.

-Mais o que foi isso? – perguntei.

-Eu. – respondeu Alice.

-Mas...

-Escuta aqui Percy. As piadinhas bobas acabaram. Eu tenho uns brinquedinhos novos. – Falou ela sombriamente.

-Nossa você nunca foi melancólica.

-Não. Só estou mais malvada.

-O que aconteceu com aquela Alice boazinha?

-Procure-a no tártaro. – Alice disse isso com um sorriso de dar medo.

Putz! Ela mudou pra caramba.

-Mas antes você pode me explicar onde você conseguiu esses poderes?

-Eu sempre os tive. Só não sabia disso. Minha mãe é Gaia, a terra. Eu tenho poder sobre os elementos também. – ela parecia meio desconfortável em falar sobre esse assunto, como se ela não acreditasse que era verdade.

-E sobre o queijo? – perguntei rindo.

-Que?!

-Eu li em algum lugar que queijo era um dos elementos.

-Percy você é um jegue. Mais eu também li sobre isso, os egípcios. Acho que em um livro chamado a pirâmide vermelha. De um tal de Rick Riordan. Mais em fim se eu tiver poder sobre o queijo – ela riu. – eu ainda não sei. Mais pelo fogo, ar, terra e água sim.

-isso é foda.

-Pode ter certeza.

-Alice?! – gritou alguém ao longe.

-Ah que droga. É ela...

Alice saiu correndo da praia.

-Por isso eu não esperava. – murmurei.

-Minha amiga mudou.

-Pra bem ou pra pior eu não sei dizer. – brinquei.

-Ah quieto. – ralhou Annabeth. – ela amadureceu com os problemas. Não fazia mas sentido chorar mesmo sendo o momento em que ela deveria chorar mais.

-Como?

-Alice esta confusa. Com problemas com a irmã por crescer tão depressa e poder morrer cedo. E com medo do que a espera pra missão. Sem idéia onde começar a procurar e sem saber qual será o próximo a morrer, e com medo dos outros perceberem que ela é fraca mesmo não sendo. Confusa sobre a mãe dela ser Gaia e com raiva de si mesma por causa de seus poderes que são mais fortes que a própria Afrodite. Preocupada com o que os deuses vão pensar sabendo que ela pode ser tão poderosa quando alguns deles ou com o motivo de não ter idéia de como criar uma irmã mais nova sozinha que sente raiva por ter sido aprisionada. E com medo de não achar os signos por estar tão preocupada assim.

-Uma pessoa pode sentir isso tudo? Eu explodiria.

-Só porque você é uma anta quadrada não significa que todos sejam. – brincou Annabeth.

-Hei!

-Mas não é só isso que faz Alice ter mudado. Tem mais coisas do que ela própria imagina. Ela não consegue chorar com tantos problemas rodeando sua cabeça. Ela não sente tanta alegria como sentia antes. Ela só tem 15 anos tentando cumprir uma missão de gente muito maior.

 -Agora eu entendo.

-Que bom.

-A Alice é louca.

-Ah você nunca ouve nada. – Annabeth riu e jogou areia em mim.

-Não prestar atenção nas coisas é uma das coisas que me fazem ser um cara tão legal. E é por isso que você me ama. – brinquei.

-Sei. Quem disse que eu te amo?

-Ora Annabeth. Não seja tão má.

-Quem me impedi?

-Eu.

Annabeth sorriu.

-Não seja convencido.

Ela se levantou tirou a areia da roupa e foi embora.

-Quem mandou namorar a melhor amiga...

Murmurei pra mim mesmo.


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